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Matemática: Introdução

A Matemática como linguagem


Olá alunos! Com esta aula tem início o que espero que seja um curso diferente e eficaz
no ensino desta tão maltratada disciplina chamada Matemática.

A palavra “matemática” deriva do grego máthema (decodificar) mais o sufixo ika


(coisas relativas a. Daí “política”, coisas relativas à Polis). Logo, a matemática nada
mais é do que uma linguagem criada com o fim de decodificar. Mas decodificar o que?
A phýsis (natureza), observada pelos gregos principalmente nas figuras geométricas de
flores, conchas, etc.

Mas como uma coisa feita para explicar pode ser tão confusa? A verdade é que não é! O
problema é que das centenas de matemáticos que participaram de seu desenvolvimento,
apenas um era português e nenhum brasileiro. Isso significa que todos os trabalhos em
matemática chegaram aqui por meio de traduções ( na maioria das vezes muito ruins!) e
termos como “Logaritmo”, “Matriz” e “Seno” perderam seu significado e acabaram
formando uma gama de “decorebas”, é isso o que pretendo corrigir em nossas aulas.

Comecemos com uma simples, mas intrigante aberração a que acabamos nos
acostumando: a “raiz quadrada”. Muito provavelmente você não imaginou uma árvore
cuja raiz é um quadrado, mas deveria, pois esse é o único significado de “raiz quadrada”
em língua portuguesa. Trata-se do seguinte erro:

Em Latim: Radix quadratum 4 aequalis 2

Ao qual uma mente lusitana (rs) aportuguesou por “raiz quadrada de 4 igual a 2”. Porém
o real significado de radix não é raiz, mas sim “segmento”, nesse caso o lado do
quadrado. Assim o correto seria: O lado do quadrado(de área) 4 é igual a 2.

Apesar de parecer pouco significativo, essa simples correção explica uma porção de
questões que os professores ou não explicam ou apresentam explicações pouco
satisfatórias, são elas:

1. Por que a “raiz quadrada” de nove não pode ser -3, uma vez que (-3)x(-3)=9?
Simples, por ser uma entidade geométrica (lado de um quadrado) não faz sentido
pensar em um número negativo como resposta.
2. Por que √2x√2=2? Ora, a multiplicação dos lados é igual à área!
3. Por que não podemos deixar uma raiz no denominador de uma fração? Ex: √2/2
e não 1/√2. Pense como um grego: é perfeitamente possível montar um quadrado
de área dois e partir um de seus lados na metade. Mas é impossível dividir um
segmento unitário em √2 partes.

Esse é um caso simples e provavelmente você já está tão “bitolado” em usar os


resultados acima que aprender isso a essa altura não fará grande diferença. Mas pense
de quanto esforço e frustração não teríamos todos sido livrados se isso fosse ensinado
desde o primeiro contato com esse assunto!? E se há tanto escondido por trás de uma
simples “raiz quadrada”, imagine o que não há de mal explicado em trigonometria,
logaritmos, números complexos...

Lanço a todos um convite a se aventurarem comigo nesse mundo fantástico da


matemática, pois quando aprenderem a gostar será uma viagem sem volta (rs).Sintam-se
abraçados e até a próxima!

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