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Manual do Empresário

CONSTITUIÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ESCRITÓRIO DE PROFISSIONAIS LIBERAIS

1-Introdução
2-Conceito
3. Equiparação à empresa
4. Procedimentos
5- Inscrição como contribuinte individual na previdência social
6- Admissão de empregados
7- Pagamento de salários
8- Pagamento de salário-família
9-Valor do salário-família
10- Décimo Terceiro Salário
11- Cadastro geral de empregados e desempregados
12- Férias
13- RAIS - Relação anual de Informações Sociais
14- Vale-transporte
15- Seguro-Desemprego
16- Contribuições previdenciárias descontadas dos empregados
17- Empresa Tomadora do Serviço
18. Depósitos do FGTS
19. Contribuição Sindical dos empregados
20- Contribuição Sindical do Profissional
21-Contribuição para o PIS e COFINS
22. Retenção do IR/fonte
23- Recibo de Pagamento a Autônomo -RPA

1-Introdução

Publicado no site em: 30/06/2003


Atualizado em: 22/03/2006

Geralmente, o profissional liberal ao prestar serviços necessita da colaboração de outras pessoas


físicas de modo a auxilia-lo na atividade.

Nesta orientação, estamos analisando os procedimentos necessários para que o profissional liberal
contratar empregados.

2-Conceito

Considera-se profissional liberal a pessoa física que presta serviço predominantemente técnico e
intelectual a outras pessoas físicas ou jurídicas, sem vínculo empregatício, podendo o serviço ser
executado em seu próprio estabelecimento ou no do requisitante.
São profissionais liberais,dentre outros, os advogados, médicos, odontologistas, veterinários,
farmacêuticos, engenheiros, químicos, economistas, atuários, contabilistas, professores, escritores,
autores teatrais, compositores, assistentes sociais, jornalistas, protéticos dentários, bibliotecários,
estatísticos, enfermeiros, administradores, arquitetos, nutricionistas, psicólogos, geólogos e
fisioterapeutas.
Referência legal:Decreto 3.048/99, artigo 9º - Alterado pelo Decreto nº 3.265/1999, Decreto nº
3.452/2000, Decreto nº 3.668/2000, Decreto nº 4.032/2001, Decreto nº 4.079/2002, Decreto nº
4.723/2003, Decreto nº 4.845/2003 e Decreto nº 5.545/2005.
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3. Equiparação à empresa

O profissional liberal que contrata empregados para auxiliá-lo no exercício de suas atividades equipara-
se à empresa, para os efeitos exclusivos da relação de emprego.
Em virtude da contratação de empregados, o profissional liberal assume obrigações e encargos
trabalhistas, previdenciários e tributários.
Referência legal:Decreto 3.048/99, artigo 12 – Alterado pelo Decreto nº 3.265/1999.

4. Procedimentos

Para o exercício de suas atividades, o profissional liberal, deve cumprir determinadas exigências legais,
conforme examinaremos abaixo:

4.1. Imposto sobre serviços

O imposto Sobre Serviços (ISS), de competência dos Municípios, tem como fato gerador a prestação,
por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviço que não configure,
por si só, fato gerador de imposto de competência da União ou dos Estados. Para a inscrição do
profissional liberal como contribuinte do ISS, devem ser obedecidas as determinações da legislação do
Município a que o mesmo estiver jurisdicionado.

4.2. Licença para localização

Para o exercício de atividades, o profissional liberal que mantiver estabelecimento deverá requerer a
licença para localização, conforme dispuser a legislação específica de cada Município.

4.3. matrícula no inss

Tendo adquirida a licença para localização, o profissional liberal deverá promover, no prazo de 30 dias
contados do início das atividades, a sua matrícula no Cadastro Específico do INSS (CEI) como
empregador, em um dos órgãos locais da Previdência Social.

Referência legal:Decreto 3.048/99, artigo 256 inciso II.

5- Inscrição como contribuinte individual na previdência social

Perante a previdência social, o profissional liberal é considerando contribuinte individual, ou seja,


segurado obrigatório. Assim, além de se cadastrar como empregador (com número de CEI) deverá
fazer sua inscrição como contribuinte da Previdência Social.
A inscrição poderá ser feita:
a) nos Postos de Arrecadação e Fiscalização do INSS;
b) por meio das Centrais de Informações da Previdência Social, pelo telefone 0800-78-0191 ou;
c) via internet no endereço eletrônico www.previdenciasocial.gov.br.
Referência legal:Decreto 3.048/99, artigo 9º. Inciso V - Alterado pelo Decreto nº 3.265/1999, Decreto nº
3.452/2000, Decreto nº 3.668/2000, Decreto nº 4.032/2001, Decreto nº 4.079/2002, Decreto nº
4.723/2003, Decreto nº 4.845/2003 e Decreto nº 5.545/2005..

6- Admissão de empregados

Considera-se empregado toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Ao contratar empregado, o profissional liberal deve adotar os mesmos procedimentos aplicáveis às
empresas, conforme analisamos a seguir.

Referência legal : Decreto-lei nº 5.452/43-CLT, artigo 2º

6.1. Contrato de trabalho

O contrato de trabalho pode ser escrito ou verbal, devendo, entretanto, ficar previamente estabelecidas
as condições em que o trabalho será executado, o valor e a forma do pagamento da remuneração, ou
seja, semanal, quinzenal ou mensal, a duração da jornada de trabalho e ainda outras condições,
conforme o interesse das partes, desde que não contrariem as disposições de proteção ao trabalho, as
convenções coletivas que lhes sejam aplicáveis e as decisões das autoridades competentes.

Referência legal : Decreto-lei nº 5.452/43-CLT, artigos 442,443 e 446

6.2. Registro de empregados

O profissional liberal que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviços, está obrigado a registrar seus empregados em modelos oficiais de livros
ou fichas.
O primeiro livro ou grupo de fichas de registro, bem como os de continuação serão autenticados pelos
Fiscais do Trabalho, quando da inspeção no estabelecimento. Assim, os profissionais liberais
aguardarão a visita da fiscalização para proceder à autenticação do livro ou fichas de registro.

Referência legal: Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 - Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - artigo 41 e
Portaria MTb nº 739/97

6.3. Livro de Inspeção do trabalho

Todos os profissionais liberais, como empregadores sujeitos à Inspeção do Trabalho, estão obrigados a
manter nos locais de trabalho o livro de Inspeção do Trabalho. O Agente de Inspeção do Trabalho,
quando de sua visita, autenticará o Livro de Inspeção do Trabalho que ainda não tiver sido autenticado.
Quando da visita do Agente encarregado da inspeção do estabelecimento, após as devidas
averiguações, deverá ser apresentado o livro de Inspeção, em que o mesmo registrará sua visita,
consignando, entre outros, a data, a hora do início e a do término e o resultado da inspeção. Se for
encontrada qualquer irregularidade, esta deverá ser anotada no referido livro, bem como as exigências
feitas e os respectivos prazos para seu cumprimento, e, ainda, os elementos de identificação do Agente
da Inspeção do Trabalho que proceder à visita.
Quando for mais de um Agente a fazer a inspeção, um deles se encarregará da lavratura do Termo de
Registro da Inspeção, que será assinado por ambos.

6.4. Cadastramento no PIS

Ao contratar empregado ainda não cadastrado no Programa de Integração Social (PIS), o profissional
liberal terá de providenciar o seu cadastramento, que será realizado na agência da Caixa Econômica
Federal.

Referência legal: Lei Complementar 70, de 30-12-91.

6.5. Anotações na carteira de trabalho

Todas as anotações relativas ao contrato do empregado, tais como nome, endereço do empregador,
valor e forma de pagamento da remuneração, função, data de admissão, nome, endereço do banco
depositário do FGTS e respectiva agência, terão de ser feitas na Carteira de Trabalho e Previdência
Social, no prazo improrrogável de 48 horas.

Referência legal: Decreto 5.452/43-CLT, artigo 29

7- Pagamento de salários
O pagamento das remunerações, excetuando-se as referentes às comissões, percentagens e
gratificações, não deve ser estipulado em período superior a 1 mês. Quando o pagamento dos salários
tiver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês
subseqüente ao vencido.

Referência legal: Decreto 5.452/43-CLT, artigo 459.

7.1- Contagem do Prazo para Pagamento

Na contagem do quinto dia útil deve ser incluído o sábado, que é considerado dia útil, e excluídos tão-
somente domingos e feriados, inclusive os municipais.
O pagamento deverá ser antecipado para o dia útil imediatamente anterior, quando o quinto dia útil for
sábado e não houver expediente neste dia ou no caso de o empregador se utilizar de via bancária para
efetuar o pagamento do salário.
O pagamento do salário no sábado somente será admi-tido quando for realizado em espécie.

7.2- Utilização de Via Bancária

Profissionais situados em perímetro urbano poderão efetuar o pagamento dos salários de seus
empregados através de conta bancária, aberta para esse fim, em nome de cada empregado, desde que
com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao locai de trabalho, ou por
intermédio de cheque emitido pelo empregador em favor do empregado.

Referência legal: Decreto 5.452/43-CLT, artigo 464.

7.3- Pagamento por meio de cheques

Os pagamentos de salários efetuados através de via bancária obrigam o empregador a proporcionar ao


empregado:
a) horário que permita o desconto do cheque imediatamente após a sua emissão;
b) condições que evitem qualquer prejuízo, inclusive em conseqüência de pagamento de transporte;
c) condição que impeça qualquer atraso no recebimento do salário.

8- Pagamento de salário-família

Quando o empregado admitido tiver filhos menores de até 14 anos ou inválidos de qualquer idade,
devidamente comprovados, além da remuneração normal fará jus à quota de salário-família, por filho,
nas condições especificadas.
Para tanto, no ato da admissão, o empregado deverá firmar o Termo de Responsabilidade, em duas
vias, através do qual se comprometerá a comunicar ao empregador qualquer fato ou circunstância que
determine a perda do direito à manutenção do benefício.
Sempre que o empregado solicitar o pagamento de novas quotas de salário-família, deverá firmar o
referido documento.

8.1-Dedução na GPS

O pagamento será efetuado pelo empregador, que se ressarcirá do valor pago, através de dedução do
valor total das contribuições previdenciárias a recolher, cons-tante da Guia da Previdência Social (GPS)
relativa ao mês de competência respectivo.

9-Valor do salário-família

O valor do salário-família é definido em razão da remuneração devida ao empregado.


Referência legal: Decreto 3.048/99,artigos 81 a 91 – Alterado pelo Decreto nº 3.265/1999 e Decreto nº
5.545/2005.

10- Décimo Terceiro Salário

Todo empregado tem direito ao 13º Salário, independentemente da remuneração a que faça jus. A
legislação trabalhista determina que o pagamento do 13°- Salário seja feito em duas parcelas.
A primeira parcela será paga, de uma só vez, pelo empregador entre os meses de fevereiro e
novembro de cada ano, corresponde à metade do salário recebido pelo empregado no mês anterior.
A segunda parcela, paga até o dia 20 de dezembro de cada ano, correspondente a remuneração
devida em dezembro, por mês de serviço do ano correspondente, deduzido o valor da 1a. parcela, já
pago.
A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será considerada como mês integral, para efeito de
pagamento do 13° Salário.

Referência legal: Lei nº 4.090, de 13-7-62 (DO-U de 26-7-62) – Regulamentada pelo Decreto nº
1.881/1962, Novo Regulamento Decreto nº 57.155/1965, Alterada pela Lei nº 4.749/1965, Lei nº
7.855/1989 e Lei nº 9.011/1995; Lei 4.749, de 12-8-65 (DO-U de 13-8-65); Decreto 57.155, de 3-11-65 -
artigos 1 ° e 3°- (DO-U de 4-11-65);

11- Cadastro geral de empregados e desempregados

O profissional liberal que contrata empregados está obrigado a encaminhar, mensalmente, por via
internet ou disquete, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao Ministério do
Trabalho e Emprego.
No mês em que não se verificar admissão ou dispensa de empregado, o empregador estará
desobrigado da entrega deste formulário.

11.1- Prazo de Entrega

A relação deve ser encaminhada ao MTE até o dia 7 do mês subseqüente à ocorrência do fato.
Referência legal: Lei 4.923, de 23-12-65 - artigo 14 (DO-U de 29-12-65) – Alterada pela Medida
Provisória nº 2164-41/2001.

12- Férias

O profissional liberal deve conceder a seus empregados com jornada de trabalho de 8 horas diárias e
até 44 (horas), após cada período de 12 meses de vigência dos contratos de trabalho, um período
integral de férias, ou seja, 30 dias, quando o empregado não tiver faltado ao trabalho,
injustificadamente, por mais de 5 vezes.

Referência legal: Decreto-lei nº 5.452/43-CLT, artigo 129.

Em caso de faltas não justificadas, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
a) 24 dias corridos, se teve de 6 a 14 faltas;
b) 18 dias corridos, se teve de 15 a 23 faltas;
c) 12 dias corridos, se teve de 24 a 32 faltas.

Se o empregado faltar ao serviço mais de 32 vezes sem justificativa, durante o período aquisitivo,
perderá o direito às férias daquele período.

Referência legal: Decreto-lei nº 5.452/43-CLT, artigo 130.


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13- RAIS - Relação anual de Informações Sociais

Anualmente, o profissional liberal deve preencher a Relação Anual de Informações Sociais {RA1S},
com as informações solicitadas, referentes a cada um dos empregados com os quais manteve relação
de emprego, durante qualquer período do ano-base. A RAIS deve ser entregue, anualmente, de acordo
com os prazos fixados, através da Internet.
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14- Vale-transporte

Os empregados dos profissionais liberais também fazem jus ao vale-transporte.


Vale-Transporte é o benefício pelo qual o empregador antecipa e custeia parte das despesas de seus
empre-gados realizadas com o deslocamento residência-tra-balho e vice-versa.

14.1- Desconto no salário

A concessão do Vale-Transporte autoriza o empregador a descontar mensalmente do empregado


beneficiado a parcela correspondente a 6% do seu salário-base. Não se incorporam ao salário-base,
para esse fim, quaisquer vantagens ou adicionais, como de insalubridade, pericu-losidade e por tempo
de serviço, dentre outros.

15- Seguro-Desemprego

Os profissionais liberais que dispensarem empregado, sem justa causa, estão obrigados a fornecer a
estes o Requerimento do Seguro-Desemprego {SD}, com a Comunicação de Dispensa (CD}.

15.1-. Encargos sociais

O profissional liberal terá de cumprir as obrigações decor-rentes da contratação dos seus empregados.

16- Contribuições previdenciárias descontadas dos empregados

O empregador deve descontar, no ato do pagamento da remuneração dos empregados, as


contribuições por eles devidas à Previdência Social, ou seja, alíquotas variáveis de 7,65%, 8,65% ,9% e
11%. O referido desconto se limita ao teto máximo previdenciário estabelecido.

16.1. Contribuição Patronal

A contribuição do profissional liberal, na condição de empregador, destinada à Seguridade Social é, a


partir de março de 2000, de 20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer
título, no decorrer do mês, aos segurados empregados, autônomos e equiparados que the prestam
serviços.
Referência legal: Decreto 3.048/99, artigo 201 – Alterado pelo Decreto nº 3.265/1999, Decreto nº
3.452/2000, Decreto nº 4.032/2001, Decreto nº 4.729/2003, Decreto nº 4.862/2003 e pela Lei nº
10.405/2002.

16.2. Contribuição Patronal - SAT

Contribuirá, também, para o custeio das prestações por Acidente do Trabalho, com 1 ou 2%, de acordo
com a atividade desenvolvida, incidente sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a
qualquer título, aos segurados empregados.
No caso de risco ambiental, a alíquota será acrescida de acordo com o grau de risco.
Referência legal: Decreto 3.048/99, artigo 202 – Alterado pelo Decreto nº 3.265/1999 e Decreto nº
4.7219/2003.
16.3. Contribuição Patronal - Terceiros

Além das contribuições acima, o profissional liberal deverá contribuir, para terceiros, com 4,5%,também
incidente sobre as remunerações pagas ou creditadas aos segurados empregados, em decorrência do
Código FPAS 566.

16.4.- Prazo para Recolhimento

As contribuições previdenciárias descontadas dos segurados empregados, assim como as


contribuições a cargo do profissional liberal incidentes sobre as remunerações pagas ou creditadas aos
segurados empregados e autônomos que lhe prestem serviços, devem ser recolhidas até o segundo
dia do mês seguinte ao da competência, prorrogado para o primeiro dia útil seguinte se o vencimento
cair em dia em que não houver expediente bancário.
Referência legal: Decreto 3.048/99, artigo 216,Inciso I, aliena “a” – Alterado pelo Decreto nº 3.265/1999,
Decreto nº 3.452/2000, Decreto nº 4.032/2001 e Decreto nº 4.729/2003.

17- Empresa Tomadora do Serviço

Com a instituição de Lei 9.876/99, as empresas que contratarem serviços dos profissionais liberais
passam a recolher a contribuição previdenciária de 20% (a partir de competência março/2000),
incidente sobre o valor total pago a título de remuneração pelos serviços prestados.

As micro e empresas de pequeno porte que optarem pelo SIMPLES estão desobrigadas de efetuar o
recolhimento desta contribuição.

18. Depósitos do FGTS

O profissional liberal deve depositar, em conta bancária vinculada, importância correspondente a 8,5%
do total da remuneração paga no mês anterior, a todos os seus empregados.

18.1- Prazo para recolhimento

Os depósitos do FGTS devem ser efetuados até o dia 7 do mês subseqüente ao de sua competência.
Não havendo expediente bancário no dia 7, os depósitos deverão ser efetuados no primeiro dia útil
imediatamente anterior.

18.1.1- GFIP

O recolhimento do FGTS deve ser efetuado através da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP)

19. Contribuição Sindical dos empregados

O empregador é obrigado a descontar, da folha de pagamento de seus empregados, relativo ao mês de


março de cada ano, a contribuição sindical por estes devida aos respectivos Sindicatos,
correspondentes a 1 dia de remuneração.
Os empregados admitidos após o mês de março ou os que não estiverem trabalhando nesse mês
serão descontados no primeiro mês seguinte ao da admissão ou reinicio do trabalho.

Referência legal: Decreto-lei nº 5.452/43-CLT, artigos 580 e 582.

19.1- Prazo para Recolhimento


A importância correspondente à contribuição sindical devida pelos empregados será recolhida pelo
profissional liberai até o último dia do mês seguinte ao do desconto, em qualquer agência bancária
integrante do Sistema de Arrecadação de Tributos Federais.
O recolhimento será efetuado mediante utilização da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical
(GRCS), preenchida em duas vias. A GRCS é distribuída pelas entidades sindicais, podendo ser
adquirida em papelarias especializadas.

Referência legal: Decreto-lei nº 5.452/43-CLT, artigo 583.

19.2. Envio de Comprovação do Recolhimento

O empregador terá de comprovar o recolhimento da Contribuição Sindical remetendo, dentro do prazo


de 15 dias, contado da data do recolhimento, à respectiva entidade sindical profissional ou, na falta
desta, ao Ministério do Trabalho e Emprego, cópia da Guia autenticada pelo órgão arrecadador,
acompanhada de relação nominal dos empregados, com indicação da função de cada um, do salário
percebido no mês do desconto da Contribuição e do valor recolhido, podendo esta relação ser
substituída por cópia da folha de pagamento.

Referência legal: Decreto-lei nº 5.452/43-CLT, artigo 583 § 2o.

20- Contribuição Sindical do Profissional

A contribuição sindical do profissional liberal será recolhida, de uma só vez, anualmente, com utilização
da GRCS, e consistirá numa importância correspondente a 30% do Maior Valor de Referência (MVR)
vigente no País.
O Governo Federal, com o intuito de desindexar a economia, determinou que os valores constantes da
legislação em vigor, vinculados ao Maior Valor de Referência, devem ser convertidos pelo valor de Cr$
2.266,17, permanecendo este valor inalterado.
Com o advento da Lei nº 8.383/91, que instituiu a Unidade Fiscal de Referência (UFIR) para atualização
monetária de tributos e valor expressos em cruzeiros na legislação tributária federai, determinou-se,
também, que esse referencial se aplicaria às contribuições de interesse de categorias profissionais ou
econômicas.
Assim, para calcular a Contribuição Sindical do profissio-nal liberal, em face da legislação vigente,
deve-se dividir o Maior Valor de Referência fixado em Cr$ 2.266,17 por Cr$ 126,8621, achando-se a
quantidade de UFIR a ser multiplicada pelo valor da UFIR do mês de fevereiro de cada ano e, logo
após, aplica-se a alíquota de 30%.

Referência legal: ; Lei 8.383, de 30-12-91.

20.1. Prazo para recolhimento

O recolhimento da Contribuição Sindical dos profissionais liberais e autônomos deve ser realizado no
mês de fevereiro de cada ano.
A legislação vigente dispõe que será prorrogado para o 1 ° dia útil subseqüente o prazo para
recolhimento da Contribuição Sindical, quando na data do seu vencimento, por qualquer motivo, não
funcionarem os estabelecimentos bancários integrantes da rede arrecadadora.
A antecipação do recolhimento da Contribuição Sindical para o dia útil imediatamente anterior somente
é obrigatória quando o vencimento recair no dia 31 de dezembro e, nesta data, não houver expediente
nos órgãos arrecadadores.

Referência legal: Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 - Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - artigo 580,
inciso II.

21-Contribuição para o PIS e COFINS


Os empregadores pessoa física não estão obrigados ao recolhimento de qualquer contribuição para o
Programa de integração Social (PIS} ou Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(COFINS). Isto porque somente as pessoas jurídicas, inclusive as a elas equiparadas pela legislação do
lmposto de Renda, é que estão obrigadas ao recolhimento.

Referência legal: Lei complementar 70/91.

22. Retenção do IR/fonte

Para efeito de retenção do lmposto de Renda na fonte, é irrelevante a natureza jurídica do empregador,
sendo responsáveis tanto a pessoa jurídica quanto a pessoa física.
Assim, o profissional liberal, ao remunerar os seus empregados, deve reter na fonte o Imposto de
Renda, quando for o caso, observada a Tabela Progressiva.
O profissional liberal fica responsável peto recolhimento desse imposto, mesmo que não o tenha retido.
O empregador deverá, ainda, fornecer anualmente o formulário do Comprovante de Rendimentos
Pagos e da Retenção de Imposto de Renda na fonte.

22.1- Prazo para recolhimento

O recolhimento do valor do Imposto de Renda retido pelo profissional liberai sobre os rendimentos do
trabalho assalariado deve ser efetuado até o 3° dia útil da semana subseqüente à do fato gerador.

23- Recibo de Pagamento a Autônomo -RPA

O profissional liberal, para dar quitação às empresas pelo pagamento dos serviços pessoais prestados
dever firmar recibo.
Assim, a partir de Abril de 2003, a empresa que remunerar contribuinte individual (profissional liberal)
deverá fornecer a este comprovante de pagamento pelo serviço prestado consignando, além dos
valores da remuneração e do desconto feito a título de contribuição previdenciária, a sua identificação
completa, inclusive com o número no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e o número de
inscrição do contribuinte individual no Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.

23.1-Prestação de serviço em mais de uma empresa

O profissional liberal que prestar serviços a mais de uma empresa, quando o total das remunerações
recebidas no mês atingir o limite máximo do salário-de-contribuição, deverá informar o fato à empresa
na qual sua remuneração atingir o limite e às que se sucederem , mediante a apresentação:
a) dos comprovantes de pagamento; ou
b) declaração por ele emitida, sob as penas da lei, consignando o valor sobre o qual já sofreu desconto
naquele mês ou identificando a empresa que efetuará, naquela competência, desconto sobre o valor
máximo do salário-contribuição.

23.2-Tempo de guarda da documentação

A empresa deverá manter arquivados, por dez anos, os comprovantes de pagamento ou a declaração
apresentados pelo profissional liberal, para fins de apresentação ao INSS quando solicitado.

Referência legal: Decreto 3.048/99, artigo 225 e Instrução Normativa 89/2003, artigos 23 e 24

FUNDAMENTAçÃO LEGAL:

Lei complementar 70/91;


Lei 8.383, de 30-12-91;
Lei 9.876/99;
Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 - Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ;
Decreto 99.684, de 8-1-90;
Decreto 3.048, de 6-5-99 ;
Portaria 402 MTb, de 28-4-55;
Portaria 3.109 MTb, de 8-3-79;
Portaria 3.233 MTb, de 29-12-83;
Portaria 5.188 MPAS, de 6-5-99;
Portaria 727 MPS, de 30-5-2003 (D-O-U, de 2-6-2003);
Resolução 637 INSS, de 26-10-98;
Instrução Normativa 89 INSS-DC de , artigo 39.

Responsável pela consultoria on-Line:


Asccel Assessoria, Consultoria e Planejamento Ltda
e-mail: asccelcontabil@veloxmail.com.br
Tel: (27) 3341-0988/3341-7492/3341-5698

Fontes:
FUNDAMENTAçÃO LEGAL:
Lei complementar 70/91;
Lei 8.383, de 30-12-91;
Lei 9.876/99;
Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 - Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ;
Decreto 99.684, de 8-1-90;
Decreto 3.048, de 6-5-99 ;
Portaria 402 MTb, de 28-4-55;
Portaria 3.109 MTb, de 8-3-79;
Portaria 3.233 MTb, de 29-12-83;
Portaria 5.188 MPAS, de 6-5-99;
Portaria 727 MPS, de 30-5-2003 (D-O-U, de 2-6-2003);
Resolução 637 INSS, de 26-10-98;

Atualização: ASCCEL Assessoria, Consultoria e Planejamento Ltda.


Responsável pela atualização
94787247700

Data da última atualização: 31/10/2008

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