Nunca foi tão importante e necessário falar sobre ética como na atualidade em
que vivemos. A crise da humanidade é refletida através da violência, da
discriminação, da pobreza, da indiferença, entre tantos outros problemas sociais
que as pessoas vivem e com que convivem.
Moral vem do latim mores que tem o mesmo sentido de costumes, apesar de ser
considerada uma ciência. Podemos concluir que, apesar da identidade semelhante
entre ética e moral, a ética é uma ciência e a moral é o objeto dessa ciência, ou
seja, o conjunto de normas adquiridas pelo hábito de sua prática. Para o filósofo
Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.), o homem é um ser feito para a convivência
social. Por meio das constituições e dos códigos em vigor, ele procura discernir
uma forma justa e racional, a fim de encontrar o justo meio (equilíbrio ou
eqüidade). O maior objetivo da ética é a felicidade (sumo bem). O bem é o fim
buscado para a convivência social e ocorre por meio da virtude[1]. Pode-se dizer
que a felicidade é a própria virtude ou uma certa virtude.
Ética, nos dias de hoje, reporta-nos à ciência que de fato tem por objeto a
investigação da conduta dos homens; e a abstração feita dos juízos relacionados à
conduta humana, nem sempre poderá ser objeto de estudo, uma vez que o
comportamento dos homens segue em conformidade aos seus próprios juízos
sobre o valor dos atos.
Dessa forma, quando se fala sobre ética, aborda-se termos como o bem, o mal, o
certo, o errado, o permitido, o proibido, a virtude, o vício, dentre outros. A
grande questão é a seguinte: os valores morais de um grupo, de uma organização,
enfim, de uma sociedade, devem ser definidos claramente para os indivíduos
através de normas de conduta que mostram o que é ser ético para si e para os
outros. Nesses aspectos, temos como campo de atuação da ética os problemas
que estão relacionados ao comportamento humano, com o objetivo de minimizar
o nível de conflito de interesses dentro de um grupo ou sociedade. A partir daí,
ou seja, a partir da existência do comportamento humano, surge o que chamamos
de dilemas morais. De acordo com Valle (2003, p.19): “os dilemas morais estão
relacionados ao cotidiano de cada sociedade, o que nos permite afirmar que um
mesmo comportamento pode ser visto por uma sociedade como desprovido de
moral, enquanto aos olhos de outra sociedade pode ser considerado moralmente
aceito”.
Um exemplo básico sobre o tema acima é o que ocorre nos países árabes, onde
pode casar com várias mulheres (Poliginia), sem que ocorra o fenômeno da
amoralidade, pois nessas regiões esse tipo de procedimento é aceito não só pela
comunidade, mas pela própria lei.
Em que consiste o bem e o mal? Que devo fazer? Como devo ser? Como devo
agir?
Devemos entender que o valor moral não se baseia na idéia do dever e esse valor
não é convencionado, pois cada indivíduo descobre, identifica seu valor.
Enfim, a ética formal aborda a moralidade de uma ação a partir do foro íntimo do
indivíduo, ou seja, do momento ético de escolher a melhor decisão, isto é, de
praticar ou não determinada ação.
• As normas jurídicas e as normas morais não são meras recomendações. Elas são
estabelecidas de maneira imperativa.
A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de
garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante
uma identidade entre pessoas que nem sequer se conhecem, mas utilizam esse
mesmo referencial moral comum.
Diante todo o estudo até aqui aplicado, estaremos adentrando nas matérias em
que exista a relação da Ética X Direito com as normas aplicadas no Direito
Nacional:
Ética e Direito Penal De acordo com Leisinger (2004, p.90): “quase todo crime é
também falta moral, pois ao iniciar a vulneração dos valores protegidos pela
comunidade até atingir aqueles mais vitais à subsistência do pacto de convívio, o
infrator percorrerá, necessariamente, a área reservada à moral”. Temos como
exemplo os crimes de homicídio, em que tirar a vida de alguém não é só um
crime, mas também é falta de moral, é contra todas as religiões etc, mas devemos
observar com cautela cada caso, pois em muitas situações o agente do ato poderá
estar agindo em Estado de Necessidade, Legítima Defesa, no Estrito
Cumprimento de Dever legal ou no Exercício Regular de um Direito[7], não
havendo em que se falar em crime.
A grande pergunta que se faz é: Será que tudo que é legal é moral e ético? A
resposta deverá ser bem analisada para que não se cometa injustiças. Um fato que
não é especificado em lei, moralmente e eticamente poderá ser reprovado pela
sociedade, mesmo que o cidadão argumente que em momento algum estava
proibido em fazer. O nepotismo[8] no serviço público é uma clara indicação
sobre este tema.
Ética e Direito Civil Numa sociedade organizada, a lei civil é que regula as relações entre
as pessoas privadas, seu estado, sua capacidade, sua família e, principalmente, sua
propriedade, consagrando-se como o reino da liberdade individualal. Muitos dos
conceitos trabalhados no Direito Civil são intimamente De acordo com Vasquez
(2002, p.103): “a moral permeia todo o Direito Civil, principalmente no Direito
de Família e no Direito das Obrigações, pois ao obrigar-se, o ser humano
vincula-se também moralmente”.
Logicamente que outras relações entre Ética e Moral existem noutros ramos do
Direito, os quais estaremos analisando na medida do desenvolvimento de nosso
curso.
[1]Na verdade, ética não se ensina porque ela é a moral que é o conjunto
dos valores pessoais, os quais representam o verdadeiro eu. O que
podemos é inspirar para transformar e polir os valores. Assim, ética será
a conseqüência.
[2] Estado matrimonial em que um homem convive com duas mulheres ou uma mulher com dois
homens.
[6]Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade.
[7]Artigo 23 do Código Penal que são causas que excluem a própria ilicitude
ou a antijuridicidade. Por isso a legislação penal diz que não há crime nesses
casos.
Após esse panorama geral, a linha principal seguirá para uma análise
individual, da Constituição Federal, com maior ênfase nos Princípios
Constitucionais de Direito, pois baseados em conceitos antropológicos o
homem é fruto de meio, e mesmo que essa questão seja passível de
discordância, ninguém poderá afirmar que o homem sobreviveria sem apoiar-
se no meio em que vive rodeado pelos conceitos culturais e legais.
Em outras palavras, Lei é a regra escrita feita pelo legislador com a finalidade
de tornar expresso o comportamento considerado desejável ou indesejável
(âmbito penal) para a coletividade. O ordenamento jurídico brasileiro
assenta-se basicamente nas leis, ou seja, dispõe no Artigo 5º da
Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB) que: “Ninguém
será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei”.
Conceito de Comércio
Mas alguns pontos importantes serão necessários para que exista o comerciante,
como:
1. Capacidade Civil;[1]
2. Intermediação;[2]
3. Especulação ou intuito de lucro;[3]
4. Profissionalidade;[4] e
5. Atuação no próprio nome.[5]
Não podemos deixar de citar outro ponto de suma importância quanto ao tema
“comerciante” que estão impedidos de praticar atos de comércio:
Conceito de Empresa
A nova lei civil (Código Civil) revogou toda a primeira parte do Código
Comercial. Com isso, esta última legislação (Código Comercial), não mais regula
as atividades comerciais terrestres, restando apenas sua segunda parte, referente a
atividades marítimas.
Concluindo, afirmam que “essa revolução que se está operando nos países da
vida ocidental - como resposta, até certo ponto surpreendente e admirável, às
exigências de conciliar a eficiência insubstituível da macro-empresa com a
liberdade de iniciativa e a distribuição da riqueza - não foi feita, nem poderá sê-
lo, sem a compreensão e a efetiva colaboração dos empresários - que a lideraram
- das instituições comerciais, que a secundaram, dos investidores que a
compreenderam e apoiaram e do Estado que a estimulou, disciplinou e removeu
os obstáculos jurídicos para que ela se realizasse na plenitude”.
Ética empresarial
O renascer das preocupações sobre a ética nos negócios. O grande desafio ético
encontra-se na descoberta de como libertar o mundo da pobreza e opressão
hedionda em que vive. Com certeza, a ética da solidariedade será o componente
principal de qualquer solução.
Inspire confiança: Os clientes querem fazer negócios com empresas nas quais
podem confiar. As relações deverão ser pautadas pela:
Para a melhoria contínua de uma empresa, seu líder deve estar aberto a novas
idéias. Ele deve sempre pedir a opinião e as idéias de seus clientes e de sua
equipe para que a organização continue crescendo.
Eleve o compromisso de sua empresa com a comunidade onde está presente no que
concerne na:
A lei 8.934/1994 que foi regulamentada pelo Deceto 1.800/96, estabeleceu o Sistema
Nacional de Registro de Empresas Mercantis (SINREM), que é composto pelo
Departamento Nacional de Registro do Comércio – DNRC e pelas Juntas Comerciais,
sendo estas últimas órgãos locais de execução e administração dos serviços de registro.
Para cada unidade federativa do Brasil, há uma Junta Comercial, com sede na capital.
Não devemos esquecer que a partir do registro do nome comercial na Junta, este estará
protegido na área de jurisdição, não havendo possibilidade de um nome idêntico ou
semelhante ser arquivado. Esta proteção poderá ser estendida para as demais Juntas
Comerciais a pedido do interessado.
Por fim, os contratos sociais das sociedades só poderão ser registrados na Junta
Comercial com o visto de um advogado (parágrafo 2º do artigo 1º da Lei 8.906/94).
Mesmo nessa situação, a lei diz que a responsabilidade dos sócios é suplementar,
subsidiária, isto é, os sócios responderão se a sociedade não tiver forças para
responder.
SOCIEDADES EMPRESARIAIS
Alguns autores consideram que esse tipo de sociedade é mais viável que a
sociedade em nome coletivo, pois, pelo menos, observa um tipo de sócio
(comanditário), que não responde ilimitadamente pela sociedade.
Sociedade limitada
De acordo com o artigo 1.055 do Código Civil de 2002: “O capital social divide-
se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio”.
[3] Não se faz necessário a obtenção do lucro presente. Basta a sua perseguição
[5] Necessário que a prática habitual do comércio seja exercida pelo próprio comerciante, em seu nome e
por sua conta