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CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

FRANCIMEIRE ARRUDA DOS SANTOS

Resenha da apostila EJA- Educação de Jovens e Adultos e o mercado de


trabalho e sobre os outros textos discutidos em sala de aula

TAGUATINGA-DF

2º/2015
A autora destaca a trajetória da Educação de Jovens e Adultos (EJA),
trazendo reflexões sobre o perfil do educando adulto que apresenta os
caminhos difíceis para ingressar nos estudos e no mercado de trabalho, nessa
modalidade de ensino que se refere a uma educação de classe trabalhadora,
pois todo tem a sua existência marcada por situações adversas, sujeitando-se
a venda cada vez mais precária de sua força de trabalho.

A proposta pedagógica para o EJA no sistema escolar é considerar que


são seres únicos, diferentes de idade, cor/ etnia e que todos aprendem de uma
maneira diferente, que possa ser inserido de uma forma adequada, sem
rejeições, preconceitos para que possa receber uma aprendizagem
significante. Dessa forma, busca-se através do EJA acabar com o
analfabetismo no Brasil, ou ao menos tentar diminuí-lo, fazendo com que as
pessoas que não se adequam na faixa etária do ensino fundamental e médio
busquem o Ensino de Jovens e Adultos, sendo este, seu maior objetivo,
fazendo com que essa classe tenha uma formação social crítica e também
escolar.

Mas infelizmente o que se vê no cotidiano é a busca apenas pela


certificação para ter um mínimo de exigência exigida por qualquer empresa
visando um profissional “qualificado”. É preciso que a sociedade compreenda
que alunos de EJA vivenciam problemas como preconceito, vergonha,
discriminação, críticas e muitos outros e que tais questões são vivenciadas
tanto no cotidiano familiar como na própria comunidade.

Um dos desafios da EJA é refletir sobre a centralidade que o trabalho


adquiriu nas sociedades capitalistas, levando em conta que os jovens e adultos
que se encontram em sala de aula que vislumbram, na conclusão do ensino
básico, uma possibilidade de ingressar no mercado de trabalho ou de melhorar
suas condições.

No que se refere a LDB na artigo 37 a educação de jovens e adultos


será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no
ensino fundamental e médio na idade própria para que possa resgatar seus
estudos no tempo perdido.§1º Os sistemas de ensino assegurarão
gratuitamente aos jovens e adultos que não puderam efetuar os estudos na
idade regular, oportunidade educacionais apropriadas, consideradas as
características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho. A
lei garante que haja adaptações quanto as caracteristicas do alunado que
normalmente trabalha em serviço braçal, moram distantes, e outros.

Ressalta-se ainda que o currículo deve ser flexionado, conforme as


necessidades dos alunos letrados, fazendo com que o professor perceba o
interesse e o prazer desse aluno que depois de tanto tempo decidiu estudar.
Para isso, cabe o professor usar metodologias que façam com que os alunos
adultos permaneçam nas salas de aulas motivados, pois sabe-se que educar
alunos do EJA é uma tarefa muito desafiadora

É papel do professor, especialmente dos professores que atuam no EJA,


compreender melhor o aluno e sua realidade diária. Enfim, é acreditar nas
possibilidades do ser humano, buscando seu crescimento pessoal e
profissional, para então ele possa se relacionar , articular o mundo do trabalho
e a educação . Um trabalhador que pense também, que participe, para superar
modelos de trabalho e educação que dicotomizam o planejar e o executar.

Conclui-se que hoje em dia, educar jovens e adultos não é apenas


ensiná-los a ler e escrever seu próprio nome, mas sim, é oferecer-lhes uma
escolarização ampla e com mais qualidade. E isso requer atividades contínuas
e não projetos isolados que, na primeira dificuldade, são deixados de lado para
o início de outro. Além disso, a educação de jovens e adultos não deve se
preocupar apenas em reduzir números e índices de analfabetismo, deve
ocupar-se de fato com a cultura do educando e a formação continuada do
professor.

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