Capítulo 1 -
Definições e Características da Atividade 001
Introdução 002
Definições 003
Manipulação (RDC 33/2000) 003
Farmácia 003
Preparação Magistral (RDC 33/2000) 003
Preparação Oficinal (RDC 33/2000) 004
Preparação (RDC 33/2000) 004
Preparação Magistral Semi-acabada (RDC 33/2000) 004
Dispensação (RDC 33/2000) 004
Especialidade Farmacêutica (RDC 33/2000) 004
Droga (RDC 33/2000) 005
Matéria-prima (Portaria 344/98) 005
Medicamento (Portaria 344/98) 005
Entorpecente (Portaria 344/98) 005
Psicotrópico (Portaria 344/98) 005
Substância Proscrita (Portaria 344/98) 006
Precursores (Portaria 344/98) 006
Receita (Portaria 344/98) 006
Notificação de Receita (Portaria 344/98) 006
Livro de Receituário Geral (Portaria 344/98) 006
Livro de Registro Especifico (Portaria 344/98) 007
Licença de Funcionamento 007
Autorização Especial (Portaria 344/98) 007
Aditivação 007
Fracionamento (RDC 33/2000) 007
Bases Galênicas (RDC 33/2000) 008
Veículo / Excipiente 008
Cosmético (RDC 33/2000) 008
DCB (RDC 33/2000) 008
DCI (RDC 33/2000) 008
Controle da Qualidade (RDC 33/2000) 008
Desvio da Qualidade (RDC 33/2000) 009
Garantia da Qualidade (RDC 33/2000) 009
Lote ou Partida (RDC 33/2000) 009
Procedimento Operacional Padrão POP (RDC 33/2000) 009
BPMF (RDC 33/2000) 009
BPME (RDC 33/2000) 009
Calibração (RDC 33/2000) 010
Validação (RDC 33/2000) 010
Ordemde Manipulação (RDC 33/2000) 010
Número de Lote (RDC 33/2000) 010
Rastreamento (RDC 33/2000) 010
Quarentena (RDC 33/2000) 010
Qsp 011
qs 011
fsa 011
aa 011
Caracterização da Atividade Magistral 012
Beneficios proporcionados
pelo medicamento manipulado 014
Facilidade posológica 014
Possibilidade de escolha da forma farmacêutica 014
Possibilidade de resgate de medicamentos 014
Economia 014
Personalização da Terapêutica 014
União Multiprofissional em prol da saúde 015
Capítulo 2 -
Controle da Qualidade na Farmácia Magistral 016
Introdução 017
Qualidade da matéria-prima no setor magistral 019
Qualificação dos fornecedores 021
Controle da qualidade das matérias primas 022
Laboratório de Controle da qualidade 022
Instalações físicas 022
Equipamentos 022
Principais fontes bibliográficas de metodologia analitica 023
Recepção, Identificação e Amostragem
das matérias primas 024
Recepção das matérias primas 024
Identificação 024
Etiquetas 024
Amostragem 025
Características (identificação) das matérias primas 026
Caracterização organoléptica 027
Identificação físico-quimica 029
Obtenção do Teor dos fármacos 044
Conceitos de química analítica 044
Molaridade 044
Normalidade 045
Cálculo de equivalentes-grama 046
Padrões primários e Padrões secundários 047
Volumetria de neutralização 048
Preparo de fenolftaleina 048
Preparo de hidróxido de sódio 048
Aferição (ou padronização) de hidróxido de sódio 048
Doseamento de ácido glicótico 049
Doseamento de furosemida 049
Doseamento de alendronato de sódio 049
V o l u m e t r i a de Oxiredução 049
Preparação de ferroína 049
Preparação de sulfato cérico 049
Padronização de Sulfato Cérico 049
Preparação de difenilamina 050
Doseamento de acetato de vitamina E 050
Doseamento de nifedipina 050
Doseamento de hidroquinona 051
Preparação do iodato de Potássio 051
Amido 051
Doseamento de Captopril 051
Titulação Potenciométrica 051
Vantagens da titulação potenciométrica 052
Doseamento do cloridrato de ranitidina 052
Doseamento do Triac 052
Doseamento em meio não aquoso 052
Introdução 052
Natureza do solvente 053
Tipos de solventes 053
Preparo do cristal violeta 054
Preparo da naftolbezeína 054
Preparo da solução de ácido perclórico 0,1N em
ácido acético glacial 054
Padronização do ácido perclórico 0,1N 054
Preparação do acetato mercúrio 055
Doseamento do cloridrato de anfepramona 055
Doseamento do cloridrato de femproporex 055
Preparo de azul do Nilo Sl 055
Doseamento de Diazepam 055
A n i d r o v o l u m e t r i a + Potenciometria 055
Doseamento do Bromazepam 055
Doseamento do Aciclovir 056
Doseamento do Etiladrianol 056
Doseamento do diclofenaco sódico 056
E s p e c t r o f o t o m e t r i a na região do u l t r a v i o l e t a sensível . . . 056
Vantagens e Desvantagens da Espectrofotometria
na região do ultravioleta visível 057
Conceitos fundamentais em espectrofotometria 058
Lei de Lambert e Bier 059
Equipamentos utilizados em Espectrofotometria 060
Doseamento espectrofotométrico nas
regiões visíveis e ultravioleta 060
Controle da Qualidade de Produto Acabado no
Setor Magistral:
Formas Farmacêuticas Sólidas de Uso Oral 063
Métodos Físicos e Físico-químicos aplicáveis ao
controle da qualidade de Formas farmacêuticas sólidas . 065
Identificaçào 065
Cápsulas de Betametasona 065
Identificação de Carbamazepina (em cápsulas) 066
Identificação da Amitriptilina 066
Identificação da Digoxina 066
Variação de peso e Peso médio 067
Metodologia 067
Exemplos da importância do Peso Médio 069
Limites de variação e validação de processos 070
Uniformidade de doses unitárias 073
Parâmetros para uniformidade de teor no
caso de cápsulas, granulados, supositórios e óvulos 073
Formas Farmacêuticas de Maior Risco Terapêutico
e a Importância do Controle da Qualidade 074
Discutindo uniformidade de massa 076
Principais problemas que conduzem a não conformidades
em produto acabado de formas farmacêuticas sólidas:
Estudo de casos reais 078
Pesagem 078
Cálculo matemático dos componentes da fórmula 078
Unidades internacionais (Ul) 078
Homogeneização e Tamisação de Pós 079
Encapsulação 079
Outros Métodos Físicos Importantes 080
Dureza 080
Critérios de aceitação 080
Friabilidade 080
Critérios de aceitação 080
Desintegração 081
Equipamento de desintegração 081
Critérios de aceitação (Fbra IV) 081
Obtenção do Teor de Fármaco ativo em
Formas Farmacêuticas Sólidas 083
Volumetrias 083
Cápsulas de acetazolamida 083
Cápsulas de Difosfato de Cloroquina 083
Cápsulas de Fenitoína 083
Espectrometria no Ultravioleta 084
Doseamento de cápsulas de carbamazepina 084
Doseamento de cápsulas de amiodarona 084
Doseamento de digoxina 085
Doseamento de cápsulas de lovastatina 085
Doseamento de cápsulas de deflazacort 086
Capítulo 3 -
Principais Equipamentos 087
Balança Eletrônica 088
Operação 088
Pesagem Subtrativas 088
Comparando massas 089
Arredondamento interno da balança 089
Manutenção 089
Calibração 089
Checando a calibração 090
Executando a calibração 090
Aferição 090
Destiíador 091
Operação 091
Manutenção 091
Deionizador 092
Manutenção 092
pHmetro 093
Operação 093
Calibração do pHmetro ( Exemplo: Modelo Hl 8314) 093
Calibração do pHmetro ( Exemplo: Modelo Hl 9321) 094
Medida do potencial de oxi-redução 095
Manutenção 095
Observações 096
Placa encapsuladora 097
Componentes da placa 097
Operação 097
Manutenção e límpeza 097
Filtro purificador de água 098
Manutenção 098
Fluxo laminar horizontal 099
Descrição 099
Operação 100
Validação do fluxo laminar 100
Capitulo 4 -
Vidrarias e Porcelanas 101
Vidrarias e porcelanas de uso em laboratórios 102
Procedimento de limpeza 102
Procedimento de limpeza com utilização da estufa 102
Principais vidrarias utilizadas em laboratórios 103
Béquer 103
Frasco Erlenmeyer 103
Gral ou almofariz 104
Espátulas 104
Termômetros 104
Funis 105
Cálice 105
Provetas 105
Pipetas 106
Bastões ou Baguetas 106
Vidros relógio 106
Cápsula 107
Cadinhos 107
Balões 107
Buretas 108
Funil de decantação 108
Tubos de ensaio 108
Capitulo 5 -
Manipulação 109
Processos de Manipulação 110
Introdução 110
Questões a serem consideradas antes da
manipulação de uma prescrição 110
Processo de Manipulação - Laboratório de Sólidos -
Formas Farmacêuticas Sólidas de Interesse na
Farmácia Magistral: Pós, Granulados e Cápsulas 111
Introducão 111
Pós 112
Definição (USP - 23) 112
Vantagens 112
Desvantagens 113
Características 113
Classificação dos pós 113
Preparação 113
Redução do tamanho das particulas 113
Tamisação 114
Classificação dos tamises 114
Mistura (Homogeneização) 116
Misturas Eutéticas 116
Misturas Explosivas 118
Problemas especiais, Instabilidade e Incompatibilidades
de pós ou Misturas de pós 118
Pós eflorescentes 120
Substancias eflorescentes 120
Medidas Corretivas 121
Dicas para manipulação de pós 121
Formas farmacêuticas em Pó de uso oral de
interesse Magistral 122
Pós a granel ("Bulk powders") de uso interno 122
Exemplos de Formulações 123
Pós divididos (Papéis medicamentosos,
sachês e flaconetes) 124
Sugestões de excipientes para pós divididos 125
Exemplos de Formulações 125
Grânulos Efervescentes 126
Vantagens 126
Correção do paladar 126
Desvantagens 126
Procedimento de preparo de grânulos efervescentes .... 126
Exemplos de formulações 127
Envelopes com ascorbato de calcio efervescentes 127
Citrocarboanto 127
Pó Analgésico efervescente 128
Cápsulas 129
Definição (USP - 23; Ph Eur- 3rd) 129
Vantagens da Forma farmacêutica Cápsula 129
Desvantagens da forma farmacêutica cápsula 130
Composição do invólucro da cápsula 131
Conteúdo das cápsulas 131
Classificação (categoria de cápsulas) 132
Cápsulas duras (Púlvulas) 132
Cápsulas moles (softgel) 134
Cápsulas gastro-resistentes 135
Cápsula de liberação modificada 135
Revestimento entérico de cápsulas duras 135
Introdução 135
Situações em que se deve utilizar o revestimento
gastroresistente 136
Procedimento de revestimento entérico de cápsulas
gelationosas duras utilizando a máquina de
revestimento entérico 137
Procedimento de preparo do granulado
gastroresistente com o Eudragit L 100 ® 141
Alguns fármacos comercializados com
revestimento gastroresistente 142
Teste de Revestimento Entérico (USP 23/NF 18) 142
Cápsulas de Liberação Lenta (SIow release) 143
Introdução 143
Cápsulas de Liberação Prolongada 147
Definição 147
Vantagens da Formas Farmacêuticas de Liberação Prolongada. 147
Desvantagem 147
0 Mito da Liberação em 24h (Aspectos fisiológicos
envolvidos na absorção de fármacos) 148
Características ideais de um sistema de liberação prolongada . 148
Alguns fármacos que podem ser manipulados
em cápsulas de Liberação Lenta 148
Sistema de matriz hidrofílica para Liberação
Prolongada de Fármacos 149
Matrizes hidrofílicas em cápsulas 151
Alguns fármacos que podem ser manipulados em
cápsulas de Liberação Lenta 152
Procedimento para Manipulação de
Formulações em Cápsulas Duras 155
Pesagem 155
Materiais utilizados 156
Procedimento 156
Cálculo Manual para enchimento das Cápsulas 157
Cálculo do Tamanho da Cápsula 158
Método Volumétrico para enchimento das Cápsulas 160
Homogeneização / Tamização 161
Encapsulação de Pós 163
Encapsulação com máquina
encapsuladeira (para fórmulas individuais) 164
Encapsulação com Líquidos 165
Encapsulação de Massa semi-sólida 167
Encapsulação de cápsula com cápsula 169
Encapsulação de comprimidos 169
Limpeza e Polimento das Cápsulas 169
Incompatibilidades 170
Interação físico-química entre os ativos ou
entre os ativos e o excipiente 170
Interação físico-química entre os ativos e ou
excipientes com o invólucro de gelatina da cápsula 170
Aspectos físico-quimicos de interesse prático
no processo de preparação de Cápsulas 171
Cápsulas Amiláceas 171
Procedimento 171
Pastilhas, Gomas, Soluções e Suspensões Congeladas . 172
Definição 173
Tipos 173
Pastilhas duras 173
Pastilhas Soft (macias) 173
Pastilhas mastigáveis 173
Usos e aplicações 174
Uso tradicional 174
Excipientes para drogas de ação sistêmicas 174
Forma farmacêutica especialmente utilizada para paciente com
dificuldade de deglutição 174
Como excipientes de drogas que apresentam máximo benefício
quando em contato com o tecido local 174
Desvantagens 174
Pastilhas Duras e Pirulitos 175
Composição 175
Características 175
Preparação 175
Sugestões de Fórmulas Base 175
Cálculo da quantidade de sorbitol líquido a 70%
necessária para produzir uma determinada
quantidade de massa dura 178
Embalagem 179
Armazenamento e Conservação 179
Rotulagem 179
Controle da Qualidade 179
Estabilidade 180
Sugestões de Formulações 181
Relação de algumas formulações na forma de pirulitos
preparadas com base de Sorbitol 181
Pastilhas "macias" 182
Composição 182
Características 182
Desvantagens 183
Preparação 183
Sugestões de Bases 183
Incorporação de Ativos 184
Cátculo da Quantidade de base a ser utilizada em
uma formulação, levando em consideração o
peso dos ingredientes aditivados 185
Sugestões de Formulações 186
Sugestões de Formulações com Pastilhas macias 189
Incorporação dos Ativos 191
Embalagem 191
Armazenamento e Conservação 191
Rotulagem 191
Controle da Qualidade 191
Estabitidade 191
Sugestões de Formulações para Pastilhas 192
Capítulo 6 -
Cálculos Matemáticos e m Farmácia Magistral 405
Sistemas Numéricos 406
Algarismos arábicos 406
Algarismos romanos 406
Aritmética 408
Frações 408
Frações decimais 408
Operações com frações 408
Porcentagem 409
Expressão de concentrações em porcentagem 409
Regra de Três (Razão e Proporção) 410
Exemplos 410
Diluição de Concentração 411
Exemplo 411
Densidade 412
Densidade Aparente e Volume Aparente 412
Sistemas de Medidas e Interconversões 413
Sistema métrico 413
Sistema métrico de pesos 413
Interconversões (mais comuns em farmácia magistral) 413
Sistema Métrico de volume 414
Sistema Apotecário 414
Medidas Caseiras 414
Calibração de gotas 415
Exemplo 415
Cálculo envolvendo produtos industrializados
(alteração da dosagem padrão) 416
Cálculos de concentrações percentuais em
Preparações Líquidas 417
Aligações 417
Aligações Alternadas 417
Cálculo de miliequivalentes (mEq) 419
Capitulo 7 -
Biofarmacotécnica 440
Parâmetros Fisico-quimicos que influenciam
biodisponibilidade dos fármacos 441
Fatores que afetam a biodisponibilidade dos fármacos 442
Efeito do lubrificante na absorção de um fármaco 442
Fatores farmacêuticos envolvidos na
Biodisponibilidade de
fármacos na Forma sólida (Cápsulas e Comprimidos) .. 443
Desintegração 443
Dissolução 444
Natureza físico-química do fármaco e a sua
influência na absorção do mesmo 446
pKa e o Perfi de pH 446
Tamanho da particula 446
Polimorfísmo 446
Coeficiente de Partição 446
Interação com excipiente 446
pH de estabilidade 446
pKa 447
Estado de ionização da molécula 447
Considerações importantes relacionadas com o
pKa e a absorção de fármacos 448
Constantes de ionização são normalmente expressas
em termos de valores de pKa 448
Cálculo do grau de ionização para fármacos de caráter ácido.. 449
Cálcuto do grau de ionização para fármacos de caráter básico. 449
Efeito do pH sobre a ionização de eletrólitos 450
Estabilidade, pH e Absorção do fármaco 450
0 perfil pH versus estabilidade e um
gráfico da constante velocidade de reação
versus o pH da droga 450
Tamanhos das partículas e absorção do fármaco 451
Cristais polimórficos , solvatos e absorção de drogas 452
Exemplo: palmitato de cloranfenicol 452
Excipientes e a Absorção de fármaco 453
Capítulo 8 -
Incompatibilidades 454
Incompatibilidade Físico-química 455
Introdução 455
Incompatibilidades Físicas 455
Solução Incompleta 456
Precipitação 456
Separação de liquidos imiscíveis 457
Liquefação de ingredientes sólidos 457
Prescrição incorreta da forma farmacêutica 458
Incompatibilidades químicas 458
Formação de compostos muito pouco solúveis 458
Reações de oxidação 459
Fotólise ou Fotodegradação 461
Redução 462
Hidrólise 462
Complexação 464
Reações de esterificação e substituição 464
Outras interações químicas 465
Incompatibilidades químicas entre fármacos
e alguns excipientes 466
Exemplos de incompatibilidades química entre os fármacos
e excipientes ou coadjuvantes 466
Incompatibilidade e Estabilidade de vitaminas em
preparações magistrais 469
Sumário de incompatibilidades comuns e
correções recomendadas 472
Capítulo 9 -
Embalagens 473
Adequação de uso e incompatibilidades 474
Considerações e requisitos para adequação e
utilização racional de embalagens para
fins farmacêuticos 474
Materiais de embalagens 474
Vidro 474
Tipos de vidro 474
Metal 475
Plásticos 475
Materiais plásticos e suas características 476
Problemas com embalagens de plásticos 477
Formas farmacêuticas e embalagens sugeridas 478
Capitulo 10 -
Prazo de Validade 479
Discussão de critérios para determinação
do prazo de validade em preparações magistrais 480
Tipos de estabilidade aplicados a produtos farmacêuticos 481
Estabilidade química 481
Estabilidade física 481
Estabilidade microbiológica 481
Estabilidade terapêutica 481
Estabilidade toxicológica 481
Mecanismos mais comuns de degradação
química dos fármacos 482
Oxidação 482
Classes de drogas susceptíveis à oxidação 483
Hidrólise 483
Classes de drogas susceptíveis à Hidrólise 483
Dehidratação 484
Dehidratação por desolvação 484
Dehidratação por remoção de um próton e de
um grupo hidroxila 484
Fotólise ou fotodegradação 484
Racemização e epimerização 485
Polimerização 485
Reversão Polimórfica 485
Exemplos de drogas que podem exibir polimorfismo 486
Fatores a serem analisados para se estabelecer
o prazo de validade em formulações magistrais 486
Propriedades físicas e químicas dos ingredientes 486
Uso de conservantes e estabilizantes 486
Forma farmacêutica 486
Natureza da droga e suas características de
degradação cinética 487
Material de embalagem 487
Provável temperatura de armazenamento 487
Duração do tratamento 487
Dados científicos 487
Simüaridade com produtos de referência
(Produto manufaturado) 488
Fatores que afetam a estabilidade de
preparação farmacêutica 488
pH 488
Temperatura 488
Luz 488
Exposição à atmosfera (ao oxigênio) 488
Umidade 488
Cristalização 489
Vaporização 489
Adsorção 489
Orientação da U5P: Prazo de Validade para
preparações farmacêuticas Extemporâneas 490
Formulações sólidas e liquidas não-aquosas 490
Formulações contendo água 490
Para todas as outras formulações 490
Sugestão de uma politica de prazo de validade
para preparações magistrais 491
Capítulo 11 -
Armazenamento de matérias primas 493
Almoxarifado 494
Caracteristicas do local 494
Equipamentos 494
Recebimento de matérias primas, insumos e correlatos 495
Aspectos e integridade da embalagem 495
Comparar o pedido com a nota fiscal 495
Verificar se os produtos estão devidamente
etiquetados e identificados 495
Verificar se os produtos estão fisicamente de
acordo com a nota fiscal 495
Verificar se os laudos de análise 495
Observações 495
Requisitar ao controle da qualidade 495
Fracionamento 496
Definições 497
Temperaturas de armazenamento e conservação 497
Refrigerado 497
Temperatura ambiente 497
Temperatura ambiente controlada 497
Local fresco 497
Freezer 497
Embalagens (recipientes) 497
Recipiente fotoresistente 497
Recipiente bem fechado 497
Recipiente bem vedado 497
Recipiente hermeticamente fechado 497
Capítulo 12 -
Atenção Farmacêutica 498
Introdução 499
Conceito de atenção farmacêutica 499
Funções do farmacêutico na atenção farmacêutica 500
Níveis de atenção farmacêutica 500
Fatores de risco 500
Fatores de risco associados às caracteristicas
clinicas do paciente 500
Fatores de risco associados à doença do paciente 501
Fatores de risco associados ao tratamento
farmacoterapêutico do paciente 501
Atenção farmacêutica primária 501
Atenção farmacêutica secundária 501
Atenção farmacêutica terciária 501
Principais aspectos relacionados à
Atenção farmacêutica 502
Habilidade como pré-requisito 502
Comportamento inadequado do paciente 502
Idiossincrasia do paciente 502
Procedimentos para implantação
da atenção farmacêutica 503
Documentação 503
Plano terapêutico do seguimento farmacêutico 503
Ficha do paciente 503
Principais Componentes da ficha do paciente 503
Monitoramento 504
Dados laboratoriais 504
Evolução da doença 504
Monitoramento das doenças associadas 504
Processo de seleção do paciente 505
Seleção do paciente segundo sua enfermidade 505
Seleção do paciente segundo seus medicamentos 505
Aconselhamento ao paciente 506
Principais perguntas que os pacientes formulam
para farmacêuticos sobre sua medicação 506
Sugestões de informações aos pacientes 507
Antes de usar o seu medicamento 507
Orientações gerais (comum a todos os medicamentos)... 507
Medidas caseiras de volume 509
Orientações e esclarecimentos para Formas
Farmacêuticas Manipuladas 510
Cápsulas 510
Manuseio 510
Cor das cápsulas 510
Quantidade de cápsulas 510
Tamanho das cápsulas 510
Alterações nas cápsulas 510
Comprimidos 511
Manuseio 511
Quantidade 511
Supositórios 511
Óvulos 512
Suspensões 512
Xaropes 513
Pomadas, cremes e géis 513
Colírios 513
Pomada Oftalmológica 514
Soluções nasais (Gotas nasais) 515
Gotas auriculares 515
Bochechos e gargarejos (colutórios) 516
Creme, pomada e gel vaginal 516
Spray nasal 517
Gotas orais 517
Creme ou pomada de uso retal 518
Planos à médio prazo para a implantação da
Atenção farmacêutica 519
Barreiras para a prestação da atenção farmacêutica 519
Relativas aos recursos 519
Barreiras educacionais 519
Barreiras legais 519
Barreiras profissionais e administrativas 519
Capítulo 13 -
Documentação Sanitária 520
Escrituração de Livros de Receitas e Notificações 521
Registro Normativo 522
Livro de Receituário Geral 523
Livros de Registro Específico 523
Documentos hábeis para escrituração 523
Informações contidas nos livros 524
Mapas 524
Destino das vias do relatório BSPO 524
Relação mensal das Notificações de Receitas A - RMNRA 525
Guarda da documentação 525
Capítulo 14 -
Procedimentos Operacionais Padrão 526
Introdução 527
POP 01 - Emissão de POPs 528
POP 02 - Construção, Adaptação e Manutenção
das Instalações Físicas 533
POP 03 - Divisão das áreas internas 540
POP 04 - Sistema de Controle de Pragas Urbanas 547
POP 05 - Responsabilidades e Atribuições 552
POP 06 - Treinamento de Funcionários 558
POP 07 - Fluxograma Operacinal 564
POP 08 - Conduta de Manipuladores 579
POP 09 - Instalação e Operação de equipamentos
Laboratoriais 584
POP 10 - Verificação, limpeza e calibração
de instrumentos 587
POP 11 - Obtenção de Água Purificada 596
POP 12 - Controle ambiental nos laboratórios
e almoxarifados 612
POP 13 - Limpeza e Sanitização de Pisos, Paredes,
Ambientes, Equipamentos e Utensílios 618
POP 14 - Qualificação de Fornecedores, Compra de
Matéria-prima e materiais de embalagem 630
POP 15 - Recebimento de Matérias-primas e
Materiais de embalagem 636
POP 16 - Devolução de matérias-primas ou
materiais de embalagem 642
POP 17 - Armazenamento de matérias-primas e
Materiais de embalagem 645
POP 18 - Amostragem, análise, aprovação ou reprovação
de matérias-primas e materiais de embalagem 656
POP 19 - Controle de qualidade microbiológico
Mediante serviço terceirizado 665
POP 20 - Controle da Qualidade em processo e em
Produtos acabados 669
POP 21 - Embalagem, conservação e transporte de
Preparações magistrais 676
POP 22 - Preparação e armazenamento de bases
galênicas e soluções intermediárias 683
POP 23 - Emissão de ordem de manipulação de
Preparação magistral semi-acabada, bases galênicas,
Preparações oficinais, produtos de higiene
e Cosméticos 687
POP 24 - Manipulação no Laboratório de Sólidos 693
POP 25 - Manipulação no Laboratório de
Semi-sólidos e Líquidos 710
POP 26 - Prazo de Validade 722
POP 27 - Registros e Relatórios das Atividades
Controladas por exigência legal ou para
Manutenção da qualidade 727
POP 28 - Manipulação de Fármacos sob controle
Especial - Portaria 344 731
POP 29 - Manipulação de Preparações Oftálmicas 741
POP 30 - Sistema de Garantia da Qualidade e as
Auditorias Internas 762
índice - Anexos
Anexo 01
Relação dos principais Princípios Ativos
disponiveis na farmácia magistral 770
Agentes que afetam a calcificação 771
Aminoácidos e derivados 771
Anabólicos hormonais 772
Anorexigenos 773
Anorexigenos naturais (mucilagens) 773
Antiabortivos 773
Antiácidos 774
Antianêmicos 774
Antianginosos 774
Antiandrogênios 775
Antiarrítmicos 775
Anti-celulíticos 776
Anticoagulante /Anti-agregante plaquetário 777
Anticonvulsivantes 833
Antiespasmódicos 777
Antidepressivos 778
Antidiabéticos 781
Antidiarréicos 782
Antídotos 782
Antieméticos 783
Antienxaquecosos 783
Antiestrogênios 783
Antifribóticos 784
Antiflatulentos 784
Antifúngicos 784
Antiglaucomatosos 785
Antigotosos (hipourecemiantes) 785
Antihistamínicos 785
Antihipertensivos 786
Antiinflamatórios intestinal 787
Antiinflamatórios não esteroidais (AINES)
Analgésicos e Antipiréticos 787
Analgésicos Opióides 789
Anti-impotência 789
Antimicrobianos 789
Antineoplásicos 791
Antioxidantes 791
Antiparasitários (antihelmínticos e antiprotozoários) 792
Antiparkinsonianos 793
Antipsicóticos ou Neurolépticos 794
Antitireoidianos 794
Antireumáticos 795
Antitussígenos 795
Antiulcerosos 796
Antivaricosos 796
Antivirais 797
Antivitiligo/Antipsoríase (tratamento sistêmico) 797
Broncodilatadores 797
Cardiotônicos 798
Descongestionantes 798
Digestivos ácidos e enzimas digestivas 798
Diuréticos 799
Estimulantes da motilidade gastrintestinal
( Agentes Colinérgicos) 799
Estimulantes do apetite (orexigenos) 799
Expectorantes e mucolíticos 800
Fitohormônios e fitoestrógenos 800
Fitoterápicos (Extratos padronizados) 801
Glicorticóides 815
Hepatoprotetores, Coleréticos e Colagogos 815
Hipertensores 816
Hipocolesterêmicos 816
Hipnóticos 817
Hormônios sexuais femininos 818
Hormônios sexuais masculinos e precursores 819
Hormônios tireoidianos e derivados 819
Imunomoduladores 820
Laxantes 820
Lipotrópicos 821
Medicamentos para o tratamento
da incontinência urinária 822
Medicamentos para o tratamento da retenção Urinária .. 822
Minerais ( Dosagem elementar) 823
Mineralocorticóides 823
Mucilagens 824
Nootropicos, neurotônicos, neurotroficos,
estimulantes da memória e estimulantes do SNC,
Defatigantes 824
Progestogênios 825
Relaxantes musculares 826
Repositores de potássio 826
Sedativos ansiolíticos 827
Vasodilatadores 830
Vitaminas 831
Compostos Minerais:
teor elementar e fator de correção 832
Anexo 02
Matérias primas e Ponto de Fusão 834
Anexo 03
Ficha de Análise do Paciente 844
Definições e
Características
da Atividade
1
Capitulo 1 - Definições e Caracteristicas da Atividade
Untrodução
A farmácia magistral brasileira passou nos últimos anos por
profundas transformações, adequando-se à novos parâmetros de
qualidade, mais exigentes e à novas legislações, mais rigorosas.
Contudo, o setor cresceu muito e atualmente já existem cerca de
5.000 farmácias com manipulação no Brasil.
0 crescimento traz novos desafios decorrentes do aumento da
demanda por medicamentos manipulados, tais como, o aumento da
necessidade de atender a consumidores cada vez mais informados e
exigentes, o crescimento da competição comercial e a necessidade
de adequação à legislação.
0 principal desafio para a farmácia magistral, está na con-
quista da credibilidade que só será obtida através do crescimento
sustentado, pautado na obtenção da excelência em serviços e em
produtos e na capacitação técnica-gerencial. A implantação de sis-
temas de gestão da qualidade, treinamentos contínuos, a informati-
zação, o emprego de novas tecnologias, o cumprimento das legisla-
ções sanitárias, a política adequada de formação de preços e o mar-
keting são alguns dos caminhos recomendáveis.
É preponderante que o farmacêutico magistral conheça a "es-
sência" da sua atividade, devendo basear-se na busca de soluções
farmacotécnicas para uma terapêutica personalizada. Este foco é
importante para minimizar os atritos e os conflitos constantes entre
os produtos manipulados e os manufaturados.
2
Capítulo 1 - Definições e Caracteristicas da Atividade
2. Definições
3
Capítulo 1 - Definições e Características da Atividade
4
Capítulo 1 - Definições e Características da Atividade
5
Capitulo 1 - Definições e Características da Atividade
6
Capítulo 1 - Definições e Características da Atividade
2.22. Aditivação:
Adição de um ou mais produtos acabados ou substâncias a
um outro produto manipulado ou industrializado, para atender a
uma prescrição específica.
7
Capitulo 1 - Definições e Características da Atividade
8
Capitulo 1 - Definições e Características da Atividade
9
Capitulo 1 - Definições e Caracteristicas da Atividade
10
Pesagem da matéria-prima para a diluição: A pesagem da matéria-
prima para a diluição deve ser realizada com dupla checagem,
efetuada pelo manipulador e pelo farmacêutico, com o devido
registro na ficha de manipulação (v.eja modelo a seguir). Esta ficha
deverá ser devidamente arquivada (período idêntico ao da ordem de
manipulação). A balança deve estar devidamente calibrada com
registro atualizado.
M
Capítulo 1 - Definições e Características da Atividade
12
Capitulo 1 - Definições e Características da Atividade
(industrializado)
13
Capitulo 1 - Definições e Caracteristicas da Atividade
3.1.4. Economia:
A Tríade da Saúde
PACIENTE
■ -: *J~èt-1 I
k W
I '""C ' m
s
***
FARMACÊUTICO MÉDICO
FotoOI
15
Controle da
Qualidade na
Farmácia
Magistral
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
Introdução
A Farmácia Magistral representa hoje um nicho de mercado
para o para o profissional farmacêutico. Possibilita ao farmacêutico
a ascensão social e econômica com completa realização profissio-
nal, encontrando na farmácia a possibilidade de exercer com ampli-
tude todas as atividades inerentes ao verdadeiro profissional do
medicamento.
Contudo, apesar das inúmeras vantagens que o medicamento
manipulado oferece em relação ao industrializado que vão desde a
facilidade posológica até a econômica, são inúmeros os obstáculos
que dificultam o crescimento do setor. 0 maior destes obstáculos é
a falta de credibilidade do produto manipulado pela suposta ausên-
cia de um controle da qualidade rigido das matérias-primas e produ-
tos acabados, ausência de controle do processo de produção e sua
reprodutibilidade. Qualidade é a patavra de ordem e deve ser ine-
rente a qualquer produto ou prestação de serviço na atualidade e,
para a farmácia magistral fundamental para sua sobrevivência.
Dentro deste contexto de busca pela Qualidade, é importan-
te citar a participação destacada da ANFARMAG (Associação Nacio-
nal dos Farmacêuticos Magistrais) na elaboração da Resolução 33,
de maio de 2000 que trata sobre Boas Práticas de Manipulação e da
lei sancionada pelo presidente Bill Clinton em 1998 instituindo a
farmácia magistral nos Estados Unidos que culminou com a publica-
ção dentro da United States Pharmacopoeia na 24a edição (USP24)
em 2000 do Pharmacy Compounding e o conseqüente reconhecimen-
to deste setor nos Estados Unidos da América. Estes dados indicam o
caminho da qualidade para a consolidação do setor magistral.
Nos últimos anos o setor magistral apresentou um vertiginoso
crescimento, assumindo uma importância cada vez maior dentro do
mercado de medicamentos e, conseqüentemente contribuindo para
a saúde pública brasileira. Como era de se esperar, a qualidade do
produto manipulado tem sido objeto de inúmeras discussões e deba-
tes, sendo o tema mais freqüente nos últimos dois anos, principal-
mente em função da RDC 33. Aqui é importante lembrar que o cer-
ne básico desta legislação é a busca por um processo de qualidade
conduzido através das Boas Práticas de Manipulação Farmacêutica
(BPMF), onde o controle da qualidade é ferramenta indispensável
17
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
18
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
ll(
.o
H H
°-f H CH3 *\.H „CH 3
H + Klanol
2° |f ' ^ T
^ H N. ...COOH
K^ H N . XOOH v ^
Knaljipril
Cr» Eaaprilato
20
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
21
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
2.1.2. Equipamentos
A instalação e os equipamentos de um laboratório de contro-
le da qualidade com recursos básicos, podem ser obtidos a custos
razoáveis. Todavia, o investimento retorna sob a forma de economi-
a, com a maior eficiência nos processos de produção, na avaliação
do desempenho dos funcionários, na segurança, no controte do de-
sempenho da empresa, na conscientização sobre a importância da
qualidade, na credibilidade e na conquista de uma posição estável
no mercado.
Os equipamentos necessários para o funcionamento de um
laboratório de controle da qualidade na farmácia de manipulação,
devem ser proporcionais à amplitude das análises que se pretende
realizar e à disponibilidade financeira para adquiri-los. Considera-
22
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
23
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
2.2.2. Identificação
Todas as matérias-primas recém-chegadas devem ser conser-
vadas em uma área isolada considerada "quarentena", até que o
laboratório de controle da qualidade tenha determinado ou não a
sua aceitabilidade.
A área de quarentena deve ter acesso restrito de maneira a
evitar a utilização inadvertida da matéria-prima não analisada.
As matérias-primas que necessitam condições especiais de
conservação serão retidas até que as análises indiquem sua confor-
midade.
Conforme o controle da qualidade aprove ou rejeite o lote
de matéria-prima, identificá-la com etiqueta de aprovação ou re-
provação.
2.2.3. Etiquetas
As etiquetas de identificação devem seguir os seguintes pa-
drões de cores:
• Quarentena: amarela
• Aprovado: Verde
• Reprovado: Vermelho
24
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
A. Quarentena
Nome da matéria-prima
Número do lote
Data do recebimento
Data da fabricação
Data da validade
Nome do fornecedor
Quantidade
Nome da transportadora
Aguardando aprovação
2 . 2 . 3 . Amostragem
A amostragem deverá ser feita por uma pessoa qualificada,
sob a supervisão do controle da qualidade.
Devem ser recolhidas amostras representativas de cada em-
balagem de cada lote, caso venha mais de uma embalagem de um
mesmo lote.
25
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
1
Amostrateca: local para arquivamento de amostras de matéria-prima ou produtos acabados pertencentes
a cada lote analisado. As amostras analisadas aprovadas podem ser eventualmente utilizadas como parà-
metros comparativos com futuros lotes a serem analisados.
' Ficha de especificação de matérias-primas (veja na pá^ina 662).
26
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
2 . 3 . 1 . Caracterização organoléptica
São consideradas características organolépticas aquelas que
utilizam os cinco sentidos como instrumentos de análise. É impor-
tante na identificação inicial da matéria-prima que chega à farmá-
cia, sendo portanto, um método inicial de custo zero. As caracterís-
ticas organolépticas guardam relação com a integridade e a quali-
dade da matéria-prima, mas não podem ser utilizadas com fins ana-
líticos, pois são consideradas subjetivas.
27
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
B - Substâncias líquidas
Aparência: homogeneizar a amostra e transferir uma alíquota para
um tubo de ensaio e observar contra um fundo branco. Deve-se con-
siderar a presença ou não de resíduos, o grau de turvação e a sepa-
ração de fases.
Cor: a cor será determinada usando amostras-padrão, fazendo uma
identificação visual ou por método colorimétrico. A técnica será
realizada preferencialmente em tubos de comparação de cor rigoro-
samente iguais, sob condições que assegurem que a solução de refe-
rência colorimétrica e a substância testada sejam tratadas similar-
mente em todos os aspectos. A comparação de cores é melhor se
realizada em camadas de iguais profundidades e, sendo observadas
transversalmente contra um fundo branco, sendo particularmente
importante que as soluções sejam comparadas na mesma tempera-
tura, preferencialmente aos 25°C.
Odor: deve-se tomar precaução com líquidos voláteis tóxicos e irri-
tantes. Geralmente classificado como: odor característico ou inodo-
ro, confrontando com amostra padrão recente. No caso de óleos ou
materiais graxos, esteja atento ao odor característico de ranço.
Sabor: não é determinado para líquidos.
C - Essências e aromas
Aparência: deve-se considerar a presença ou não de resíduos e tur-
vação. Isto é possível através da observação na embalagem original
do produto, senão através de frascos transparentes.
Cor: segue-se o mesmo método descrito para líquidos.
Odor: o odor das essências será identificado utilizando-se uma fita
de papel de f i l t r o na qual mergulha-se o produto. Espera-se secar
levemente, para logo em seguida cheirá-la, comparando com seu
aroma padrão. É importante não se realizar a análise de várias es-
sências ao mesmo tempo devido à possibilidade de mistura de odo-
res, dificultando uma perfeita identificação.
Sabor: pode-se proceder à preparação de uma solução açucarada
(xarope), adicionando a mesma quantidade de aroma para a amos-
tra e para o padrão. Deve-se experimentar a amostra, enxaguar a
boca com água e logo a seguir experimentar o padrão.
D - Corantes
Aparência: fazer comparação visual com um padrão pré-
determinado, em papel branco, seguindo as especificações do for-
necedor.
28
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
2 . 3 . 2 . Identificação físico-química
0 teste de identificação é um meio de se determinar a iden-
tidade de uma substância, não fornecendo obrigatoriamente dados
sobre a sua pureza. Quando se dispõe de equipamentos, a identifi-
cação feita por espectroscopia no infravermelho pode ser uma me-
todologia de escolha.
A - Solubilidade
As indicações sobre solubilidade referem-se a determinações
feitas a 25°C. Pode-se verificar a solubilidade em solventes com a
água, álcool etílico, metanol, glicerol, clorofórmio, acetona, éter,
soluções ácidas diluidas, soluções alcalinas diluídas, óleo mineral,
óleo vegetal, acetato de etila, propilenoglicol e outros solventes
que vão interessar à manipulação específica.
29
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
B - Determinação do pH
0 pHmetro é um aparelho indispensável na farmácia com
manipulação, sendo importante tanto no controle da qualidade da
matéria-prima como no produto acabado. A medição do pH é muito
importante, pois várias matérias-primas podem ter seu pH alterado
em função de impurezas ou instabilidades (hidrólise, por exemplo).
Esta instabilidade pode ocorrer devido ao tempo de estocagem e/ou
condições inadequadas de transporte e armazenamento.
Altas temperaturas predispõem à instabilidade. Algumas ma-
térias-primas podem ser caracterizadas através da medição do pH
de uma solução da amostra à determinada concentração.
Descrição
Passo 1: Retirar o béquer contendo solução de KCl 3 M no qual está
mergulhado o eletrodo quando o medidor não está em uso;
Passo 2: Lavar o eletrodo com jatos de água destilada e enxugá-lo
com papel de f i l t r o ;
Passo 3: Imergir o eletrodo em solução-tampão de referência, veri-
ficando-se a temperatura em que se vai operar;
Passo 4: Ajustar o valor de pH 7, mediante o botão de calibração;
Passo 5: Lavar o eletrodo com várias porções de um segundo tampão
de referência, imergindo-o neste, verificar o valor do pH registrado,
aferir o pHmetro com valor de pH 4 do segundo tampão;
Passo 6: Após a aferição, lavar o eletrodo com água destilada e com
várias porções da solução da amostra;
Passo 7: Para a diluição das amostras, deve-se usar água destilada
isenta de dióxido de carbono (água destilada fervida recentemen-
te);
Passo 8: Proceder à determinação da leitura do pH da solução da
amostra, a primeira determinação fornece o valor variável, havendo
necessidade de proceder novas leituras (ideal: 3 leituras);
Passo 9: Lavar novamente o eletrodo com água destilada, conser-
vando-o a seguir em solução de cloreto de potássio.
30
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
Tampão pH 7
Fosfato monopotássico 0,2 M 50,0 mL
Hidróxido de sódio 0,2 M 29,1 mL
Água destilada qsp 200,0 mL
Tampão pH 4
Biftalato de potássio 0,2 M 50,0 mL
Ácido clorídrico 0,2 M 0,1 mL
Água destilada qsp 200,0 mL
C - Densidade
A densidade é uma propriedade física cujo valor é calculado
através do peso (em gramas) e do volume (em mililitros) de uma
dada substância pura (líquida ou sólida) ou mistura.
Exemplo: a água a 25°C tem densidade igual a 1,000; isto
significa que 1 grama de água nessa temperatura ocupa o volume de
1 mL. Adicionando-se sal na água, a densidade será alterada para
mais. Já na mistura água-álcool etílico, a densidade será menor que
1,000.
Portanto, nas misturas a densidade das substâncias adiciona-
das interferirá na densidade final, permitindo determinar possíveis
adulterações através da medição da densidade.
A densidade é útil para avaliar a pureza de certas substân-
cias, como por exemplo: álcool, óleos vegetais e minerais.
Para a determinação da densidade (densidade específica) em
líquidos e densidade aparente em pó utilizam-se densímetros de
vidro, picnômetros, provetas e balanças analíticas.
d(ap) = P/V
d(ap) = densidade aparente
P = peso em gramas
v = volume em mililitros
D - Densitometria
É a utilização de aerômetros ou densímetros para determina-
ção da densidade. Observar a temperatura que será efetuada a me-
dição da densidade, caso seja necessário faça a correção da leitura.
32
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
Descrição
Verta a amostra liquida numa proveta, coloque a proveta em
posição vertical, introduza um termômetro no líquido fixando-o so-
bre o bordo da proveta. Quando a coluna termométrica ficar esta-
cionária, mergulhe no líquido o densímetro previamente molhado no
líquido em ensaio e enxugado cuidadosamente. 0 densímetro deve-
rá flutuar livremente na proveta, sem aderir às paredes e o líquido
não deverá atingir os bordos da proveta. Quando o densímetro dei-
xar de oscilar faça a leitura.
E - Alcoometria
Quando se introduz o alcoômetro centesimal (alcoômetro de
Gay Lussac) em uma mistura de água e álcool, à temperatura de
15°C, a leitura indica em centésimos e em volume o teor em álcool
absoluto na mistura hidroalcoólica.
A graduação Gay Lussac determina o número de volume de
álcool etílico contido em 100 volumes de uma mistura feita exclusi-
vamente de álcool etílico e água, determinado a 15°C.
pXD
Exemplo:
Quer se saber o volume em mL de álcool etílico absoluto necessário
para preparar uma mistura hidroalcoólica a 70% em peso de etanol
(álcool 70% p/v).
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
Portanto:
770x1000
v= -» 802 m L d o alcool a 96° GL(+agua qsp 1000 mL).
960
* valores obtidos na tabela alcoométrica na página 35
34
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
C 2 H 5 OH 30
(%p/p) D = 1°° D= 1 5 ° D= 2 °° D = 25 ° D = °
4" 4° 4" 4 4"
40 0,91238 0,93882 0,93518 0,93148 0,92770
41 0,94042 0,93682 0,93314 0,92040 0,92580
42 0,93842 0,93478 0,93107 0,92729 0,92311
43 0,93639 0,93271 0,92897 0,92516 0,92128
44 0,93433 0,93062 0,92685 0,92301 0,91910
45 0,93226 0,92852 0,92172 0,92085 0,91692
46 0,93017 0,92640 0,92172 0,92085 0,91692
47 0,92806 0,92126 0,92041 0,91649 0,91250
48 0,92593 0,92211 0,91823 0,91429 0,91028
49 0,92379 0,91995 0,91604 0,91208 0,90805
50 0,92162 0,91776 0,91384 0,90985 0,90580
51 0,91913 0,91555 0,91160 0,90760 0,90353
52 0,91723 0,91333 0,90936 0,90334 0,90125
53 0,91502 0,91110 0,90711 0,90307 0,89896
54 0,91279 0,90885 0,90485 0,90079 0,89667
55 0,91055 0,90659 0,90258 0,89850 0,89137
56 0,90831 0,90433 0,90031 0,89621 0,89206
57 0,90607 0,90207 0,89803 0,89392 0,88975
58 0,90381 0,89980 0,89574 0,89162 0,88744
59 0,90154 0,89752 0,89344 0,88931 0,88312
60 0,89927 0,89523 0,89113 0,88699 0,88278
61 0,89698 0,89293 0,88882 0,88466 0,88044
62 0,89468 0,89062 0,88650 0,88233 0,87809
63 0,89237 0,88830 0,88417 0,87998 0,87574
64 0,89006 0,88597 0,88183 0,87763 0,87337
65 0,88774 0,88364 0,87948 0,87527 0,87100
66 0,88541 0,88130 0,87713 0,87291 0,86863
67 0,88308 0,87895 0,87477 0,87054 0,86625
68 0,88074 0,87660 0,87241 0,86817 0,86387
69 0,87839 0,87424 0,87004 0,86479 0,61480
70 0,87602 0,87187 0,86766 0,86340 0,85908
71 0,87365 0,86949 0,86527 0,86100 0,85667
72 0,87127 0,86710 0,86287 0,85859 0,85426
73 0,86888 0,86470 0,86047 0,85618 0,85184
35
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
Continuação Tabeia 4
C 2 H 5 OH
(%P/P)
D=10° D = 15 ° D = 20
° D=25° D=30°
4 4" 4" 4" 4"
74 0,86648 0,86229 0,85806 0,85376 0,81941
75 0,86408 0,85988 0,85564 0,85134 0,84698
76 0,86168 0,85747 0,85322 0,84891 0,84455
77 0,85927 0,85505 0,85079 0,84647 0,84211
78 0,85685 0,85262 0,84835 0,84403 0,83966
79 0,85442 0,85018 0,84590 0,84158 0,83720
80 0,98197 0,84772 0,81311 0,83911 0,83473
81 0,81930 0,84525 0,84096 0,83664 0,83224
82 0,84702 0,84277 0,84348 0,83415 0,82974
83 0,81153 0,84028 0,83599 0,83161 0,82724
84 0,81203 0,83777 0,83318 0,82913 0,82473
85 0,83951 0,83525 0,83035 0,82660 0,82220
86 0,83697 0,83721 0,82810 0,82103 0,84965
87 0,83441 0,83014 0,82583 0,82143 0,81708
88 0,83181 0,82754 0,82323 0,81888 0,81418
89 0,81919 0.82492 0,82062 0,81626 0,81186
90 0,82634 0,82227 0,81797 0,81362 0,80922
91 0,82386 0,81939 0,81529 0,81094 0,80655
92 0,82114 0,81668 0,81257 0,80823 0,80834
93 0,81839 0,81413 0,80983 0,80349 0,80111
94 0,81561 0,81134 0,80705 0,80272 0,79835
95 0,81278 0,80352 0,80424 0,79991 0,79555
96 0,80991 0,80566 0,80138 0,79706 0,79271
97 0,80698 0,80274 0,79846 0,79415 0,78981
98 0,80399 0,79975 0,79347 0,79117 0,78634
99 0,80094 0,79670 0,79213 0,78814 0,78382
100 0,79784 0,79360 0,78934 0,78506 0,78075
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Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
F - Viscosidade
A viscosidade dos líquidos pode ser determinada pela medida
do tempo de escoamento dos mesmos, sob determinadas condições.
Em igualdade de condições os líquidos mais viscosos escoam-se mais
lentamente. A viscosidade de uma substância é função de sua estru-
tura molecular. É muito importante a temperatura do teste, pois
esta interfere diretamente na viscosidade.
Cada líquido pode ser caracterizado por um determinado
coeficiente de viscosidade.
• Unidade de coeficiente de viscosidade: poise.
• Coeficiente de viscosidade da água a 20°C: 1 centipoise
(1 centipoise = 0,01 poise).
37
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
Cálculo de k
k= x d(água), a uma dada temperatura.
t(água)
°c T,(cP)
15 1,140
16 1,110
17 1,082
18 1,055
19 1,029
20 1,004
21 0,980
22 0,957
23 0,936
24 0,915
25 0,895
Nota: A viscosidade reiativa pode ser medida no copo de Ford", assegurando o enchimento
total do mesmo tanto para água como para a amostra na mesma temperatura.
Observaqão: a viscosidade da matéria-prima pode interferir na viscosidade do produto finat.
38
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
Substância Indice
Água destilada 1,3330
Acetona 1,3589
Clorofórmio 1,4476
Etanol(18°C) 1,3624
Eugenol 1,5400- 1,5420
Fitonadiona (25° C) 1,5230- 1,5252
Glicerina 1,4729
Salicilato de metila 1,5350- 1,5380
Trietanolamina (40°C) 1,4537- 1,4585
Descrição
Passo 1: Verificar a temperatura do liquido padrão (água destilada).
Passo 2: Colocar água destilada entre os prismas e aferir em 1,3330
pois o índice de refração da água a 20°C é 1,3330.
Passo 3: Determinar o erro inicial mediante deslocamento da crema-
Iheira até obter campo constituído de metades iguais, mas desi-
gualmente iluminadas, isto é, uma clara e outra escura.
Passo 4: lluminar o prisma com luz solar ou elétrica de modo a ter
campo bem claro. Colocar duas a três gotas do líquido problema na
face do prisma mantido horizontalmente e determinar o índice de
refração.
39
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
Obs.: Para pós finos e muito finos, proceder como descrito acima,
porém utilizando amostras de 25 gramas.
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
Descrição
Exemplo de procedimento geral normalmente empregado:
Passo 1: Calcinar previamente cadinho de porcelana em mufla a
450°C por 30 minutos.
Passo 2: Resfriar no dessecador.
Passo 3: Tarar o cadinho (P1).
Passo 4: Pesar exatamente 3 g da droga (P2).
Passo 5: Distribuir o material uniformemente no cadinho.
Passo 6: Colocar o cadinho inclinado sobre um suporte e iniciar a
combustão com chama pequena do bordo superior ao fundo do cadi-
nho, aumentando o aquecimento gradativamente.
Passo 7: Após completa combustão (ausência de fumaça), calcinar
em mufla a 450°C por duas horas (eliminação t o t a l do carvão).
Passo 8: Resfriar o cadinho em dessecador e pesar (P3).
Nota: caso o carvõo não tenha sido eliminado, resfriar o cadinho, adicionar ao residuo 2 mL
de água destilada ou soluqão saturada de nitrato de amônio (oxidante). evaporar em banho-
maria até secura, calcinar em mufla a 450°C até peso constante.
Cáiculos
Exemplo
P1 = cadinho = 45,0000 gramas
P2 = cadinho + droga = 48,0000 gramas
P3 = cadinho + cinzas = 45,3000 gramas
P1 - P2 = droga (total de amostra) = 3,0000 gramas
P1 - P3 = cinzas = 0,3000 gramas
Cálculo percentual
3,0000 gramas da droga 0,3000 gramas de cinzas
100 gramas da droga X
X = 10%decinzas
Nota: o procedimento para determinação de cinzas pode variar conforme a droga a ser anati-
sada, devendo ser consultada a monografia farmacopéica especifica.
41
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
N - Microscopia
0 exame microscópico, em numerosos casos, é ú t i l na análise
de produtos farmacêuticos. Com uso do microscópico caracteriza-
mos e diferenciamos fármacos de origem vegetal, animal ou mesmo
sintéticos. Com o recurso químico (algumas gotas de iodo deci-
normal), podemos saber se a amostra é pura ou adulterada com
substâncias amiláceas. Podemos observar adulterações comuns co-
mo glucomanan com gelatina, clhorella com spirullina, vitamina C
revestida com vitamina C injetável e etc.
0 - Ponto de fusão
0 ponto de fusõo de uma substância ou fármaco é definido
como a temperatura onde ocorre a passagem do estado sólido ao
estado líquido por influência do calor. É regida por duas leis que
são:
• 1a Lei: toda substância quimicamente pura entra em fusão a
uma temperatura determinada.
• 2a Lei: durante a fusão a temperatura permanece constante.
Na prática, utilizamos o intervalo de fusão que é o intervalo
de temperatura onde ocorre a fusão do fármaco, isto porque os fá-
macos não apresentam um grau de pureza absoluto de 100%. Desta
forma, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece uma vari-
ação de +/-4°C da temperatura indicada para fusão, j á a United
States Pharmacopea (USP24) indica que o ponto de fusão deve ser
expresso como a média entre a temperatura inicial (quando há for-
mação de pequenas goticulas) e a final (completa formação de go-
tas límpidas e transparentes) de fusão. Este critério também é ado-
tado pela Farmacopéia Brasileira.
A adição de um segundo componente a um composto puro,
resultando em uma mistura, produz em geral um ponto de fusão
inferior ao composto puro. 0 grau de redução do ponto de fusão,
também está relacionado com o ponto de fusão propriamente dito.
Os compostos com ponto de fusão baixo são mais influenciados que
42
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
Nota: ' Fármacos que apresentam o fenòmeno de polimorfismo: Prednisolona, ácido mefenâ-
mico, fosfato sódico de dexametasona, nimodipina, alprazolan, etc.
Veja na seção Anexo tabela com outros fármacos e seus respectivos pontos de fusão.
43
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
3 . 1 . 1 . Molaridade
Segundo a IUPAC, mol "é a quantidade de substância que
contém tantas unidades elementares quantos são os átomos em
0,012 kg de carbono 12. A unidade elementar deve ser especificada
e pode ser um átomo, uma molécula, um íon, um radical, um elé-
tron ou outra partícula ou grupo especificado destas partículas".
Por isso, algumas soluções-padrões são expressas em concen-
trações molares ou molaridade (M). Estas soluções são definidas em
termos do número de moles do soluto dissolvidos em 1 litro da solu-
ção, assim, em qualquer solução:
, , , ., . __ moles do soluto
Molandadc(M) = -volumeda soluçãoem litros
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Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
Resolução:
Solução 1M: 98,Og de H2S04 em I.OOOmL
Para uma solução 0,25M teremos: 98 / 4 = 24,5g de H2S04
A concentração do ácido sulfúrico é:
96,Og de H2S04 em 100g de solução
12,25 x = 1276g de solução
Usando densidade: d=m/v ou v=m/d teremos v=12,76g/1,84 = 6,9mL
Tomar 6,9mL de H2S04 a 96% e diluir para 500mL com água destila-
da.
3.1.2. Normalidade:
Embora as concentrações molares sejam as oficialmente a-
ceitas, nas análises farmacêuticas é comum utilizar conceitos que se
chamam "pesos equivalentes" e "normalidade". Nas reações de
neutralização, o conceito de peso equivalente (ou equivalente-
bgrama) é relativamente direto, mas nas titulações de oxirredução
exige-se o conhecimento do que se conhece como "número de oxi-
dação" das substâncias envolvidas na reação.
A IUPAC define como equivalente-grama "a quantidade da
substância que em determinada reação, combina-se com a quanti-
dade de hidrogênio (ou liberta ou substitui essa quantidade) que se
combina com 3 gramas de carbono 12 no metano (CH4)".
Daí, segue que uma solução normal é uma solução que tem
um equivalente da espécie por litro, de acordo com uma reação
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Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
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Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
3 . 3 . Volumetria de oxiredução
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
50
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
3.3.9. AmidoSI:
Triture 1 g de amido R em 10 mL de água fria e despeje len-
tamente, sob agitação constante, em 200 mL de água fervente. Fer-
va a mistura até obter um fluido translúcido e pouco denso (fervura
mais prolongada que a necessária torna a solução menos sensível).
Deixe sedimentar e use somente o liquido sobrenadante límpido.
Prepare solução nova no dia do uso.
3 . 4 . 1 . Vantagens da t i t u l a ç ã o p o t e n c i o m é t r i c a
• a grande sensibilidade do método permite a sua aplicação a
soluções muito diluídas, desde que a exatidão do potenciô-
metro utilizado seja de + 1 mV;
• soluções turvas ou coradas podem ser tituladas sem proble-
mas de visualização do ponto de equivalência;
• diminuição de interferências, pois não se utiliza indicador;
• é possível titular mistura de componentes muitas vezes, fa-
zendo determinações sucessivas dos mesmos.
3 . 4 . 2 . Doseamento de cloridrato d e r a n i t i d i n a :
Dissolva exatamente cerca de 280 mg de cloridrato de raniti-
dina em água. Titule com hidróxido de sódio 0,1 N. Determine o
ponto de equivalência potenciometricamente. Cada mL de hidróxido
de sódio 0,1 N, corresponde a 35,09 mg de C13H23CIN4O3S.
3.4.3. Doseamento d e t r i a c :
Dissolva exatamente 0,6g de triac em etanol. Titule com hi-
dróxido de potássio alcoólico 0,1 N, determinando o ponto de equi-
valência potenciometricamente. Cada mL de hidróxido de potássio
aicoólico 0,1N corresponde a 62,194 mg de C14H9I3O4.
3.5.1. Introdução:
Substâncias que são bases muito fracas ou ácidos muito fra-
cos para um ponto de equivalência nítido em solução aquosa, po-
52
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
3 . 5 . 2 . Natureza do solvente:
0 solvente desempenha um papel muito importante na de-
terminação do caráter ácido-básico de uma substância, uma vez que
provê o meio necessário para que ressalte um ou outro caráter. As-
sim, a intensidade com que o soluto reage com o solvente está na
estreita dependência da força dos dois.
3 . 5 . 3 . Tipos de solventes
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Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
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Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
A = log-
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
Curva de Calibração
Atenolol
(Metanol -X = 272nm- Analista Responsável: Ricardo -11/10/2000)
o 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0 20 40 60 83 100 120 140 160 180 200
Concenlração (iig/mL)
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
TST?
y-+£Y1 í-HMj- ^D
i o \ 11:
r A
MONOCKOMADOR
,
AMOSTKA DETECTOR AMPI.IFICADOR REGISTRADOR
B - Doseamento de hidroclorotiazida:
Dissolva 50 mg da amostra de hidroclorotiazida e m 10 mL de hidró-
xido de sódio 0,1 N e dilua a 100,0 mL com água. Dilua 2,0 mL dessa
solução a 100,0 mL com hidróxido de sódio 0,01 N. Prepare conco-
mitantemente, uma solução-padrão utilizando hidroclorotiazida
SQR, de forma semelhante. Meça as absorvâncias da solução-
amostra e da solução-padrão em torno de 273 nm. Calcule o teor de
C7H8CIN304S2.
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Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
C - Doseamento de carbamazepina:
Dissolva 0,1000 g em metanol R e dilua a 100,0 mL com o mesmo
solvente, dilua 5,0 mL dessa solução a 50,0 mL com metanol R. Di-
lua 5,0 mL da última solução a 50,0 mL com metanol R. Meça a ab-
sorvância em 285 nm. Calcule o conteúdo de C 15 H 12 N 2 0, consideran-
do a absorvância específica igual a 490.
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
4.2. Identificação
0 fármaco deve ser identificado por métodos físico-químicos
ou quimicos, sendo que as metodologias principais são reações quí-
micas em tubo de ensaio as reações colorimétricas, cromatografia
em camada delgada e as espectrofotometrias no ultravioleta ou
infravermelho além da cromatografia líquida de alta eficiência
(CLAE ou HPLC). Abaixo estão alguns exemplos.
4 . 2 . 1 . Cápsulas de Betametasona:
Para uma quantidade do pó que contenha aproximadamente
5 mg do fármaco adicione uma gota de formaldeido/ácido sulfúrico.
Produz uma coloração alaranjada. Aqueça em banho-maria por um
minuto; a cor muda para marrom. Este teste também se aplica no
creme de valerato de betametasona. Citado no livro " Basic Tests
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
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Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
4.3.1. Metodologia:
Pese individualmente 20 unidades, retiradas ao acaso, do
mesmo lote e determine a massa média. Não mais do que 2 das 20
unidades poderão diferir da massa média encontrada em percenta-
gem superior à tabela a seguir indicada e nenhum caso poderá a
diferença exceder o dobro dessa porcentagem, acima ou abaixo.
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
FORMAS LIMITE DE
PESO MÉDIO
FARMACÊUTICAS VARIAÇÃO
Comprimidos comuns,
Comprimidos sub-linguais, Até 80,0mg ± 10,0%
Comprimidos efervescentes, Entre 80,0 a 250,Omg ±7,5%
Comprimidos vaginais e acima de 250,0 mg ±5,0%
Pastilhas
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
— y X 1 + X 2 + X 3 + ... + Xn
X= ±±
n
4, 5, 6, 7, 8
l- 4, 6, 8, 10
Formulação 1
Formulação 2
V w - 1
Se observarmos os mesmos dados citados no exemplo 1 e aplicarmos
o conceito de Desvio Padrão observaremos que o primeiro conjunto
varia s, = 1,58 enquanto s2 = 3,16. A Formuíação 1 varia Si = 3,08
enquanto a Formulação 2 s2 = 52,65.
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
C. V. = 4x100%
X
Podemos exemplificar com os dados abaixo:
273,90 211,90
275,50 213,50
277,10 215,10
277,50 215,50
281,80 219,80
282,90 220,90
284,10 222,10
285,80 223,80
273,90 211,90 296,30 234,30
275,50 213,50 300,60 238,60
277,10 215,10 302,00 240,00
277,50 215,50 305,80 243,80
281,80 219,80 312,50 250,50
282,90 220,90 314,40 252,40
273,90 211,90 315,90 253,90 315,90 253,90
275,50 213,50 316,50 254,50 316,50 254,50
277,10 215,10 325,90 263,90 325,90 263,90
333,60 271,60 333,60 271,60 333,60 271,60
336,70 274,70 336,70 274,70 336,70 274,70
339,20 277,20 339,20 277,20 339,20 277,20
Média 244,00 Média 241,04 Média 239,90
D. Pad. 33,47 D. Pad. 27,02 D. Pad. 21,69
C. Var. 13,72% C. Var. 11,21% C. Var. 9,04%
Cáp. Vaz. 62,00 Cáp. Vaz. 62,00 Cáp. Vaz. 62,00
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Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
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Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
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Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
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Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
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Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
6.1. Pesagem
Antes de iniciar a pesagem o manipulador deve conferir to-
dos os itens referentes à receita e ao rótulo, matérias-primas (espe-
cificação, prazo de validade, fator de correção, quantidade, incom-
patibilidades, etc). Procede a pesagem individual de cada compo-
nente, envia a fórmula pesada para o tamizador que homogeneiza e
envia ao encapsulador que executa o encapsulamento.
Assim, durante este processo alguns fatores devem ser ob-
servados cuidadosamente, a saber:
Exemplos
Uma fórmula que contenha 100 mcg de vitamina B12 por cápsula e
temos que manipular 120 cápsulas
Vitamina B12= 100 mg x 120 caps = 12000 mcg ou 12 mg ou 0,0120 g
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Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
6.3. Encapsulação
Os métodos de enchimento de cápsulas são muitas vezes im-
precisos, pois geralmente se baseiam na capacidade em termos de
peso. O parâmetro peso varia conforme a densidade do pó está dire-
tamente ligado ao volume ocupado pelo mesmo. O Método Volumé-
trico de enchimento de cápsulas é muito mais preciso, já que as
cápsulas têm capacidade constante em termos de volume.
79
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
7.1. Dureza
Este teste é aplicável a comprimidos não revestidos e nú-
cleos, permite avaliar a resistência a quebras, susceptíveis durante
os processos de acondicionamento, embalagem, transporte e arma-
zenamento. Uma dureza adequada, também é necessária aos com-
primidos que destinam-se ao revestimento ou drageamento. 0 teste
é realizado com 10 comprimidos, onde cada unidade é submetida a
uma força diametral, e o valor é expresso em Kg/cm 2 = Kgf = 10 N.
0 resultado final é a média dos valores obtidos.
7.2. Friabilidade
O teste é aplicado a comprimidos não revestidos e núcleos,
permite avaliar a resistência dos mesmos aos diversos movimentos e
atritos que ocorrem durante a produção e acondicionamento. Utili-
zam-se, geralmente, de 10 a 20 comprimidos que são submetidos a
um movimento rotatório, a uma velocidade de 20 rpm durante 5
minutos, o que eqüivale a 100 rotações. O resultado é expresso em
porcentagem de perda, através da pesagem dos comprimidos antes
e após a realização do teste, tendo-se o cuidado de eliminar o pó
friável, desprendido que esteja na superfície dos mesmos com o
auxílio de um pequeno pincel.
7.2.1.Critérios de aceitação:
Usualmente, considera-se ideal até 1%. A Farmacopéia Brasi-
leira IV considera aceitável até 1,5% ou o indicado na monografia.
80
Capítulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
7.3. Desintegração
0 teste aplica-se a um grande número de formas farmacêuti-
cas: comprimidos revestidos e não revestidos, drágeas, cápsulas
duras e moles, supositórios, óvulos, etc. 0 teste de desintegração,
entretanto, não aplica-se à formas farmacêuticas como pastilhas,
comprimidos mastigáveis ou de liberação controlada ou prolongada.
Permite verificar se uma forma farmacêutica desintegrar-se-á num
determinado tempo e num líquido apropriados. A desintegração
serve como indicativo, a grosso modo, de que ocorrerá a liberação
dos princípios ativos/fármacos no organismo. As condições do teste
e até mesmo o aparelho a ser utilizado variam de acordo com a
forma farmacêutica a ser ensaiada. A desintegração do produto
deve ser completa, de modo a obter uma massa mole, desintegrável
ao toque.
7 . 3 . 1 . Equipamento de desintegração:
0 aparelho utilizado possui basicamente as mesmas especifi-
cações nas Farmacopéias Americana (USP XXIV), Britânica (BP 1988)
e Brasileira (FBras IV). Consiste de um cesto redondo de polietileno,
cujo fundo é uma tela em aço inox, contendo 6 orifícios distribuídos
homogeneamente formando compartimentos independentes, em
cada um dos quais coloca-se a unidade a ser testada. Esta é a parte
móvel do aparelho que é submetida a um movimento vertical (as-
cendente-descendente), e mergulhada a cada vez no meio de desin-
tegração. Há ainda 6 (seis) discos em acrílico com dimensões e for-
mas apropriadas que são utilizados na maioria dos testes; em alguns
casos omite-se o uso dos mesmos.
82
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
8 . 1 . Volumetrias
8 . 1 . 1 . Cápsulas de acetazolamida:
Pese e homogeneize o conteúdo de 20 cápsulas. Misture uma
quantidade de pó, exatamente pesada, correspondente a cerca de
0,4000g de acetazolamida junte 90 ml_ de dimetilformamida (DMF) e
titule com solução etanólica de hidróxido de sódio 0,1 M. Determine
o ponto de equivalência por potenciometria, 1mL de solução etanó-
lica de hidróxido de sódio 0,1M; corresponde a 22,22 mg de
C4H6N403S2.
83
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
84
Capitulo 2 - Controle da Qualidade da Farmácia Magistral
Curva de Calibração
Cloridrato de Amiodarona SQR
A= 240 tm Solvente: Metanol - Aualista: Olegário 30/ÍIA000
1.6
1,1 J>
1.2 ^ "
_--^^ ♦ Absorv
^s'^ Linear (Absorv)
t 0.8
^^^
< 0.6 ~S"^
0.4 ^ * ^
Jtr y = 0.0547X • 0.0018
0.2
*T R' = 0.9998
Curva de calibração
Lovastatina SQR
Acetonitrila - X: 235 nm
3 , y = 0,0496x + 0,051
2.5
\ 2
~ R 2 = 0,9991 ^ "*
? 1.5
1 ' 0.5-
Q
1) 10 20 30 40 50 60
Concenlraçáo (fig/mL)
86
Principais
Equipamentos
Capitulo 3 - Principais Equipamentos
1.1. Operação:
Uma vez preparada a balança, e o cabo da rede conectado à
tomada, a balança indicará que está ligada, acendendo um ponto
decimal do segundo dígito no seu display.
Para ligá-la basta acionar a chave on/off, que se encontra
em seu painel frontal. Quando esta chave é acionada, o display exe-
cutará o teste do display, mostrando cada um dos dígitos e indican-
do desta forma se estão funcionando corretamente e indicará leitu-
ra zero no display.
Uma vez que a balança entrou em funcionamento normal,
aguarde no mínimo 25 minutos para que o equipamento atinja a sua
temperatura de trabalho (warm up).
Evite desligar o cabo da força da rede, pois desta forma não
haverá necessidade de aguardar o tempo de aquecimento toda vez
que for operar a balança. Quando a balança está desügada, com o
ponto decimal aceso, permanece na condição stand by, ou seja, não
haverá a necessidade de se aguardar o período de warm-up.
Nota ( * ) Tarar significa fazer com que o display indique zero antes de colocar o objeto a ser
pesado, sobre o prato. Desta forma, o peso do recipiente em que está a amostra será descon-
tado, e a balança somente irá indicar o peso do material, desde que a soma destes não exce-
da a máxima carga da balança.
Coloque sobre o prato o recipiente vazio, a balança indicará seu peso. Acione a tecla
"Tara", a balança passará a indicar zero no display. Despeje o produto no recipiente, e a
balança indicará somente o peso do produto.
88
Capítulo 3 - Principais Equipamentos
A linha BG, mede uma casa a mais do que indica o display, isto
para que possa ser feito o arredondamento com segurança. Este
arredondamento segue a seguinte forma:
Leitura maior ou igual à cinco vai um.
Leitura menor que cinco mantêm o valor.
1.5. Manutenção:
Para proceder à limpeza, basta desligar a balança, remover o
prato e retirar o plástico de proteção.
Não use qualquer tipo de solvente, o recomendado é álcool
70% e uma flanela.
0 prato, de inox, pode ser lavado com detergente, desde
que o mesmo seja removido da balança.
1.6. Calibração:
A precisão de leitura da balança, depende diretamente de
sua calibração para leituras corretas.
A calibração deve ser checada periodicamente.
Para balanças com uso contínuo, é recomendado a recalibra-
ção uma vez por mês.
89
Capitulo 3 - Principais Equipamentos
1.7. Aferição:
Anuatmente a balança deverá ser aferida pelos órgãos com-
petentes. No momento da aferição deverá ser afixada etiqueta
constando a data e o responsável pela aferição (INMETRO).
90
Capítulo 3 - Principais Equipamentos
2. Destilador:
2.1. Operação:
Abrir a torneira de alimentação, inicialmente com fluxo de
água maior para um enchimento mais rápido.
Quando o nível da água cobrir a resistência, o automático
será acionado ligando o aparelho.
A lâmpada piloto indicará que o nível ideal foi atingido e a
resistência está ligada.
Diminuir o fluxo de água na alimentação e aguardar a fervu-
ra.
Quando a água entrar em ebulição inicia-se o processo de
destilação.
Regule o fluxo de alimentação o suficiente para esfriar a
água destilada até a temperatura ambiente.
Desprezar os primeiros 500 ml.
Não fechar totalmente o recipiente coletor e também não
permitir que a ponta da mangueira fique submersa.
Atingindo o volume necessário de água destilada, fechar a
torneira. 0 aparelho continuará funcionando por aproximadamente
mais dois minutos quando o automático desligará.
2.2. Manutenção:
Periodicamente deverá ser feita a limpeza e a remoção das
crostas depositadas em forma de pó branco na resistência.
A periodicidade deverá variar de acordo com a qualidade da
água de entrada (águas de poço ou muito duras poderão formar
crostas em prazos menores).
Havendo a formação muito grande de crostas ou ataques ao
reservatório é aconselhável a instalação de filtros especiais.
Verificar periodicamente as conexões elétricas e a bóia, evi-
tando eventuais travamentos e queima do equipamento.
Nota: As manutenções do destilador devem ser registradas em ficha própria segundo modelo
na páçina 605.
91
Capítulo 3 - Principais Equipamentos
3. Deionizador:
3.1. Manutenção:
92
Capítulo 3 - Principais Equipamentos
4. pHmetro:
4.1. Operação:
Para efetuar uma medição de pH é suficiente submergir a ponta
do eletrodo (4cm) e a sonda de temperatura na amostra a ser me-
dida.
Ligue o instrumento pressionando a tecla on/off.
0 medidor entra automaticamente no módulo de medicão de
pH.
Espere um ou dois minutos para a estabilização do eletrodo.
0 valor do pH medido é lido no display principal e a temperatura
medida é lida no display secundário.
Nota: 0 pHmetro deve ser calibrado semanalmente. 0 registro de calibração deve feito em
ficha própria seçundo o modelo na página 595.
94
Capítulo 3 - Principais Equipamentos
Obs: 0 procedimento de calibração deve ser registrado em ficha própria, conforme modelo
na pásina 595.
4.5. Manutenção:
Se houver a formação de bolhas de ar dentro do bulbo de pH,
basta agitar o eletrodo para baixo como se opera um termômetro
clinico.
Sempre que os eletrodos, do tipo reabastecível forem usa-
dos, o nível de preenchimento do eletrólito precisa ser checado e
completado com solução apropriada.
Sempre que se usar os eletrodos, do tipo reabastecível, a
luva que cobre o furo de preenchimento deve ser baixada antes da
execução das medições e depois recolocado na posição original.
Se a capa de proteção ficar sem eletrólito ou se o eletrodo
não for usado por muito tempo, ele deve ser reativado ficando mer-
gulhado várias horas em um béquer com solução de KCl 3M.
95
Capitulo 3 - Principais Equipamentos
4.6. Observações:
É recomendável que o eletrodo seja completamente rinsado
para um melhor condicionamento. Para este processo, deve-se utili-
zar uma quantidade farta da amostra a ser medida. A leitura do pH
é feita em função da temperatura.
Para obter uma maior precisão da medição do pH, a
temperatura deve ser levada em consideração. Um perfeito
equilíbrio entre o eletrodo de pH e a amostra é alcançado em
aproximadamente 15 minutos.
Para se usar o acessório para compensação automática de
temperatura do medidor, insira a sonda de temperatura na amostra,
o mais próximo possível do eletrodo e aguarde por um ou dois minu-
tos.
Se a temperatura da amostra a ser testada for conhecida, sua
compensação poderá ser feita manualmente. Para isto, a sonda de
temperatura deverá ser desconectada do instrumento. 0 display
apresentará a temperatura padrão de 25°C ou a última temperatura
gravada e o ponto " c " estará piscando. Observe a temperatura da
amostra utilizando um termômetro de vidro convencional. A tempe-
ratura pode agora ser ajustada com as teclas de flecha up e down.
Se forem efetuadas sucessivas medições em diferentes amostras,
é recomendável que o eletrodo e a sonda de temperatura sejam
totalmente limpos com água destilada e secos com um papel fino,
entre cada medição.
96
Capítulo 3 - Principais Equipamentos
5. Placa Encapsuladora:
5.2. Operação:
Passo 1: Separar o suporte.
Passo 2: Encaixar o tabuleiro perfurado sobre o suporte.
Passo 3: Colocar as palhetas entre as duas partes, de modo que as
duas palhetas fiquem nos extremos em pé, formando uma abertura
de +/- 2cm entre as partes.
Passo 4: Acondicionar as cápsulas no tablóide perfurado conforme
procedimento de encapsulação.
97
Capitulo 3 - Principais Equipamentos
6.1. Manutenção:
A limpeza do elemento cerâmico deve ser feita sempre que
for constatada uma acentuada queda na vazão do aparelho. Proce-
der da seguinte forma:
Passo 1: Desatarrachar a vela da tampa do filtro.
Passo 2: Coloque a vela sob água corrente e esfregue sua superfície
com uma lixa d'água 80 até obter a cor clara original.
Passo 3: Rosqueie novamente à tampa e coloque em funcionamento,
não esquecendo de desprezar os primeiros segundos (+/- 3 litros).
Passo 4: Nunca efetuar a limpeza utilizando sal, açúcar ou esponjas
de aço, ou pela inversão do fluxo.
Passo 5: A durabilidade do carvão ativado existente no interior do
elemento filtrante de ação tripla é de quatro a oito meses, em fun-
ção da quantidade de cloro existente na água e do coeficiente de
utilização do aparelho. 0 responsável pela troca do carvão deve
anotar a data na ficha de manutenção, assinando-a.
Passo 6: A eventual presença de trinca superficial não compromete
o funcionamento do elemento filtrante.
Passo 7: A ficha de manutenção do aparelho, segundo modelo na
página 603, deve ficar afixada no mesmo e o responsável pela lim-
peza deve anotar a data e assinar.
98
Capitulo 3 - Principais Equipamentos
7.1. Descrição:
A preparação de produtos estéreis, requer estrita aderência
à técnicas assépticas.
A adoção de técnicas assépticas no preparo de produtos es-
téreis é uma maneira de prevenir a contaminação por microorga-
nismos. A contaminação pode ocorrer pelo meio ambiente ou atra-
vés da pessoa responsável pela preparação.
A melhor maneira de reduzir os riscos de contaminação no
ambiente de preparo, é o controle da área de preparo de tal manei-
ra a produzir uma "área limpa de trabalho" (Clean area).
0 Fluxo Laminar é efetivo em promover uma área limpa para
trabalho (área estéril). Entretanto, o uso de técnicas inadequadas
ou falta total de técnica pode por a perder os benefícios produzidos
pelo equipamento de Fluxo laminar.
0 Fluxo laminar fornece um fluxo contínuo de ar filtrado . 0
ar é filtrado através de um filtro de alta eficiência (HEPA - high-
efficiency particulate air filter) que remove 99.97% de todas as par-
tículas maiores que 0,3 um de tamanho. Essencialmente este filtro
está apto a remover todos microorganismos e partículas contami-
nantes. 0 fluxo de ar possui velocidade suficiente para manter a
área de trabalho livre de contaminação.
Boa técnica asséptica é essencial para maximizar os benefí-
cios do fluxo laminar. E importante lembrar que os benefícios do
fluxo laminar podem facilmente ser neutralizados, aumentando-se o
risco de contaminação. Espirros, tosses, correntes de ar, abertura
de porta, movimentos bruscos com as mãos ou corpo, conversas na
direção do fluxo podem neutralizar seus benefícios. 0 manipulador
deve manter condutas de boas práticas de manipulação e higiene,
efetuando anteriormente ao trabalho no fluxo, a assepsia correta
das mãos e antebraços com solução de povidine e periodicamente já
em trabalho realiza a assepsia das luvas, friccionando as mãos cal-
çadas com um pouco de álcool a 70% com clorexidina. Lembre-se
que as luvas dão uma falsa sensação de segurança, seu uso irracio-
nal permitindo que entre em contato com uma superfície não estéril
é suficiente para contaminá-la. Portanto, periodicamente e sempre
que necessário faça a antissepsia das tuvas com a solução de álcool
a 70% com clorexidina.
99
Capítulo 3 - Principais Equipamentos
7.2. Operação:
O Fluxo Laminar deve ser ligado 30 minutos antes de se inici-
ar a manipulação. Suas paredes devem ser previamente sanitizadas
com solução antisséptica (álcool a 70% com clorexidina) e a lâmpada
esterilizante UV deve também ser ligada 30 minutos antes da mani-
pulação e desligada no início desta.
100
Vidrarias e
Porcelanas
Capítuto 4 - Vidrarias e Porcelanas
102
Capitulo 4 - Vidrarias e Porcelanas
2.1. Béquer:
É um recipiente cilíndrico de vidro que pode ser
aquecido ou de plástico que não pode ser
aquecido. Destina-se à coleta de líquidos não
voláteis, dissoluções, aquecimento de líquidos
(somente o de vidro) e decantaçào de suspensões.
Sua medição volumétrica não é precisa, não
servindo como instrumento de medida.
0 béquer pode ser utilizado somente para
dissoluções de substâncias facilmente sotúveis a
frio ou que se dissolvam a quente e não exijam atrito do bastão
para sua diluição, pois suas paredes são frágeis e quebram facilmen-
te.
103
Capitulo 4 - Vidrarias e Porcelanas
2.4. Espátulas:
2.5. Termômetros:
104
Capitulo 4 - Vidrarias e Porcetanas
2.6. Funis:
Os funis utilizados em laboratório são geralmente de
vidro ou plástico inerte, de colo curto ou longo,
biselado na sua extremidade inferior.
Os funis servem para facilitar, a introdução de
líquidos em recipientes de colo estreito, como buretas,
balões volumétricos, porém, de modo geral são empre-
gados em filtrações.
2.7. Cálice:
2.8. Provetas:
São recipientes cilíndricos de forma alongada, providos de
base, constituídos de vidro ou plástico. Geralmente são
graduadas. As provetas graduadas servem para tomadas de
volumes de líquidos, quando não se deseja maior precisão.
105
Capítulo 4 - Vidrarias e Porcelanas
2.9. Pípetas:
São tubos de vidro, que apresentam a porção mediana dilatada e um
estreitamento numa das extremidades. Podem ser graduadas ou
volumétricas.
As pipetas graduadas apresentam a dilatação na porção
mediana cilíndrica, são graduadas em ml e frações decimais.
As pipetas volumétricas não graduadas, apresentam na
porção mediana, uma dilatação esférica ou ovalada e, no
colo superior um traço de aferição correspondente ao
limite do volume indicado na mesma.
v Para usá-las, extrai-se, por sucção, com a boca ou
preferivelmente com o auxílio de uma pêra de borracha, o
líquido de um recipiente, de tal forma que o nível do mesmo
ultrapasse o traço de aferição. Tampa-se o orifício superior
com o dedo indicador e deixa-se escoar o excesso, até que a
base do menisco coincida com o traço de aferição. Essa
observação é feita mantendo-se a pipeta na posição vertical e
fazendo com que o traço de aferição esteja no mesmo plano,
que passa pelo olho do observador, para evitar o erro de
paralaxe. Ao transferir o liquido da pipeta para um
recipiente, deve-se fazê-lo lentamente, encostando a ponta da pi-
peta nas paredes do mesmo, não soprando para eliminar a gota re-
sidual.
106
Capitulo 4 - Vidrarias e Porcelanas
2.12. Cápsula:
Recipiente com a forma de calota esférica, de metal ou por-
celana.
Pode ser aquecida diretamente e é usada para se dissolver
sólidos em líquidos, concretar soluções por evaporação de solvente.
É utilizada predominantemente no laboratório de controle da quali-
dade.
2.12. Cadinhos:
Recipientes de forma de vaso, às vezes providos de tampa e
feitos de porcelana, prata, platina, ferro, grafite ou quartzo.
Resistem a elevadas temperaturas, porém, os cadinhos que
podem sofrer ruptura devem ser aquecidos inicialmente com chama
fraca.
É nos cadinhos que se realiza operações chamadas calcina-
ções, fusões, etc. É utilizado predominantemente no laboratório de
controle da qualidade.
2.13. Balões:
2.14. Buretas:
São tubos de cristal ou de vidro especial, graduadas em ml e
frações, possuindo, na extremidade inferior um estreitamento
provido de torneira esmerilhada ou um intermediário de
borracha, contendo no seu interior uma esfera de vidro, e,
ligado a um pequeno tubo de vidro com extremidade afilada.
w São usadas em titrimetria, suspensas em suportes por meio de
4N) Pinças.
108
5
Manipulação
Capítulo 5 - Manipulação
1. Processos de Manipulação
1.1. Introdução
Por se tratar de tarefa primordial e vital no universo de ati-
vidade da farmácia de manipulação, os processos de manipulação
devem ser efetuados por mão-de-obra especializada e acompanha-
dos de perto pelo farmacêutico responsável.
Além disso, o farmacêutico deverá analisar criticamente a
receita a ser aviada, para isso, é essencial seguir alguns critérios
técnicos, alguns destes relacionaremos a seguir.
110
Capítulo 5 - Manipulação
2. Processos de Manipulação
- Laboratório de Sólidos
Formas Farmacêuticas Sólidas de Interesse
na Farmácia Magistral: Pós, Granulados e Cápsulas
Introdução
As formas farmacêuticas sólidas representam, de modo ge-
ral, a maior porção das preparações aviadas na farmácia magistral,
de modo destacado a forma de cápsulas.
A seguir, estão algumas vantagens oferecidas pela forma só-
lida sobre a liquida que explicam o motivo desta preferência:
• As drogas e produtos químicos são mais estáveis na forma só-
lida.
• As drogas sólidas (e secas) podem ser dispensadas na forma
compactada de comprimidos, cápsulas, pós divididos, dentre
outros, podendo ser embalados, transportados, administra-
dos e armazenados mais facilmente que as formas líquidas.
• Paladares desagradáveis são mais evidenciados quando as
substâncias estão na forma de solução do que na forma sóli-
da. Sabores desagradáveis podem ser anulados totalmente
pela inclusão da droga sólida em cápsulas ou em comprimi-
dos revestidos.
• Doses precisas são mais facilmente obtidas com formas for-
necidas em doses individuais e unitárias, tais como, compri-
midos, cápsulas e pós divididos.
• Modificação da liberação das drogas (liberação lenta, contro-
lada, retardada, etc) podem ser obtidas muito mais facil-
mente em formas sólidas do que em preparações líquidas.
Todavia, a absorção de uma droga veiculada na forma sólida de-
pende de fatores diversos, tais como: a desintegração da forma só-
lida com a liberação de partículas contendo a droga e excipiente, a
posterior dissolução da droga, sendo esta influenciada por fatores
físicos e químicos diversos e por último, a absorção propriamente
dita ou permeação da droga através da membrana celular. Sabemos
que características como o tamanho das partículas sólidas, solubili-
dade da droga, propriedades do excipiente e adjuvantes influenciam
na velocidade de dissolução das drogas e portanto na sua biodispo-
nibilidade. Além de ter como objetivo a obtenção de uma forma
111
Capítulo 5 - Manipulação
1. Pós
1.3. Vantagens
112
Capitulo 5 - Manipulação
1.4. Desvantagens
1.5. Características
1.7. Preparação
1.8.Tamisação
A tamisação é uma operação que tem por finalidade obter
pós cujas partículas tenham um determinado tamanho médio (mes-
ma tenuidade). É necessário que o produto que esteja sendo pulve-
rizado, seja tamisado por um tamis cuja abertura de malha corres-
ponda à tenuidade do pó a obter, voltando para o gral as partículas
maiores retidas.
114
Capítulo 5 - Manipulação
115
Capitulo 5 - Manipulação
Acetanilida Lidocaína
Ácido acetilsalicílico Mentol
Acido salicilico p-naftol
Antipirina Resorcina
Cânfora Salicilatos
Fenacetina Salol
Fenol Timol
Cloral hidratado Benzocaina
Prilocaína aminopirina
116
Capítulo 5 - Manipulação
' Nota: Normalmente, o absorvente mais eficaz na prevenqâo de misturas eutéticas é aquele
que possui elevado ponto de fusão e grande superfície específica, como o óxido de zinco que
apresenta elevado ponto de fusão (2800°C) e o carbonato de maçnésio (decompõe-se a
350°C).
P.F. A
Mistura Líquida B RF.
Ponlo de
Ponto de
deA+B Fusào
Fusâo
u Crístais da substãncia
Pura A+ Mislura Llqulda ^ ^ - v ^ ^ E / ^
^ Crisiais da substanoia
Pura B* Mislura Líquida
Temperatura
Eutética
I Substântía Sóiida
deA+E
A B
Compo iição
Eutót ca
Composlção (Fração Molar)
117
Capitulo 5 - Manipulação
118
Capítulo 5 - Manipulação
Medidas corretivas
• A higroscopia e a deliquescência podem ser atenuadas com o
controle da umidade relativa do ar, através do uso de desu-
midificadores e ar condicionado. A umidade relativa na faixa
de 30 a 45% é a melhor para manipulação de pós.
• A granulação de pós reduz a superfície de exposição ao ar.
• Quando se trabalha com pós deliquescentes ou higroscópicos
119
Capítulo 5 - Manipulação
1.10. Pós e f l o r e s c e n t e s
120
Capítulo 5 - Manipulação
Acetato de sódio
Acido cítrico
Alúmen
Borato de sódio
Bromidrato de escopolamina
Bromidrato de quinino
Cafeina
Carbonato de sódio (decahidratado)
Ciclofosfamida
Cloridrato de quinino
Codeína
Fosfato de codeina
Fosfato de sódio
Lactato de cálcio
Sulfato de atropina
Sulfato de cobre
Sulfato de codeína
Sulfato de quinino
Sulfato ferroso
A. Desvantagem
Devido a inexatidão do processo de medida, somente devem
ser dispensadas nesta forma, fármacos não-potentes (de fraca ativi-
dade farmacológica).
B. Vantagens
Podem ser diluídos em uma quantidade de água ou outro lí-
quido, facilitando a deglutição.
122
Capítulo 5 - Manipulação
D. Procedimento de preparo
Em pós a granel de uso interno a substância ativa é dispen-
sada em concentração peso do ativo I volume a ser in$erido ou ad-
ministrado (ex. x mg do ativo/colher de chá).
Passso 1: preparar o produto conforme a prescrição
meça o volume do pó a ser tomado com o utensílio de medida apro-
priado que será utilizado na administração do pó (ex.colher de chá)
Passso 2: pese o volume do pó medido
Passso 3: calcule o peso do(s) ingrediente(s) ativo(s) no volume a ser
administrado, a partir da concentração ou percentual do(s) ingredi-
ente(s) ativo(s) no peso total do pó e do peso do volume a ser admi-
nistrado
Passso 4: siga o método geral descrito anteriormente para mistura
de pós
Passso 5: embale e rotule
Exemplos de formulações
B. Pó laxativo
Sulfato de sódio anidro 20 g
Fosfato de sódio anidro 40 g
Bicarbonato de sódio 60 g
C. Pó antiácido
Carbonato de cálcio 32 g
Carbonato de magnésio.... 32 g
Carbonato de sódio 26 g
Caulim (leve) 10 g
Capítulo 5 - Manipulação
A. Vantagens
Permite o acondicionamento de volumes de pós ativos, de-
masiados grandes, para serem veiculados na forma de cápsulas ou
comprimidos.
Os papéis medicamentosos permitem a administração de pe-
quenos volumes de pó susceptíveis de se administrarem em cápsulas
ou em comprimidos, especialmente, em pediatria, dada a dificulda-
de da criança deglutir aquelas formas farmacêuticas sólidas e duras.
B. Desvantagens
A aparência dos papéis é vulgar e desvaloriza o produto. De-
ve-se escolher preferencialmente envelopes impermeabilizados
(plastificados e aluminizados) ou flaconetes plásticos.
Substâncias higroscópicas ou deliquescentes estão mais ex-
postas à umidade, devendo-se optar pelo uso de papéis encerados
ou envelopes impermeabilizados.
C. Procedimento de preparo
Para se preparar doses individuais de pós na forma de pa-
péis, envelopes ou sachês deve-se colocar uma quantidade específi-
ca de pó em cada embalagem individualmente.
0 método mais preciso para o preparo desta forma farma-
cêutica é a pesagem individual da quantidade de pó a ser acondi-
cionada em cada dose unitária. É recomendável que se prepare uma
quantidade excedente de pó (em torno de 5%) para compensar pos-
síveis perdas durante o processo de preparação. Se a prescrição
contiver substância sujeita a controle especial, a perda durante o
processo de preparação deve ser mínima para não haver necessida-
de de compensação.
Passo 1: Calcular a quantidade a ser pesada de cada componente da
formulação, levando-se em conta a perda durante o processo de
preparação.
Passo 2: Pesar precisamente os componentes da formulação con-
forme o número de papéis, envelopes ou flaconetes solicitados pela
prescrição.
Passo 3: Completar com qs de excipiente flavorizado e edulcorado
124
Capitulo 5 - Manipulação
Exemplo de formulação
125
Capítulo 5 - Manipulação
2. Grânulos Efervescentes
Os sais efervescentes são usualmente misturas eflorescidas
de ácido cítrico / ou ácido tartárico (ácidos) com bifosfato sódico e
ou bicarbonato de sódio (bases) e outros ingredientes medicinais.
Estes sais também podem ser preparados a partir de sais não-
eflorescidos de ácido cítrico e ácido tartárico. Em presença de á-
gua, o ácido reage com a base e libera dióxido de carbono, produ-
zindo efervescência. Os sais e gânulos efervescentes podem ser pre-
parados na forma de misturas de pós a granel ou pós divididos.
2.1.Vantagens
2.1.1.Correção do paladar:
A solução carbonatada e a liberação de C02 mascaram sabo-
res salinos e amargos. Os grânulos apresentam vantagem sobre os
pós, pelo controle da velocidade da efervescência. 0 pó dissolve
mais rápido (maior superfície) do que os grânulos que se hidratam e
dissolvem lentamente.
2.2. Desvantagens
Baixa estabilidade, devido a alta reatividade (efervescência).
Dificuldade na manipulação (dificuldade de manter os ingre-
dientes secos durante o preparo e o armazenamento).
Procedimento:
Passo 1: Triturar todos os pós juntos até a obtenção de pó uniforme.
Passo 2: Pese cada dose separadamente (1 décimo do peso total) e
embalar cada dose em um envelope. Cada envelope terá o equiva-
lente a 1g de cálcio elementar.
Passo 3: Sele bem o envelope, não permitindo o acúmulo de ar no
seu interior.
Passo 4: Armazene em local seco.
Estabilidade aproximada: 2 meses
2.4.2. Citrocarbonato
(10 envelopes)
Lactato de cálcio 7,95 g
Cloreto de sódio, USP 4,2 g
Sulfato de magnésio anidro 3,72 g
Fosfato de sódio dibásico anidro .. 5,1 g
Ácido cítrico monohidratado 64,4 g
Bicarbonato de sódio 56,6 g
Procedimento:
Passo 1: Pese e misture uniformemente os seis pós.
Passo 2: Distribua o pó em bandeja tipo refratária.
Passo 3: Inicie o aquecimento em um forno de microondas por 1 a
1,5 minutos.
Passo 4: Na temperatura de aproximadamente 75°C, o ácido cítrico
127
Capitulo 5 - Manipulação
128
Capitulo 5 - Manipulação
3. Cápsulas
• Fácil deglutição.
• Fácil de ser identificável (cor ou impressão serigrafada).
• Farmacêuticamente elegante.
• Mascaram de forma eficaz as características organolépticas
desagradáveis (sabores e ou odores desagradáveis) de fárma-
cos veiculados, uma vez que o invólucro da cápsula impede o
contato sensorial direto com o(s) ativo(s) veiculado(s).
• Fácil formulação.
• Fabricação a seco.
• Número de adjuvantes reduzidos.
• Risco reduzido de contaminação cruzada.
• Para crianças, podem ser abertas e o conteúdo dispersado
facilmente na alimentação.
• Limitado potencial de incompatibilidades.
• Menos equipamentos para a fabricação.
• Configurações únicas de cor e forma que realçam a identifi-
cação do produto.
• Menos exigências de validação.
• Menos etapas de produção.
• Boa estabilidade.
• Versatilidade para o preparo de fórmulas e doses individuali-
zadas (fórmulas magistrais).
• Apresentam boas características de biodisponibilidade (ge-
ralmente o invólucro se dissolve rapidamente no estômago,
em torno de 10 a 20 minutos, liberando seu conteúdo).
129
Capitulo 5 - Manipulação
130
Capítulo 5 - Manipulação
131
Capitulo 5 - Manipulação
• Cápsulas duras
• Cápsulas moles ("softgel")
• Cápsulas gastroresistentes (de liberação entérica)
• Cápsulas de liberação modificada (liberação prolongada)
Esquema de
sistema de
fechamento de cápsulas
133
Capitulo 5 - Manipulação
B. Desyantagens
• Preparação complexa (não podem ser produzidas na farmácia
magitral).
• Inadequada para incorporar substâncias líquidas com teor de
água maior que 5%, substâncias hidrossolúveis de baixo peso
molecular e compostos orgânicos voláteis.
134
Capítulo 5 - Manipulação
3.7.1. Introdução
As cápsulas gastroresistentes são obtidas revestindo as cáp-
sulas duras com um filme gastroresistente ou preenchendo as cápsu-
las com granulados ou partículas já recobertas de um revestimento
gastroresistente. Estas cápsulas devem resistir, sem alteração, à
ação do suco gástrico. Entretanto, devem desagregar-se rapidamen-
te no suco intestinal, e por isso se diz que são gastroresistentes ou
enterossolúveis.
Para formação do filme gastroresistente são empregados po-
límeros gastroresistentes que apresentam grupos funcionais com
natureza aniônica que em pH ácido do estômago os tornam insolú-
veis (ex.: acetoftalato de celulose, copolímero do ácido metacríli-
co/metacrilato de metila). Com a mudança do pH para valores su-
periores a 5,5 estes grupos ficam ionizados e tornam-se solúveis no
meio, promovendo a liberação imediata dos fármacos. Para melhor
compreensão do comportamento da solubilidade do revestimento
nas diferentes regiões do aparelho digestivo, a tabela 19 apresenta
os diferentes pHs encontrados no trato gastro-intestinal.
135
Capítulo 5 - Manipulação
Local PH
Estômago 1,0 a 3,5
Duodeno 5,0 a 6,0
Jejuno 6,3 a 7,3
lleo +/-8,0
Cólon 8,3 a 8,4
Reto 6,8 a 7,2
136
Capitulo 5 - Manipulação
A. Objetivo:
Revestimento externo
de cápsulas
gelatinosas duras, com
filme gastroresistente
em formulações
contendo fármacos
específicos, cuja
estabilidade, bio-
disponibilidade e
eficácia dependem da
liberação exclusiva em
meio entérico.
B. Materiais:
Máquina de revestimento entérico.
Frasco spray com propelente.
Secador com fluxo de ar quente para secagem do revesti-
mento.
Solução de revestimento entérico com acetoftalato de celu-
lose (recém-preparada) ou a solução de revestimento com Eudragit
L-100.
Cápsulas gelatinosas duras contendo o(s) fármaco(s) + exci-
piente(s).
Óculos de segurança para o manipulador.
Máscara com filtro para proteção do manipulador.
Luvas.
C. Precauções:
A inalação constante da solução de revestimento é potenci-
almente perigosa à saúde do manipulador, portanto, é de suma im-
portância a utilização de máscara protetora com filtro e que o pro-
cedimento seja realizado em local ventilado ou preferencialmente
em capela com exaustão para gases.
137
Capítulo 5 - Manipulação
D. Procedimento:
Cálcuios:
Peso total das cápsulas vazias=> 76,2mg (peso médio da cáp-
sula vazia) x 500 (quantidade de cápsulas a serem revestidas) =
38.100 mg ou 38,1g.
Quantidade em peso de revestimento a ser empregado: 15%
do peso das cápsulas vazias, portanto no exemplo: 15% de 38,1 g =>
5,715 g (quantidade de revestimento necessário para o processo de
revestimento). Para sabermos o peso do revestimento nas cápsulas
cheias, devemos realizar os seguintes cálculos:
139
Capitulo 5 - Manipulação
Procedimento de preparo:
Passo 1: No agitador, adicione o CAP ao álcool seguido pelo hidróxi-
do de amônio. (A dissolução do CAP depende do pH básico).
Passo 2: Deixe agitar por 1 hora ou até dissolver.
Passo 3: Então, acrescente o propilenoglicol
Eudragit®L-100 7g
Polietilenoglicol 400 4,0 mL
Solução Acetona/álcool absoluto (1:1) qsp 100 mL
Procedimento de preparo:
Passo 1: Dissolva o Eudragit L-100 em cerca de 90 mL da solução de
Álcool/Acetona (1:1) em um béquer de vidro coberto.
Passo 2: Adicione o PEG 400 e complete o volume para 100 mL com
a solução com álcool/acetona (1:1).
Passo 3: Validade estimada desta solução: 6 meses, conservada em
frasco de vidro.
140
Capitulo 5 - Manipulação
142
Capitulo 5 - Manipulação
3.8.1. Introduçao
Algumas formas farmacêuticas sólidas, como cápsulas e com-
primidos de liberação convencional são elaboradas para liberar o
fármaco no organismo de modo a ocorrer absorção rápida e compte-
ta. Nesses sistemas, busca-se manter determinada concentração do
fármaco no sangue, prescrevendo-se doses unitárias constantes ao
paciente durante o período de 24 horas. No entanto, pode ser ob-
servada a ocorrência de picos e vales no perfil de biodisponibilidade
do medicamento que devem estar situados dentro de uma faixa a-
ceitável, (janela terapêutica - acima da concentração mínima eficaz
e abaixo da concentração mínima tóxica) para que não haja com-
prometimento da eficácia clínica do tratamento. Este perfil, deter-
mina a posologia do esquema terapêutico (Ansel, Popovich, Alen,
2000; Helman, 1981; Lieberman, Lachman, 1982; Lieberman, Lach-
man, Schwartz, 1990; Ritschel, 1982; Veiga, 1988).
Contudo, outras formulações vêm sendo estudadas, na tenta-
tiva de modular a liberação do fármaco, para que ocorra de modo
lento e gradual propiciando ação terapêutica de longa duração (An-
sel, Popovich, Alen, 2000; Helman, 1981; Lieberman, Lachman,
1982; Lieberman, Lachman, Schwartz, 1990; Lordi, 1986; Prista,
Alves, Morgado, 1995; Ranade, 1991; Ritschel, 1982; Veiga, 1988).
Nos sistemas de liberação controlada, a taxa de fármaco li-
berada iguala-se a quantidade de fármaco eliminado, mantendo
desta forma, a concentração plasmática dentro da janela terapêuti-
ca (Uhrich et al., 1999). Tais preparações podem ser desenvolvidas
para administração por diversas vias (cutânea, intravascular, intra-
muscular, linfática, ocular, nasal, dentre outras). Entretanto, a ad-
ministração pela via oral, continua sendo uma das mais desejáveis
(Khan, 1995; Veiga, 1988).
De acordo com a United States Pharmacopeia 24 ed. (2000),
o termo liberação controlada é sinônimo de liberação sustentada,
liberação prolongada ou ação prolongada. Tais termos são empre-
gados para descrever formulações que não liberam o fármaco pron-
tamente após administração, como os denominados medicamentos
de liberação convencional e, que apresentam redução na freqüência
de doses administradas. Formas de liberação controlada são ainda
definidas, como aquelas nas quais há redução de pelo menos duas
143
Capítulo 5 - Manipulação
144
Capítulo 5 - Manipulação
United States
harmacopeia 24
A liberação do fármaco ocorre em peri- ed., 2000; Costa,
Retardada odo de tempo bem definido após admi- Lobo, 1999;
nistração do medicamento. Ranade, 1991
145
Capítulo 5 - Manipuiação
146
Capitulo 5 - Manipulação
3.9.1. Definição:
As cápsulas, assim como os comprimidos, podem ser formu-
ladas para liberar o(s) principio(s) ativo(s) de maneira lenta e pro-
longada para que seja(m) absorvido(s) pelo trato gastrintestinal.
3.9.3. Desvantagens:
Em pacientes que sofreram efeitos adversos do fármaco
veiculado na forma de liberação prolongada, torna-se mais difícil a
remoção do fármaco do aparelho digestivo do que nos produtos de
rápida liberação.
Dificuldade de deglutição, decorrente da frequente utiliza-
ção de altas doses do fármaco (> 500 mg), portanto, a forma farma-
cêutica pode ser de maior tamanho.
Normalmente, as formas de liberação prolongada contêm
duas ou mais vezes a dose da forma convencional, portanto, no caso
de falha do sistema de liberação controlada, aumenta-se o risco de
sobredose e de toxicidade iatrogênica é maior.
147
Capítulo 5 - Manipulação
148
Capitulo 5 - Manipulação
149
Capítulo 5 - Manipulação
150
Capítulo 5 - Manipulação
151
Capítulo 5 - Manipulação
A. Exemplo de Formulação
Progesterona em Cápsulas de Liberação Lenta
Progesterona 100mg
HPMC 140mg
Lactose qsp 1 cápsula
Nota: Encapsular em cápsulas número 0.
152
Capítulo 5 - Manipulação
Referênàas:
International Drug Directory 1990-1991
Physicians' Desk Reference 50th edition 1996
Red List: Drus Directory of German Pharmaceutical Industry
Abreviações: C= cápsula, T=comprimido (do ingíès tabtet), E=revestimento entérico, XR=
liberaçõo prolongada (do ing/ês extended release)
153
Capítulo 5 - Manipulação
Continuação Tabela 22
Droga/companhia Forma Propriedades
farmacêutica
Fenofibrato/ Fournier C XR
Flufenazina/ Squibb T XR
Furosemida/ Hoechst C XR
Ibuprofeno/ Wander. Klinge C,T XR
Indometacina/ Merck C,T E, XR
Isossorbida dinitrato/ Boehringer C,T XR
Mannh., Wyeth
Isossorbida mononitrato/ Synthela- C,T XR
bo, Boehringer Mannh.
Isoxsuprina/ Duphar C XR
Lanzoprazot/ Takeda c E
Levotiroxina (T4)/ Henning T XR
Lítio/ Astra, Smithkline Beecham T E, XR
Mesalazina/ Procter & Gamble, T E, XR
Smithkline Beecham
Metformina/ Boehringer Mannheim T XR
Metilprednisolona/ Hoechst T XR
Metoclopramida/ Kali-Chemie C XR
Metoprolol/ Astra, Ciba T XR
Morfina/ Rhone-Poulenc CT XR
Naproxeno/ Roche, Syntex C,T E
Nifedipina/ Bayer C XR
Nitrofurantoina/ Procter & Gamble c XR*
Omeprazol/ Astra c E
Orfenadrina/ 3M Media T XR
Pancreatina/ Mc Neil, Nordmark C,T E
Pantoprazol/ Byk Gulden T E
Pentoxifilina/ Promonta Lundbeck, T XR
Hoechst-Roussel
Pindolol/ Sandoz T XR
Cloreto de Potássio/ Abbott T XR
Propranolol/ Wyeth C XR
Quinidina/ Astra, Boehringer Man- T XR
nh.
Salbutamol/ Glaxo CT XR
Sulfassalazina/ Pharmacia T E
154
Capitulo 5 - Manipulação
Continuação Tabela 21
Droga/companhia Forma Propriedades
farmacêutica
Teofilina/ Byk Gulden, Hoechst, CT XR
Key, Knoll, 3 M Medica
Tioridazina/ Sandoz T XR
Trifluoperazina/ Smithkline C XR
Beecham
Tripsina/ Mucos, Novo T E
Ácido valpróico/ Abbott, Geigy C,T E
Verapamil/ Knoll, Searle C,T XR
Vincamina/ Parke-Davis C XR
3.10.1. Pesagem
As receitas devem ser ordenadas de acordo com o horário de
entrega prometido ao cliente.
0 manipulador seleciona a ordem de pesagem dos compo-
nentes das receitas a serem manipuladas. Confere se ficha de pro-
dução está de acordo com a receita e o rótulo, separa os potes dos
componentes a serem utilizados (as matérias-primas deverão ser
armazenadas em frascos de vidro âmbar, etiquetado com todas as
especificações: nome, fator de equivalência, fomecedor, n° de lote,
prazo de validade e colocados em ordem alfabética nas prateleiras).
Procede-se a pesagem individual de cada componente (os
potes com matérias-primas após terem sido utilizados deverão per-
manecer fechados (pois podem ocorrer alterações nos sais) e colo-
cados novamente em ordem nas prateleiras).
0 manipulador anota em formulário próprio os dados refe-
rentes à fórmula manipulada: o número da requisição, o nome do
cliente, o horário da pesagem, o número de fórmulas pesadas da
receita, assina o rótulo de controle de processo e envia a formula-
ção pesada para Homogeneização/Tamisação.
0 manipulador efetua a trituração, diluição e tamisação da
fórmula, anota dados em formulário próprio e envia a mesma para
a encapsulação.
155
Capítulo 5 - Manipulação
3.10.3. Procedimento:
Passo 1: Processo em que o manipulador deverá pesar os sais, espe-
cificados na receita (ficha de pesagem), observando as respectivas
quantidades.
Passo 2: A pesagem deverá ser precisa e muito cuidadosa.
Passo 3: Ao iniciar a pesagem, o manipulador deverá tarar a balança
com papel manteiga sobre o prato.
Passo 4: 0 manipulador deverá pesar os sais um a um (sempre ta-
rando a balança após cada sal), em papel manteiga sobre a balança
de precisão, utilizando-se de uma espátula. Para pesagem de pellets
deve utilizar sempre espátula de plástico ou de chifre, não utilizar
espátulas de aço inox.
Passo 5: Após o término da pesagem da fórmula, inclusive o excipi-
ente, os sais serão colocados em um saco plástico e encaminhados
para o processo de trituração, diluição e tamisação da formulação.
Passo 6: A ordem de manipulação deve conter orientação quanto ao
tamanho e cor das cápsulas a serem utilizadas, bem como a indica-
ção da necessidade de revestimento entérico, se for necessário.
156
Capitulo 5 - Manipulação
Exemplo:
Piridoxina 60,0 mg
Cistina 200,0 mg
VitaminaB12 100,0 mcg
Biotina 0,2 mg
VitaminaA 25.000 Ul
100cápsulas.
Cálculo:
1mg 100 mg
10 mg x
x = 1.000 mg = 1,0g
Pesa-se então 1,0g da Vit. B12 diluída 1:100.
157
Capítulo 5 - Manipulação
- Vitamina A = 25.000 Ul
Converte-se a unidade internacional em miligrama, considerando-se
que 500.000 Ul de vitamina A correspondem a 1g da vitamina A ace-
tato pó, faz-se então a seguinte regra de três:
500.000UI 1g
25.000 Ul x
x = 0,05g
0,05gx 100caps = 5,0g.
Pesa-se então 5g da vitamina A acetato pó.
Exemplo 1
Cimetidina 200 mg
Inositol 100 mg
Alcachofra ext. seco 50 mg
Peso total: 350 mg
158
Capítulo 5 - Manipulação
Exemplo 3
Famotidina 25 mg
Cisaprida 8 mg
60 caps
Peso total: 33 mg
159
Capitulo 5 - Manipulação
Exemplo:
volume = 25 ml para 30 cápsulas.
Veja o ponto " x " no gráfico. Segundo o gráfico, a cápsula a ser usa-
da é de número superior a 0, portanto 00. Para 30 cápsulas de nú-
mero 00. Qual o volume ocupado ?
Veja ponto Y no gráfico = 29 ml.
Sendo assim, o volume de excipiente será 29 - 25 = 4ml.
160
Capítulo 5 - Manipulação
5 10 15 20 25
000
"E5
1/1
o.
<(C
u
0)
TJ
o
l_
<D
£
z
10 15 20 25 30 35 40 45 50
Volume de pó
A. Material utilizado:
Tamis: malha de aço inox de 50 a 100 Mesh.
Suporte para tamiz.
Gral de porcelana.
Pistilo.
Espátula de plástico tipo "tigre®" .
Papel manteiga.
161
Capítulo 5 - Manipulação
B. Procedimento:
Passo 1: Agitar o saquinho plástico, com os componentes da formu-
lação previamente pesados, 10 vezes ou mais, enchendo-o
previamente com ar (não soprar).
Passo 2: Verter o pó para um gral, triturando-o com o pistilo.
Passo 3: Transferir completamente o conteúdo para o tamis de ma-
Iha de aço inox (de 50 a 100 Mesh) adaptado ao seu suporte previa-
mente guarnecido com papel manteiga limpo.
Passo 4: Efetuar a tamisação do "pó" com uma espátula (limpa,
sanitizada e seca), pressionando ligeiramente o pó contra o tamis
em movimentos de "vai e vem", até o esgotamento do pó sobre o
tamis. Substâncias naturais (fitoterápicos) poderão deixar alguns
resíduos, como fragmentos de galhos e folhas que não passando pelo
tamis serão desprezados.
Nota: Os sais na forma de microgrânulos (peltets) não podem passar peto tamis e pelo proces-
so de trituração no gral, pois estes processos comprometeriam a integridade dos mesmos,
bem como a eficàcia terapêutica posterior do fármaco.
Passo 5: Transferir o pó depositado sobre o papel manteiga contido
no suporte, para o gral de porcelana limpo, sanitizado (com álcool a
70%) e seco.
Passo 6: Misturar o "pó" no gral com pistilo: 10 movimentos no sen-
tido horário e 10 no sentido anti-horário.
Passo 7: Revolva o pó no interior e laterais do pistilo e do gral com a
espátula de plástico e repita a operação anterior.
Passo 8: Transfira o pó do gral para o saquinho de plástico, enchen-
do-o com ar (não soprar), agitando-o por 10 vezes ou mais.
Passo 9: Analise visualmente a homogeneização do pó, caso esteja
homogêneo passe para o passo seguinte, caso seja constatado sinais
de heterogeneidade (não misturou direito) repita a operação.
Passo 10: Anexar o saquinho com o pó da formulação à ficha de pro-
dução e ou receita e enviá-los para a encapsulação.
Passo 11: Após a homogeneização de cada fórmula, os materiais
utilizados (gral, tamiz, pistilo, espátula) deverão ser limpos e sani-
tizados e o papel manteiga descartado e substituído por outro.
Passo 12: O homogeneizador deverá registrar seu trabalho na ficha
de produção, rubricando-a .
Nota: Os sais em microgrânulos ou pellets (omeprazol, lanzoprazot, itraconazot e outros) não
passarõo pelo processo normal de homogeneização e tamização.
Normaimente estes sais são pesados cápsula por cápsula peto manipuiador ou em tabuleiro
especialmente catibrado.
O homogeneizador, deve estar ciente das Boas Prática de Manipulaçâo estando devidamente
paramentado e catcando tuvas que após cada formutação deverão passar por assepsia com
álcoot a 70% ou outra solução sanitizante sob fricçâo.
162
Capítulo 5 - Manipulação
A. Material utilizado
Placas encapsuladeiras (000, 00, 0, 1, 2, 3, 4 ,5) ou máquina
encapsuladeira com respectivos discos.
Espátula plástica (patheta).
Socadores.
Papel manteiga.
C. Procedimento
Passo 1: Selecionar a ptaca encapsutadeira correspondente ao tama-
nho de cápsuta necessário.
Passo 2: Montar a placa. Deverá ser cotocada uma haste de cada
lado da base e o tampo em cima. A terceira haste (a menor) é utiti-
zada para delimitar a área das cápsulas que serão utilizadas na en-
capsulação. Colocar uma fotha de papel manteiga sobre a bancada e
sobre esta folha, a placa encapsuladeira. 0 encapsulador deverá
observar na ficha de produção a cápsula que será utilizada (tama-
nho, cor, etc) conforme a orientação por escrito do maniputador e
montar a placa adequada.
Passo 3: Preencher os orifícios da placa encapsuladeira com as cáp-
sulas fechadas vazias, de acordo com a quantidade solicitada na
fórmula, observando com atenção o tamanho e a cor da cápsula a
ser utilizada.
Passo 4: Remover manualmente a tampa da cápsula (parte menor da
cápsula). Adicionar o pó, (fórmuta) previamente pesado e homoge-
neizado, vertendo-a gradualmente sobre a placa com as cápsutas
vazias abertas.
Passo 5: Espalhar cuidadosamente, com a ajuda da espátuta, o pó
sobre a placa até que o conteúdo esteja uniformemente distribuido
entre as cápsutas, bata a placa sobre a bancada de maneira ritmada
para que os pós se acomodem facilmente, se necessário, use o so-
163
Capitulo 5 - Manipulação
164
Capitulo 5 - Manipulação
B. Procedimento:
Passo 1: Ao receber a fórmula homogeneizada, o encapsulador de-
verá verificar qual o tamanho da cápsula selecionado e o disco a-
propriado. Pode-se agilizar o processo, trabalhando-se com poucos
tamanhos de cápsulas.
Passo 2: As cápsulas vazias são colocadas em disco correspondente.
De acordo com o número de cápsulas da fórmula será preenchido o
disco (cada carreira do disco tem capacidade para 5 cápsulas, por-
tanto para encapsularmos 60 cápsulas devemos preencher 12 carrei-
ras).
Passo 3: Após o enchimento do disco com as cápsulas vazias, ligar a
sucçáo para a separação das cápsulas, ficando na parte inferior do
disco os corpos das mesmas para preenchimento com o pó e na par-
te superior suas tampas.
Passo 4: Colocar o aro de alumínio guia e distribuir o pó normalmen-
te com o auxílio da palheta. 0 disco pode ser batido para a melhor
acomodação dos pós, podemos ainda utilizar o socador.
Passo 5: Após a distribuição total do pó, rejuntar as duas partes do
disco e lacrar as cápsulas no "porco espinho".
Passo 6: As cápsulas são então embaladas e enviadas para conferên-
cia, após prévio registro e rubrica do encapsulador no rótulo de con-
trole de processo.
B. Material utilizado:
Placa encapsuladeira.
Pipeta, micropipeta ou gotejador calibrado.
165
Capitulo 5 - Manipulação
C. Procedimento:
Passo 1: Selecionar a placa encapsuladeira correspondente ao tama-
nho de cápsula necessário.
Passo 2: Montar a placa. Deverá ser colocado uma haste de cada
lado da base e o tampo em cima. A terceira haste (a menor) é utili-
zada para delimitar a área das cápsulas que serão utilizadas na en-
capsulação. Colocar uma folha de papel manteiga sobre a bancada e
sobre esta folha a placa encapsuladeira. 0 encapsulador deverá ob-
servar na ficha de produção a cápsula que será utilizada, (tamanho,
cor, etc) conforme a orientação por escrito do manipulador e mon-
tar a placa adequada.
Passo 3: Preencher os orifícios da placa encapsuladeira com as cáp-
sulas fechadas vazias, de acordo com a quantidade solicitada na
fórmula, observando com atenção o tamanho e a cor da cápsula a
ser utilizada.
Passo 4: Remover manualmente a tampa da cápsula (parte menor
da cápsula).
Passo 5: Medir em uma pipeta, micropipeta ou gotejador calibrado,
a quantidade do líquido contendo a droga diluída por dose a ser en-
capsulada (a diluição deve ser realizada em um volume compatível
com a capacidade da cápsula). Encher um a um, os corpos das cáp-
sulas com o líquido medido na pipeta.
Passo 6: 0 vazamento do líquido pode ser minimizado, pelo sela-
mento da tampa ao corpo da cápsula. Isto pode ser realizado umi-
decendo a superfície interna da tampa, antes de reacoplá-la ao cor-
po da cápsula, com um cotonete umidecido com uma solução hidro-
alcoólica.
Passo 7: Após selar e travar, as cápsulas deverão ser retiradas da
placa, limpas e acondicionadas na embalagem. Os potes de plástico
(embalagem) para acondicionar as cápsulas serão escolhidos em
função da quantidade e do tamanho das cápsulas. A embalagem
deve ser rotulada.
Passo 8: Registrar a encapsulação em formulário do setor, rubricar a
ficha de produção e o rótulo de controle de processo.
Passo 9: Enviar a fórmula para a conferência.
166
Capítulo 5 - Manipulação
D.1. Procedimento:
Passo 1: Calcule a quantidade de cada ingrediente requerido pela
prescrição.
Passo 2: Pese precisamente a progesterona.
Passo 3: Misture a progesterona em cerca de 20 mL de óleo de a-
mendoim, em pequenas porções.
Passo 4: Adicione o óleo de amendoim até completar 30 mL e mistu-
rebem.
Passo 5: Preencha o tabuleiro com 100 cápsulas gelatinosas duras
N°1 .
Passo 6: Utilizando uma micropipeta, adicione 300 mcL (0,3mL) da
diluição oleosa de progesterona em cada uma das 100 cápsulas.
Passo 7: Selar e lacrar cada cápsula.
Passo 8: Remova as cápsulas preenchidas do tabuleiro.
Passo 9: Embale e rotule.
Procedimento:
Passo 1: A droga é adicionada à base fundida (ex. base de polietile-
noglicol-PEG).
Passo 2: A mistura é aquecida e agitada até que o pó (a droga) é
também fundido, dissolvido ou completamente misturado na base
PEG.
Passo 3: Deixa-se esfriar um pouco, mantendo a temperatura acima
do ponto de fusão do PEG.
Passo 4: Com o auxílio de uma pipeta ou seringa, verter o volume
com a quantidade desejada (conforme a dose calculada) individual-
mente em cada cápsula.
167
Capítulo 5 - Manipulação
Procedimento:
Passo 1: Calcule a quantidade requerida na prescrição de cada in-
grediente.
Passo 2: Pese prescisamente cada componente.
Passo 3: Utilizando dituição geométrica, misture os pós.
Passo 4: Utilizando baixo calor em torno de 65°C, em uma placa de
aquecimento, funda os polietilenoglicóis.
Passo 5: Aos poucos acrescente os pós, misturando-os completamen-
te na massa fundida. Preencha o tabuleiro de com 100 cápsula N°1,
removendo suas tampas.
Passo 6: O volume total obtido da massa fundida + os pós deve ser
divido por 100, este será o volume a ser preenchido individualmente
em cada cápsula.
Passo 7: Acrescente o volume requerido em cada cápsula. Permita
que a mistura endureça e então recoloque a tampa sobre as cápsu-
las.
168
Capítulo 5 - Manipulação
3 . 1 1 . Incompatibilidades
170
Capitulo 5 - Manipulação
3.14.1. Procedimento:
Passo 1: Encapsular a fórmula nas cápsulas gelatinosas duras, con-
forme prescrição.
Passo 2: Abrir as cápsulas amiláceas sobre o balcão e transferir o pó
da cápsula gelatinosa para a cápsula amilácea uma a uma.
Passo 3: Molhe a tampa das cápsulas amiláceas em algodão previa-
mente umedecido em água e coloque sobre a outra parte da cápsula
com leve pressão.
Passo 4: Descartar as cápsulas gelatinosas vazias.
Passo 5: Embalar as cápsulas amiláceas em potes plásticos opacos.
Nota: 0 processo de encapsulaçõo para cápsulas vegeíaís (substitutas das amiláceas) é idênti-
co ao das cápsulas selatinosas duras.
171
Capítulo 5 - Manipulação
172
Capitulo 5 - Manipulação
4. Pastilhas
4.1. Definição:
São formas farmacêuticas sólidas que se destinam a dissolver
ou desintegrar lentamente na boca. Podem conter um ou mais ati-
vos de ação local (cavidade oral) ou sistêmica, veiculado(s) em ba-
se, geralmente, flavorizada e edulcorada, moldada ou comprimida.
4.2. Tipos:
173
Capítulo 5 - Manipulação
4 . 3 . 1 . Uso tradicional:
Excipiente para drogas de ação local na cavidade oral (anes-
tésicos, agentes antibacterianos e demulcentes).
4.4. Desvantagens:
174
Capitulo 5 - Manipulação
4.5.1. Composição:
Misturas de açúcar (sacarose) e outros carboidratos (sorbitol)
em condições amorfas ou cristalinas.
4.5.2. Características:
• Teor de umidade: 0,5 a 1,5%.
• Desintegração lenta e uniforme: 5 a 10 minutos (pastilhas).
• Peso: variável. Pastilhas (1 a 4,5g) e Pirulitos (7 a 8g).
• Sabor agradável, capaz de mascarar o ativo veiculado.
• Requer alta temperatura para o preparo (analisar as caracteris-
ticas físico-químicas e a termolabilidade do fármaco a ser incor-
porado).
• Excipientes à base de sorbitol e açúcar apresentam propriedades
demulcentes.
• Parte do ativo liberado pode ser absorvido pela mucosa bucal,
escapando do metabolismo da primeira passagem que ocorre
quando a forma farmacêutica é deglutida e absorvida pelo TGI.
4.5.3. Preparação:
A. Material utilizado:
• Béquer
• Bastão de vidro
• Balança de precisão
• Placa com aquecimento
• Termômetro (para leitura acima de 150°C)
• Molde
• Óleo vegetal para untar o molde
175
Capitulo 5 - Manipulação
Base de Açúcar
150° - Descontinue
o aquecimento
125° C- Adicione os ingredientes ativos.
(É necessârio adicionar nesta temperatura
ou a base irá solidificar, antes de ser toda
vertida para o molde).
30 Minutos
Tempo (Aproximado)
176
Capitulo 5 - Manipulação
Procedimento:
Passo 1: Adicionar o sorbitol 70% em um béquer de 600mL.
Passo 2: Aquecer a 150°C. Caso a droga não seja termolábil (estável
a 155°C ou mais) ela poderá ser solubilizada nesta fase. Dissolver,
também nesta fase, o cremor de tártaro e a sacarina, previamente
triturados em um gral.
Passo 3: Quando a solução alcançar a temperatura de 150°C, des-
continuar o aquecimento. Remover o béquer da placa de aqueci-
mento (deixar esfriar).
Passo 4: Quando a temperatura alcançar 90°C, adicionar os ativos
previamente diluídos em q.s. de álcool ou água ou disperso previa-
mente. Adicionar a solução de corante (utilizar somente solução
alcoólica de corante). Manter a temperatura a 90°C e adicionar as
soluções, lentamente em pequenas quantidades de aproximadamen-
te 5mL por minuto. Misturar uniformemente com bastão até a cor
ficar uniforme.
Passo 5: Quando a temperatura atingir 80°C, adicionar e dispersar a
goma guar.
Passo 6: Quando a temperatura atingir 70°C, adicionar e dispersar o
flavorizante.
Passo 7: Quando a temperatura alcançar 65°C, verter para o molde,
previamente lubrificado com óleo vegetal. Deixar solidificar em
temperatura ambiente.
177
Capitulo 5 - Manipulação
Base de Sorbitol
30 Minutos
Tempo (Aproximado)
Exemplo:
Fármaco 500mg
Sacarina sódica 300mg
Flavorizante 2mL
Vanilina 0,5g
Total de aditivos: 3,3g
178
Capitulo 5 - Manipulação
Nota: para reatização destes cálcuios, desconsiderar o volume de álcool possivetmente utiii-
zado na dituição de algum ingrediente, pois o mesmo se evapora completamente durante o
preparo.
Importante: Quando se utilizar a base de sorbitol pronta, disponível no mer-
cado com o nome Sorbitol amorfo, a mesma deve ser fundida somente a 90°C
para incorporação dos ativos e adjuvantes. A quantidade da base de sorbitol
amorfo a ser utilizada deve ser calculada pela subtração da quantidade dos
aditivos empregados, após prévia calibração do molde.
4.5.6. Embalagem:
Bem vedada (zip-bag, sachês, filme plástico ou caixa molde
para pastilhas). Pirulitos: papel alumínio, sachês, pote plástico
"cristal" com furo na tampa.
4.5.8. Rotulagem:
Rótulo de advertência: "Manter este medicamento longe do
alcance de crianças."
4.5.9.Controle da qualidade:
• Peso e uniformidade
• Aparência
• Dureza
• Odor
179
Capítulo 5 - Manipulação
180
Capitulo 5 - Manipulação
181
Capitulo 5 - Manipulação
4.6.1. Composição:
Podem ser preparados com bases graxas (chocolate, pasta de
amendoim, manteiga de cacau, óleo vegetal hidrogenado), polieti-
lenoglicol ou base de goma arábica-açúcar.
4 . 6 . 2 . Caracteristicas:
Podem ser facilmente preparadas e aplicadas para uma am-
pla variedade de fármacos.
Podem ser coloridas e flavorizadas.
Podem dissolver lentamente na boca ou serem chupadas, de-
pendendo do efeito desejado.
As bases de PEG e as bases graxas são anidras (ideal para in-
corporar drogas hidrolisáveis).
Combinações de PEG com diferentes PM, para obter varia-
ções no tempo de dissolução da pastilha na boca.
As bases fundem normalmente em baixas temperaturas (<
60°C).
Peso variável: 1 a 4g (pastilhas) e pirulitos (7 a 8g).
182
Capitulo 5 - Manipulação
4.6.3. Desvantagens:
A base de PEG tem sabor menos doce que a base de sorbitol
ou açúcar.
Os pirulitos obtidos com base PEG não são farmacêuticamen-
te elegantes como os outros.
São sensíveis a altas temperaturas, devendo ser conservados
em local fresco ou sob refrigeração.
4.6.4. Preparação:
Material utilizado:
• Béquer
• Bastão de vidro.
• Balança de precisão.
• Placa com aquecimento.
• Termômetro.
• Molde.
Ingredientes % Função
PEG 400 8,86 Veículo
PEG 4000 24,87 Veículo
PEG 6000 64,21 Veículo
Sacarina sódica 0,06 Edulcorante
Aspartame 0,5 Edulcorante
Acido cítrico 0,5 a 1,0 Acidulante
Flavorizante 1,0 Flavorizante
Solucão aicoólica de corante q.s.p. Corante
Procedimento:
Passo 1: Pesar, com máxima exatidão, cada ingrediente da formuia-
ção.
Passo 2: Misturar a sacarina, o aspartame e o ácido cítrico, trituran-
do em gral.
183
Capitulo 5 - Manipulação
Ingredientes % Função
PEG 1500 95,44 Veículo
Sacarina sódica 0,06 Edulcorante
Aspartame 0,5 Edulcorante
Flavorizante 1,0 Flavorizante
Ácido cítrico 0,5 a 1,0 Acidulante
Solução alcoólica de corante q.s.p. Corante
Goma arábica (acácia) 1,5 Agente suspensor
Sílica gel 1,0 Agente suspensor
Procedimento:
Passo 1: Pese, precisamente, os ingredientes da preparação.
Passo 2: Reduzir as substâncias cristalinas (sacrina, ácido cítrico e o
aspartame) a pó.
Passo 3: Fundir o PEG 1500 entre 50 a 55°C, sob agitação.
Passo 4: Triturar todos os pós e adicionar sobre a base fundida, agi-
tando até dispersão completa.
Passo 5: Verter a massa fundida para o molde.
Passo 6: Determinar o peso médio de cada pastilha ou pirulito.
184
Capitulo 5 - Manipulação
Exemplo:
Embalagem:
Bem vedada (zip-bag, sachês, filme plástico) ou caixa-molde
para pastilhas.
Armazenamento e conservação:
Podem ser armazenados em local fresco (8 a 15°C) ou no re-
frigerador, dependendo do fármaco incorporado e do excipiente
empregado.
Proteger da umidade e do calor excessivo.
Rotulagem:
Rótulo de advertência: "Manter este medicamento longe do alcance
decrianças."
Controle da qualidade:
• Peso e uniformidade
• Aparência
• Odor
• Dureza
185
Capítulo 5 - Manipulação
4 . 6 . 8 . Sugestões de Formulações:
186
Capitulo 5 - Manipulação
187
Capítulo 5 - Manipulação
188
Capítulo 5 - Manipulação
Chocolate base
Ingredientes Quantidade
Chocolate em barra concentrado (boa qualidade) 80 a 60g
Oleo vegetal hidrogenado* 20 a 40g
'Pode ser utilizado o Lubritab' (óleo de aisodão hidrosenado).
Procedimento:
Passo 1: Pesar, precisamente, cada ingrediente.
Passo 2: Adicionar o chocolate e o óleo vegetal hidrogenado em um
béquer e aquecer agitando, até a mistura ficar totalmente liquida.
Passo 3: Remover do aquecimento e guardar sob refrigeração até a
utilizaçào.
Estabilidade aproximada: 60 dias.
Ingredientes % Função
Goma arábica 1,60 agente suspensor
Sílica gel (aerosil®) 1,0 agente suspensor
Sacarina sódica 0,4 edulcorante
Aspartame 1,0 edulcorante
Flavorizante de chocolate 0,5 flavorizante
Oleo de menta 0,2 flavorizante
Chocolate base 95,5 excipiente
(fórmula acima)
Procedimento:
Passo 1: Pesar e medir, precisamente, cada ingrediente.
Passo 2: Triturar a goma arábica, sílica gel, sacarina e o aspartame.
Passo 3: Fundir o chocolate base anteriormente preparado, em uma
placa de aquecimento.
Passo 4: Lentamente, adicionar os pós do passo 2 e misturar na base
fundida, dispersando-os.
Passo 5: Verter para o molde e deixar esfriar.
189
Capítulo 5 - Manipulação
Ingredientes Quantidade
Pasta de amendoim ("dura") 60g
Oleo vegetal hidrogenado (Lubritab )* 40g
'Lubritab': óleo hidroçenado de alsodão.
Procedimento:
Passo 1: Adquirir a marca de pasta de amendoim mais dura que en-
contrar.
Passo 2: Adicionar a pasta de amendoim e o óleo hidrogenado em
um béquer e aquecer agitando até a mistura estar completamente
fundida.
Passo 3: Remover do aquecimento e refrigerar até solidificar.
Estabilidade aproximada: 90 dias.
Procedimento:
Passo 1: Colocar uma barra magnética para agitação em um béquer.
Passo 2: Quebrar, manualmente, a base de amendoim em pequenos
pedaços, colocando-os no béquer.
Passo 3: Fundir a base a 50°C (na placa agitadora magnética), sob
agitação.
Passo 4: Triturar os pós (ativo, aspartame, goma arábica, sílica gel
micronizada em gral) tamisando aos poucos, sobre a base fundida
sob agitação.
Passo 5: Desligar o aquecimento e adicionar os flavorizantes.
Passo 6: Verter a massa ainda fluida para o molde
Passo 7: Refrigerar até solidificação e então remover as pastilhas do
molde. Estabilidade aproximada: 60 dias.
190
Capítulo 5 - Manipulação
4.6.11. Embalagem:
Bem vedada (papel alumínio, sachês, filme plástico) ou cai-
xa-molde para pastilhas.
4.6.13. Rotulagem:
Rótulo de advertència: "Manter este medicamento longe do
alcance de crianças".
4.6.15. Estabilidade:
Estas formas farmacêuticas não contêm água sendo portanto,
mais estáveis.
Depende da natureza do ativo. De modo geral, 6 meses se
armazenado em condições adequadas.
191
Capítulo 5 - Manipulação
192
Capitulo 5 - Manipulação
4.7.1 Composição:
São formas farmacêuticas preparadas com gelatina e glicerina,
sendo utilizadas para administração de medicações para absorção
gastrintestinal e de uso sistêmico.
4.7.2.Caracteristicas:
São muito flavorizadas (mascara, eficientemente, o sabor de
fármacos amargos).
Sabor levemente ácido (usualmente, contém ácido cítrico).
Preparo fácil.
São preparadas em baixas temperaturas (no máximo 100 °C), em
banho-maria.
São menos irritantes para a mucosa oral do que outras bases.
Apresentam uma consistência macia e agradável ao mastigar.
4.7.3. Desvantagens:
Não é um sistema anidro, pois contém água; é uma forma farma-
cêutica não recomendada para incorporação de fármacos hidrolisá-
veis.
4.7.4. Preparação:
A. Material utiiizado:
• Béquer
• Bastão de vidro
• Balança de precisão
• Banho-maria
• Termômetro
• Molde
193
Capítulo 5 - Manipulação
A. Goma-gel base
Procedimento:
Passo 1: Pesar e medir, exatamente, cada componente.
Passo 2: Aquecer a glicerina em banho-maria, com água fervente,
por 5 minutos.
Passo 3: Adicionar a água destilada e continuar aquecendo por mais
5 minutos, agitando.
Passo 4: Lentamente, adicionar a gelatina aos poucos por um perí-
odo de 3 minutos, evitando a formação de grumos.
Passo 5: Continuar o aquecimento por, somente, 45 minutos.
Passo 6: Remover do aquecimento e resfriar.
Passo 7: Embalar e rotular.
194
Capítulo 5 - Manipulação
Procedimento:
Passo 1: Pesar, exatamente, cada ingrediente da formulação.
Passo 2: Misturar a bentonita (ou sílica gel), aspartame, goma arábi-
ca, o ácido cítrico e os ativos.
Passo 3: Aquecer a goma-gel base em banho-maria até liquefazer.
Passo 4: Adicionar os pós da mistura (passo 2) na goma-base fundi-
da, dispersando-os.
Passo 5: Adicionar o corante e o aroma, misturando bem.
Passo 6: Verter para o molde untado e deixar esfriar.
Passo 7: Embalar e rotular.
195
Capítulo 5 - Manipulação
Procedimento:
Passo 1: Com auxílio de um banho-maria, fundir a goma gel base em
um béquer de 400ml_. A base também pode ser liquefeita utilizando-
se microondas, aquecendo durante 20 segundos, aumentando o
tempo, se necessário, até a liquefação da base.
Passo 2: Transferir o ativo para um gral de vidro com pistilo (caso o
ativo seja adicionado na forma de pó e não solubilizado em álcool
ou água. Caso o ativo seja solúvel, ele deverá ser incorporado no
passo 4). Adicionar o aspartame, a sacarina, a goma arábica e a
goma xantana. Triturar os pós até distribuição uniforme dos mes-
mos.
Passo 3: Levigar os pós com propilenoglicol até formar uma massa
espessa e uniforme.
Passo 4: Adicionar e dissolver o ingrediente ativo em uma quantida-
de mínima de água destilada ou álcool. Adicionar o corante nesta
solução.
Passo 5: Adicionar e dispersar a solução do passo 4 na base fundida
de gelatina. A temperatura não deve exceder a 100°C. 0 corante
dissolvido na solução serve como indicador para assegurar a comple-
ta dispersão do fármaco. Agitar a solução até o corante estar com-
pleto e uniformemente dispersado.
Passo 6: Adicionar os pós levigados (no passo 3) sobre a base de ge-
latina fundida (no passo 1) sob contínua agitação.
Passo 7: Uma vez que a mistura do passo 6 esteja distribuída de
forma homogênea, adicionar o aspartame diluído e os flavorizantes,
agitando bem.
Passo 8: Verter a mistura morna e fundida nos moldes, previamente,
untados com óleo vegetal insaturado. Caso a temperatura da mistu-
ra abaixe muito, pode haver dificuldades na execução deste proce-
dimento. Uma vez que isto ocorra, reaquecer a mistura no banho-
maria até fluidificar novamente. (0 reaquecimento nem sempre
funciona. 0 melhor é trabalhar rapidamente, antes da massa esfri-
ar).
Passo 9: Adicionar as hastes do pirulito à mistura fundida na forma.
Passo 10: Permitir que os pirulitos esfriem e permaneçam pelo mí-
nimo de 3 horas no molde, antes de removè-los.
196
Capitulo 5 - Manipulação
4.7.6. Aditivação:
Exemplo:
0 peso médio de uma pastilha preparada com a base foi de
1,5g. Sabendo-se que a prescrição solicitou 30 pastilhas contendo
cada uma 50mg de determinado ativo, calcular a quantidade de
ativo, bem como a quantidade de base a serem utilizados na prepa-
ração.
Cálculos:
4.7.7. Embalagem:
Bem vedada (zip-lock®, sachês, filme plástico) ou caixa-
molde para pastilhas. Para evitar aderência, as pastilhas podem ser
roladas sobre açúcar de confeiteiro e embaladas em potes bem ve-
dados.
4.7.9. Rotulagem:
Rótulo de advertência: "Manter este medicamento longe do
alcance de crianças."
197
Capítulo 5 - Manipulação
4 . 7 . 1 0 . Controle da qualidade:
• Peso e uniformidade
• Aparência
• Odor
• Dureza
• Teor
4 . 7 . 1 1 . Estabilidade:
Por conter água, apresentam menor estabilidade.
A estabilidade depende da natureza do ativo, de modo geral
entre 2 a 3meses.
4 . 7 . 1 2 . Sugestões de Formulações:
198
Capítulo 5 - Manipulação
199
Capitulo 5 - Manipulação
200
Capítulo 5 - Manipulação
4.8.1.Composição:
Soluções e suspensões congeladas (picolés) podem eventu-
almente e em situações específicas constituírem uma forma farma-
cêutica para veicular fármacos com sabor desagradável. São nor-
malmente constituídas por água, edulcorantes e flavorizantes. A
solução ou suspensão preparada é então congelada.
4.8.2.Características e vantagens:
É uma forma interessante para administração de fármacos
que apresentam melhor eficácia quando permanecem por maior
período de tempo na mucosa oral, como por exemplo, antimicóticos
e anestésicos.
A sensação de frio proporcionada pelo picolé, pode reduzir
a percepção do sabor desagradável proveniente de alguns medica-
mentos.
4.8.3. Preparação:
Material Utilizado:
• Cálices ou proveta
• Balança de precisão
• Gral de vidro e pistilo
• Molde para picolés
• Freezer ou congelador
• Bastão de vidro
Procedimento:
Nota: Uma vez que as formas de picolé variam de tamanho, faz-se necessário calibrá-las,
ajustando o volume empre$ado para encher cada forma à dosagem dos ativos.
4.8.5. Aditivação:
Os ativos podem ser dispersados no sorbitol 70% ou no xarope
(caso não sejam hidrossolúveis) ou ainda, solubilizados na água (ca-
so sejam solúveis em água).
4.8.6. Embalagem:
• Saquinhos tipo zip-lock® (embalagens unitárias).
• Caixa de isopor.
202
Capítulo 5 - Manipulação
4.8.7.Armazenamento e conservação:
No congelador ou freezer: -25°C a -10°C.
4.8.8. Rotulagem:
Rótulos de advertências: "Manter este medicamento longe
do alcance de crianças" e "Manter o produto no congelador ou free-
zer".
4.8.9.Controle da qualidade:
• Peso e uniformidade
• Aparência
• Odor
• Dureza (o picolé deve estar congelado)
4.8.10.Estabilidade:
Depende da natureza do ativo, de modo geral 2 meses.
203
Capítulo 5 - Manipulação
4 . 8 . 1 1 . Sugestões de Formulações:
204
Capítulo 5 - Manipulação
4.9.1. Vantagens:
A goma de mascar pode constituir-se como um sistema de
cedência de fármaco apropriado para ativos que apresentam índice
de metabolismo de primeira passagem significante {clearence ele-
vado).
As bases para gomas de mascar são encontradas facilmente
no mercado, já flavorizadas e edulcoradas.
Flavorizantes, edulcorantes e outros corretivos do sabor
também podem ser adicionados.
A liberação da droga é mais lenta, portanto, o tempo de con-
tato da droga com a mucosa oral é maior do que as pastilhas, juju-
bas e comprimidos sublinguais.
Podem ser úteis no tratamento de pacientes que têm dificul-
dade de deglutição de comprimidos e cápsulas.
205
Capitulo 5 - Manipulação
4 . 9 . 3 . Fórmula base:
Fármaco q.s.p.
Goma de mascar base q.s.p 1 goma.
Procedimento:
Passo 1: Remover a embalagem das gomas de mascar adquiridas no
mercado comercial.
Passo 2: Cortar a goma de mascar em pequenos pedaços.
Passo 3: Aquecer em banho-maria ou no microondas (por cerca de
10 a 15 segundos) até amolecer. Aquecer até uma temperatura a-
proximada de 38 a 55°C.
Passo 4: Adicionar o fármaco e misturar bem.
Passo 5: Remover do aquecimento e moldar a massa no formato de
um cilindro alongado.
Passo 6: Quando estiver suficientemente frio, cortar em pequenos
pedaços e embalar.
Passo 7: Embalar, até amolecer, em papel manteiga.
4.9.4. Embalagem:
As gomas de mascar devem ser embaladas em papel mantei-
ga e acondicionadas em caixas de cartolina ou potes plásticos.
4 . 9 . 6 . Rotulagem:
Rótulo de advertência: "Manter este medicamento longe do
alcance de crianças."
4.9.8.Estabilidade:
Estabilidade depende da natureza do ativo, de modo geral
entre 2 a 3 meses.
206
Capítulo 5 - Manipulação
207
Capítulo 5 - Manipulação
5.1. Definição:
Os tabletes moldados são obtidos pela pressão manual de
uma massa úmida dos excipientes e ativos, contra um molde que
posteriormente é seco completamente. São preparados, geralmen-
te, pela mistura do(s) ativo(s) com lactose, dextrose, sacarose, ma-
nitol, frutose ou outros diluentes apropriados que servem como ba-
se. Combinações de açúcares também podem ser utilizadas. Dife-
rentemente dos comprimidos que são comercializados em diversos
tamanhos e formatos, os tabletes moldados têm forma de disco e
peso varíável (geralmente de 0,06 a 2g).
5.2.Vantagens:
• Desintegração instantânea.
• Fácil preparação e dispensação.
• Permite ao prescritor variar a dosagem durante o tratamen-
to.
5 . 3 . Desvantagens:
• Fragilidade (alta friabilidade).
• Restrição de doses (devido ao pequeno tamanho é uma for-
ma farmacêutica indicada para veicular ativos utilizados em
baixas doses).
5 . 4 . Composição básica:
• Fármaco (princípio ativo).
• Diluentes: lactose (mais utilizada), sacarose, dextrose, mani-
tol (promove sensação agradável de frescor e sabor), fruto-
se, combinações de açúcares, dentre outros.
• Aglutinantes: amido, polivinilpirrolidona (PVP), goma arábi-
ca, gelatina, dentre outros; diluídos em álcool, água ou mis-
turas hidroalcoólicas.
• Fiavorizantes.
• Corantes.
• Conservantes.
• Edulcorantes, se necessário.
208
Capitulo 5 - Manipulação
5.5. Preparação:
Cálculo da quantidade requerida de base por tablete e do fa-
tor de deslocamento do ativo.
Caso o ativo empregado, pese mais que alguns poucos mili-
gramas, o seu fator de densidade (fator de deslocamento) precisa
serdeterminado conforme recomendação abaixo:
Resumindo:
% do tablete ocupado pelo ativo = peso ativo prescrito x 100
peso médio do tabiete obtido com o ativo puro
209
Capitulo 5 - Manipulação
Resumindo:
Peso da base por tablete = % do tablete ocupado pela base x peso médio dos tabletes sem ativo
Peso total do tablete = peso do ativo prescrito + peso da base por tablete
Peso total de base = peso da base por tablete x número de unidades prescritas
Solução:
210
Capítulo 5 - Manipulação
Material utilizado:
• Gral e pistilo
• Molde para tabletes (tableteiro)
• Espátula.
• Balança de precisão.
• Tamis para obtenção de pó fino ou muito fino.
• Papel manteiga.
• Estufa.
• Solução alcoólica de PVP K30 a 8%.
• Solução aquosa de gelatina 0,25%.
s% ■MaMl Pi^*^^
Procedimento:
Passo 1: Pesar todos os componentes da formulação (após devidos
cálculos demonstrados anteriormente).
Passo 2: Tamisar os pós no tamis de malha acima de 50.
Passo 3: Transferir os pós tamisados para o gral, triturando e homo-
geneizando bem (ver o método de diluição geométrica).
Passo 4: Acrescentar q.s.p. da solução de PVP-K30 e um mínimo da
solução de gelatina para obter uma massa com "liga".
Passo 5: Espatular a massa sobre o tableteiro (parte perfurada) a-
211
Capítulo 5 - Manipulação
Procedimento:
ídem ao da fórmula anterior, utilizando a solução alcoólica sugerida
acima para formação da massa.
212
Capitulo 5 - Manipulação
5.9.Controle da Qualidade:
• Aparência
• Peso
• Variação de peso
Desintegração - realizado em um béquer contendo 1 litro de
água com agitador em velocidade moderada (15 a 30 minutos).
213
Capítulo 5 - Manipulação
214
Capitulo 5 - Manipulação
6.1.1. Lactose:
Dissacarídeo obtido do leite, a lactose pode ocorrer em três
formas: alfa-monohidratada, alfa-anidra e beta-anidra. A lactose
alfa-monohidratada é a mais amplamente utilizada.
É um pó branco ou quase branco, ou de partículas cristalinas
branco-cremosas, inodoro e de gosto adocicado. Absorve odores.
É usado como diluente (excipiente) na farmácia, em concen-
traçòes de 65 a 85%.
É contra-indicada para pessoas com intolerância à lactose
(deficiência da enzima lactase), podendo gerar dores abdominais,
diarréia e flatulência nestes pacientes.
Incompatibilidades: Reage com compostos contendo grupo amino
primário, (ex.: anfetaminas e aminoácidos) resultando em produtos
de cor amarronzada, devido à condensação do tipo Maillard. Tam-
bém reage e produz escurecimento na presença de compostos con-
tendo arsênico e trinitrato de glicerila. A lactose é incompatível
com aminoácidos e anfetaminas (mazindol, anfepramona, fempro-
porex, aminofilina, fluoxetina, sertralina, imipramina, amitriptilina,
clomipramina, nortriptilina, hidroxitriptofano e compostos relacio-
nados).
215
Capítulo 5 - Manipulação
6.1.2. Talco:
0 talco é um silicato de magnésio hidratado nativo, podendo
conter uma pequena proporção de silicato de alumínio.
É um pó cristalino muito fino, branco ou branco acinzentado,
untuoso, adere facilmente à pele e é macio ao toque.
Necessita ser de ótima qualidade, pois é vulnerável a conta-
minação microbiológica. Deve ser armazenado em recipiente bem
fechado, apesar de ser um produto estável.
Na indústria farmacêutica ou em farmácias magistrais é usa-
do como excipiente para cápsulas ou comprimidos, devido ao seu
efeito secante e lubrificante, em concentrações de 5 a 30%.
Incompatibilidades: Incompatível com quaternários de amônio.
6.1.3. Amido:
Pó fino, branco, sem sabor que deve ser estocado em lugar
apropriado para evitar a absorção de umidade. Utilizado na indús-
tria farmacêutica e em farmácias magistrais como diluente (excipi-
ente) para ajuste de volume ou como agente desintegrante.
Não há concentração limite para uso deste excipiente.
Incompatibilidades: Não há descrição na bibliografia de interações
de fármacos com o amido.
6.1.4. Manitol:
É um álcool hexanidril relacionado a manose e é isomérico
com o sorbitol.
Granuloso ou pó cristalino, possui boa fluidez, é branco e i-
nodoro. Possui a metade do poder adoçante da sucrose e é tão doce
quanto a glucose.
Nâo é recomendado para crianças abaixo de 12 anos de ida-
de.
É usado como excipiente a uma concentração entre 10 a 90%.
É indicado, especialmente, quando se quer encapsular drogas sensí-
veis à umidade, pois é um pó não higroscópico. Recomenda-se usá-
lo associado ao estearato de magnésio (1 a 2%).
Incompatibilidades: Complexa-se com alguns metais, como o ferro,
o alumínio e o cobre. Recomenda-se não utilizá-lo em formulações
que contenham sais com estes metais.
216
Capítulo 5 - Manipulação
6.1.7. Povidona:
É um polímero sintético empregado como diluente de com-
primidos, agente aglutinante e de revestimento em concentrações
de 0,5 a 5%.
6.1.8. Crospovidona:
É um derivado cross-linked da povidona.
É um desintegrante para comprimidos preparados por com-
pressão direta. É empregada em concentrações de 2 a 5%.
6.1.9. Caulim:
Pó branco a acinzentado, untuoso, com sabor argiloso. O
caulim ocorre naturalmente no reino mineral, correspondendo quí-
micamente ao silicato de alumínio nativo hidratado.
O caulim é utilizado como diluente (excipiente) em cápsulas
ecomprimidos.
Mesmo a despeito do baixo preço, o caulim deve ser utilizado
com restrições. Caso o mesmo não seja esterilizado pode haver con-
taminação por agentes patogênicos, como Baciüus anthracis, Clos-
tridium tetani (bactéria causadora do tétano) e outros.
Incompatibilidades: O caulim apresenta propriedades de absorção
em concentrações a partir de 7,5%. Esta propriedade pode influen-
ciar a absorção de outras drogas administradas via oral. Já foi rela-
tado que o caulim afeta a absorção das seguintes drogas: amoxacili-
217
Capítulo 5 - Manipulação
218
Capítulo 5 - Manipulação
219
Capitulo 5 - Manipulação
6 . 1 . 1 8 . Bicarbonato de sódio:
Agente alcalinizante (tampão): 10 a 40%, agente terapêutico
e efervescente (25 a 50%)
Incompatibilidades: ácidos, sais ácidos, sais alcalóidicos, salicilatos,
ácido bórico, alúmen e sais de bismuto.
221
Capitulo 5 - Manipulação
6 . 2 . 1 . Categorias de excipientes
A. Excipientes que influenciam na estabilidade: antioxidantes, que-
lantes, conservantes e tampões, modificadores do pH.
B. Excipientes que influenciam na absorção do fármaco: desinte-
grantes, plastificantes, modificadores da liberação, promotores da
penetração, molhantes, formadores de filme, agentes bioadesivos e
encapsuíantes.
222
Capítulo 5 - Manipulação
tração.
C. Tensioativos: aumentam a molhabilidade do fármaco, aumentam
a velocidade de dissolução, aumentam o contato do fármaco com
fluídos gastrintestinais.
D. Lubrificantes: retardam a molhabilidade e a absorção de fárma-
cos. Sua concentração influencia a biodisponibilidade.
Nota: O aerosil pode ser adicionado à parte, ao Dilucap caso seja necessário.
O manipulador deve ter amplo conhecimento sobre excipientes, para a escolha daquele que
melhor se adeque à formuiação.
223
Capítulo 5 - Manipulação
224
Capitulo 5 - Manipulação
226
Capítulo 5 - Manipulação
227
Capítulo 5 - Manipulação
6.4.1. Efetivos:
Carbonato de magnésio, caolim e óxido de magnésio leve.
228
Capitulo 5 - Manipulação
229
Capítulo 5 - Manipulação
6.7. Antioxidantes
6.7.1. Oxidação:
Processo que leva à decomposição de uma matéria-prima,
com perda de sua função. A luz, o ar, o calor, os contaminantes do
meio (catalisadores ->metais pesados) e o pH do meio são os inici-
antes deste tipo de reação. 0 mecanismo de oxidação inicia-se com
a formação do que chamamos radicais livres.
6.7.2 Antioxidantes:
São substâncias que preservam a formulação de qualquer
processo oxidativo. São capazes de inibir a deterioração oxidativa
(destruição por ação do oxigênio) de produtos fármaco-cosméticos,
com conseqüente desenvolvimento de ranço oxidativo em óleos e
gorduras ou inativação de medicamentos.
230
Capítulo 5 - Manipulação
231
Capitulo 5 - Manipulação
232
Capítulo 5 - Manipulação
6.9. Diluições
233
Capitulo 5 - Manipulação
Continuação Tabela 24
234
Capitulo 5 - Manipulação
Continuaçõo Tabela 24
Obs: Não constam nesta lista, matérías-primas diluídas "de fábrica" que no entanto, necessi-
tam de fatores de correçõo (ex: Betacaroteno 10%).
Materiat Utilizado
Tamis
Gral(2)
Pistilo (2)
Papel manteiga
Saco plástico
Espátula de plástico
Frasco âmbar (para armazenamento de matéria-prima).
235
Capitulo 5 - Manipulação
236
Capítulo 5 - Manipulação
Óleo de Simeticone
Procedimento
Passo 1: Misturar o Hidróxido de Alumínio e o Carbonato de Magné-
sio em um gral.
Passo 2: Adicionar o óleo de simeticone aos poucos, mexendo sem-
pre.
Passo 3: Passar por um tamis a mistura, acrescentando o Aerosil na
passagem.
N0TA: Os simetkones utilizados para formulações liquidas são simeticones 30% (DCX Medical
Emulsion, DCC 7-9245 Emulsion). Ambos são hidrossotúveis.
Procedimento:
Passo 1: Pesar o DL-Ácido tartárico em um pedaço de papel mantei-
ga e verter para um gral de porcelana. Triturá-lo muito bem e re-
servar;
Passo 2: Tarar um saco plástico na balança, pesar o aerosil e logo
em seguida o cloridrato de anfepramona.
237
Capitulo 5 - Manipulação
238
Capitulo 5 - Manipulação
239
Capítulo 5 - Manipulação
7.4.3. Adsorvente:
Agente capaz de adsorver outras moléculas em sua superfície
por ação química ou física.
Ex.: carvão ativado e celulose pó.
240
Capítulo 5 - Manipulação
7.4.8. Antioxidante:
Agente que inibe a oxidação, sendo utilizados para prevenir
a deterioração de preparações por processos oxidativos.
Ex.: ácido ascórbico, ascorbil palmitato, BHA (butil hidroxianisol),
BHT (butil hidroxitolueno), propitgalato, ascorbato de sódio, bissul-
fito de sódio e metabissulfito de sódio.
7.4.11. Corantes:
Usados para dar cor às preparações farmacèuticas líquidas e
sólidas. Deve-se consultar a lista de corantes permitidos, bem co-
mo, a adequação de corantes alimentícios ou não. Sabe-se que al-
guns corantes alimentícios permitidos como o amarelo de tartrazina
e o vermelho, podem causar manifestações alérgicas e sintomas de
intolerância gastrointestinal em pacientes sensíveis, isto acontece
principalmente com a ingestão de cápsulas coloridas com algum
destes corantes, neste caso, usar cápsulas incolores ou brancas.
7 . 4 . 1 4 . Agente de Revestimento:
Usado com o objetivo de formar uma fina camada com o
propósito de revestir a substância ou a formulação para adequar a
sua administração.
Ex.: gelatina e acetoftalato de celulose.
7.4.15. Flavorízantes:
Usados para fomecer sabor agradável e, também odor para
as preparações farmacêuticas.
Ex.: vanilina, mentol, óleo de laranja, óleo de canela, óleo de anis,
óleo de menta, cacau e etc.
7 . 4 . 1 6 . Umectantes:
Usados para prevenir o ressecamento de preparações, princi-
palmente, pomadas e cremes, através de sua propriedade de reter
água.
Ex.: glicerina, propilenoglicol e sorbitol.
242
Capitulo 5 - Manipulação
7.4.19. Solvente:
Agente usado para dissolver outra substância farmacêutica
ou droga na preparação de uma solução. 0 solvente pode ser aquoso
ou não-aquoso como óleos. Co-solventes, tal como água e álcool
(hidroalcoólico) e água e glicerina, podem ser utilizados quando
necessário. Os solventes precisam ser estéreis quando utilizados em
preparações estéreis (ex.: colírios).
de administração.
Ex.: ágar, bentonita, carbômero (carbopol), carboximeticelulose
sódica (CMC-Na), hidroxietilcelulose (natrosol), hidroxipropil celulo-
se, hidroxipropil metilcelulose, caolim, metilcelulose, goma adra-
ganta, veegum, etc.
7.4.28. Veículo:
É um agente transportador para uma substância farmacêuti-
ca. É utilizado em uma variedade de formulações líquidas para uso
oral, parenteral ou tópico.
Ex.: Veiculos flavorizantes/edulcorantes: xarope de cereja, xarope
de cacau, xarope simples e xarope de laranja; Veículos oleaginosos:
óleo de milho, óleo mineral, óleo de amendoim e óleo de gergelim;
Veiculos estéreis: solução fisiológica estéril (NaCl 0,9%) e água bi-
244
Capitulo 5 - Manipulação
A. Levigação
É o processo de redução do tamanho de partículas sólidas por
trituração em um gral ou espatulação, utilizando uma pequena
quantidade de um líquido ou de uma base fundida na qual o sólido
não é solúvel.
246
Capitulo 5 - Manipulação
247
Capítulo 5 - Manipulação
Continuaqão Tabeia 25
7.5. Antioxidantes
249
Capitulo 5 - Manipulação
250
Capitulo 5 - Manipulação
7.6.1. EDTA-Disssódico:
• Pó cristalino, branco.
• Solubilidade: Solúvel em água.
• Concentracão efetiva: 0,1%
7.8. pH e Tampões
7.8.1. pH
Entende-se por pH a concentração de ions hidrogênio (H*) e-
xistentes num meio. Dependendo da quantidade de hidrogênio em
relação a hidroxila (OH) têm-se um produto ácido, básico ou neu-
tro.
251
Capitulo 5 - Manipulação
7.8.3. Tampões
Muitas vezes existe a necessidade de manter o pH de uma
formulação em valores inalteráveis durante o período de armaze-
namento, não apenas satisfazendo um simples ajuste do mesmo a
um valor desejado. Nestes casos, usa-se acrescentar uma solução
tampào que tem um valor de pH definido e que consiste numa mis-
tura de um ácido fraco com o seu sal.
Os valores de pH do tampão são alterados, a medida em que
variam as quantidades de ácido e base na solução.
A quantidade adicionada numa preparação farmacêutica,
252
Capitulo 5 - Manipulação
253
Capítulo 5 - Manipulação
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Capítulo 5 - Manipulação
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Capitulo 5 - Manipulação
256
Capitulo 5 - Manipulação
257
Capítulo 5 - Manipulação
9 . 2 . Diluição de Corantes
9.3.1. Conceito:
São substâncias que desenvolvem seu poder tintorial dissol-
vidas no meio em que são utilizadas.
* Campo de aplicacão
1 - corantes permitidos para todos os tipos de pele
2 - corantes permitidos para todos os tipos de produtos "exceto"
258
Capitulo 5 - Manipulação
9.3.3. Pigmentos:
São substâncias insolúveis que desenvolvem seu poder tinto-
rial quando dispersas no meio em que são utilizadas.
Nota: "Antes de utilizar um corante em uma formulaçõo, observar a lista permitida de co-
rontes e sua aplicação (para uso externo ou uso interno)."
10. Essências
259
Capítulo 5 - Manipulação
1 1 . 1 . Água
A água é o solvente mais utilizado na farmacotécnica, fazen-
do parte da composição de várias preparações. A água deve satisfa-
zer as exigências legais em relação às suas caracteristicas físicas,
químicas e microbiológicas (Portaria 36 - Ministério da Saúde).
A água potável é utilizada como matéria-prima para obten-
ção de água purificada. A água potável deverá apresentar as seguin-
tes especificações conforme a Portaria 36 do Ministério da Saúde.
261
Capítulo 5 - Manipulação
Incompatibilidades:
Em condições ácidas, soluções etanólicas podem reagir vio-
lentamente com substâncias oxidantes.
Misturas com álcalis (bases) podem escurecer, devido a rea-
ções com quantidades residuais de aldeidos.
Substâncias orgânicas e gomas podem precípitar.
1 1 . 3 . Glicerina
Incompatibilidades:
A glicerina pode explodir se misturada com agentes oxidan-
tes fortes, tais como, o trióxido de cromo, clorato de potássio ou
permanganato de potássio.
Pode ocorrer escurecimento na presença de luz, contato com
óxido de zinco ou nitrato básico de bismuto.
Contaminantes de ferro na glicerina são responsáveis pelo
escurecimento de misturas contendo fenóis, salicilatos e taninos.
11.4. Propilenoglicol
263
Capitulo 5 - Manipulação
Incompatibilidades:
O propilenoglicol é incompatível com reagentes oxidantes,
tais como o permanganato de potássio.
264
Capitulo 5 - Manipulação
265
Capitulo 5 - Manipulação
Incompatibilidades:
Incompatível com agentes oxidantes fortes.
266
Capítulo 5 - Manipulação
12.1.1. Características:
Podem conter um ou mais ingredientes ativos dissolvidos em
água ou em um sistema água-cosolvente.
Podem conter adjuvantes farmacotécnicos, para prover mai-
or estabilidade (ex.: antioxidante, tampões, agentes sequestrantes
e conservantes), palatabilidade (ex.: edulcorante e aromatizantes)
e viscosidade.
Equação de Henderson-Hasselbach
pka = pH + log Çj
Cu
Onde:
Cj = concentração de espécies ionizadas
Cu= concentração de espécies não ionizadas
Droga pKa
Ácido Ascórbico (vitamina C) 4,2 / 11,6
Ácido Fumárico 3,0 ( 1 o ) / 4 , 4 (2o)
Ácido Gticólico 3,8
Ácido Glutâmico 4,3
Acido Láctico 3,9
Acido Mandélico 3,8 / 3,4
Ácido Nicotinico 4,8
Ácido Salicílico 3,0 / 13,4 (fenol)
Acetanilida 0,5
Acetazolamida 8,8 / 7,2
Acido acético 4,8
Ácido acetilsalicílico 3,5
Acido benzóico 4,2
Acido cítrico 3,1(1°) / 4 , 8 (2o) / 6,4(3°)
Ácido dehidrocólico 5,0
Ácido Nalidíxico 6,0 (amina) / 1,0
Ácido Paraminobenzóico (PABA) 2,4 (amina) / 4,9
Ácido Pirúvico 2,5
Ácido tartárico 3,0(1°), 4,3 (2°)
Ácido tioglicólico 3,6
Alopurinol 9,4
Amantadina 10,8
Amfotericina-B 5,7 (carboxüa) / 10,0 (amina)
Amilorida 8,7
Aminofilina 5,0
Amitriptilina 9,4
Amônia 9,3
Amoxacilina 2,4 (carboxila) / 7,4 (amina)
/ 9,6 (fenol)
Ampicilina 2,7 / 7,3 (amina)
Antipirina 2,2/1,4
Atropina 9,7
Bendroflumetiazida 8,5
Benzocaína 2,8
Bromazepam 11,0/ 2,9
Cafeína 14,0 / 0,6 (amina)
270
Capitulo 5 - Manipulação
Continuoção Tabela 35
I Droga pKa
Carbachol 4,8
Cefalexina 3,6 / 5,25
Clindamicina A5
Clofibrato 3,0 (ácido)
Clonazepam 10,5 / 1,5
Clonidina 8^
Cloral Hidratado 1^0
Clordiazepóxido 4J
Clorfeniramina %2
Cloroquina 8,1 / 9,9
Clorpromamida 5^0
Clorpromazina ?^2
Clortaiidona 9A
Codeína TA
Colchicina
Cromoglicato sódico
LZ
2^0
Dapsona
1,3/2,5
Desipramina 10^
Dextrometorfano 8^3
Dextrose 12J
Diazepam 3^
Diazóxido 8^5
Difenidramina 9^0
Dihidroergocristina 6^9
Dipiridamol M
Doxepina 8.0
Doxiciclina 3 , 4 / 7 , 7 / 9,3
Efedrina M
Epinefrina 8,7 (fenol) / 9,9 (amina)
Ergometrina 7^3
Ergotamina
6,3/7,3
Eritromicina
M
Escopolamina
A6
Estolato de Eritromicina 6^9
Estriol 10^4
Fenacetina 2^2
Fenformina 11,8 / 3,1
271
Capítulo 5 - Manipulação
Continuaçào Tabela 35
Droga pKa
Fenilbutazona 4,4
Fenilefrina 9,8 (amina) / 8,8 (fenol)
Fenilpropanolamina 9,4
Fenitoína 8,3
Fenobarbital 7,5
Fenol 9,9
Fenolftaleína 9,7
Fentermina 10,1
Fentolamina 7,7
o
Flufenazina 8,1 ( 1 ) / 9 , 9 (2°)
Flunitrazepam 1,8
Fluorouracil 8,0
Furosemida 4,7/3,9
Gentamicina 8,2
Glibenclamida 6,5
Glicina 2,4 / 9,8(amina)
Guanetidina 11,9
Haloperidol 8,3
Hexaclorofeno 5,7
Hidantoina 9,1
Hidralazina 0,5 (anel N) / 6,9 (hidrazina)
Hidroclorotiazida 7 , 0 / 9,2
Hidrocortisona 5,1
Hidroxizine 1,8 / 2,1 / 7,1
Hioscinamina 9,3
Homatropina 9,7
Ibuprofeno 5,2
Idoxuridina 8,3
Imipramina 9,5
Indometacina 4,5
Isoniazida 10,8 (piridina)/ 11,2 (hidrazi-
da)
Isoxsuprina 9,8 / 8,0
Leucovorin (ácido Folínico) 3,1 / 4,8 / 10,4 (fenol)
Levodopa 2,3 (carboxila) / 8,7 (amina)
/ 9,7 (1°fenol) / 13,4
(2°fenol)
272
Capítulo 5 - Manipulação
Continuação Tabela 35
Droga pKa
Levomepromazina 9,2
Levotiroxina (T4) 2,2 (COOH) / 6,7 (OH) / 10,1
Lidocaína 7,9
Liotironina (T3) 8,4 (fenot)
L-metionina 2,3/9,2
Lorazepam 11,5 / 1,3
Medazepam 6,2 / 4,4
Meperidina 8,7
Mercaptopurina 7,8
Metildopa 2,2 / 10,6 (amina) / 9,2
(Tfenol) / 12,0 (2°fenol)
Metilparabeno 8,4
Metilprednisolona 21- fosfato 2,6 / 6,0
Metoprolol 9,7
Metotrexato 4,8/5,5
Metronidazol 2,6
Miconazol 6,9
Minociclina 2,8 / 5 , 0 / 7 , 8 / 9,5
Morfina 8,0 / 9,6 (fenol)
Nafazolina 3,9 / 10,1
Naproxeno 4,2
Nicotinamida 0,5 / 3,4
Nitrazepam 1 0 , 8 / 3,2
Nitrofurantoína 7,2
Nitrofurazona 10,0
Nortriptilina 9,7
Orfenadrina 8,4
Oxazepam 1,8/ 11,1
Oxifenilbutazona 4,5 / 10,0(fenol)
Oxitetraciclina 3,3 / 7,3 / 9 , 1
Papaverina 5,9
Penicilamina 1,8 (carboxil) / 7,9 (amino) /
10,5 (tiol)
Penicilina G 2,8
Penicilina V 2,7
Pindolol 8,8
Piperazina 5,7
273
Capítulo 5 - Manipulação
Continuação Tabela 35
Droga pKa
Piridoxina 2,7 / 5,0 (amina) / 9,0 (fe-
nol)
Pirimetamina 7,2
Polimixina B 8,9
Prazosina 6,5
Prilocaína 7,9
Procaína 9,0
Procainamida 9,2
Propilparabeno 8,4
Propiltiouracil 7,8
Propranolol 9,5
Quinacrina 8 , 0 / 10,2
Quinidina 4,2/8,3
Quinino 4,2 / 8,8
Reserpina 6,6
Resorcinol 6,2
Riboflavina 1,7/ 10,2
Sacarina 1,6
Salicilamida 8,1
Sotalol 9,8 (amina), 8,3 (sulfonami-
da)
Sulfacetamida 5 , 4 / 1,8
Sulfadiazina 6,5 / 2,0
Sulfaguanidina 2,8 / 12,1
Sulfametoxazol 5,6
Sulfassalazina 0,6 (amina) / 2,4 (carboxil) /
9,7(sulfonamida) /
11,8(fenol)
Teofilina 8,8 / 0,7(amina) / 3,5
Tetracaína 8,5
Tetraciclina 3,3 / 7 , 7 / 9,5
Tiamina 4,8 / 9,0
Tioridazina 9,5
Tolbutamida 5,3
Tranilcipromina 8,2
Triamtereno 6,2
Trifluoperazina 4,1 / 8,4
274
Capítulo 5 - Manipulação
íonünuaqâo Tabela 35
Droga pKa
Trimetoprim 7,2
Trometamina 8,1
Uréia 0,2
Warfarina 5,1
Xipamida 4,8 (fenol) / 10,0 (sulfonami-
da)
275
Capítulo 5 - Manipulação
276
Capítulo 5 - Manipulação
Material utilizado:
• Cálice
• Bastão
• Papel manteiga
• Balança de precisão
Procedimento:
Passo 1: Calcular a quantidade de princípio(s) ativo(s) (soluto).
Passo 2: Pesar ou medir o(s) princípio(s) ativo(s).
Passo 3: Escolher o solvente ou o sistema de solventes para solubili-
zar o(s) princípio(s) ativo(s). Para conhecer a solubilidade do fár-
maco, deve-se consultar literaturas especializadas tais como, far-
macopéias e certificados de análise enviados pelo fornecedor.
Passo 4: Identificar a possibilidade de interação fármaco-fármaco e
fármaco-solvente.
Passo 5: Verificar a necessidade de adjuvantes, tais como, antioxi-
dantes, tampão, corretivos de sabor, co-solventes (ex. glicerina,
PEG 400, álcool), etc.
Passo 6: Verificar a ordem de adição de cada ativo da fórmula.
Passo 7: Determinar uma técnica para a manipulação: necessidade
de aquecimento e qual temperatura; qual e em que proporção cons-
tará cada componente do veículo, bem como a ordem de adição de
cada componente.
Passo 8: Se possível filtrar, observando se não houve retenção no
filtro, do princípio ativo ou dos componentes do veículo. Embalar e
rotular.
277
Capítulo 5 - Manipulação
278
Capítulo 5 - Manipulação
12.2. Xaropes
São formas farmacêuticas preparadas à base de açúcar e á-
gua, onde o açúcar está próximo à saturação, formando uma solu-
ção hipertônica. A proximidade da saturação, evita a precipitação
do açúcar utilizado.
12.2.2. Desvantagem:
0 xarope oficinal (à base de sacarose) e as formulações ma-
gistrais preparadas com o mèsmo, são contra-indicadas para pacien-
tes diabéticos (para estes pacientes deve ser utilizado o xarope die-
tético).
12.2.3. Preparação:
Procedimento:
Passo 1: Pesar precisamente os ingredientes sólidos, sem no entanto
misturá-los.
Passo 2: Dissolver os parabenos em qs de álcool.
Passo 3: Adicionar água destilada ao açúcar, adicionar e os conser-
vantes pré-solubilizados e completar o volume com água destilada.
Passo 4: Misturar todos componentes e aquecer até a dissolução,
completando ao volume final.
Nota: Não levantar fervura, pois, poderá haver formação de açúcar invertido.
Embalagem: frasco de vidro âmbar, bem fechado.
Armazenamento: temperatura ambiente (15 a 30°C).
Estabilidade: 1 ano.
279
Capitulo 5 - Manipulação
Procedimento:
Passo 1: Dissolver o metilparabeno em um pouco da água quente.
Passo 2: Adicionar, aos poucos, o CMC na água dissolvendo-o .
Passo 3: Adicionar o restante e agitar até a dissolução.
Embatagem: frasco de vidro âmbar, bem fechado.
Armazenamento: temperatura ambiente.
Estabilidade: 3 meses.
A. Material utilizado:
• Cálice
• Papel manteiga
• Espátula
• Bastão
• Balança de precisão
B. Procedimento:
Passo 1: Pesar ou medir o(s) ativo(s), diluindo-o(s) em solvente ade-
quado compatível ou, se possível no próprio xarope simples. Se o
ativo não for facilmente solúvel é necessário micronizá-lo antes com
propilenoglicol ou outro solvente (ex.: PEG 400), em um gral com
auxílio de um pistilo, facilitando assim sua dissolução ou otimizando
sua suspensão.
Passo 2: Adicionar o ativo em pequena quantidade do xarope sim-
ples, homogeneizar com o auxílio do bastão de vidro.
Passo 3: Completar aos poucos, sob agitação constante. Antes do
volume final da formulação, adeque o pH compatível com a maior
estabilidade do princípio ativo e adicione aroma.
Passo 4: Completar o volume final.
Passo 5: Embalar e rotular.
280
Capítulo 5 - Manipulação
281
Capitulo 5 - Manipulação
12.3. Elixires
São formas farmacêuticas de uso oral que contêm álcool e
açúcar. Os elixires são claros, adocicados e aromatizados.
Veículo adequado para fármacos insolúveis em água, mas so-
lúveis em misturas hidroalcoólicas. 0 elixir é menos doce e viscoso
do que os xaropes e menos efetivo no mascaramento do sabor do
fármaco. Podem conter diferentes sistemas solventes e co-
solventes, como por exemplo, a glicerina, o propilenoglicol e o poli-
etilenoglicol 400. A graduação alcoólica varia entre 15 a 50°GL.
12.3.2. Desvantagem:
Devido ao seu teor alcólico, não são indicados para crianças
e adultos que devem evitar o uso de álcool.
12.3.3. Preparação de e l i x i r e s :
Material utilizado:
• Cálice
• Espátula
• Bastão
• Papel manteiga
• Balança de precisão.
Procedimento:
Passo 1: Pesar, separadamente, os princípios ativos hidrossolúveis e
álcool solúveis. Dissolver, separadamente, os componentes hidrosso-
lúveis na água ou no xarope simples e os componentes álcool solú-
veis no álcool, já na quantidade que será empregada na formulação
(geralmente substâncias na forma de sal são mais solúveis em água
e substâncias ácido ou base livres são mais solúveis em álcool).
Passo 2: Adicione a fase aquosa sobre a alcoólica e misture.
Passo 3: Se a formulação ficar turva, adicionar talco farmacêutico
(1g/100ml) e filtrar.
Passo 4: Embalar em frasco de vidro âmbar e rotular.
282
Capitulo 5 - Manipulação
Hota: Sistemas co-solventes podem ser utilizados nõo só para solubilizar a droga ativa, mas
tombém, os adjuvantes farmacotêcnicos. Adoçantes artificiais podem ser necessários para
edulcoror a formulação (ex:. sacarina, ciclamato de sódio e aspartame).
Fenobarbital 0,4g
Óleo de laranja 0,025 ml
Propilenoglicol 10,0 ml
Álcool 20,0 ml
Sorbitol 70% 60,0 ml
Corante qs
Água destilada qsp 100,0 ml
12.5. Linctus
283
Capitulo 5 - Manipulação
HoU: Sistemas co-sotventes podem ser utitizados nõo só para solubilizar a drosa ativa, mas
tombém, os adjuvantes farmacotécnicos. Adoçantes artificiais podem ser necessários para
edukorar a formulação (ex:. sacarina, cictamato de sódio e aspartame).
Fenobarbital 0,4g
Óleo de laranja 0,025 ml
Propilenoglicol 10,0 ml
Álcool 20,0 ml
Sorbitot 70% 60,0 ml
Corante qs
Água destilada qsp 100,0 ml
12.5. Linctus
São líquidos viscosos para administração oral no tratamento
de tosses. Eles devem ser bebidos e deglutidos lentamente, com
adição ou não de água e geralmente, contêm uma alta concentração
de sacarose, outros açúcares ou um adequado álcool polihidrico ou
álcoois.
283
Capitulo 5 - Manipulação
13. Misturas
Termo freqüentemente aplicado para soluções e suspensões
farmacêuticas orais.
285
Capítulo 5 - Manipulação
15.3.2. Fluidez
Quanto mais viscosas, mais estáveis serão as suspensões . Po-
rém, o excesso de viscosidade compromete o aspecto e a retirada
do medicamento do frasco. A suspensão deve escoar com rapidez e
uniformidade do recipiente. Uma boa suspensão deve apresentar
estabilidade química, física e microbiológica.
A Lei de Stoke fornece informações sobre quais parâmetros
influenciam na sedimentação de partículas em uma suspensão, in-
formações estas úteis, na farmacotécnica para controlar e retardar
a velocidade de sedimentação .
V = 2 r2 (p< - p.) g
9n
Onde:
v = velocidade de sedimentação
g = aceleração da gravidade
ps = densidade das partículas sólidas
pi = densidade da fase líquida
r = raio das partículas
il = viscosidade da fase líquida
286
Capitulo 5 - Manipulação
287
Capítulo 5 - Manipulação
1 5 . 4 . 8 . Veículos
Podem ser edulcorados e conter agentes suspensores.
288
Capítulo 5 - Manipulação
'Suspendoral: nome dado pelo autor a um veiculo suspensor base que poderá ser pré-
formulado na farmácia. Veja a fórmula e o seu preparo a segu/r.
289
Capítulo 5 - Manipulação
Procedimento:
Equipamento requerido: moinho coloidal (de preferência) ou
agitador com hélices e balança de precisão.
291
Capítulo 5 - Manipulação
Procedimento
Homogeneizar, misturando intimamente os pós em um gral.
Passar em seguida por um tamis de malha 50 a 60. Acondicionar a
mistura dos pós em um frasco de vidro âmbar, com um marco indi-
cativo para completar o volume de 100 ml.
292
Capítulo 5 - Manipulação
01 Sólido + líquido
02 Sólido + suspensor + líquido
03 Sólido + molhante + líquido + suspensor ***
04 Sólido + molhante + suspenso + líquido
05 Solido -> floculante + suspensor + líquido
' " Procedimento de preparo mais comum.
Material utilizado:
• Cálice
• Bastão
• Espátula e espátula tipo "pão duro"
• Gral
• Pistilo
• Papel manteiga
• Balança de precisão
Procedimento:
Passo 1: Pesar a quantidade de ativos indicados na prescrição.
Passo 2: Tamisar e triturar os pós (ativos) em um gral com auxílio de
um pistilo.
Passo 3: Micronizar (levigar), molhando o pó com quantidade sufici-
ente de Suspendoral.
Passo 4: Adicione mais Suspendoral, cerca da metade do requerido
na formulação e misture bem. O Suspendoral pode ser utilizado na
porcentagem entre 20 e 100% da formulação, sendo o usual cerca de
30%.
Passo 5: Transfira o conteúdo do gral para um cálice com auxílio de
uma espátula tipo "pão duro".
Passo 6: Adicione o restante do Suspendoral, misturando bem com o
bastão.
Passo 7: Dilua o aroma em um pouco de xarope simples ou em quan-
tidade suficiente de solvente adequado (ex.: álcool).
Passo 8: Complete o volume com Suspendoral ou xarope simples.
Passo 9: Checar o pH final da formulação, ajustá-lo adequando-o à
formulação, caso seja necessário.
Passo 10: Embalar em frasco de vidro âmbar e rotular.
294
Capitulo 5 - Manipulação
295
Capítulo 5 - Manipulação
296
Capítulo 5 - Manipulação
Preparo:
Passo 1: Aquecer o óleo fixo, misturar a sacarina e o BHT, previa-
mente triturados, com agitação. A sacarina não irá dissolver com-
pletamente.
297
Capitulo 5 - Manipulação
Nota:
Esta base poderá ser preparada antes para ser utilizada corno base oleosa para suspensão.
0 óteo de fí$ado de bacalhau é um óleo fixo e pode ser utilizado em preparacões para uso
veterinário.
298
Capitulo 5 - Manipulação
17.2. Desvantagens:
299
Capítulo 5 - Manipulação
17.4.5. Antioxidantes:
Previnem os processos de degradação por oxidação dos óleos
e gorduras. Eles devem ser, preferencialmente, solúveis na fase
oleosa (ex.: BHT, BHA, Palmitato de Ascorbila, Vitamina E), entre-
tanto, pode-se utilizar antioxidantes na fase aquosa (ex.: Acido As-
córbico, Metabissulfito de Sódio e Bissulfito de Sódio).
300
Capitulo 5 - Manipulação
17.4.6. Conservantes:
Os conservantes previnem o crescimento de fungos e bacté-
rias na preparação. Preferencialmente, devem ser adicionados na
fase aquosa, uma vez que esta é mais susceptível à contaminação
microbiana. Outvos corrvpooentes da emulsão, além da áe,ua, podem
favorecer o crescimento de microorganismos, tais como, agentes
emulsificantes naturais (ex.: goma arábica, goma adraganta, etc),
óleos como o de amendoim (podem conter espécies de Aspergillus)
e parafinas líquidas (podem conter espécies de Peniciíiium). É bom
lembrar que alguns agentes emulsionantes podem diminuir ou até
mesmo, neutralizar o efeito de determinados conservantes
(ex.:tween 80 e parabenos). Contaminantes podem ser introduzidos
em uma emulsão pelos ingredientes, equipamentos (não adequada-
mente sanificados) ou recipientes (não devidamente sanificado ou
vedado).
302
Capítulo 5 - Manipulação
17.6. Surfactantes:
303
Capitulo 5 - Manipulação
1 7 . 9 . 1 . Métodos de preparo
Os métodos mais empregados são o da "goma seca" e o da
"goma úmida". Estes métodos se aplicam, adequadamente, para a
produção de preparações extemporâneas em pequena escala na
farmácia magistral, utilizando simplesmente o gral, o pistilo ou mis-
turadores elétricos como equipamentos.
A proporção dos ingredientes para o preparo de emulsões
304
Capitulo 5 - Manipulação
Material utilizado:
• Balança de precisão
• Papel manteiga
• Cálice ou proveta
• Gral de porcelana e pistilo
Preparo:
Passo 1: Meça precisamente o óleo em um recipiente limpo e seco.
Passo 2: Verta completamente o óleo medido para um gral de por-
celana limpo e seco.
Passo 3: Pese a goma (normalmente se utiliza a goma arábica).
Passo 4: Meça a água em um recipiente limpo e sanitizado.
Passo 5: Adicione a goma ao óleo e misture aos poucos até a com-
pleta dispersão.
Passo 6: Imediatamente, adicione toda a água e agite de modo vigo-
roso e continuo até a mistura ficar espessa e a emulsão primária se
305
Capitulo 5 - Manipulação
formar.
Passo 7: Continue triturando por 2 a 3 minutos para produzir uma
emulsão estável e contínua.
Passo 8: Gradualmente a emulsão primária pode ser diluída com
pequenos volumes do veículo e adicionada de outros ingredientes,
assegurando a completa mistura entre as adições de maneira a
completar o volume final da preparação.
Material utilizado:
• Balança de precisão
• Papel manteiga
• Cálice ou proveta
• Gral de porcela e pistilo
Preparo:
Passo 1: Pesar precisamente a goma.
Passo 2: Meça a água.
Passo 3: Verta a goma para o gral e aos poucos adicione a água,
triturando a goma até formar uma mucilagem.
Passo 4: Meça o óleo.
Passo 5: Verta o óleo sobre a mucilagem aos poucos, triturando até
obter uma emulsão primária espessa.
Passo 6: Para estabilizar a emulsão, continue misturando durante
alguns minutos.
306
Capítulo 5 - Manipulação
B. Exemplo 1:
Emuisão Purgativa com Óleo de Ricino (o/a)
Óleo de rícino 50 g
Polisorbato 20 3g
Água destilada qsp 100
307
Capitulo 5 - Manipulação
C. Exemplo 2:
Emulsão de Óieo Mineral
Oleo mineral 60ml
Polisorbato 60 6g
Água destilada 30ml
Xarope de chocolate 24ml
Estabilidade aproximada: 30 dias
308
Capitulo 5 - Manipulação
Leçenda:
Bitter:amargo
Sour: azedo fácido)
Satty: salsado
Sweet: doce.
309
Capítulo 5 - Manipulação
311
Capitulo 5 - Manipulação
18.4.1.Combinação:
Para selecionar um flavorizante adequado ou um "blend" de
flavorizantes, não é necessário utilizar somente os tradicionalmente
empregados.
A seleção do flavorizante para uma preparação deve ser feita
de acordo com a preferência do paciente.
A cor, o odor, a viscosidade e os efeitos locais na mucosa o-
ral também influenciam na aceitabilidade de uma preparação far-
macêutica pelo paciente.
É necessário checar com o paciente uma possível sensibilida-
de alérgica a um flavorizante.
Selecionar um conservante sem sabor, parabenos podem
transferir para a formulação um aroma floral indesejável (metilpa-
rabeno) ou uma sensaçâo de dormência na língua (propilparabeno).
Utilizar, de maneira adequada e racional os edulcorantes.
Utilizar ácidos, tais como, o ácido tartárico (0,1 a 0,3%), o
ácido cítrico (0,3 a 2%), o ácido málico (<420 ppm) ou o ácido fumá-
rico (<3600 ppm) para realçar o sabor de frutas.
Drogas de paladar ácido podem ser melhor flavorizadas com
flavorizantes cítricos ou de frutas, associando um edulcorante.
Formulações antiácidas líquidas são frequentemente associa-
das com o sabor de menta, portanto, este flavorizante é uma boa
escolha para este tipo de formulação. 0 paladar deste tipo de for-
mulação pode ser otimizado pela adição de edulcorante.
Sabores amargos podem ser corrigidos pela adição de flavori-
zantes salgados, doces ou ácidos.
A adição de Cloreto de Sódio em pequenas concentrações,
pode melhorar a palatabilidade de algumas preparações.
Compostos como a Vanilina (0,01 a 0,02%) e o Monoglutama-
to Sódico (contra-indicado para crianças) podem ser utilizados na
combinação.
312
Capitulo 5 - Manipulação
18.4.2. Mascaramento:
Utilização de um flavorizante cuja intensidade é mais forte e
prolongada do que o sabor objetável.
Exemplo: Salicilato de Metila, Alcaçuz e Oleoresinas.
Nota: Preparações para tratamento por periodos prolongados, requerem a utiiização de
flavorizantes suaves, menos prováveis de causar a fadiga do sabor.
18.4.3. Física:
Trocar ou ajustar o veículo se o mesmo for inadequado.
Liquidos viscosos podem ser utilizados para reduzir o contato
da droga com as papilas gustativas.
Exemplo: Xaropes com mucilagens.
Mucilagens e xaropes podem tornar alguns sabores menos ob-
jetáveis.
Óleos podem ser emulsificados (ex.: Emulsão de Óleo de Fí-
gado de Bacalhau).
0 fármaco solubilizado tem o seu sabor realçado. Um paladar
desagradável de um fármaco pode ser reduzido com a utilização de
um veículo no qual ele seja insolúvel, pela precipitação do fármaco
na solução, pela alteração do pH da mesma e a preparação subse-
quente de uma suspensão.
A preparação pode ser armazenada na geladeira. 0 frio e o
calor reduzem a sensibilidade das papilas gustativas.
0 paciente pode ser instruido para ingerir a medicação com
bebidas efervescentes. 0 Dióxido de Carbono anestesia as papilas
gustativas ou então o uso de pós efervescentes.
18.4.4. Química:
Absorção da droga em um substrato ou a formação de um
complexo da droga com resinas de troca iônica ou com agentes
complexantes.
Exemplo: revestimento da droga.
18.4.5. Fisiológica:
Usar, se necessário, agentes dessensibilizantes do paladar,
como por exemplo, o mentol (0,003 a 0,02%), o óleo essencial de
menta, o óleo essencial de anis (anetol), o fenolato de sódio, a cap-
saicina, temperos e evidenciadores dos flavorizantes (acidulantes).
313
Capitulo 5 - Manipulação
18.5.2. Veículo:
A percepção do sabor não depende apenas do composto pre-
sente na formulação, depende também das propriedades físicas e
químicas do veícuío. Mackey (1985) relatou que o amargo da Cafeí-
na e do Quinino foi reduzido quando os compostos foram dispersos
em Óleo de Amendoim, em vez de água. A natureza hidrofóbica do
solvente pode ter alterado a velocidade de distribuição, reduzindo a
concentração salivar ou então a viscosidade do óleo pode ter influ-
enciado na resposta perceptiva.
18.5.3. Viscosidade:
0 aumento da viscosidade do veículo diminui a percepção do
sabor amargo.
18.5.4. Temperatura:
A percepção do amargo pode ser diminuída com o aumento
ou com a redução da temperatura da preparação.
18.5.6. Etanol:
0 Etanol devido a sua propriedade solubilizante, potencializa
o sabor amargo.
315
Capítulo 5 - Manipulação
18.5.9. Idade:
A sensibilidade para o paladar diminui com o envelhecimento
(Murphy, 1986).
18.6. Flavorizantes
Substância que confere ou intensifica o sabor e o aroma dos
alimentos (Decreto n°55.871 25/03/1965)
316
Capitulo 5 - Manipulação
317
Capitulo 5 - Manipulação
1 8 . 7 . 1 . Óleo deanis:
Óleo volátil destilado, obtido da Pimpineüa anisum, Linné
(Fam. UmbelUferae).
Composição: anetol (80 a 90%), metil chavicol (isômero do
anetol) e acetona anísica.
Descrição: óleo amarelado ou incolor com odor e sabor ca-
racterístico do anis.
Solubilidade: solúvel em 3 volumes de álcool a 90%.
Uso e aplicação: agente flavorizante (mascara o amargo),
flavorizante ideal para preparações oleosas, carminativo (0,1%).
318
Capitulo 5 - Manipulação
18.7.12. Mentol
Descrição: Pó branco cristalino ou cristais, com um forte o-
dor e sabor característicos. 0 mentol é uma mistura racêmica.
Solubilidade: muito solúvel em etanol, muito pouco solúvel
em glicerina e praticamente insolúvel em água.
Usos e aplicações: agente flavorizante, evidenciador do odor e
terapêutico. 0 mentol atua como dessensibilizante do paladar, em-
pregado muitas vezes para o mascaramento do sabor amargo de
determinadas substâncias.
Concentrações usuais:
• Suspensões orais: 0,003%
• Xaropes: 0,005 a 0,015%
• Comprimidos e pastilhas: 0,2 a 0,4%
• Pasta dental: 0,4%
• Enxaguatórios bucais: 0,1 a 2,0%
• Spray oral: 0,3%
18.7.13. Vanilina:
Obtida da baunilha.
Descrição: cristais finos brancos ou ligeiramente amarelados.
Solubüidade: 1g dissolve em 100 mL de água, cerca de 20 mL
de glicerina, facilmente solúvel em álcool.
Incompatibilidade: combina com a glicerina formando um
composto quase insolúvel em álcool. É decomposta por álcalis e é
oxidada lentamente pelo ar.
Aplicações e usos: como flavorizante de fundo para mascarar
sabores desagradáveis.
Concentração usual: 0,01 a 0,02% p/v.
321
Capitulo 5 - Manipulação
18.8.2. Chlorexidine
(flavorizante especial para preparações contendo clorexidina):
Composição: propilenoglicol, álcool, mentol, eugenol, óleo
essencial de hortelã, óleo essencial de Mentha Piperita, salicilato de
metila, polisorbato 20, corante artificial certificado FDC azul # 1.
Caracteristicas: flavorizante hidrosolúvel.
Empregos: flavorizante ideal para mascarar o sabor adstrin-
gente da clorexidina. Pode ser utilizado nas formulações de enxa-
guatórios bucais e géis dentais contendo este ativo.
322
Capitulo 5 - Manipulação
18.8.7. Maple:
Composição: propilenoglicol, água, feno-grego, café, bauni-
Iha, farinha de São João, açúcar de maple e glicerina.
Características: flavorizante hidratado; hidrossolúvel; pH em
solução aquosa 3%: 6,73.
323
Capitulo 5 - Maniputação
18.8.8. Marshmallow:
Composição: água, propilenoglicol, vanilina, benzodihidropi-
rona, heliotropina, oxihidrato de etila, óleo de limão, óleo de laran-
ja e óleo de noz-moscada.
Características: flavorizante hidratado; hidrossolúvel; pH so-
lução aquosa 3%: 4,38.
Empregos: sabor atrativo para crianças e adultos. Flavorizan-
te de fundo (ideal para combinação com outros flavorizantes) com
ótimos resultados no mascaramento de preparações contendo fár-
macos amargos. Pode ser empregado em preparações líquidas, sóli-
das ou semi-sólidas de uso oral que contenham água.
325
Capítulo 5 - Manipulação
1 8 . 9 . 1 . Sugestões de Formulações
Procedimento:
Passo 1: Adicione o MEG à solução de acetoftalato de celulose.
Aqueça a 50°C (placa aquecedora ou BM), agitando até a obtenção
de uma soluçào límpida.
Passo 2: Adicione o fármaco tamisado ao passo 1.
Passo 3: Agite vigorosamente, em uma capela com exaustão por 1 a
2 horas a 50°C, para deixar que a reação se complete.
Passo 4: Espalhe o passo 3 em uma placa para espatulação, utilizan-
do uma espátula de borracha.
Passo 5: Deixe o passo 4 secar sob a capela. Uma crosta irá se for-
mar na placa. Deixe secar até que desapareça todo o odor de ace-
tona.
Passo 6: Raspe a crosta, triture o pó em um gral e deixe secar.
Passo 7: Determine um fator de correção.
326
Capitulo 5 - Manipulação
Procedimento de preparo:
Passo 1: Em um gral triture o óleo vegetal hidrogenado.
Passo 2: Em um béquer, disperse o passo 1 em acetona. Tamise den-
trodo mesmo Eudragit L-100 para dispersá-lo bem.
Passo 3: Tamise também, dentro do béquer o fármaco. Agite vigoro-
samente para assegurar uma mistura uniforme. Se houver formação
degrumos, agite vigorosamente até completa dispersão.
Passo 4: Mantenha agitando até a completa evaporação da acetona.
Para obter um melhor revestimento do fármaco, cubra o béquer
com um vidro relógio para permitir mais tempo para a reação com-
pletar.
Nota: Observe a preparaçõo de tempo em tempo. Levará cerca de 5 a 6 horas para a acetona
evaporar. Se a acetona evaporar antes deste tempo, adicione um pouco mais de acetona,
para estender a reação em 5 a 6 horas. Uma crosta dura irá se formar no béquer (complexo
comofármaco).
Passo 5: Raspe a crosta dura do béquer e coloque em um prato para
aevaporação.
Passo 6: Coloque o passo 5 em uma estufa na temperatura de 50°C
para secar. Neste passo, a acetona residual irá se evaporar. Cheque
o peso do prato de evaporação. Quando o pó estiver completamente
seco, não haverá mais mudanças no peso. Este passo levará várias
horas.
Passo 7: Retire o passo 6 da estufa e triture a crosta até formar um
pó fino.
Nota:
| Proteger o produto da tuz.
2. )5g do produto revestido equivale a cerca de 10 g do fàrmaco puro.
3. Este pó revestido poderá ser suspendido (suspensõo). Porém, a estabilidade da suspensão
serà somente por 2 semanas, pois, o microrevestimento pode ser quebrado e então o sabor
desagradàvel do fármaco poderá ficar evidente novamente.
327
Capítulo 5 - Manipulação
328
Capitulo 5 - Manipulação
10 O
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■8 a - 9
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£oi
329
Capitulo 5 - Manipulação
330
Capitulo 5 - Manipulação
Procedimento:
Pesar precisamente os ingredientes sólidos misturando-os.
Adicionar água destilada ao açúcar e o conservante, completar o
volume com água destilada.
Misturar todos componentes e aquecer até a dissolução, completan-
do ao volume final.
Embalagem: frasco de vidro âmbar, bem fechados.
Armazenamento: temperatura ambiente (15 a 30°C).
Estabilidade: 1 ano.
Procedimento de preparo:
Passo 1: Pesar e medir separadamente os componentes da formula-
ção.
Passo 2: Dissolver o Cloreto de Sódio e o Benzoato de Sódio em 32,5
ml_ de água aquecida a 85°C).
Passo 3: Quando a água do ítem anterior atingir 85°C, desligar, a-
crescentar o açúcar mais a glicose líquida e a glicerina. Ligar o a-
quecimento novamente e homogeneizar utilizando um misturador
de hélice, acrescentando aos poucos o chocolate em pó. Desligar o
aquecimento, deixando a temperatura baixar para 40°C e então,
adicionar a vanilina solubilizada em qs de álcool.
Passo 4: Aguardar 12 horas e insuflar nitrogênio no xarope e no fras-
co.
Embalagem: vidro âmbar
Conservação: em local fresco, em vidros previamente purgados com
nitrogênio.
Estabilidade: 1 ano.
Preparo:
Passo 1: Misture a Goma Arábica, o Benzoato de Sódio e a Sacarose.
Passo 2: Adicione 425 mL de água purificada (ex.: água destilada) e
misture bem.
Passo 3: Aqueça a mistura em banho-maria até completa dissolução.
Passo 4: Quando esfriar, remova a espuma formada acima do xaro-
pe.
Passo 5: Adicione o flavorizante, misturando-o bem.
Passo 6: Complete o volume com a água.
332
Capítulo 5 - Manipulação
Preparo:
Passo 1: Triture o ativo em um gral com o pistilo, misture a goma
xantana, o benzoato de sódio (caso o xarope base não contenha
conservante), a sacarina sódica e o esteviosídeo.
Passo 2: Adicione qs de glicerina e triture até formação de pasta
homogênea e sem grumos.
Passo 3: Incorpore o flavorizante escolhido à pasta. Adicione o óleo
essencial de menta.
Passo 4: Adicione quantidade suficiente de xarope de chocolate ou
do xarope simples até completar o volume desejado.
333
Capítulo 5 - Manipulação
Preparo:
Passo 1: Triture o ingrediente ativo em um gral com o pistilo, mis-
ture a Goma Xantana, o Benzoato de Sódio, a Sacarina Sódica e o
Esteviosídeo (e o aspartame).
Passo 2: Adicione qs de glicerina e triture até formação de pasta
homogênea e sem grumos.
Passo 3: Incorpore o flavorizante escolhido à pasta. Adicione o óleo
essencial de menta.
Passo 4: Adicione quantidade suficiente de xarope de chocolate ou
do xarope simples até completar o volume desejado.
Procedimento de preparo:
Passo 1: Dissolver os pós na água aquecida a 60/65° C.
Passo 2: Ajustar o volume final.
Passo 3: A solução deverá ficar límpida e transparente.
Passo 4: Aguardar 12h em respouso..
Passo 5: Filtrar em malha para xarope.
335
Capitulo 5 - Manipulação
20. Xampus
São produtos destinados primariamente à limpeza dos cabe-
los e do couro cabeludo, porém podem ser acrescidos de princípios
ativos com ação terapêutica.
20.1.1. Água:
Responsável pela diluição dos tensioativos ("agentes espu-
mantes" responsáveis pela remoção das sujidades). E a matéria-
prima de maior concentração na formulação, devendo possuir boa
qualidade microbiológica e quimica, ser purificada e recém deioni-
zada.
2 0 . 1 . 4 . Espessantes:
São adicionados para aumentar a viscosidade do xampu,
permitindo que ao ser despejado do frasco possa ser aparado pelas
mãos, não escorrendo por entre os dedos.
Exemplo: Cloreto de Sódio (melhor espessante, aumenta a viscosi-
dade do xampu até um valor máximo, a partir do qual qualquer
quantidade a mais adicionada, leva a uma diminuição da viscosida-
de, sem possibilidade de correção), hidroxietilcelulose (Natrosol),
Carbopol 2020, PEG 6000, PEG DOE 120, Glutamate.
336
Capitulo 5 - Manipulação
20.1.5. Conservantes:
São indicados conservantes de amplo espectro e solúveis em
água.
2 0 . 1 . 8 . Agentes Sequestrantes:
Formam complexos com íons metálicos. Exercem efeito si-
nérgico com os agentes conservantes, além de prevenir a descolora-
ção do produto. Ex.: EDTA - Na2
20.1.9. Opacificante:
Confere aos xampus efeito perolado.
20.1.10. Aditivos:
A. Cosmiátricos: silicones, hidrolisados de proteínas, trigo, querati-
na, colágeno.
B. Fitoterápicos: extrato glicólico de jaborandi, hamamellis, camo-
mila, algas, etc.
C. Ativos terapêuticos: anticaspa, seborréia, antiqueda, anti-
psoríase, pediculicida, etc.
D. Filtros solares: solúveis em água.
E. Condicionantes: poliquaternários.
NOTA: Um xampu, para ser bem aceito pelo consumidor, deve formar espuma abundante e
consistente, Limpar, ter viscosidade adequada, ter perfume e cor agradáveí.
338
Capitulo 5 - Manipulação
Material utilizado:
• Cálice (volume adequado à formulação)
• Bastão
• Balança
• Papel manteiga
Preparo:
Passo 1: Pesquisar a solubilidade(s) ou a miscibilidade(s) do(s) prin-
cipio(s) ativo(s).
Passo 2: Pré-solubilizar ou micronizar o PA com o mínimo de solven-
te que afete o menos possível a viscosidade do xampu, como a á-
gua, o propilenoglicol, a glicerina, o próprio xampu e a dietanola-
mina (princípios ativos lipossolúveis) em um cálice com o auxílio de
um bastão (solubilização) ou em um gral (levigação).
Passo 3: Verter uma pequena quantidade do xampu base sobre o
Princípio Ativo homogeneizando-o completamente, em seguida adi-
cionar o restante do xampu base para completar o volume final.
Passo 4: Embalar e rotular.
339
Capitulo 5 - Manipulação
Nota: Para saber se a emutsõo é 01A ou AIO, acrescentar óguo e corante. Se homogeneizar
com a coloracão da cor da preparação, a fórmula é aquosa; se nõo, é óleosa. As emutsões são
formas farmacêuticas liquidas ou pastosas, de aspecto leitoso ou cremoso, resultantes da
dispersão de um líquido no seio de outro, no qual é imiscível à custa de um agente emulsifi-
cante.
21.2.2. Faseoleosa:
Óleos ou ceras nos quais são acrescentados os componentes
solúveis, as essências, os conservantes e os antioxidantes.
340
Capitulo 5 - Manipulação
21.2.4 Conservantes:
Os conservantes protegem o produto contra fungos e bacté-
rias. De preferência devem ser adicionados na fase aquosa, uma vez
que esta é mais susceptível a contaminação. É bom lembrar que
alguns agentes emulsionantes podem diminuir ou até mesmo neutra-
lizar o efeito de determinados conservantes (ex.: tween 80 e para-
benos).
21.2.6 Antioxidantes:
Previnem processos auto-oxidativos de óleos e gorduras (ex.:
metabissulfito de sódio e BHT)
21.2.8. Sequestrantes:
Substâncias que complexam íons metálicos, inativando-os em
sua estrutura, impedindo deste modo sua ação danosa sobre os ou-
tros componentes da formulação. Age em sinergismo com os conser-
vantes.
341
Capitulo 5 - Manipulação
22.Cremes
2 2 . 1 . Aditivação de Principios Ativos e m C r e m e s
Material utilizado:
• Papel manteiga
• Placa de vidro ou gral
• Espátula ou pistilo
• Balança de precisão
Procedimento:
Passo 1: Pesar o(s) princípio ativo(s), pré-solubilizados ou microni-
zados (Levigar) com solvente adequado (ex.: propilenoglicol) e
compatível com a emulsão.
Passo 2: Pesar o creme, descontando-se o peso do(s) Princípio(s)
Ativos(s); adicioná-lo aos poucos ao princípio ativo micronizado ou
solubilizado, espatulando na placa ou homogeneizando com o pistilo
no gral.
Passo 3: Embalar em pote ou bisnaga e rotular.
342
Capítulo 5 - Manipulação
23.Loções C r e m o s a s
Material utilizado:
• Cálice
• Bastão
• Papel manteiga
• Balança de precisão
Procedimento:
Passo 1: Pesar ou medir o(s) Princípios (s) Ativos(s), pré-solubiliza-
dos ou micronizados (Levigar) com solvente adequado e compatível
com a emulsão, em cálice de volume adequado à formulação com
auxilio do bastão.
Passo 2: Adicionar a loção cremosa, aos poucos e misturando sem-
pre, sobre os principios ativos solubilizados ou micronizados no calí-
ce até o volume solicitado.
Passo 3: Homogeneizar bem com o bastão.
Passo 4: Embalar e rotular.
343
Capitulo 5 - Manipulação
24. Pomadas
São preparações farmacêuticas semi-sólidas de consistência
mole e, destinadas ao uso externo (para aplicação na pele e muco-
sas). As pomadas devem ser plásticas para que modifique sua forma
com pequenos esforços mecânicos (fricção, extensão), adaptando-se
às superfícies da pele ou às paredes das cavidades (mucosas). A
farmácia magistral pode preparar a Pomada Base que será armaze-
nada para, posteriormente, os ativos serem incorporados, conforme
a prescrição.
2 4 . 1 . 2 . Lanolina:
A lanolina, o segundo componente de uma pomada simples é
extraída da lã de carneiro. Quando adicionada em pomadas, facilita
a penetração cutânea. A lanolina mais utilizada é a lanolina anidra
que contêm 1% de umidade. A lanolina possui propriedades emul-
gentes A/O, incorporando apreciável quantidade de água (cerca de
2 vezes o seu peso). Os inconvenientes do uso de lanolina estão na
sua cor, no cheiro desagradável, persistente e difícil de mascarar,
além da possibilidade de provocar alergias e ser pouco manejável,
dada sua elevada viscosidade.
A alergia atribuída ao uso de lanolina, pode ser causada pela
presença de álcoois graxos livres. Entretanto, a hipersensibilidade é
relativamente incomum, estimada em torno de 5 por milhão.
A lanolina é miscível com vaselina, sempre é recomendada
quando se deseja incorporar produtos hidrófilos em vaselina ou na
preparação de pomada não oclusiva.
344
Capítulo 5 - Manipulação
A. Pomada de Lanovaselina
Lanolina 30%
BHT 0,02%
Vaselina sólida qsp 100%
Procedimento:
Passo 1: Pesar os componentes.
Passo 2: Solubilizar o BHT em qs de vaselina líquida.
Passo 3: Misturar os componentes, num gral com um pistilo ou em
uma placa de vidro com uma espátula.
24.1.3. Polietilenoglicóis:
Polietilenoglicóis são substâncias que apresentam caracterís-
ticas tipicamente hidrófilas. São excelentes emulsivos de óleo em
água, pois apresentam atividade sobre a tensão superficial.
As bases dermatológicas preparadas com os polietilenoglicóis
têm em regra, pH 6 a 7, fato que advoga o valor de sua tolerabili-
dade local.
A pomada PEG pode causar ardência, principalmente quando
aplicada em mucosas. Reações de hipersensibilidade a polietileno-
giicóis já foram relatadas. É contra-indicado o uso de pomadas a
base de polietilenoglicóis em pacientes com queimaduras extensas,
pois os mesmos são hiperosmóticos.
Incompatibilidades: Mostram-se incompatíveis com numerosas subs-
tâncias que freqüentemente reagem com eles pelas funções alcoóli-
cas primárias (penicilinas, bacitracina e cloranfenicol são destruídas
pelo PEG). O ácido salicílico, o fenol, o resorcinol, os barbitúricos e
os taninos são incompatíveis com os PEG.
345
Capítulo 5 - Manipulação
A. Pomada PEG4:
PEG 400 (carbowax 400) 33,33%
PEG 4000 (carbowax 4000) 33,33%
Propilenoglicol 33,33%
• Sulfato de Neomicina
• Tetraciclina
• Triancinolona
24.2.2. Procedimento:
Passo 1: Selecionar a pomada base que melhor se adeque ao princí-
pio ativo e à função terapêutica desejada (a pomada hidrofóbica
tem efeito oclusivo e a pomada hidrofílica proporciona maior pene-
tração cutânea do princípio ativo).
Passo 2: Quando a incorporação for apenas de ativos na forma de
pó, estes podem ser suspendidos num líquido (Exemplo: vaselina
líquida, PEG 400 e propilenoglicol). Nesse caso os ativos são micro-
nizados em gral com o pistilo, para que suas partícutas não encon-
trem dificuldade de dispersão, em seguida são dispersados no líqui-
do de escolha e por último acrescidos à pomada (o peso dos ativos e
do líquido adjuvante devem ser descontados na pomada base).
Passo 3: A incorporação de ativos líquidos e pastosos na pomada
base, pode ser feita acrescentando-os diretamente sobre quantida-
de suficiente da pomada e em seguida misturando-os com espátula
na placa ou com o pistilo no gral.
Passo 4: Pode também ser necessário misturar ativos líquidos e em
pós numa mesma formulação de pomada. Neste caso, se os líquidos
forem suficientes para dispersar os pós, basta triturá-los e dispersá-
los nos líquidos acrescentando no final o qs. de pomada base. Se a
quantidade de líquidos não for suficiente para a dispersão, então
acrescenta-se a estes qs de um líquido inerte para completar a dis-
persão e por fim qs de pomada.
Passo 5: Embalar as pomadas, preferencialmente, em bisnagas plás-
ticas ou de alumínio.
Passo 6: Rotular.
347
Capitulo 5 - Manipulação
Fase Aquosa
Pectina 10%
CMC 0,5%
Gelatina 0,5%
Metilparabeno 0,15%
Água destilada qsp 100%
Procedimento:
Aqueça a água à fervura, dissolva o metilparabeno, pulverize o CMC
sobre a solução, misturando e conservando o aquecimento, misture
a gelatina e por último adicione a pectina aos poucos, deixe esfriar.
Conserve em geladeira.
348
Capítulo 5 - Manipulação
25. Pastas
São preparações farmacêuticas que contêm uma proporção
de pó igual ou superior a 20%. Em geral são menos gordurosas que as
pomadas.
2 5 . 1 . Classificação
Procedimento Geral
Passo 1: Pesar os componentes da formulação.
Passo 2: Os pós utilizados na preparação das pastas devem ser fina-
mente tamizados, pois é difícil a homogeneização de partículas
grosseiras.
Passo 3: Realizar a levigação dos pós com líquidos como vaselina
líquida ou óleos, em seguida incorporá-los no excipiente por espatu-
lação ou então fundir o excipiente e incorporar os pós em um gral,
misturando vigorosamente, evitando a formação de grumos.
Passo 4: As pastas fundidas devem ser vertidas na embalagem final
antes de solidificar, pois após solidificadas fica bastante difícil seu
envasamento.
Passo 5: Rotular.
349
Capitulo 5 - Manipulação
25.3.1. Pastadágua:
Óxido de Zinco 25,Og
Talco 25, Og
Glicerina 25, Og
Água de Cal 25,Og
Procedimento:
Passo 1: Pesar os componentes da formulação
Passo 2: Tamisar em malha fina o Óxido de Zinco e o Talco
Passo 3: Verter o Óxido de Zinco e o Talco Tamisados para um gral,
misturando-os com um pistilo.
Passo 4: Adicionar a Glicerina (agente de levigação), aos poucos e
misturar micronizando os pós.
Passo 5: Adicionar a água de cal, aos poucos, misturando bem.
Passo 6: Embalar e rotular.
2 5 . 3 . 2 . Pasta de Lassar
Óxido de zinco 25%
Amido 25%
Vaselina sólida 50%
Procedimento:
Passo 1: Pesar os componentes da formulação.
Passo 2: Tamisar o Óxido de Zinco e o Amido.
Passo 3: Misturar, em um gral, o Óxido de Zinco com o Amido e tri-
turar a mistura com uma pequena parte da Vaselina que se funde.
Passo 4: Incorporar o restante da Vaselina.
Passo 5: Embalar e rotular.
25.3.3.Pasta de Unna
Óxido de zinco 15%
Gelatina 15%
Glicerina 35%
Metilparabeno 0,1%
Água destilada 34,9%
350
Capitulo 5 - Manipulação
Procedimento:
Passo 1: Pesar os componentes da formulação.
Passo 2: Tamisar o Óxido de Zinco.
Passo 3: Misturar a Gelatina e o Nipagin na água fria, adicionar a
Glicerina e aquecer em banho-maria, até dissolução.
Passo 4: Se necessário, completa-se o peso com água.
Passo 5: Verta (3) para um gral e adicione o Óxido de Zinco, mistu-
rando-o vigorosamente com um pistilo.
Passo 6: Embalar antes de esfriar.
Passo 7: Rotular.
Procedimento:
Passo 1: Pesar os componentes da formulação.
Passo 2: Micronizar o alumínio em pó com a parafina líquida.
Passo 3: Incorporar a vaselina, aos poucos, misturando até ficar ho-
mogêneo.
351
Capítulo 5 - Manipulação
26. Géis
Consistem na dispersão de um sólido (resina, polímero e de-
rivados de celulose) num líquido (água ou álcool/água) formando um
excipiente transparente ou translúcido. Os géis são veículos desti-
nados às peles oleosas e acnéicas.
2 6 . 1 . 3 . Metilcelulose:
0 gel com metilcelulose é preparado para formulações tópi-
cas (1-5%) e oftálmicas (0,5-2,0%).
IncompatibiUdades: 0 gel de metilcelulose é incompatível com clo-
ridrato de aminacrina, clorocresol, cloreto de mercúrio, fenol, re-
sorcinol, ácido tânico, nitrato de prata, cloreto de cetilpiridíneo,
ácido parahidroxibenzóico, ácido paraminobenzóico, metilparabeno,
propilparabeno e butilparabeno. Sais de ácidos minerais e, particu-
352
Capitulo 5 - Manipulação
26.1.5. Carbopol934:
Fraca tolerância iônica, produz géis turvos, porém oferece
boa estabilidade e viscosidade alta em emulsões e suspensões (uso
oral). Produz géis de alta viscosidade.
26.1.6. Carbopol940:
É o preferido por produzir géis cristalinos, brilhantes aquosos
ou hidroalcoólicos. É o de maior efeito espessante, dentre as resinas
de carbopol. Possui fraca tolerância a eletrólitos. Somente pode ser
empregado em preparações tópicas.
2 6 . 1 . 2 . Procedimento:
Passo 1: Pesar ou medir os princípios ativos da fórmula.
Passo 2: Se o ativo for sólido, pré-solubilizá-lo ou micronizá-lo com
um adjuvante líquido adequado.
Passo 3: Pesar o gel base adequado à formulação, levando-se em
conta as características físico-químicas dos ativos e possíveis incom-
patibilidades com o gel, descontando-se o peso dos ativos e possí-
veis adjuvantes.
Passo 4: Incorporar o princípio ativo líquido no gel ou o gel no prin-
cípio ativo solubilizado ou micronizado, aos pouco homogeneizando.
Passo 5: Embalar
Passo 6: Rotular.
354
Capitulo 5 - Manipulação
2 6 . 3 . 1 . Gel d e C a r b o x i m e t i l c e l u l o s e sódica
Carboximetilcelulose sódica 5,0%
Metilparabeno 0,15%
Glicerina 10%
Água destilada qsp 100g
355
Capítulo 5 - Manipulação
356
Capítulo 5 - Manipulação
28. L i n i m e n t o s
2 8 . 1 . Sugestões de Formulações
357
Capítulo 5 - Manipulação
29. Ceratos
358
Capitulo 5 - Manipulação
30. Ungüentos
Os ungüentos são um tipo de pomada que contém substân-
cias resinosas
30.1. Preparo:
Idem ao de pomadas
359
Capitulo 5 - Manipulação
• produtos semi-estéreis
• veículo viscoso, para aderir às paredes do canal auditivo
(como a glicerina, o propilenoglicol, óleos e até mesmo a
água).
• pH de 5 a 7,8.
361
Capitulo 5 - Manipulação
362
Capítulo 5 - Manipulação
Nota: Ern situações em que se prepara maior quantidade de uma [ormulação poderà ser
utilizado o autoclave como mêtodo de esterilização, se os princípios ativos forem termoestá-
veis.
363
Capitulo 5 - Manipulação
3 2 . 4 . 1 . Procedimento:
Passo 1: Pesar ou medir precisamente cada um dos ingredientes.
Passo 2: Dissolver os componentes na água destilada e filtrar em
papel de filtro.
Passo 3: Embalar em frascos de vidro (30 ml) limpos e sanitizados.
Passo 4: Autoclavar.
Passo 5: Rotular provisoriamente.
Utilizar esta solução para aditivação dos princípios ativos em
recipientes de preparo limpos e sanitizados, conforme o procedi-
mento de preparo descrito anteriormente.
Nota: Esta solucão pode ser preparada para uso em suspensões nasais adicionando metilcelu-
lose (Methocet ® A - Dow Quimica) a 0,5% com açente suspensor.
364
Capitulo 5 - Manipulação
33.1.1. Isotonia:
A isotonia é um dos requisitos que as soluções de uso oftál-
mico deverão obedecer, pois assim, tomam-se menos irritantes.
33.1.2. Isobatmia:
pH igual ao da lágrima, entre 7,2 e 7,4. Colírios com pH a-
baixo de 5,8 e acima de 11,4 causam irritação em 99% dos pacien-
tes. Para corrigir o pH pode-se utilizar soluções-tampão.
33.1.3. Limpidez:
As soluções oftálmicas devem ser límpidas (não se aplica a
suspensões) e não devem conter partículas visíveis a olho nu, para
tanto devem ser convenientemente filtradas.
33.1.5. Esterilidade:
As Soluções Oftálmicas devem ser estéreis. A esterilidade
pode ser obtida por filtração em membrana millipore de 0,45 a 0,2
H, por calor seco ou por autoclavação de acordo com as caracterís-
ticas dos Princípios Ativos.
365
Capitulo 5 - Manipulação
33.2.1. Conservantes:
366
Capítulo 5 - Manipulação
ANTIOXIDANTE/ CONC.
SEQUESTRANTE USUAL
EDTA - Na 2 0,1%
Bissulfito de sódio 0,1%
Metabissulfito de sódio 0,1%
AGENTE CONC.
USUAL
Hidroxietilcelulose 0,8%
Hidroxipropil metilcelulose 0,5 A 2,5%
(Hipromelose)
Metilcelulose 0,5 a 2,0%
Álcool polivinílico 1,4%
Polivinilpirrolidona (PVP) 1,7%
367
Capítulo 5 - Manipulação
Procedimento:
Passo 1: Pesar precisamente os componentes da formulação.
Passo 2: Dissolva, a quente, em um bécker com 50% do volume de
água estéril, o Nipagin e o Nipazol.
Passo 3: Acrescente o Ácido Bórico e o Bórax, agitando até completa
dissolução.
Passo 4: Acerte o volume com água estéril fria, corrija o pH para
faixa de 7,2 a 7,4, se necessário.
Passo 5: Filtre.
Passo 6: Embale em frasco de vidro de 100 m l .
Passo 7: Autoclave a 121°C, 15 psi por 30 minutos.
Passo 8: Conservar em geladeira.
368
Capitulo 5 - Manipulação
369
Capítulo 5 - Manipulação
Nota: 0 recipiente com a pomada oftálmica base deve ser aberto somente no ambiente do
fluxo laminar, após prévia desinfecqão do frasco e da tampa com álcool a 70% e clorexidina.
370
Capitulo 5 - Manipulação
3 3 . 5 . 1 . Equipamento:
• Fluxo laminar horizontal
3 3 . 5 . 2 . Acessórios:
• gases esterilizadas
• solução sanitizante (Álcool isopropílico 70%, Álcool 70% com
clorexidina 0,5%)
• materiais para manipulação.
33.6. Esterilização
A esterilização é o processo de eliminação ou destruição de
microorganismos em um objeto ou em uma preparação.
Produtos parenterais (injetáveis) e oftálmicos requerem es-
terilidade.
Temperatura Tempo
160°C 120 a 180minutos
170°C 90 a 120minutos
180°C 45 a 60 minutos
374
Capitulo 5 - Manipulação
375
Capítulo 5 - Manipulação
34.1.2. Novata®:
A Novata é um produto da Henkel, constituído por misturas
de mono/di e triglicerídeos de ácidos graxos saturados de origem
animal (C12aC18).
As vantagens da sua utilização são a rapidez de produção dos
supositórios e óvulos e a obtenção de produtos com uma melhor
apresentação.
A Novata é fundida isoladamente sem a necessidade de adi-
ção de outros componentes, acrescentando-se somente o(s) ati-
vo(s).
376
Capitulo 5 - Manipulação
377
Capitulo 5 - Manipulação
378
Capitulo 5 - Manipulação
379
Capitulo 5 - Manipulação
Procedimento:
Passo 1: Em uma placa de aquecimento fundir os ingredientes, res-
friar e estocar.
Passo 2: Não permita que a temperatura exceda a 55°C. Não utilize
microondas.
Nota: 'Sílica gel micronizada: ê utilizada como açente suspensor para ativos insoiúveis na
base, na concentraçõo usuai de 1%.
Material necessário:
• Béquer
• Bastão de vidro
• Molde
• Placa de aquecimento ou banho-maria
• Faca
• Balança de precisão
• Papel manteiga
• Papel laminado
Procedimento de preparo:
Passo 1: Catibrar, previamente, o molde de supositório, caso não
tenha sido utilizado, anteriormente, com a base utilizada. Verificar
se o molde encontra-se limpo e seco antes do uso. Lubrificar antes
de utilizar o molde.
Passo 2: Calcular a quantidade necessária de cada ingrediente, adi-
cionando-se cerca de 10% extra, para compensar perdas e permitir o
preenchimento do molde com excesso. Pesar ou medir, precisamen-
te, cada ingrediente.
Passo 3: Ligar e ajustar o aquecimento do banho-maria. Adicionar a
base preparada anteriormente (fórmula base de ácidos graxos e
parafina) em um béquer, aquecendo aos poucos até a fusão da base.
Deve ser evitado o superaquecimento, pois o mesmo altera as pro-
priedades de fusão do supositório (não aquecer acima de 55°C).
Passo 4: Adicionar os ativos. Misturar bem com bastão de vidro. Os
ingredientes sólidos (ativos) devem ser misturados diretamente na
380
Capitulo 5 - Manipulação
381
Capítulo 5 - Manipulação
Exemplo:
Calcular a quantidade de base para supositório necessária
para a manipulação de 6 supositórios de Ibuprofeno 800mg. Calcu-
lar, também, a quantidade de ativo necessária levando em conta a
perda durante o procedimento de preparo. 0 peso médio dos suposi-
tórios preparados somente com a base é de 6g.
382
Capítuio 5 - Manipulação
384
Capítulo 5 - Manipulação
34.4.5. Embalagem:
Os supositórios deverão ser embalados individualmente em
papel laminado ou sachês aluminizados e acondicionados adequa-
damente, em potes ou caixas de cartolina.
385
Capitulo 5 - Manipulação
34.4.7. Estabilidade:
Os supositórios Rocket são preparados com base anidra e
hidrofóbica, sendo, portanto, uma forma estável, desde que prote-
gida do calor e da umidade. 0 prazo de validade recomendado é
geralmente, 6 meses. Para supositórios preparados a partir de pro-
dutos industrializados recomenda-se 25% do tempo remanescente da
validade do produto ou 6 meses, o que for menor. Para fármacos
reconhecidamente suscetíveis a processos de degradação química, o
prazo de validade recomendado não deverá ser maior que 2 a 3 me-
ses.
386
Capítulo 5 - Manipulação
Folículos pilosos
388
Capítulo 5 - Manipulação
Epiderme
Derme
Rede
Capilar
Camada
Subcutãnea
Stralum granulosum ——
Epiderme
Stratum spinosum
Stralum germtnalium—
Junção C
Eplderme-Derme
Estrutura da pele
389
Capítulo 5 - Manipulação
391
Capítulo 5 - Manipulação
392
Capitulo 5 - Manipulação
35.5.1. Vantagens:
Via alternativa ao trato gastrintestinal: menor irritação e to-
xicidade sistêmica, evita a ação do pH ácido do estômago sobre
fármacos sensíveis nestas condições. Evita também, possíveis inte-
rações do fármaco com alimentos e com a flora intestinal.
Evita o efeito de primeira passagem hepática.
Permite o controle da absorção de determinada quantidade
de fármaco.
Possibilidade de aplicação em diferentes locais do corpo (de-
ve-se evitar a aplicação em locais com irritação e ou com lesões).
Aumenta a adesão do paciente ao tratamento: resultado da
fácil administração e da diminuição da toxicidade sistêmica.
393
Capitulo 5 - Manipulação
35.5.2. Desvantagens:
Possibilidade de irritação localizada ou reações alérgicas cu-
tâneas.
Lag time: tempo requerido para a difusão através da pele
(relativa demora no início da ação do fármaco).
Limitações nas dosagens do fármaco.
35.6.1 .Surfactantes:
Há mais de 30 anos foi demonstrado que os sabões poderiam
aumentar o fluxo da água através da epiderme humana isolada. 0
grau de irritação da pele foi diretamente proporcional à extensão
da penetração. Esta foi a primeira evidência de que a ruptura da
função de barreira cutânea está diretamente relacionada, ao grau
de interação química e física entre o agente facilitador da penetra-
ção e a pele. Recentemente, foi demonstrado que os surfactantes
reduzem, de modo marcante, a capacidade do tecido subcutâneo
em reter água ligada à membrana. De modo geral, todos os tipos de
surfactante aumentam o fluxo através da pele sendo que os
surfactantes catiônicos são mais irritantes do que os aniônicos e
estes, mais que os não-iônicos. Alguns exemplos de tensioativos
facilitadores da penetração cutânea: lauril sulfato de sódio, tweens,
dentre outros.
394
Capítulo 5 - Manipulação
35.6.2. Solventes:
Dimetilsulfóxido (DMSO), dimetilacetamida, polietilenoglicol
100 - 400, etanol, propilenoglicol, miristato de isopropila, palmitato
de isopropila, acetona, ácido oléico, água, dentre outros.
3 5 . 7 . 2 . Composição básica:
0 gel de P.L.O. é composto por uma fase oleosa e uma fase a-
quosa.
A. Fase Oleosa:
Palmitato de isopropila/lecitina, abreviada por L.I.P.S. (leci-
thin/isopropyl palmitate solution).
Lecitina: fosfolipídeo; capaz de atravessar a camada córnea da pe-
le.
Palmitato de isopropila: solvente e promotor da penetração cutâ-
nea.
Ácido sórbico: conservante.
Solventes orgânicos ou agentes molhantes (áicool etílico, propileno-
glicol, dentre outros) podem ser incorporados nesta fase, em con-
centrações de no máximo 10%. Fármacos lipossolúveis devem ser
incorporados nesta fase (por exemplo, o cetoprofeno).
B.Fase aquosa:
A fase aquosa é constituída pelo gel aquoso de Polaxamer 407
(Pluronic*F127).
Polaxamer 407: surfactante
Sorbato de potássio: conservante.
Água destilada.
Fármacos hidrossolúveis são incorporados nesta fase (por exemplo, a
escopolamina).
396
Capitulo 5 - Manipulação
Nota:' Comercializado com o nome de Microemulsão fosfotipidica (fase oleosa) pela LED
(Laboratóho de Evolução Dermatolósica). Conservar em temperatura ambiente.
" Comercializado com o nome de Microemulsão fosfolipidica (fase aquosa) pelo LED (Labora-
tório de Evolucão Dermatológica). Conservar sob refrigeração, em temperatura ambiente o
produto selifica.
Procedimento:
Passo 1: Pesar, precisamente, cada componente separadamente.
Passo 2: Levigar se necessário, o ativo com o agente molhante em
um gral.
Passo 3: Incorporar o ativo na fase oleosa (LIPS) ou na fase aquosa
(gel), de acordo com sua solubilidade.
Passo 4: Acondicionar a fase aquosa em uma seringa tipo luer-lock e
397
Capítulo 5 - Manipulação
Jm
-MP
Figura 2:
Preparo da microemulsão
.4 transdérmica utilizando
seringas.
398
Capitulo 5 - Manipulação
400
Capítulo 5 - Manipulação
401
Capítulo 5 - Manipulação
402
Capítulo 5 - Manipulação
403
Capitulo 5 - Manipulação
404
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
Cálculos
Matemáticos em
Farmácia Magistral
405
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
1. Sistemas Numéricos
1 =1 II = 2
III = 3 IV = 4
V= 5 VI = 6
VII = 7 VIII = 8
IX = 9 X = 10
L = 50 C = 100
D = 500 M = 1000
406
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
407
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
2. Aritmética
2 . 1 . Frações
2 . 1 . 1 . Frações Decimais:
A fração decimal é uma fração com denominador 10 ou qual-
quer outro múltiplo de 10.
A vírgula decimal é o ponto de referência usado para deter-
minar o valor do lugar de um dígito em um número.
Dígitos à esquerda da vírgula decimal indicam valores de 1 ou
maiores, enquanto que dígitos à direita da vírgula decimal indicam
valores menores que 1.
Um número decimal que possui um valor menor que 1 é uma
fração própria ou um decimal puro. Um número decimal maior que
1 será uma fração mista.
408
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
2.2. Porcentagem
É muito utilizado para expressar concentrações em formula-
ções farmacêuticas.
Por cento significa "partes por 100" e tem o símbolo %.
Exemplo: 3% significa 3 partes em 100 partes totais.
Por cento é um número relativo. Quando porcentagem é usa-
da, dois valores estão envolvidos.
Exemplo 1:
Se 4g de ácido salicilico são dissolvidos em quantidade sufi-
ciente para preparar 250 ml de solução, qual a concentraçào em
termos de porcentagem p/v da solução?
409
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
Exemplo 2:
Para se preparar 30g de um creme com colágeno a 5% p/p, qual a
quantidade de colágeno a ser pesada?
2 . 3 . 1 . Exemplo:
Se em uma solução de hipossulfito de sódio, tenho 20g em
100ml, quantos gramas de hipossulfito eu precisaria para preparar
20ml de uma solução na mesma concentração?
20g = Xg
lOOml 20ml
100X = 20x20
100X = 400
X = 400
100
X = 4g em 20ml
410
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
3. Diluição de Concentração
Para calcular a concentração de uma solução preparada a-
través da diluição de uma outra solução de concentração conhecida,
uma proporção pode ser empregada como a seguinte:
Qi x Ci = Qz x C2
Onde:
Q, = quantidade conhecida
Ci = concentração conhecida
Q2 = quantidade final a ser obtida após a diluição
C2 = concentração final após a diluição
3.1. Exemplo:
411
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
4. Densidade
d = densidade
m = massa
v = volume
Resposta: 1,2g/ml
413
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
1 fluidounce 30 ml
1 onça 30 g
1 Ubra 454g
1 grão 64.8 mg
1 galão 3.785ml
414
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
6. Calibração de gotas
Uma gota é calibrada através da contagem do número de
gotas requeridas para transferência de 2ml da formulação ou subs-
tância que se deseja calibrar, do recipiente original (frasco conta
gotas, conta-gotas, etc) para uma proveta graduada de 5ml; em
seguida, divida por 2 e estabeleça a relação do número de go-
tas/ml.
6.1. Exemplo:
x = 3 gotas.
415
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
416
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
8.1. Aligações:
Qual a porcentagem de álcool na formulação abaixo ?
Solução:
Passo 1 :
50+ 150+ 300 = 500 ml
Passo 2:
50x90 = 4500
150x21 = 3150
300 x 45 = 13500 +
=> 21150
Passo 3:
21150-500 = 42,3%
Resposta: 42,3%
417
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
Solução:
X= 1,25%
(-)
2,5% 1,25 partes de 2,5% suspensão
1,25%
418
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
419
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
10.1. Exemplo:
Formulação com 5.000 UTR de Thiomucase. Sabendo-se que
350.000 UTR's equivalem a 1 grama, devemos calcular
350.000UTR = 5.000UTR
1g X
onde X=
1 0 . 1 . 1 . Ul - Unidade Internacional
Atividade específica de uma droga contida numa quantidade
determinada de um padrão (medida de atividade ou potência da
substância).
10.2. Exemplos:
Vitamina A oleosa (palmitato) 1.000.000 Ul/g
Acetato de vitamina A pó 500.000 Ul/g
Vitamina D2 pó 40.000.000 Ul/g
Vitamina D3 40.000.000 Ul/g
Vitamina E oleosa 1.000 Ul/g
Vitamina E pó 50% 0,5 Ul/mg
Thiomucase 350 UTR/mg
Heparina 100 Ul/g
Hialuronidase 2.000 UTR/20mg
420
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
421
Capítulo 6 - Cáiculos Matemáticos em Farmácia Magistral
12. Diluições
1 2 . 2 . 1 . Fator de Equivalência:
Permite intercambiar uma substância na sua forma "salina",
"éster" ou "hidratada" com a sua "molécula base" ou "anidra", em
relação a qual a forma farmacêutica de referência estaria dosifica-
da.
422
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
Exemplos:
Betacaroteno 10% - Fc= 10
Omeprazol pellets 8,5% - Fc = 11,8
Vitamina E 50% - Fc= 2
423
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
A. Exemplos:
Cálculo:
FEq= 576,7 = 2,41/2 FEq = 1,205
293,3 O sulfato de salbutamol contem 2
moléculas de salbutamol base,
portanto é necessário dividir por 2.
424
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
A. Exemplos
A.1. Amoxacilina trihidratada
FEq = 419. 46 (mol. hidratada) FEq = 1,15
365.41 (mol. anidra)
A. Exemplo:
T3, T4, Digoxina, Vitamina B12, etc...
A correção do teor deve ser feita de acordo com a diluição realizada
B.Exemplo:
T3 1:1000-Fc=1000
Triac 1:100- Fc= 100
Diazepam 1:10- Fc= 10
425
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
426
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
Substâncias n° I PM
ions
Àcido bórico 1 1.0 61.8
Atropina sulfato, H20 3 2.6 695
Cloreto de benzalcônio 2 1.8 360
Cloreto de sódio 2 1.8 58
Clorobutanol 1 1.0 177
Cromoglicato de sódio 2 1.8 512
Dextrose anidra 1 1.0 180
Dextrose,H20 1 1.0 198
Efedrina cloridrato 2 1.8 333
Efedrina sulfato 3 2.6 429
Epinefrina bitartarato 2 1.8 328
Escopolamina HBr.3H20 2 1.8 438
Fenilefrina cloridrato 2 1.8 204
Fosfato de sódio dibásico anidro 3 2.6 142
Fosfato de sódio dibásico.7H20 3 2.6 268
Fosfato de sódio monobásico anidro 2 1.8 120
Fosfato de sódio monobásico.H20 2 1.8 138
Homatropina HBr 2 1.8 356
Manitol 1 1.0 182
Nitrato de Prata 2 1.8 170
Oximetazolina cloridrato 2 1.8 297
Oxitetraciclina 2 1.8 497
Pilocarpina nitrato 2 1.8 271
Procaína cloridrato 2 1.8 273
Sulfato de Zinco.7H20 2 1.8 288
Tetracaína cloridrato 2 1.8 301
427
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
13.1.1. Exemplo:
Calcular o equivalente em cloreto de sódio de uma solução a
1% de pilocarpina nitrato.
Pilocarpina nitrato:
PM = 271
i = 1.8
E = PM de NaCl x i do nitrato de pilocarpina
i do NaCl PM do nitrato de pilocarpina
E = 58,5 x 1,8
1.8 271
E = 105.3 =0,22 E = 0,22
487.8
Resposta: 1g de nitrato de pilocarpina equivale a 0.22 de NaCl
428
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
430
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
Continuação...
Cloridrato de nafazolina 0.27
Cloridrato de oximetazolina 0.22
Cloridrato de oxitetraciclina 0.13 (0.14)
Cloridrato de papaverina 0.10
Cloridrato de pilocarpina 0.24
Cloridrato de piridoxina (vit.Bó) 0.37(0.36)
Cloridrato de procaína (novocaína) 0.21
Cloridrato de prometazina 0.18
Cloridrato de quinina 0.14
Cloridrato de tetracaína (neotutocaína) 0.18
Cloridrato de tetraciclina 0.25
Cloridrato de tioridazina 0.05
Clorobutanol 0.24
Cromogticato de sódio 0.11
Dextrose anidra 0.18
Dextrose monohidratada 0.16
Dicloridrato de quinina 0.23
Dicloridrato de trifluoperazina 0.18
Dietanolamina 0.31
Dimetilsulfóxido (DMSO) 0.42
Dipirona (metamizol) 0.19
EDTA-dissódico 0.23
Epinefrina (adrenalina) 0.26
Estreptomicina-cloreto de cálcio, complexo 0.20
Etilenodiamina, hidratada 0.44
Fenilbutazona sódica 0.18
Fenobarbital sódico 0.24
Fenol 0.35
Fluoresceína sódica 0.31
Folato de sódio 0.12
Fosfato de adenosina 0.41
Fosfato de amônio,dibásico 0.55
Fosfato de codeína 0.14
Fosfato de hidroxicloroquina 0.18
Fosfato dipotássico 0.46
Fosfato dissódico (dibásico),dihidratado 0.42
Fosfato dissódico (dibásico), heptahidratado 0.29
Fosfato dissódico (dibásico), exsicado 0.53
Fosfato monopotássico (ácido, monobásico) 0.44
431
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
Continuação...
Fosfato monossódico (bifosfato ácido) anidro 0.46
Fosfato monossódico (bifosfato ácido), di-hidratado 0.36
Fosfato monossódico 0.40
(bifosfato ácido), mono-hidratado
D-Frutose 0.18
Glicerina 0.35
Gluconato de cálcio 0.16
Gluconato ferroso 0.15
Gluconato de quinidina 0.12
Heparina sódica 0.08 (0.07)
Hexametileno-tetramina (metenamina, urotropina) 0.23
Hialuronidase 0.01
Hipofosfito de sódio 0.61
lodeto de potássio 0.34
lodeto de sódio 0.39
Isoniazida (Hidrazida) 0.25
Idoxuridina (IDU) 0.09
Lactato de amônio 0.33
Lactato de cálcio, anidro 0.37
Lactato de cálcio, penta-hidratado 0.23
Lactato ferroso 0.21
Lactato de sódio 0.55
Lactose 0.07
Lauril sulfato de sódio 0.08
Levulinato de cálcio 0.27
Levulose 0.18
Maleato de bronfeniramina 0.09
Maleato de clorofeniramina 0.15 (0.17)
Maleato de dexclorofeniramina 0.15
Maleato de ergonovina (ergometrina) 0.12
Manitoi 0.17
N-Metilglucamina 0.20
Mentol 0.21
Merbromino 0.14
Mesilato de fentolamina 0.17
Metabissulfito de sódio 0.67
Metilbrometo de atropina 0.15
Metilbrometo de homatropina 0.19
Metilnitrato de atropina 0.18
432
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
Continuação...
Metilnitrato de escopolamina 0.16
Metionina 0.25
Monocloridrato de histidina 0.29
Nicotinamida 0.26
Nafazolina cloridrato 0.27
Nitrato de estricnina 0.12
Nitrato de pilocarpina 0.23
Nitrato de potássio 0.56
Nitrato de prata 0.33
Nitrato de sódio 0.68
Nitrito de sódio 0.84
Oxacilina sódica 0.17
Oximetazolina cloridrato 0.12
Oxitetraciclina cloridrato 0.20
Pantotenato de cálcio 0.18
Penicilina-G potássica 0.18
Penicilina-G sódica 0.18
Permanganato de potássio 0.39
Polietilenoglicot 300 0.12
Polietilenoglicol 400 0.08
Polietilenoglicol 1.500 0.06
Polietilenoglicol 1540 0.02
Polietilenoglicol 4000 0.02
Polisorbato (tween) 80 0.02
Polivinilpirrolidona (povidona, PVP) 0.01
Prata proteínica (protargol) 0.08
Propilenoglicol 0.45
Procaína cloridrato 0.21
Propilenoglicol 0.45
Resorcinol 0.28
Riboflavina-5-fosfato de sódio 0.08
Sacarose 0.08
Salicilato de sódio 0.36
Sorbitol, hemi-hidratado 0.16
Sulfacetamida sódica 0.23
Sulfadiazina sódica 0.24
Sulfanilamida 0.20
Sulfapiridina sódica 0.23
Sulfato de alumínio e potássio 0.18
433
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
Continuação...
Sulfato de amônio 0.55
Sulfato de atropina 0.13
Sulfato de cloroquina 0.09
Sulfato de clorotetraciclina 0.13
Sulfato cúprico, anidro 0.27
Sulfato cúprico, penta-hidratado 0.18
Sulfato de efedrina 0.23
Sulfato de hiosciamina 0.14(0.15)
Sulfato de magnésio 0.17
Sulfato de neomicina 0.11 (0.12)
Sulfato de polimixina B 0.09
Sulfato de potássio 0.44
Sulfato de quinidina 0.10
Sulfato de sódio anidro 0.58
Sulfato de sódio decahidratado 0.26
Sulfato de zinco dessecado 0.23
Sulfato de zinco heptahidratado 0.15
Sulfito monossódico ou Bissulfito de sódio 0.61
Tartarato ácido de epinefrina (adrenalina) 0.18
Tartarato de fenilefrina 0.19
Tartarato de sódio 0.33
Teofilina 0.10
Tiossulfato de sódio 0.31
Trietanolamina 0.21
Tetracaína cloridrato 0.18
Tetraciclina cloridrato 0.12
Timolol maleato 0.14
Tobramicina 0.07
Tropicamida 0.11
Uréia 0.59
Varfarina sódica 0.17
Vitelinato (proteinato) de prata fraco (argirol) 0.17
Nota: Atgumas substôncias são incompativeis com o NaCl, portanto, o mesmo não pode ser
utilizado como agente isotonizante. Em situações como esta pode-se utilizar a solução Isotô-
nia de de Dextrose a 5,51% ou de Manitol a 5,07%
434
Capítulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
Faixa de Surfactantes
HLB
Baixo 1 a3 Agentes anti-espumates
3 aó Agentes emulsificantes a/o
7a9 Agentes molhantes
8 a 18 Agentes emulsificantes o / a
13a 16 Detergentes
Alto 16a 18 Agentes solubilizantes
436
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
437
Capitulo 6 - Cálculos Matemáticos em Farmácia Magistral
Formulação A B AxB
(% da fase (HLB reque- HLB
oleosa) rido para a
substância parcial
lipidica)
Petrolato 25 g 56 (25 g / 45 g) x 8 = 4,5
Alcool cetílico 20 g 44 (20 g / 45 g) x 15 = 6,7
Emulsificante 2 g (+) soma dos
parciais
Conservante 0,2 g
Agua deionizada qsp 100 g HLB aproxi- 11,2
mado para o
emulsificante
Onde:
Então:
Resposta:
A mistura de surfactantes para emulsificar a formulação a-
cima deve ser constituída de 64% de tween 80 e 36% de span 80.
Para esta formulação utilizaremos 1,28 de tween 80 e 0,72g de span
80.
439
Biofarmacotécnica
440
Capítulo 7 - Biofarmacotécnica
posta relaciona-se
com a concentra-
ção em seu local
de ação. Essa con-
centração depende
da dose adminis-
trada, da quanti-
dade absorvida, da
distribuição no
local, da velocida-
de e da quantidade
de eliminação do Cápsula Comprimido Revestido
organismo.
A constituição físi-
ca e química da Dissolução
substância farma- do Revestimemo
Dissoluçao
cêutica particu- da Cápsula
larmente a solubi-
lidade lipídica, o
grau de ionização,
tamanho molecu-
lar, o excipiente
ou o veículo em-
pregado para ad-
ministração deste Administração oral, liberação da droga,
fármaco, determina em gran- sítio de absorção
Fonte: Color Atlas of Pharmacology
de parte a sua capacidade de
levar a cabo sua atividade
biológica. A área que abrange
os estudos destes assuntos é
chamada de biofarmacotécni-
ca.
441
Capitulo 7 - Biofarmacotécnica
100
Dl
Concentrações
<
o diferentes de
o
QC Estearato de
a
< magnésio no
Q excipiente e sua
O
o influência na
absorção de um
< fármaco
I Fonte:
Applied Biopharmaceutics
and Pharmacokinetics
4 6 8 10 12 14
Time (hours)
442
Capítulo 7 - Biofarmacotécnica
FÁRMACO [ 1
.: ■ IIMÇÀO DISSOIXI/AO NA ABSORÇAO
• «*^ SOLUÇÃO
*- ^- !!
• • •
l!
W
* w w
PART1CU1 \s
» ) l \ í IPlHNTfc t KARMÁCO
2.1. Desintegração:
Foi estabelecido há
alguns anos que o produto
farmacêutico sólido teria que
se desintegrar em pequenas
partículas (contendo o/s
i ?m
principio/s ativo/s e o
excipiente) para que o (s)
ativo (s) fosse(m) absorvidos.
A desintegração é mo-
nitorada pelo teste oficial
farmacopéico de desintegra-
ção. FOTO: APARELHO PARA TESTE DE DESINTEGRAÇÃO
443
Capítulo 7 - Biofarmacotécnica
2.2. Dissolução:
É o processo no qual o fármaco ou a droga ativa é dissolvida
em um solvente. Em sistemas biológicos, a dissolução da droga em
um meio aquoso é condicão imoortante oara a sua absorcão sistêmi-
ca.
Equação de Noyes-Whitney:
dç = DAK {Cs- C)
dt h
Onde:
dc/dt = velocidade de dissolução do fármaco
D = constante de difusão
A = área de superfície da partícula
K = coeficiente de partição óleo/água
Cs = concentração da droga na camada de saturação
C = concentração da droga no solvente
h = espessura da camada de saturação
444
Capitulo 7 - Biofarmacotécnica
445
Capítulo 7 - Biofarmacotécnica
2.3.3. Polimorfismo:
A habilidade de uma substância existir em várias formas cris-
talinas pode mudar a solubilidade do fármaco. Além disto, a estabi-
lidade de cada forma cristalina é importante devido a possibilidade
dos cristais polimórficos converterem-se de uma forma para outra.
2.3.6. pH de estabilidade:
A estabilidade das soluções é freqüentemente afetada pelo
pH do veiculo. Além disso, devido ao fato do pH do estômago e do
intestino serem diferentes, o conhecimento do perfil de estabilida-
de ajuda a evitar e a prevenir a degradação do produto durante o
armazenamento e após a administraçâo.
446
Capítulo 7 - Biofarmacotécnica
2.3.7. pKa:
E o pH no qual as formas ionizadas e não ionizadas de uma
substância estão em proporção igual.
447
Capitulo 7 - Biofarmacotécnica
Equação de Henderson-Hasselbalch
pKa = pH + log Cj
Cu
Capítulo 7 - Biofarmacotécnica
log Çy = pKa - pH
C,
=> Cu.-C, = antilog (pka - pH)
449
Capitulo 7 - Biofarmacotécnica
450
Capitulo 7 - Biofarmacotécnica
451
Capitulo 7 - Biofarmacotécnica
453
Incompatibilidades
454
Capítulo 8 - Incompatibilidades
1. Incompatibilidades Físico-químicas
1.1. Introdução
No meio farmacêutico, "incompatibilidade medicamentosa" é
considerado um assunto complexo que assusta e amedronta, por isso
muitas vezes é ignorado e pouco estudado no âmbito geral pelos
profissionais. Sobretudo, na farmácia magistral onde se trabalha
com inúmeras substâncias e se manipula com maior freqüência as-
sociações das mesmas em uma formulação.
Para Voigt, incompatibilidades compreendem os efeitos recí-
procos entre dois ou mais componentes de uma preparação farma-
cêutica, com propriedades antagônicas entre si que frustram ou
colocam em dúvida a finalidade para qual foi concebido o medica-
mento.
As incompatibilidades podem prejudicar a atividade ou impe-
dir a dosificação exata do medicamento, influindo no aspecto da
formulação tornando-a inaceitável, até mesmo do ponto de vista
estético.
Quando se pensa em incompatibilidades em farmácia deve-se
pensar no sentido amplo da formulação. As incompatibilidades po-
dem desenvolver-se entre as substâncias ativas, entre as substâncias
coadjuvantes (excipientes) da formulação, entre as substâncias ati-
vas e as coadjuvantes ou entre uma ou outra e o material da emba-
lagem ou impurezas.
Segundo a sua origem e manifestação as incompatibilidades
medicamentosas podem ser classificadas em:
• I n c o m p a t i b i l i d a d e s físicas (incompatibilidades farmacêuticas)
• Incompatibilidades químicas;
• Incompatibilidades terapêuticas (farmacoiógicas)
Devido à extensão do assunto vamos nos ater aqui a incom-
patibilidades quimicas e físicas de importância e possível interesse
aos farmacêuticos magistrais.
455
Capítulo 8 - Incompatibilidades
A. Exemplos:
Silicones são imiscíveis em água
Gomas são insolúveis em álcool
Resinas são insolúveis em água
1.2.2. Precipitação:
Ocorre geralmente, quando uma substância precipita de uma
solução quando outro solvente no qual ela é insolúvel é adicionado a
esta solução.
A. Exemplos:
Resinas são freqüentemente precipitadas em soluções alcoó-
licas quando se adiciona água.
Substância mucilaginosas e albuminosas em soluções aquosas
456
Capítulo 8 - Incompatibilidades
se precipitam quando se adiciona álcool
Soluções coloidais freqüentemente se precipitam com a adi-
ção de eletrólitos.
Substâncias de soluções saturadas podem precipitar com a
adição de outra substância.
A. Exemplo:
Sulfato de sódio (10 H20) 90,0g
Bicarbonato de sódio 30,Og
Cloreto de potássio 15,0g
mente.
Exemplo: ácido acetilsalicílico, betanaftol, cânfora, hidrato de clo-
ral, mentol, fenol, fenilsalicilato e timol.
D. Exemplos:
Formação de sais alcaloídicos muito pouco solúveis: os alca-
lóides são normalmente utilizados na forma de cloridratos ou nitra-
tos. A adição de íons de halogênio (ex. íons de iodo ou bromo) leva
à precipitação, pois há formação de compostos correspondentes
dificilmente solúveis (Ex.: iodohidratos e bromidratos alcaloídicos).
Salicilatos, acetatos, benzoatos, tanatos (taninos) e citratos
também levam a formação de sais alcaloídicos dificilmente solúveis.
Formação de sais, muito pouco solúveis de bases sintéticas
nitrogenadas, especialmente misturas de amônio quaternário: Ex.:
cloreto de benzalcônio e cloreto de cetilpiridíneo com nitratos, sali-
cilatos e iodetos formando precipitados. Os sais de benzalcônio são
incompatíveis com a fluoresceína sódica utilizada no preparo de
colírios para diagnóstico, com os sais de benzilpenicilina e com o
lauril sulfato de sódio.
Formação de compostos muito pouco solúveis, com tensioati-
vos aniônicos do tipo lauril sulfato de sódio: o lauril sulfato de sódio
t a l como outros tensioativos aniônicos, é incompatível e forma pre-
cipitados insolúveis com substâncias catiônicas, como o cloridrato
de efedrina, o fosfato de codeína, o cloridrato de procaína, o clori-
drato de tetracaína e com íons cálcio, bário e íons de metais pesa-
dos.
459
Capitulo 8 - Incompatibilidades
ções. 0 oxigênio existe não só sob a forma de oxigênio molecular
0 2 , mas também como um diradical 0 - 0 . Esta espécie de radical
possui 2 elétrons desemparelhados, os quais podem iniciar reações
em cadeia, resultando a quebra das moléculas da droga, particu-
larmente se a reação ocorre na presença de catalisadores, como a
luz, o calor e alguns íons de metais e peróxidos.
A oxidação é o processo onde um átomo aumenta o número
de ligaçoes dele com o oxigênio, diminui o número de ligações com
hidrogênio e perde elétrons.
A Autoxidação é uma reação espontânea que acontece sob
condições ambientais de exposição ao oxigênio atmosférico. Com-
postos fenólicos tais como aminas simpaticomiméticas são rapida-
mente oxidadas em pH neutro ou alcalino. Esta reação ocorre muito
mais lentamente em pH menor que 4,0. Para o controle deste pro-
cesso de degradação são normalmente empregados agentes antio-
xidantes e sequestrantes.
460
Capítulo 8 - Incompatibilidades
1.3.4. Redução
Uma espécie química (átomo ou molécula) é reduzida quan-
do ganha elétrons. As reações de redução têm importância relati-
vamente menor, como fenômenos originadores de incompatibilida-
des.
1.3.5. Hidrólise
A hidrólise é um processo de solvólise no qual a molécula
(droga) interage com moléculas de água decompondo a molécula.
0 '
^OC—CH3
II
HjO
0
ÁCiDO ACETILSALICÍLICO
oT
OH
+ CH3COOH
v
^OH ÁCIDO ACÉTICO
ÁCIDO SALIClLlf;o
462
Capítulo 8 - Incompatibilidades
A. Exemplo: 0 ácido acetilsalicílico combina-se com uma molécula
de água e se hidrolisa em uma molécula de ácido salicílico e uma
molécula de ácido acético.
0 processo de hidrólise é provavelmente a causa mais impor-
tante de decomposição de fármacos, devido ao grande número de
substâncias de uso medicinal que são ésteres ou que contenham
outros grupamentos, tais como amidas substituídas, lactonas e a-
néis lactâmicos, os quais são susceptíveis ao processo hidrolítico.
463
Capítulo 8 - Incompatibilidades
D. Estratégias para manipulação de drogas sujeitas à hidrólise
Controle da exposição de drogas sólidas à umidade, com o
uso de recipientes hermeticamente fechados e de dessecantes.
Controle do pH de formulações aquosas. Checar o pH de to-
das soluções de fármacos que serão combinadas, bem como, do
produto final adequando-os ao pH ideal se preciso for.
Checar referências apropriadas para possíveis efeitos negati-
vos de ácidos e bases em geral sobre os fármacos. Se estes fatores
puderem acelerar o processo de hidrólise, evite a adição de com-
postos, como tampões.
Considerar a concentração da droga como um fator impor-
tante. Ex.: Ampicilina sódica.
Temperatura de armazenamento: a velocidade de hidrólise é
maior em temperaturas elevadas e pode ser retardada através do
armazenamento de produtos sensíveis sob refrigeração.
1.3.6. Complexação
Moléculas de um composto ativo podem interagir reversivel-
mente com excipientes para formar complexos, os quais apresentam
propriedades fisico-químicas diferentes do composto de origem.
A tetraciclina é um exemplo clássico de droga que é inativa-
da por complexação. Esta reação ocorre com íons multivalentes,
tais como de cálcio, magnésio, ferro e alumínio. A tetraciclina não
deve ser misturada com outras substâncias que contenham alguns
destes íons multivalentes.
Interação excipiente-excipiente.
Parabenos podem ser inativados em complexos com deriva-
dos de polietilenoglicol.
Povidona pode formar complexos com outros excipientes (ex.
corantes aniônicos ou catiônicos) ou com determinados fármacos,
como por exemplo cloridrato de clorpromazina e cloranfenicol.
Amido forma complexos com drogas ácidas e alguns outros
coadjuvantes, como ácido benzóico e ácido salicílico.
Reação de Maillard
R - NH2 + 0 = C -c - R -»
DCfUVADO M AMINAS CRIMÁKIAS I
OH ALDOSK
R - N = C —C—R' + H 2 0->
I
OH GLliCOSILAMINA
R — N - C - C — R* KBTOSAMINA
II
0
465
Capitulo 8 - Incompatibilidades
467
Capitulo 8 - Incompatibilidades
P. A vaselina é um excipiente inerte com poucas incompatibilida-
des, exceção se faz com o bálsamo do peru que forma duas camadas
quando adicionado à vaselina (incompatibilidade física).
468
Capitulo 8 - Incompatibilidades
NR - não realizado
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Capítulo 8 - Incompatibilidades
Continuação