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Goiânia, 2012
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Goiânia
2012
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RESUMO
INTRODUÇÃO
(PC). Das 202 crianças 24 (12%) tinham adquiridos déficits motores secundários a
vários fatores nos primeiros anos do desenvolvimento em vez de déficits motores
congênitos ocorridos como resultado de fatores no útero ou de eventos ocorridos no
parto.2
De acordo com Umphred9, a incidência de lesões cerebrais é maior na
população masculina do que a população feminina em uma proporção de 2 para 1.
No inicio da década de 1980 existiam relatos consistentes sobre o
aumento do número de nascidos vivos com paralisia cerebral , particularmente entre
os bebês pré termo. Estes aumentos se deviam largamente aos melhores índices de
sobrevida, uma vez que a incidência do baixo peso ao nascimento da paralisia
cerebral entre os pesos de nascimento de 2500 gramas ou mais permaneciam
largamente estáveis. Dados recentes demonstram que os índices da paralisia
cerebral estão caindo entre as crianças com peso ao nascimento muito baixo e
bebês nascidos muito antes do termo.4
Quando a um diagnóstico precoce, os pais têm a oportunidade de
entender o problema mais completamente e ajudar no desenvolvimento do bebê. E
importante incentivar os pais a ficarem alertas para a resposta do bebê e das
crianças de colo.
O modo e o tipo do padrão PC pode apresentar várias formas, sendo que
a variedade espástica é a mais comum indicando uma lesão fixa na parte motora do
córtex cerebral. A atetose ou distonia refletem envolvimento dos gânglios da base. A
ataxia refere-se à lesão cerebelar, e tipos mistos também são comuns podendo
incluir combinações de espasticidade com atetose ou ataxia. 7
A paralisia cerebral pode ser definida como: Monoplegia – envolvimento
de uma extremidade, Hemiplegia envolvimento da extremidade superior e inferior de
um lado, Paraplegia envolvimento de ambas extremidades,Quadriplegia
envolvimento igual de extremidades superiores e inferiores,diplegia com
envolvimento leve de extremidades superiores.
O tipo e a distribuição e a gravidade são aspectos essências do
diagnóstico , para dar sentido e direção ao tratamento e manejo do paciente.
Segundo Umphred9 o diagnóstico da paralisia cerebral indica que um
indivíduo tem uma lesão dentro do sistema do controle motor com distúrbio residual
de postura e controle de movimento. No processo de classificação identifica as
partes do corpo que estão envolvidas primeiramente como: diplegia, hemiplegia e
quadriplegia. O Dr Winthrop Phelps que diferenciou os tipos característicos da
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CASUÍSTICA E MÉTODOS
A amostra desta pesquisa foi classificada como não probabilística do tipo
intensional, constituindo –se de uma criança portadora de paralisia cerebral do sexo
feminino selecionada na Associação de Pais e Amigos Excepcionais (APAE) na
cidade de Anápolis – GO, após a autorização e consentimento dos pais .A pesquisa
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foi encaminhada pelo comitê de ética com o número de protocolo oficío 125 / 2009 –
número de Protocolo: 0020/2009
A amostra teve como critérios de inclusão: crianças de ambos sexos que
tivessem como diagnóstico de paralisia cerebral acima de 3 anos e que os pais
aceitaram participar da pesquisa através da assinatura do termo de consentimento
livre e esclarecido. Os critérios de exclusão foram: Pais ou mães que não
concordaram em participar da pesquisa e os que não puderam responder o
questionário por qualquer motivo na hora da entrevista.
A criança foi escolhida devido a características clínicas do paciente. Os
instrumentos para a coleta de dados da pesquisa foram utilizados :
1)Ficha de avaliação da clínica do paciente.
2) Ficha de avaliação Fisioterapêutica elaborada por ministrantes do
Bobath
Dentre os procedimentos a seleção foi através da criança que
apresentava mais necessidade de melhora a qualidade de vida, os materiais
utilizados para o tratamento foram colchonetes, travesseiros, rolos terapêuticos ,
banquinhos de madeira e brinquedos. O tratamento foi realizado em média 03
vezes semanais na APAE de Anápolis com duração de 50 minutos durante o
período de janeiro e fevereiro de 2009 em um total de 24 sessões , com observação
dos dados relativos a evolução da criança.
Relato de caso
Caso
Identificação :
Nome : A C Q O
Pai: R Q O
Mãe:E Q
Data nascimento: 26/08/03 Idade: 05 anos
Naturalidade: Brasileira
Diagnóstico: atraso do desenvolvimento neuropsicomotor / má formação congênita/
microcefalia/ quadriplegia espástica com predomínio a esquerda (SIC).
Queixa principal: “Não andar” relato da mãe (SIC).
HISTÓRIA DO NASCIMENTO
Duração :32 semanas
Peso do bebê: não lembra
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• Sentada em rolo inclinado e com apoio dos pés e ajuda da terapeuta atrás , a
paciente brinca com jogos imantados em uma mesa a frente , realiza alcance
superior e lateral com mão direita e trás para linha média.
• A criança acompanha objetos na horizontal vertical( coordenação olho- objeto
e olho –mão- objeto).
• Durante a avaliação/terapia a paciente interage com terapeutas e ambientes ,
comunica-se , apresenta volição .
• Criança bem cuidada e protegida pela família mão participa do tratamento ,
aceita orientações domiciliares.
Atividade limitada
• Paciente não e capaz de realizar transferências de prono no chão para
sentada no chão para brincar com peças de encaixe.
• Ainda não e capaz de passar de sentada no rolo 90/90 para sentada no chão
para buscar objetos .
• Não e capaz de passar no rolo 90/90 para de pé com apoio de mãos em uma
mesa a frente.
Observações :
• Transição de prono no chão para sentada no chão: necessita de ajuda dos
terapeutas para passar para side-sitting (sentar de lado, com os MMII
flexionados) , ainda com flexão anterior de tronco. Em seguida paciente apóia
os cotovelos e não realiza extensão dos mesmos para realizar tomada de
peso nas mãos . Para finalizar a transição , terapeuta necessita facilitar
extensores de tronco e manuseio das pernas para posição sentada em anel.
• Transição de sentada no rolo 90/90 para sentada no solo : o movimento e
iniciado com ajuda do terapeuta realizando o apoio das mãos e sobre o rolo
com rotação de tronco para direita. A partir desse manuseio , paciente
“escorrega” pelo rolo com aumento de flexão de quadris e joelhos até atingir o
solo em side-sitting com pés em plantiflexão.
• Transição de sentada no rolo 90/90 para de pé com uma mesa a frente :
paciente “se joga” para trás , realizando extensão de cervical , tronco , joelhos
e plantiflexão dos pés. Para completar a transferência necessita de input em
gradil costal para conduzir tronco a frente e apoio de mãos na mesa . No
inicio da transição a criança apóia mão D.
Estruturas do corpo /funções corporais
Controle neuromotor (função global , da mão e oral)
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Sistema sensorial
• Visão: paciente apresenta uma dificuldade de convergência visual no
objeto a frente por controle postural deficitário , realizando hiperextensão
de pescoço para executar essa coordenação olho-objeto; audição olfato e
paladar normais;
• Tátil e proprioceptivo (somatossensorial) alterado por não receber tomada
de peso em mãos e pés , mais acentuado em pé E.
• Sistema vestibular: alterado
• Cardiopulmonar : alteração na expansão torácica por fraqueza de
musculatura respiratória .
• Gastrointestinal: ausência de refluxo e constipação intestinal , adequada
nutrição e ausência de controle esfincteriano
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
No tratamento realizado por esses 2 meses , sendo 3 vezes semanais ,
notou-se que houve uma boa evolução adquirindo melhores padrões posturais.
Equilíbrio corporal
De acordo com Bobath1 as reações de equilíbrio são respostas
automáticas complexas e altamente integradas as mudanças de posturas e
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Esquema sensorial
Em todos os casos de disfunção do sistema nervoso central, e importante
testar a sensibilidade para descobrir a extensão da deficiência motora do paciente,
ou seja a perda dos padrões motores ou a fraqueza dos músculos , podendo então
ser decorrentes da deficiência sensorial. 1
No inicio do tratamento a paciente apresentou uma aumento a
sensibilidade. No final do tratamento identificou uma boa melhora em relação ao
início, onde foi realizado testes de sensibilidade tátil, dolorosa e pressão.
Reações adquiridas
Paciente não conseguia sentar no banco 90/90, apoiando os pés
totalmente e nem a mão esquerda, apresentava dificuldade em realizar as transições
de supino para prono e vice versa, e ficar em pé com ajuda do terapeuta,
trabalhando com a paciente em diversas transições e com estímulos a ficar de pé
com apoio e com brinquedos para estimular, observou que ela realizou as transições
com mais segurança e com menos dificuldade.
Controle cervical
De acordo com Pountney,4 o controle postural envolve o controle da
posição do corpo no espaço, para a estabilidade e orientação. A orientação postural
tem a capacidade de manter uma relação adequada entre os segmentos do corpo e
entre o corpo e o ambiente, para uma determinada tarefa. A postura é o alinhamento
biomecânico e a orientação do corpo em relação ao ambiente.
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Participação da família
No início do tratamento a mãe acompanhou ajudando a dar estímulos a
paciente, sendo pontual nas sessões e houve ajuda nos treinos em casa de acordo
com a mãe. A família parecia ser bastante prestativa, enfocando bastante na
necessidade em ajudar a paciente.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
2. Lasley DJ, Hamer RD, Dister R, Cohn TE. Postural stability and stereo-
ambiguity in man-designed visual environments. IEEE Trans Biomed Eng.
Vol. 38. 1991
ABSTRACT
ANEXOS
_________________________________________
Assinatura do sujeito ou representante legal
R.G.______________
Grau de parentesco: ________________________
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