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Aula 8-1

Indução Magnética
Física Geral e Experimental III
Prof. Cláudio Graça
Capítulo 8
Demonstração da Lei de Faraday

Link-1: Demonstração da Lei de Faraday-Lenz

Link-2: Demonstração da Lei de Faraday-Lenz

PhET Development Team

http://phet.colorado.edu/simulations/
Indução Magnética
Joseph Henry e Michel Faraday, descobriram praticamente ao mesmo
tempo a indução magnética, mas a indução é e Faraday, pois ele foi o
primeiro a publicar seus resultados.

Faraday (1791-1867) é famoso pelos seus experimento...


Leia a Enciclopédia Britânica...

Farad = F
 Tm2 
Henry = H  
 A 

Experimento: Lei de Faraday


Experimentos de Faraday

Experiências de Faraday, com dois solenóides paralelos, um ligado a uma bateria


(1) e outro a um galvanômetro (2):
(a) quando a chave em (1) é fechada aparece uma corrente induzida em (2), cujo
sentido se opõe ao crescimento do campo na primeira.
(b) quando a chave é aberta em (1) surge uma corrente induzida na bobina em (2),
tentando manter a corrente da primeira.
Lei de Faraday
“n” maneiras de produzir a indução
Lei de Faraday
O fluxo do campo magnético:

 B   B  dA

Lei de Faraday: O fluxo magnético através de um condutor em


forma de espira, varia no tempo, produz uma fem na espira:

d B
 
dt
 é denominada fem induzida.
Lei de Lenz
Variando o campo magnético
 fem na espira condutora
 corrente na espira condutora
 campo magnético produzido pela corrente
 que se opõe à variação do campo magnético
Correntes Induzidas
 B   B  dA Para um campo constante pode ser
simplificado para:
 B  BA

A fem induzida é obtida pela lei de


Faraday:
d B  dB dA 
     A B
dt  dt dt 

Lei de Lenz: A direção da fem é tal que gera um campo


magnético que se opõe à variação do fluxo do campo magnético

o Variação do campo magnético


o Variação da área
Campos Elétricos Induzidos

Fluxo do campo magnético através de uma espira condutora


e direção da fem induzida, na espira, dependendo do valor e
da variação do campo magnético.
Estudo quantitativa da Indução
A energia deve ser conservada sempre!
Portanto quando se estabelece uma corrente elétrica em um espira condutora, pela variação
do fluxo de campo magnético, a força que se utiliza para isso deve produzir uma quantidade
de trabalho idêntico ao valor dissipado pela corrente:
d B d dx B constante mas a espira é móvel
    ( BLx)   BL   BLv
dt dt dt
V2 1 2 2 2
P  Ri 
2
 B Lv
R R
Trabalho realizado pela força:

 BLv  1 2 2
F  iL  B    LB  B L v
 R  R
dW dx
W   F  ds  Fx , P  F  Fv
dt dt
1 2 2 2
P B Lv  A energia é conservada!!!
R
Campos Elétricos Induzidos
• A análise da fem induzida nos mostra que ela é diferente da produzida por uma
bateria, pois, em vez de localizada como esta, é distribuída ao longo da espira.
• A lei de Faraday realmente diz que:   d B
 E .dS  
dt
• O percurso de integração do campo elétrico é feito em torno da área usada para
calcular a variação do fluxo no lado direito da equação.
• Pode-se portanto escrever esta equação de forma equivalente para o fluxo, FB.

  d  
 E.dS  
dt 
B.dA
Onde a integração do campo elétrico é feita na espira que contém a área de
integração do fluxo.
Campo Elétrico Induzido
• Quando um campo magnético varia no tempo, se estabelece um
campo elétrico induzido, que envolve o campo magnético.

• A lei de Faraday relaciona os dois campos da seguinte maneira:

  d  
 E.dS  
dt  B.dA

O campo elétrico induzido é diferente do campo elétrico


estático, pois as suas linhas de campo formam espiras
fechadas. Um campo elétrico induzido não pode ocorrer
na forma estacionária.
Auto-Indução
No momento que uma corrente elétrica é criada em um solenóide
V (t )
I (t ) 
R

Se a corrente aumenta no tempo: dI/dt > 0 o campo magnético


no solenoide aumenta: dB/dt > 0 e pela lei de Faraday: uma fem é
induzida, opondo-se a dB/dt e dI/dt, opondo-se dessa maneira à direção de I.

d B
 
dt
Se dI/dt<0, ocorre o inverso a corrente induzida cria um campo
tentando manter o campo existente.
Este efeito é chamado de Auto-Indução
Auto-Indução
O conceito de indutância discutido acima se aplica também a
um único circuito isolado. Uma variação na corrente deste
circuito, induzirá nele próprio uma força eletromotriz. A este
conceito denominamos de auto-indução, isto é o circuito
induzirá nele próprio uma corrente para se opor a variação fluxo
magnético criado pela corrente real no circuito.
A equação que descreve esta fem induzida é dada por;

d
i  
dt
O fluxo magnético é definido a partir da sua relação com a corrente elétrica:   LI
Na qual a constante L é denominada, auto-indutância ou simplesmente indutância,

d B dI
A fem induzida será então, dada por i    L
dt dt

A lei de Ôhm poderá ser escrita conderando a duas fem: dI


L  RI  V (t )   i   f
dt
Auto-Indutância
O campo magnético gerado no solenóide, pode variar se a
corrente variar, fazendo surgir um campo induzido, que reforça
ou enfraquece o campo existente, conforme o sinal da derivada da
corrente (dB/dt e dI/dt).
O fluxo magnético pode ser calculado a partir de um parâmetro
denominado auto-indutância L.

 B  Li
d B dI L dV
Pela lei de Faraday:    L  
dt dt R dt
Lei de Faraday, para N espiras em série

 Circuito contendo N espiras de mesma área


 B magnético através de uma espira.
 Espiras em série; as fem se somam!

d B
  N
dt
Indutores & Indutância
• O campo magnético em cada ponto do espaço, pode ser definido pela circulação do
campo elétrico em uma espira, ou pela corrente que circula na mesma, portanto o
fluxo magnético pode de forma simplificada ser considerado proporcional a essa
corrente:
 B  LI
• Da mesma forma que nos capacitores, o campo elétrico é proporcional à carga,
pode-se definir, a indutância, como um parâmetro, que estabelece a proporcionalidade
do fluxo com a corrente. A indutância de N espiras pode ser definida como:

NB  Tm2 
L  H=  Henry
i  A 
• Para um solenóide a indutância por unidade de comprimento será:
L N B (nl )(o ni) A
   o n 2 A
l li li
• Ao introduzir uma substância ferromagnética dentro do indutor, a indut6ancia
aumenta devido à concentração das linhas de campo, e portanto o aumento do
fluxo magnético.
Cálculo da Indutância: Solenoide
N
L    o nIA
I

L N B (nl )( o nI ) A
   o n 2 A Indutância por unidade de
l li lI comprimento

N B (nl )( o nI ) A Indutância


L    o n 2 lA
I I
Cálculo da Indutância: Cabo coaxial
N
L Dois condutores concêntricos
I separados por dielétrico

O campo magnético tem linhas circulares, nas


quais o campo vale:
o I
B
2r
Portanto o fluxo que atravessa a seção AA´D´D DRÁ
  r2  o I
   B.dA   ld r
r1
2r
 o Il dr  o Il  r2 
r2


2 r r  ln  
2  r1 
 o l  r2 
1

Portanto a indutância será: L ln  


2  r1 
Indução Mútua
Suponhamos que os dois circuitos
inicialmente possuam corrente. Neste caso,
cada um deles pode provocar indução
eletromagnética no outro. A isso
chamamos indução mútua. Por exemplo,
se as duas bobinas da figura forem
percorridas por correntes variáveis, haverá
indução mútua entre elas.

L indutância, ou auto indutância


M indutância mútua dI 21 dI 1
 1  M  2  M
dt dt
Indução Mútua
• Duas espiras ou mesmo dois solenóides próximos, percorridos por correntes
I1 e I2 respectivamente induzem mutuamente campos magnéticos.

1  L1 I1  M 12 I 2
 2  L2 I 2  M 21I1

O valor das fem induzidas será:

d dI1 dI 2
1   1   L1  M 12
dt dt dt
d dI 2 dI1
 2    2   L2  M 21
dt dt dt
Indutância Mútua de dois Solenóides Concêntricos

Considere dois solenoides concêntricos de raios


r1 e r2 percorridos por correntes I1 e I2 e comprimento l

N1 N2
1  N1 ( B1  B2 ) r1  N1 ( o I1   o I 2 ) r1
2 2

l l
N N
 2  N 2 ( B1 r1  B2 r2 )  N1 ( o 1 I1 r1  o 2 I 2 r2 )
2 2 2 2

l l
Indutância Mútua:Solenóides Concêntricos

N1 N
 1  N1 (  o I1   o 1 I 2 ) r1
2

l l
N1 N1
 2  N 2 ( o I1 r1   o I 2 r2 )
2 2

l l

d 1  N dI N dI 2
1      N1 (  o 1 1   o 2 2 ) r1 
dt  l dt l dt 
d 2  N1 2 dI 1 N2 2 dI 2 
2     N 2 ( o  r1  o  r2 )
dt  l dt l dt 
N12 2 N1 N 2 2
L1  o  r1 ; M 12  o  r1
l l
N 22 2 NN
L2  o  r2 ; M 21  o 1 2  r12
l l
Transformador

Um transformador é um dispositivo que


transfere energia elétrica de um circuito
para outro através de condutores
indutivamente acoplados – As bobinas do
mesmo. O propósito dos transformadores é
modificar as diferenças de potencial (tensões)
de circuitos elétricos ou alterar os seus
valores de impedância. Operam apenas em
corrente alternada (CA) e tendo por base os
princípios da Lei de Faraday e da Lei de
Lenz.

Explicação
Quando uma corrente elétrica variável passa através do primeiro enrolamento (a bobina primária) de um
transformador produz um fluxo magnético variável sobre o núcleo deste, o que cria por sua vez um
campo magnético variável ao longo do segundo enrolamento (a bobina secundária). O referido campo
magnético induz uma força eletromotriz variável (ou tensão) na bobina, fenómeno que é designado como
indução mútua.

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