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1. Introdução
2. Infraestrutura
A aldeia Kenkudjoy foi fundada em 2009. As casas eram de tábua e cobertas com
telha de amianto ou cobertura de palha. Em 2016, a Norte Energia começou a
construção das casas novas, que são de alvenaria e telha de amianto. Estas ficaram
prontas apenas em 2017. Na aldeia Kenkudjoy moram 9 família, que através de
projetos desenvolvidos em parceria com a Norte Energia, logo após a entrega das
casas, criam galinhas e pintos de granja. Também foram construídos galinheiros que
foram dados para cada uma das famílias.
3. Costumes
Depois da chegada dos homens, chega a vez das mulheres mostrarem sua
culinária típica do povo Xikrin. Preparam o jabuti e o peixe de acordo com a técnica
djãkupu: recheia-se o jabuti ou o peixe com farinha de puba molhada ou de puba seca,
em seguida é enrolado na palha de banana para ser assado no ký que é feito com
pedras pequenas ou medias que são esquentadas encima de um fogo e, depois de
quentes, são colocadas sobre as caças envolvidas em palha de bananeira, que, em
seguida, são enterradas por uma hora. Além da dança, o preparo dos alimentos é
papel das mulheres na festa kwýrwkangò. Nessa ocasião, a casa do meio também
serve para as pessoas convidadas dormirem durante a festa.
4. Educação
Ainda em relação à estrutura oferecida pelas escolas, contam apenas com uma
merendeira e um zelador, que são indígenas moradores da própria comunidade. Isso
ajuda muito o desenvolvimento da educação, pois o educador tem mais tempos para
focar no ensino dos alunos.
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Os planejamentos da escola são feitos de acordo com o calendário escolar. De
acordo com este, as aulas deveriam iniciar por volta do final do mês de fevereiro, mas
por conta da logística, dificultada pela questão geográfica e o acesso até as
comunidades, há o atraso na compra dos materiais e da merenda. Materiais didáticos
não chegam no período certo, e isso dificulta o aprendizado pois o início das aulas
acaba demorando. Muitas vezes é preciso improvisar materiais como cadernos, que,
quando são entregues, não chegam em quantidade suficiente para todos os alunos e
para o semestre. A merenda que é entregue nas escolas não é suficiente, é de baixo
valor nutricional e, além disso, não leva em consideração a realidade da comunidade.
Seria ideal que o município comprasse os gêneros alimentícios produzidos pela
própria comunidade como banana, açaí, peixe, batata, cará e mamão, que possuem
grande valor nutricional para as crianças.
5. Plantio
É muito utilizado o calendário tradicional baseado nas fases da lua e nas vazantes
dos rios, principalmente quando são ensinados os conhecimentos tradicionais quanto
ao plantio das roças.
6. Economia
Também foi feito um projeto para a produção de óleo de babaçu. Receberam uma
máquina para extração do óleo, mas as mulheres ainda tinham o trabalho de coletar
os cocos e abri-los. Mas, no final, não conseguiram encontrar compradores para o
óleo e, por isso, a produção era, em maior parte, usada para o consumo interno.
Além disso, muitas famílias vivem apenas com o dinheiro recebido por meio de
aposentadoria rural e programas sociais, como o bolsa família. Outros, ainda, são
assalariados, como: professores, merendeiras, zelador, agentes indígena de saúde e
agentes indígena de saneamento.
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7. Saúde
8. Conclusão
Após a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, que trouxe muitos projetos para
as aldeias como medidas de mitigação em decorrência dos danos causados pelo
represamento do rio, foi necessário que os Xikrin criassem as associações. A função
das associações é a de gerir recursos transferidos pela Norte Energia e, a partir
desse, executar alguns projetos. Alguns bens são transferidos diretamente às
associações, como: carros, motos, dinheiro para CNH (Carteira Nacional de
Habilitação), etc.
Com isso, os próprios indígenas estão conseguindo executar seus projetos. Como
no caso da aldeia Pykajakà, que executou o projeto da casa de farinha (farinheiro
elétrico). A partir de recursos transferidos para a associação, conseguiram comprar
um forno completo e motor. Também compraram um caminhão para que possam
buscar banana nas roças. Assim, os Xikrin puderam, finalmente, tornarem-se
protagonistas nos projetos, atingindo, com isso, maior autonomia.
Bibliografia
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GIANNINI, Isabelle Vidal. Kayapó Xikrin. Disponível em:
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kayap%C3%B3_Xikrin. Acesso em: 31 out.
2019.