Lecture notes
2016/2017
3
financeiros para financiar a actividade produtiva (as empresas). É
relevante salientar que em termos de linguagem macroeconómica é
clara a separação entre os termos poupança e investimento – a
poupança é realizada pelas famílias (corresponde à parcela do seu
rendimento disponível que não é dirigida a consumo no momento
presente) e o investimento é concretizado pelas empresas (será a
aplicação de recursos financeiros que lhes permite aumentar o seu
capital, ou seja, os seus meios de produção).
Salários
Trabalho
Famílias Empresas
Bens e
serviços
4
***Fig. 1.1- Circuito económico ***
6
fornecer informação necessária à decisão por parte dos agentes
económicos é tratado pela disciplina à qual se dá o nome de
contabilidade nacional. A informação prestada pela contabilidade
nacional é um instrumento de grande importância não apenas para o
Estado, enquanto agente responsável pela definição da política
económica, como também para famílias e empresas, uma vez que,
como referido de início, a estes agentes compete fazer escolhas
conscientes, para as quais a detenção de informação agregada é
crucial.
7
Um outro aspecto que requer alguma reflexão respeita à expressão
‘toda a actividade produtiva’, que também surge na definição de PIB
que apresentamos. Será que o PIB consegue mesmo medir tudo o que
é produzido? Já ficou claro que mesmo que assim fosse, o PIB não é,
nem pretende ser, uma medida perfeita do bem-estar da população
de um país. Este agregado é um indicador da quantidade
(devidamente ponderada pelo respectivo valor relativo) de bens e
serviços que a economia produz e que potencialmente podem
contribuir para o bem-estar. Aqui, o termo potencialmente é
relevante, porque como sabemos nem sempre aquilo que tem maior
valor económico é aquilo que mais nos ajuda a satisfazer
necessidades ou a garantir um maior nível de utilidade.
8
Pela ótica da produção, o valor do PIB é encontrado através da
soma do valor acrescentado bruto (VAB) de cada actividade
económica. O VAB mede o valor da produção diminuído dos consumos
intermédios; os consumos intermédios, por seu lado, corresponderão
ao valor dos bens e serviços que são utilizados ou consumidos no
processo produtivo (por exemplo, a farinha será um consumo
intermédio da produção de pão). Os consumos intermédios
correspondem àquilo que se extingue com o processo de produção
(são alvo de consumo) e, portanto, não devem ser confundidos com
os bens de capital que correspondem aos utensílios necessários para
produzir e que perduram para além da geração de uma unidade do
bem.
PIB C G I X Z (1.1)
11
gerado pela actividade produtiva após pagas as compensações
salariais mas antes de pagos outros rendimentos, como juros ou
rendas; em conjunto com este agregado faz sentido também
considerar o ‘rendimento misto’, o qual corresponde à remuneração
do trabalho desenvolvido pelos donos das empresas, quando não é
possível distinguir esta remuneração do lucro conseguido com as
actividades produtivas desenvolvidas). Além da soma dos
rendimentos, a medição do PIB pela ótica do rendimento exige que se
adicione os impostos indirectos líquidos de subsídios à produção e
importação (a soma dos rendimentos gerados na economia não é à
partida um valor disponível a preços de mercado, donde esta última
operação possibilita a necessária adaptação).
Contabilizar o PIB, seja por que ótica for, tem necessariamente uma
finalidade. Como referido de início, há essencialmente uma
necessidade de conhecer a realidade que nos envolve através da
quantificação de um conjunto de indicadores. Saber quanto a
economia produz dá-nos uma noção sobre o nível de rendimento que
podemos obter dado o nosso nível de qualificações, sobre o valor da
reforma que receberemos quando nos reformarmos, qual o montante
de subsídio de desemprego a que teremos acesso caso fiquemos
desempregados, que bens e serviços a economia está em condições
de disponibilizar para o mercado, entre outras indicações
importantes. Mas o número em si diz-nos pouco; referimos atrás que
o PIB português em 2013 foi de 165.690 milhões de euros. Este valor
dificilmente nos serve de referência quando vamos às compras e
encontramos um quilo de laranjas à venda por 2 euros ou um
computador portátil à venda por 1.000 euros. Na realidade, o PIB
enquanto medida macroeconómica só tem relevância quando
pensado numa lógica de comparabilidade entre valores. Esta
comparabilidade tem duas dimensões: a espacial e a temporal.
14
PIBt PIBt 1
g 100 (1.2)
PIB t 1
15
de preços que podem ir um pouco mais ao pormenor. O índice de
preços do consumidor harmonizado (IPCH), por exemplo, mede
directamente os preços dos bens e serviços de consumo adquiridos
pelas famílias, devidamente ponderados pelo respectivo peso no
cabaz de consumo da família representativa. Outro índice de preços,
obtido de forma directa é o índice de preços no produtor (mede os
preços tendo em conta os respectivos custos de produção dos bens e
serviços). A taxa de inflação que é, regra geral, calculada pelos
institutos nacionais de estatística e divulgada pelos meios de
comunicação social é aquela que é mais relevante para as decisões
de consumo das famílias, isto é, trata-se da taxa de crescimento do
IPCH.
PIB
Tempo
Y f ( N , K , A) (2.1)
21
número de trabalhadores e sem qualquer processo de inovação
tecnológica que acompanhe esse acréscimo de maquinaria,
inevitavelmente os rendimentos adicionais ou marginais tornar-se-ão
progressivamente menores. Deste modo, a função de produção terá a
forma apresentada na figura 2.2.
Y
Y f ( N , K , A)
I sY sf ( N , K , A) (2.2)
K sf ( N , K , A) K (2.3)
22
depreciação é linear, o investimento bruto ou a poupança, que
dependem da função de produção, correspondem a uma função
côncava do capital, dados os rendimentos marginais decrescentes.
Isto pode ser observado na figura 2.3.
Y
K
sf ( N , K , A)
Y*
K0 K* K
23
2.d. Produtividade total de fatores e infraestrutura social
Y Y f (K, A 1 )
Y f (K, A0 )
Para perceber a informação que a curva IS nos dá sobre o comportamento dos agentes
económicos, torna-se necessário caracterizar algumas relações entre variáveis
macroeconómicas, o que se fará de seguida. A primeira ideia importante a reter é que a nossa
análise é uma análise de equilíbrio, isto é, pressupõe-se que o mercado no seu conjunto
funciona de tal forma que, tendo em conta um determinado período de tempo, os bens e
serviços produzidos pelas empresas têm alguma utilização final por parte dos agentes no
sistema económico. Em termos formais, a condição de equilíbrio expressa-se da seguinte
forma:
Y D (3.1)
25
em que Y é o rendimento ou produto agregado da economia e D
designa a despesa, que no cap. 1 se definiu como D=C+I+G+X-Z.
C C cYD (3.2)
C
C
1
A hipótese de que o consumo privado depende sobretudo do rendimento disponível é uma
característica fundamental do raciocínio Keynesiano, que é conveniente no sentido em que estabelece
uma correspondência directa entre rendimento que as famílias obtêm no período e consumo que fazem
nesse período. Na prática, pode haver desfasamentos temporais significativos entre os momentos em
que o rendimento é acumulado e as decisões de consumo são tomadas, de modo que em rigor faria
mais sentido fazer depender o consumo privado da riqueza detida e da riqueza que se espera deter no
futuro. Como a nossa análise vai ser em grande parte estática, a dependência do consumo em relação à
riqueza é ignorada. Da mesma, considerações sobre rendimento futuro esperado são postas de parte.
Por simplificação, ignoramos uma das forças mais relevantes na percepção do comportamento
económico, nomeadamente a formação de expetativas (apesar de se voltar a fazer uma breve referência
a estas aquando da análise da variável investimento).
27
c
C
YD
S YD C S C (1 c )YD (3.3)
YS YD
1-c
-C
C C=YD
C
YS YD
29
*** Fig. 3.3 – Limiar de poupança e função consumo ***
30
rentável); se a taxa de juro aumenta, haverá menos projectos para os
quais a eficiência marginal suplantará a taxa de juro, e portanto no
seu conjunto o nível de investimento diminuirá.
I I ei (3.4)
I/ e
-e
I
31
I
Y D : Equação de equilíbrio
D C I : Equação de definição
YD Y : Equação de definição
I I : Equação de comportamento
CI
Y (3.5)
1 c
D,C,I D=Y
D=C+I
I I
Ye Y
Y 1
(3.6)
I 1 c
33
rendimento aumentará sempre num valor superior; temos
efectivamente um efeito multiplicador! Constate-se também que
quanto maior a propensão marginal a consumir maior será o valor do
multiplicador.
Y D : Equação de equilíbrio
D C I : Equação de definição
YD Y : Equação de definição
YD C S : Equação de definição
34
S
S2
S1
I
Ye2 Ye1 Y
T T tY (3.7)
Y D : Equação de equilíbrio
D C I G : Equação de definição
YD Y T TR : Equação de definição
I I : Equação de comportamento
T T tY : Equação de comportamento
TR TR : Equação de comportamento
36
Novamente, para chegar à forma reduzida do modelo, consideramos a condição de equilíbrio e
procedemos por substituição sucessiva até chegarmos ao valor do rendimento de equilíbrio:
C I G cT cTR
Y (3.8)
1 c (1 t )
À diferença entre receita fiscal (impostos) e despesa pública (gastos + transferências) dá-se a
designação de saldo orçamental, que podemos representar da seguinte forma:
SO T tY G TR (3.9)
SO
T (G TR)
Y D : Equação de equilíbrio
D C I G : Equação de definição
38
YD Y T TR : Equação de definição
YD C S : Equação de definição
S+T
I+G+TR
C cT (1 c)TR Ye Y
39
1) Balança corrente – regista o conjunto de transacções correntes com
o exterior, sejam elas transacções de mercadorias (balança
comercial), de serviços (balança de serviços), resultantes de fluxos de
rendimentos (balança de rendimentos), ou transacções que não
envolvem contrapartida, como é o caso das remessas de emigrantes
(balança de transferências correntes).
Como o âmbito da nossa análise é o mercado real, focamos a atenção na balança corrente, que
se definirá da seguinte forma:
BC X Z (3.10)
A introdução das relações correntes com o exterior permite reescrever a equação da despesa
de modo mais completo,
D C I G X Z (3.11)
40
de intersecção com o eixo horizontal representa o nível de
rendimento para o qual a balança corrente se encontra em equilíbrio.
À esquerda deste ponto, temos um excedente da balança corrente e à
direita do ponto um défice da balança corrente.
BC
X Z
BC
Y D : Equação de equilíbrio
D C I G X Z : Equação de definição
YD Y T TR : Equação de definição
YD C S : Equação de definição
I G TR X S T Z (3.12)
S+T+Z
I+G+TR+X
41
C cT (1 c)TR Z Ye Y
Y D : Equação de equilíbrio
D C I G X Z : Equação de definição
YD Y T TR : Equação de definição
I I : Equação de comportamento
T T tY : Equação de comportamento
TR TR : Equação de comportamento
X X : Equação de comportamento
Z Z mY : Equação de comportamento
C I G cT cTR X Z
Y (3.13)
1 c(1 t ) m
42
variáveis objetivo, para além do rendimento, são-no também o saldo
orçamental e a balança corrente.
Tendo em conta que existem três variáveis objetivo , faz sentido avaliar os
impactos multiplicadores sobre cada uma delas. Comecemos por voltar a olhar para os
multiplicadores relacionados com o rendimento. Ao multiplicador do investimento autónomo,
dos gastos públicos e das exportações autónomas dá-se o nome de multiplicador de base,
correspondendo este a
Y Y Y 1
(3.14)
I G X 1 c (1 t ) m
Y c
- Multiplicador das transferências autónomas: ;
TR 1 c(1 t ) m
Y c
- Multiplicador dos impostos autónomos: ;
T 1 c (1 t ) m
Y 1
- Multiplicador das importações autónomas: .
Z 1 c (1 t) m
Y c
Y (3.15)
t 1 c (1 t ) m
43
O multiplicador da taxa de imposto é negativo, o que indica que um
aumento na taxa de imposto faz reduzir o rendimento.
SO Y
- Multiplicador da taxa de imposto no saldo orçamental: Y t
t t
;
44
menor amplitude do que o efeito directo, de tal modo que o
multiplicador dos impostos autónomos no saldo orçamental será
seguramente um valor entre 0 e 1, e os multiplicadores das
transferências e dos gastos assumirão valores entre -1 e 0. A intuição
é simples; por exemplo, no caso de um aumento dos gastos do Estado
há um impacto directo negativo sobre o saldo orçamental que é
atenuado pelo facto de o aumento dos gastos provocar um aumento
do rendimento e um maior rendimento permitir cobrar mais impostos.
Um aumento do investimento autónomo, um aumento no valor das
exportações autónomas ou uma variação negativa nas importações
autónomas têm um efeito positivo sobre o saldo orçamental porque
fazem aumentar o rendimento e, em consequência, fazem crescer as
receitas fiscais.
BC Y
- Multiplicador da taxa de imposto na balança corrente: m ;
t t
45
No caso de impostos autónomos, transferências, gastos, taxa de
imposto e investimento autónomo, o impacto sobre a balança
corrente acontece apenas via rendimento. As medidas de política que
fazem aumentar o rendimento irão aumentar as importações e,
consequentemente, agravar o saldo da balança corrente. No caso de
exportações e importações, voltamos a verificar existir um efeito
directo e um efeito indirecto, via rendimento, que atenua o primeiro.
Logo, o multiplicador das exportações autónomas no saldo da balança
corrente é um valor entre 0 e 1, e o multiplicador das importações
autónomas no saldo da balança corrente será um valor entre -1 e 0.
Por exemplo no caso das exportações, se estas aumentam 1 u.m. isso
fará o saldo da balança corrente melhorar directamente 1 u.m., mas
também faz crescer o rendimento e, consequentemente, as
importações, de onde resulta que o incremento no saldo da balança
corrente será, no fim de contas, inferior a 1 u.m..
48
diminuição dos níveis de despesa e de rendimento, que atenuam o
efeito inicial de aumento do rendimento.
3.h. Função IS
Toda a discussão em torno dos multiplicadores nas secções precedentes assumiu, por
simplificação, que o investimento era autónomo. Reintroduzimos agora a parte induzida do
investimento, de acordo com a qual existe uma relação de sinal contrário entre taxa de juro e
nível de investimento. Considerando a lista completa de equações que formam o nosso modelo
e, também, a equação de investimento na sua versão completa, podemos deduzir uma forma
reduzida que já não é apenas o valor de equilíbrio do rendimento em função de um conjunto
49
de valores autónomos, mas uma relação entre duas variáveis: o rendimento e a taxa de juro. A
expressão assim obtida designa-se função IS ou curva IS,
C I G cT cTR X Z e
Y i (3.16)
1 c(1 t ) m 1 c(1 t ) m
IS
51
No mercado monetário transaciona-se moeda. A moeda é um ativo
financeiro, ou seja, é uma forma de detenção de riqueza. Em relação
a outros ativos, a moeda possui características próprias, que fazem
com que em determinadas circunstâncias seja vantajoso detê-la e
noutras não tanto.
52
Não é consensual o que se entende por ativo líquido, ou seja, não há
consenso em relação à definição de moeda que será a mais
adequada. Regra geral, os bancos centrais consideram diferentes
agregados monetários (diferentes definições de massa monetária ou
de quantidade nominal de moeda). Os principais agregados
monetários normalmente considerados são os seguintes:
M2 = M1 + Depósitos a prazo
M Cm Dep. (4.1)
53
Considerando que os agentes económicos não sofrem de ilusão
monetária, interessa-nos a procura real de moeda por parte do sector
privado, famílias e empresas, que todos os dias necessitam de
realizar transacções. O termo ‘real’ indica que o que é relevante nas
decisões dos agentes económicos não é a quantidade de moeda mas
sim o respectivo poder de compra. Definimos procura real de moeda
por L e consideramos que existem dois grandes motivos para
procurar moeda: motivo transacção / precaução e motivo
especulação.
Lt kY (4.2)
Ls h hi (4.3)
Juntando as duas expressões, a função de procura real de moeda pode ser escrita como:
L kY h hi (4.4)
54
4.c. A função LM
M
L : Equação de equilíbrio;
P
L Lt Ls : Equação de definição;
Lt kY : Equação de comportamento;
Ls h hi : Equação de comportamento;
M M
: Equação de comportamento.
P P
A partir da forma estrutural do modelo, como apresentada acima, podemos chegar à forma
reduzida que consiste numa relação de sinal positivo entre a taxa de juro e o rendimento. A
massa monetária, considerado um valor autónomo, será a variável estratégica da relação. Por
substituição sucessiva,
55
1 M h h
Y i (4.5)
k P k k
i
LM
Y 1
(4.6)
M k
i
LM
LM’
56
M 0
57
Y Y
i( d ) i( d ) a( ) b (4.7)
Y
58
2. Facilidades permanentes. As facilidades permanentes permitem
fornecer ou absorver liquidez num prazo de 24 horas. Existem
facilidades permanentes de cedência de liquidez (obtenção de
liquidez por parte dos bancos num prazo overnight) e
facilidades permanentes de depósito (constituição de depósitos
junto do banco central por um prazo overnight).
Banco central
Reservas Empréstimos
Bancos comerciais
Depósitos Empréstimos
Famílias / empresas
59
*** Fig. 4.3 – Sistema bancário ***
H Cm R (4.8)
60
Uma eventual corrida aos levantamentos causará problemas, uma
vez que uma parte importante da moeda existente sob a forma de
depósitos não se encontra parada no banco porque foi objeto de
concessão de crédito. Este risco implica que a atividade dos bancos
esteja sujeita a uma regulação e supervisão severas por parte da
autoridade monetária. Este risco justifica a razão pela qual parte dos
depósitos permanece nos bancos comerciais sob a forma de reservas.
R
r (4.9)
Dep.
M Cm Dep. cd 1
(4.10)
H Cm R cd r
M cd 1
1 (4.11)
H cd r
61
quantidade de moeda primária ou base monetária existente no
sistema bancário. Em consequência, a quantidade de moeda
também diminuirá, via multiplicador da base monetária.
Recuperando a função LM, o nível de rendimento variará, neste
caso, negativamente, e a curva LM deslocar-se-á para a
esquerda. Temos nesta circunstância uma política monetária
contracionista;
62
nomeadamente daquela que representa o equilíbrio no mercado
monetário.
C I G cT cTR X Z e
Y i (5.1)
1 c(1 t ) m 1 c(1 t ) m
1 M h h
Y i (5.2)
k P k k
63
Algum cálculo permite chegar ao seguinte valor para o rendimento de
equilíbrio:
C I G cT cTr X Z e/h M
Y
1 c(1 t ) m ek / h 1 c(1 t ) m ek / h P
(5.3)
eh / h
1 c(1 t ) m ek / h
i
LM
ie
IS
Ye Y
i
LM
G 0
IS’
IS
No caso concreto dos gastos, o multiplicador que permite medir a diferença entre os níveis de
rendimento pré e pós implementação de medida de política será:
65
Y 1
(5.4)
G 1 c (1 t ) m ek / h
1 1
Como não poderia deixar de ser, ,
1 c(1 t ) m ek / h 1 c(1 t ) m
uma vez que, como se depreende do gráfico na figura 5.2, a distância
entre equilíbrios é inferior à distância entre curvas IS. O multiplicador
de base continua a ser superior à unidade, mas é inferior ao que
encontramos por análise exclusiva do mercado real.
Y c
;
T 1 c(1 t ) m ek / h
Y c
;
TR 1 c (1 t ) m ek / h
Y 1
.
Z 1 c (1 t ) m ek / h
Y e/h
(5.5)
M 1 c(1 t ) m ek / h
i
LM
LM’
IS’
IS
LM
IS’
IS
LM
i
IS’
IS
70
a curva LM em qualquer uma destas três zonas, dependendo do
momento do ciclo económico que está a ser considerado.
71
C I G cT cTr X Z e/h M
Y
1 c(1 t ) m ek / h 1 c(1 t ) m ek / h P
(5.6)
eh / h
1 c(1 t ) m ek / h
72
i
LM’
LM
i1
i0
IS
Y1 Y0 Y
P1
AD
P0
Y1 Y0 Y
73
No que respeita à oferta agregada, a curva AS representará os pares
de valores rendimento - nível de preços que equilibram os mercados
de fatores produtivos, isto é, os mercados de trabalho, capital e
tecnologia. Vamos supor que os níveis de capital e tecnologia são
constantes e centramos atenção no mercado de trabalho. No mercado
de trabalho transaccionam-se horas de trabalho, donde a oferta de
trabalho é concretizada por aqueles que podem fornecer tais horas ao
processo produtivo: as famílias. Quanto à procura de trabalho, esta é
realizada pelas empresas que necessitarão de mão-de-obra para
poderem produzir.
w
Ns
we
Nd
Ne N
75
não o valor monetário recebido como remuneração pelo trabalho.
Quanto à visão Keynesiana, admite-se que, pelo menos em parte, os
trabalhadores estão sujeitos a ilusão monetária, ou seja, levam em
consideração o salário recebido sem terem em conta a evolução dos
preços na economia. Esta diferença de interpretações é decisiva no
que toca à forma que a curva de oferta agregada vai tomar.
Nd’
Nd
76
Ne N
P AS
Ype Y
w
Ns
Nd’
77 Nd
N
P AS
Ype Y
P AS AS’
Ype Ype’ Y
AS1
AS0
Ype Y
P AS
AD
Ype Y
80
deslocação da curva AS. Assim, teremos inflação pela procura quando
qualquer política expansionista provoca a deslocação da curva AD
para a direita; por outro lado, designa-se inflação pelos custos a que é
resultado do movimento da curva AS para a esquerda. As figuras 5.15
e 5.16 ilustram ambos os casos.
P AS
AD’
AD
Ype Y
AS’ AD
AS
Ype Y