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Microondas

Microondas

 Microondas são correntes eletromagnéticas de alta


frequência. Seu emprego terapêutico trabalha com
frequências na faixa de:

 2456 MHz - com comprimento de onda de 12,5 cm

 915 MHz - com comprimento de onda de 37,2 cm

 433,9 MHz - com comprimento de onda de 69 cm (não

está disponível para uso fisioterepêutico)


Microondas

 A emissão de ondas eletromagnéticas em frequência de

microondas se consegue mediante elétrons acelerados num

campo uniforme.
Equipamento

 Corpo central - fonte de energia eletrônica, válvula

Magnetron com refrigeração e comandos de controle;

 Cabo coaxial para transmitir a energia do aparelho ao

refletor (que tem uma blindagem especial para evitar


perdas e dar proteção ao terapeuta e ao paciente);

 Braço articulado que sustenta o radiador;

 Radiadores (direcionadores, refletores) com antena


incorporada.
Equipamento
Magnétron

 A produção das microondas se deve a uma válvula metálica

chamada de magnétron, que é constituída do anodo,

filamento catodo e antena (que é um pedaço de fio de

tamanho e forma adequados, montada de frente a um

refletor metálico, de modo que um feixe de microondas seja

emitido)
Magnétron
Microondas

 A água é a principal responsável pela transformação em

calor da energia das microondas. Os mecanismos de


interação das microondas com a matéria são a condução
iônica e a rotação dipolar. Tal rotação dipolar e originada
quando as dipolos elétricos, formados pelas moléculas de
oxigênio (negativas) e de hidrogênio (positivas), estão
submetidas a um campo elétrico exterior criando um
movimento de giro em cada molécula e obrigando-a a rotar.
Microondas

 Mediante a diatermia por microonda dirigimos um feixe de


energia a área de aplicação sendo esta absorvida pelos
tecidos com um alto conteúdo em água.
 A diferença de outros métodos de termoterapia, como a
diatermia por Ondas Curtas é que a energia
eletromagnética das microondas pode ser dirigida
diretamente sobre o tecido que se deseja tratar,
minimizando deste modo os riscos de sobreaquecimento
dos tecidos limítrofes.
Rotação iônica
Condução iônica
Espessura da gordura subcutânea

(A) Movimentação dos íons

(B) Rotação das moléculas Polares

(C) Deformação da molécula de gordura


Absorção
Dosimetria

 A maioria dos aparelhos possui um indicador de


intensidade que nos permite uma verificação da dosagem
recebida pelo paciente:
 Doses pequenas de até 60 Watt

 Doses médias de até 120 Watt

 Doses grandes de até 180 ou 200 Watt

OBS: A maioria dos aparelhos se encontram limitados a 250


Watt. Os equipamentos domésticos funcionam a 900watt
Dosemetria / Escala de Schliephake

 Depende da sensação subjetiva de calor referida pelo

paciente e ainda da fase em que se encontra a enfermidade,

é baseada na escala de Schiliephake:

 Calor muito débil - fase aguda

 Calor débil - fase subaguda

 Calor médio - fase subaguda

 Calor forte - fase crônica


Modos de Emissão

 Alguns aparelhos disponibilizam 3 modos de

emissão:

 Pulsado- atérmico: Fase aguda

 Pulsado-térmico: fase subaguda

 Contínuo-térmico: fase crônica


Frequência de pulsos baixa
Frequência de pulsos média
Frequência de pulsos alta
Tempo de Aplicação

 Calor muito débil e calor débil - 10 min

 Calor médio e calor forte - de 15 a 20 min


Técnicas de aplicação

 O paciente não faz parte do circuito (como no ondas

curtas), deve estar o mais relaxado possível;

 A área de tratamento deve estar despida e seca;

 Deve-se retirar objetos metálicos do campo de aplicação;

 Deve-se orientar o paciente para que não se aproxime do

eletrodo após iniciado o tratamento, pois o equipamento


pode produzir queimaduras e que deve transmitir qualquer
reação de calor excessivo.
Técnicas de aplicação

 Após o tratamento deve-se fazer uma inspeção na área

tratada, não deve aparecer reação eritematosa intensa,

apenas rubor de pequena intensidade;

 A incidência das microondas deve ser perpendicular à pele,

pois se o emissor estiver inclinado maior será a reflexão e

menor será a absorção tecidual.


Formas de aplicação

 Sem contato direto: o eletrodo fica a uma distância de 10 a

20 cm da pele.

 Com contato direto: alguns autores mencionam contato

direto com a pele e outros dizem que este contato dista de 1

cm da pele.

 Eletrodo focal: utilizado em forma de foco para aplicação

em pequenas áreas.
Microondas

TIPOS DE REFLETORES
OU IRRADIADORES
Irradiador de campo redondo ou circular

 É recomendável seu emprego quando se deseja um grande

efeito de penetração em partes corporais delimitadas. Este

tipo de refletor parece ser o mais empregado, sendo

considerado universal. Geralmente este é o irradiador que

acompanha o equipamento de microondas.


Irradiador de campo redondo ou circular
Irradiador de campo longitudinal ou longo

 Este refletor e utilizado para irradiar grandes áreas como

membros e musculatura paravertebral. Seu tamanho e

variável entre os fabricantes, geralmente entre 20-50cm de

comprimento.
Irradiador de campo longitudinal ou longo
Irradiador de campo articulado

 Seu formato permite a utilização nos contornos corporais,

especialmente nas articulações dos joelhos, quadril e região

lombar. Alguns equipamentos importados chegam a

oferecer até 8 tipos de emissores como os de contato direto

utilizados em áreas muito delimitadas (dedos, ATM,

sinusite)
Irradiador de campo articulado
Irradiador de campo articulado
Diferença de aquecimento dos Irradiadores
Técnica especial / Capa de areia

 Terapia com Microonda empregada com a interposição de


uma capa de areia seca natural entre o refletor e a pele do
paciente.
 Referido no manual de terapia de microondas com
Radarmed® da empresa Enraf Nonius.
 Área recoberta com areia torna o campo homogeneamente
concentrado, atuando com maior intensidade e mais
profundamente. Reduz a perda de irradiação difusa.
Técnica especial / Capa de areia

 O paciente refere aquecimento agradável e concentrado na

área envolvida com o saco de areia.

 Importante salientar que a areia não se aquece durante a

exposição de microondas, servindo entretanto como meio

potencializador do campo eletromagnético.


Técnica especial / Capa de areia

 A técnica é bastante simples, basta colocar um pequeno

saco de areia sobre o local a ser tratado e posteriormente

acople o refletor de MO sobre a areia, perpendicular a área

tratada.

 É importante observar que o saco com areia devera ser

maior do que 0 refletor e de tecido não sintético, podendo

ser de algodão.
Técnica especial / Capa de areia
Indicações

 Analgesia

 Relaxamento muscular

 Aumento do fluxo sanguíneo e do metabolismo local (ação


trófica/antiinflamatória), reabsorção de hematoma
 Aumento das propriedades viscoelásticas de músculos, tendões,
ligamentos
 Com a aplicação de MO, se pode conseguir um aquecimento
bastante intenso das partes do corpo que apresentam escasso
tecido cutâneo (mãos, dedos, punho, pé, tendão de Aquiles,
músculos superficiais e sacroilíacas de indivíduos magros)
Precauções e Contra-indicações

 Não irradiar sobre tumores malignos;

 Não submeter ao tratamento pacientes portadores de


marcapassos e mulheres gestantes, independentemente do local
tratado;
 Não irradiar nas áreas próximas ao coração, sobre lesões
hemorrágicas, área isquêmica, alteração da sensibilidade, olhos e
testículos;
 Alguns estudos também referem alterações de crescimento nas
placas epifisárias, sendo assim contra-indicado em crianças;
Precauções e Contra-indicações

 Não aplicar sobre roupas sintéticas;

 Todo o tratamento em que se empregam ondas eletromagnéticas


de alta freqüência, deve ser em local apropriado (aterramento da
corrente elétrica) e mobiliário de madeira (cadeira e maca).
Evitar o emprego de outros equipamentos eletrônicos, como
ultra-som, eletroestimuladores, telefone celular no mesmo local;
 A área do corpo submetida ao campo de MO deverá estar sempre
seca, caso contrário, haverá concentração de calor na umidade
podendo ocasionar queimaduras. Se durante a aplicação de MO a
pele começar a suar, deve-se enxugá-la com uma toalha.

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