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A Importância da Manutenção Preventiva

em Motores Diesel

Luiz Augusto de Noronha Mendes


Gerente de Produto – FPT Industrial LATAM
Seminário Extensão da vida útil dos Motores Diesel
21 de setembro de 2015
CNH Industrial

2
CNH Industrial

Máquinas Máquinas para Veículos Powertrain Serviços


comerciais
Agrícolas Construção financeiros

A FPT Industrial
é a principal
fornecedora de
motores, eixos e
transmissões do
grupo CNH
Industrial.

Estrutura desde 29 de setembro de 2013

3
CNH Industrial
Nossos produtos

Caminhões Ônibus Equipamentos de combate Escavadeiras de esteiras


a incêndio

Pás carregadeiras com Motores, eixos


Tratores Ceifeiras-debulhadoras
direção diferencial e transmissões

4
FPT Industrial

5
Plantas
10 Plantas em todo o mundo

1-2 TURIN 5 BOURBON LANCY


Motores leves, médios e Motores
Heavypesados
Engines para aplicações
for on road
pesados para aplicações on and
roadoffe off
road applications
road
on road e off road
6 FECAMP
Transmissão e eixos dianteiro-
Conjuntos geradores, painéis de
traseiro para veículos leves,
distribuição elétrica e resistores
médios e pesados
7 GARCHIZY
3 PREGNANA MILANESE 6
7 Motores
Heavy eEngines
transmissões
for on road
Motores customizados para aplicação 5 3
remanufaturados
and off road applications
6marítima e geração de energia 1-2
4
4 FOGGIA
Motores leves para
aplicações on road

CORDOBA SETE LAGOAS CHONGQING


Motores pesados e médios para Motores leves e médios para Motores leves, médios e pesados
aplicações on road e off road aplicações on road e off road para aplicações on road e off road

6
Centros de P&D
6 Centros de Engenharia e desenvolvimento em todo o mundo

1 BURR-RIDGE 5 ARBON
Aplicação de motores para clientes Centro de excelência para tecnologias
não cativos CNH e EUA avançadas e desenvolvimento de
motores de base
2 BETIM
Personalização e aplicação
6 CHONGQING (JV)
de motores para o Personalização e aplicação
mercado latino-americano de motores SFH para o
1
mercado chinês
3 FECAMP 5 6
Personalização e 3 7* 7* SHANGHAI-JIADING
6
homologação de unidades 4 Design e Teste para
de geração de energia aplicações no mercado
chinês e suporte para
4 TURIN 2 centros europeus de P&D
Desenvolvimento e
personalização de motores
e transmissores para
aplicações on road, off road,
marítimas e de geração de
energia
(*) R&D Support from Fiat SpA

7
Portfólio motores

Power (hp)
R22 - 3 cil F1 - 4 cil F5 - 4 cil S8000 – 4 cil NEF - 4/6 cil Cursor - 6 cil Vector - 8 cil

20L
900 C16
15.9L
800
C13
700 12.9L
C11
600 11.1L
C10
C9 10,3L
500 8.7L
NEF 6 C8
400 6.7L 7,9L

300 F1C
3.0L F5 NEF 4
F1A
200 3.4L 4.5L
2.3L
R22 S8000
100 2.2L 3.9L
Displacement (liters)

On Road Diesel
         
GNV/LNG    NOVO
Off Road
           
Geração de Energia
        
Marítima
      
Portfólio transmissões e eixos

LCV MDV HDV HDV-


Transmissões Off

2850.6

2840.6

2835.6

Torque
(Nm) 100 200 300 400 500

Eixos

Dianteiro
Non driving   
Driving 11  
SR
Single    
Traseiro
Tandem  
HR
Single   
Tandem 
GAW
(ton) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28

9
Resultado da FPT Industrial ao longo dos últimos 3 anos

(k UNITS)
700
VOLUME DE PRODUÇÃO
PRODUCTION VOLUMES
600

500
584 Com 584.000
545
motores, a FPT
400 477 Industrial é a
terceira entre os
300
seus principais
200
concorrentes no
mundo.
100

0
2012 2013 2014

10
FPT Industrial
História

1903

A FPT produziu o seu primeiro motor


para caminhão.

2005 FPT (logo)


A FPT foi fundada concentrando a
produção em uma única empresa de é uma marca
motores para carros de passeio e jovem, com mais
veículos para atividades industriais. de 100 anos de
experiência e
amplo know- how.
2011
A FPT começa a produzir apenas
motores para veículos comerciais, off
road, on road, geração de energia e
marítimo.

11
FPT Industrial
Know-how e experiência

1938

Primeiro turbocharging
para veículos comerciais pesados

1999
Alguns dos
grandes avanços
Primeiro motor Common Rail para da história dos
veículos comerciais leves motores a Diesel
vêm do nosso
P&D.
2012
Exclusiva tecnologia de pós-
tratamento HI-eSCR
para motores Diesel

12
FPT Industrial: Prêmios importantes
Prêmios internacionais

2013 2014 2014 2015


CAMINHÃO MOTOR AE50 TRATOR
DO ANO DO ANO AWARD DO ANO

 Iveco Hi-Way  O novo Cursor 16 recebeu o  HI-eSCR tecnologia premiada com  Case IH Magnum 380 CVX
premiado com CAMINHÃO DO Prêmio DIESEL DO ANO 2014 AE50 PRIZE premiado TRATOR DO ANO 2015
ANO DE 2013 pela revista Diesel

Cursor + HI-eSCR HI-eSCR no Cursor 9 + HI-eSCR


NEF & Cursor

FPT possui uma vantagem competitiva diante dos seus clientes


com escolhas tecnológicas inovadoras.

13
ON ROAD - CAMINHÕES

OFF ROAD
Clientes por aplicação

MARÍTIMO

GERAÇÃO DE ENERGIA
14
FPT Industrial - Powering the future

A marca com 10 anos, possui 100 anos


de inovação em todo o mundo

A liderança
tecnológica de
Tecnologia de ponta para desenvolver 100 anos de
soluções de motorização para o futuro experiência leva
a satisfação dos
clientes.

Uma gama completa de produtos


sustentáveis​​, trazendo vantagem
competitiva a todos os clientes

15
A Importância da Manutenção Preventiva em Motores Diesel

16
A Importância da Manutenção Preventiva em Motores Diesel

17
Parte 1 – Metodologia da Diagnose de Motores

18
Metodologia da Diagnose de Motores
Motivação – Cenário Ideal

 Diagnose eficaz
 Menor tempo gasto
 Menor custo possível

19
Metodologia da Diagnose de Motores
Motivação – Diagnose Eficaz

Curiosidade
Conhecimento
Metodologia

!
20
Metodologia da Diagnose de Motores
MASP

MASP: Método de Análise e Solução de Problemas


“Método prescritivo, racional, estruturado e sistemático para o desenvolvimento de um
processo de melhoria em um ambiente organizacional, visando solução de problemas
e obtenção de resultados otimizados.”

 Baseia-se no ciclo PDCA


 Planejar
 Executar
 Controlar
 Agir / Corrigir

21
Metodologia da Diagnose de Motores
MASP – Fluxograma – 8 Passos

Início 1- Identificação 2- Observação 3- Análise e


do Problema do Processo Diagnósticos

6- Solução 5- Aplicação da 4- Planejamento


Eficaz? Solução da Solução

7- Padronização e 8- Lessons Fim


Implementação Learned

22
Metodologia da Diagnose de Motores
Análise de 1° Nível

Objetivo: Coletar o máximo de informações possíveis a respeito da falha antes da perda


de variáveis chave para a resolução do problema e correta atuação da solução.

• Operador;
 Entrevistas • Motorista;
• Dealer; • Diesel;
• Líq. Arrefecimento;
 Coleta de amostras
• Óleo Lubrificante;
• Alimentação; • Filtros;
 Avaliação in loco • Admissão;
• Arrefecimento;
• Flight Recorder;
 Aquisição de Dados
• Instrumentação;

23
Metodologia da Diagnose de Motores
Diagrama de Ishikawa

Objetivo: Identificar (Através de um brainstorming) todas as possíveis causas que possam


contribuir para o efeito não desejado (falha) e avaliar o nível de contribuição das mesmas.

 O diagrama deve ser montado em


grupo;

 Deve-se avaliar cada uma das


vozes contidas no diagrama e
classificá-las posteriormente
como potenciais ou não para a
falha;

“20% dos problemas representam 80% do custo” - Pareto


24
Parte 2 – SUBSISTEMAS DO MOTOR DIESEL

25
Subsistemas do Motor Diesel
Índice

1. Sistema de Alimentação de Combustível;

2. Sistema de Aspiração;

3. Sistema de Arrefecimento;

4. Sistema de Lubrificação;

26
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Alimentação de Combustível

Bomba Mecânica

27
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Alimentação de Combustível
Common Rail

28
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Alimentação de Combustível

Diagrama Causa  Efeitos

Pré Filtro (Separador)


Saturado ou Incorreto

29
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Alimentação de Combustível

Diagrama Causa  Efeitos

Filtro Principal Saturado


ou Incorreto

30
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Alimentação de Combustível

Recomendações:

 Utilizar filtros indicados pelo Manual do Proprietário;

 Seguir o período de troca dos filtros conforme Manual do Proprietário ou se o painel da máquina
sinalizar necessidade de substituição;

 Não deixar a máquina parada por mais de 6 meses (oxidação do biodiesel no tanque);

 Realizar análises periódicas da qualidade do Diesel;

31
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Alimentação de Combustível

Qualidade do Combustível
Aspectos Limites
Densidade 0,820 a 0,865
Viscosidade 2,0 a 5,0 cSt
Fulgor Mín 38°C
Teor de Biodiesel (Depende do tipo de Combustível)
Enxofre total, máx (Depende do tipo de Combustível)
N° de Cetano Mín 42
Água Máx 0,05 %

Aspecto Visual do Óleo Diesel

32
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Alimentação de Combustível

Tela de entrada da
Tela de entrada da Bomba (saturada)
Bomba (nova)

Filtro Original Filtro Utilizado


6 microns (95%) 42 microns

33
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Alimentação de Combustível

Qualidade do Combustível
LUIZ EDUARDO MAGALHÃES-BA

AF-5130
Max. 340 ppm AF-6130
AF-7130

2 1
PIRASSUNUNGA-SP
QUERÊNCIA-MT
Max. 450 ppm SCH
Max. 380 ppm AF-9230

4 3
5
ASTORGA/JUSSARA-PR
OURINHOS-SP
Max. 400 ppm T7-245 PUMA 185
Max. 360 ppm PUMA 230
CCH

34
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Aspiração

Admissão de Ar
COLETOR DE ADMISSÃO

INTERCOOLER
MOTOR DIESEL

COLETOR DE ESCAPE

Gases de Escape

Filtro de Ar
35
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Aspiração

Funções Principais do Filtro de Ar:


 Secagem do Ar aspirado;

 Impedir a passagem de partículas sólidas em suspensão para o motor (poeira, fuligem);

 Evitar desgaste excessivo nos cilindros do motor;

Recomendações:
 Utilizar somente filtros indicados pelo Manual do Proprietário;

 Seguir o período de troca dos filtros conforme Manual do Proprietário ou se o painel da


máquina sinalizar necessidade de substituição;

36
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Aspiração

Diagrama Causa  Efeitos

Filtro de ar Saturado ou
Incorreto

37
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Aspiração

38
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Arrefecimento

Aquecimento de
Cabine

Válvula
Termostática

Reservatório de
Expansão

Radiador

Tampa do Bomba D’água


Ventoinha
Radiador Presilhas e
Mangueiras
39
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Arrefecimento

Principais Falhas e Possíveis Causas:

Sobreaquecimento do
Motor

40
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Arrefecimento

Principais Falhas e Possíveis Causas:

Vazamentos e Perdas de
líquido de arrefecimento

41
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Arrefecimento

Líquido de Arrefecimento (Propriedades – Ref. Paraflu 11):


Composição Limites
Etilenoglicol 90 a 95%
Benzoato de Sódio 2 a 4%
Tetraborato de dissódio pentahidratado 1 a 3%
Nitrito de Sódio Máx 0,35%
Propriedades Fisico químicas Valor de Referência
Aspecto Azul esverdeado
Densidade a 15°C 1,135 g/cm³
pH 7,7
Ponto de Congelamento (dil. 50%) -38 °C
Ponto de Ebulição (dil. 50%) 108 °C
Ponto de Fulgor (dil. 50%) 490 °C
42
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Arrefecimento

Funções Principais do Líquido de Arrefecimento (com água - 50% vol.):

 Remoção do Calor do motor;

 Proteger as galerias de arrefecimento contra:

o Cavitação e formação de correntes elétricas parasitas;

o Corrosão;

o Congelamento à baixas temperaturas;

o Formação de depósitos de calcário;

o Ebulição do sistema em condições de alta temperatura (Até 125°C);

o Dilatação excessiva dos elementos de borracha e plástico do circuito;

43
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de Arrefecimento

44
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de lubrificação

45
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de lubrificação

Funções Principais do Sistema de Lubrificação:


 Fornecimento de óleo para o motor para:

o Lubrificar o motor, reduzindo desgastes;

o Redução de atrito entre partes móveis (redução no consumo de combustível);

o Proteger o motor contra ferrugem e corrosão;

o Refrigeração do motor;

o Retirada de contaminantes do sistema de combustão;

o Estabilidade das características Físico-Químicas;

o Evitar formação de espuma;

o Contribuir para vedação nas áreas da combustão do motor;

46
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de lubrificação

Propriedades do Óleo Lubrificante:

Aspectos 15W40 (novo) 5W30 (novo) Limites (FPT)


Viscosidade (100ºC) 12,5 a 16,3 cSt 9,3 a 12,5 cSt -25% a +50%
Fulgor (Vac) Mín 200 °C Mín 200 °C Mín 190 °C
T.B.N (HCLO4) Mín 9 mg KOH/g Mín 14 mg KOH/g Mín 4 mg KOH/g
Fuligem (%) ND ND 4% máx.
Água (%) 0% 0% 0,1%
Ferro (Fe) 0 ppm 0 ppm 300 ppm
Cromo (Cr) 0 ppm 0 ppm 30 ppm
Chumbo (Pb) 0 ppm 0 ppm 150 ppm
Cobre (Cu) 0 ppm 0 ppm N/A
Alumínio (Al) 0 ppm 0 ppm 40 ppm
Sílica (Si) 0 ppm 0 ppm 50 ppm

47
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de lubrificação

Diagrama Causa  Efeitos

Filtro de óleo Saturado


ou Incorreto

48
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de lubrificação

Diagrama Causa  Efeitos

Óleo Lubrificante
Incorreto ou sem
substituição

49
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de lubrificação

Recomendações:

 Utilizar somente óleo e filtro de óleo indicados pelo Manual do Proprietário;

 Seguir o período de troca do óleo e dos filtros conforme Manual do Proprietário;

 Retirar amostras de óleo para análise com frequência;

50
Subsistemas do Motor Diesel
Sistema de lubrificação

51
PARTE 3 – Modos de Falha (Ref. Mahle)

52
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Pistão

Falha: Travamento do Pino

Aspecto: Pino travado no pistão, impossibilitando sua desmontagem


Causas Prováveis:

 Montagem do pino com folga insuficiente ou sem lubrificação;


 Falta de lubrificação;
 Bucha do pistão com tolerâncias geométricas fora do especificado

Consequência: Aumento do atrito na região entre a bucha e o pino, podendo


fundir ambas as peças ao longo do tempo, deixando o motor travado;

Correções:

 Controlar processo de montagem;


 Monitorar qualidade das buchas;
 Monitorar sistema de lubrificação;

53
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Pistão

Falha: Engripamento por refrigeração deficiente do motor


Aspecto: Desgaste acentuado no pistão na região do pino

Causas Prováveis

 Obstrução das galerias de refriamento;


 Galerias de resfriamento contaminadas;
 Falha no sistema de refrigeração do motor / veículo
• Válvula termostática;
• Radiador;
• Bomba d’água;
 Falha no sistema de desaeração do motor;

Consequência: Aumento do atrito na região devido à diminuição da folga


provocada pela dilatação térmica do pistão;

Correções: Revisar periodicamente o sistema de arrefecimento do motor e do


veículo;

54
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Pistão

Falha: Danos por combustão incorreta


Aspecto: Região do topo do pistão derretida

Causas Prováveis:

 Danos nos bicos injetores;


 Injeção de combustível com vazão acima do previsto;
 Ângulo de injeção incorreto;

Consequência: Aumento da temperatura em uma única região no pistão, muitas


vezes acima do ponto de fusão do material, ocasionando o derretimento ou
degradação do pistão;

Correções:

 Revisar periodicamente o sistema de injeção do veículo;


 Atentar quanto às orientações para o uso correto do combustível;

55
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Pistão

Falha: Erosão do topo do pistão


Aspecto: Topo do pistão com marcas de erosão

Causas Prováveis:

 Excesso de combustível injetado;


 Injeção prematura;
 Pulverização incorreta;
 Falha na estanqueidade dos injetores;

Consequência: Aumento da temperatura e sobrecarga mecânica

Correções:

 Regular a bomba;
 Corrigir o ponto de injeção;

56
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Anéis de Segmento

Falha: Contaminação por abrasivo

Aspecto: aneis com marcas de riscos verticais e afiados, e topo do cilindro com
brunimento gasto
Causas Prováveis:

 Deficiência no sistema de filtragem do ar;


 Resíduos de usinagem dos cilindros;
 Manutenção incorreta do veículo;

Consequência: A compressão do ar ocorrerá com presença de materiais


abrasivos que desgastarão os cilindros e as faces de contato dos anéis de
segmento, aumentando o consumo de óleo, a pressão do cárter e o blow by;

Correções:

 Verificar sistema de aspiração do veículo e sua manutenção;


 Verificar procedimento de limpeza das peças do motor;

57
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Camisas / cilindros

Falha: Cavitação das camisas

Aspecto: Marcas de escamação e perdas de material na parede externa das


camisas úmidas

Causas Prováveis:

 Excesso de temperatura do motor;


 Desaeração do motor inadequada;
 Despressurização do sistema de arrefecimento;
 Não utilização de aditivo especificado;

Consequência: ocorrência de pontos de calor na parede externa das


camisas, devido à alta temperatura, que evoluem para uma condição de
cavitação, havendo perda de material das camisas;

Correções:

 Fazer a correta manutenção do motor

58
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Bronzinas

Falha: Corrosão

Aspecto: Marcas escurecidas na bronzina e alguns pontos na superfície da


mesma

Causas Prováveis:

 Lubrificação ineficiente ou inadequada;


 Presença de água ou agentes corrosivos no óleo;

Consequência: Alteração da liga presente na bronzina, podendo alterar


seus aspectos funcionais de trabalho;

Correções:

 Fazer a correta manutenção do motor;


 Verificar sistema de lubrificação;

59
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Bronzinas

Falha: Fragilidade a Quente

Aspecto: Grandes partes da camada superficial são arrancadas, ficando expostas


as camadas inferiores da bronzina.

Causas Prováveis:

 Lubrificação ineficiente ou inadequada;


 Folga radial insuficiente;
 Calor excessivo;

Consequência: Aumento na região de trabalho, tornando frágil a camada


superficial, resultando no seu arrancamento;

Correções:

 Conferir as classes de montagem;


 Atentar quanto à lubrificação e à manutenção correta;
 Garantir correto dimensionamento entre componentes;

60
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Bronzinas

Falha: Presença de corpo estranho


Aspecto: Riscos na superfície e impregnação de partículas estranhas;

Causas Prováveis:

 Óleo contaminado com partículas abrasivas;


 Manutenção incorreta do motor;

Consequência: Ó óleo contaminado reduz o atrito nas bronzinas e acarreta


em desgastes localizados na mesma sob forma de riscos e impregnações de
corpos estranhos;

Correções:

 Atentar quanto ao correto procedimento de manutenção do motor;


 Garantir a limpeza dos componentes do motor durante a montagem do
mesmo;

61
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Válvulas

Falha: Desgaste da sede de válvulas

Aspecto: Altura de válvula fora do especificado e marcas de desgaste no


colo da válvula;
Causas Prováveis:

 Alinhamento incorreto entre sede e haste de válvula;


 Molas de válvula deficientes;
 Resíduos da Combustão;

Consequência: Assentamento inadequado da válvula na sede, ocasionando


o desgaste ao longo do tempo;

Correções:

 Verificar carga das molas;


 Orientar quanto à qualidade do combustível utilizado;
 Garantir correto alinhamento da válvula na sede durante a montagem;

62
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Válvulas

Falha: Válvulas com desgaste localizado

Aspecto: Válvula apresenta desgaste e desintegração concentrada em uma


região do assentamento de válvula;
Causas Prováveis:

 Assentamento irregular (válvula empenada);


 Concentração de resíduos de carbono;
 Combustível de baixa qualidade;
 Obstrução nos dutos de arrefecimento;

Consequência: Excesso de temperatura localizado, ocasionando o


derretimento da válvula;

Correções:

 Verificar plano de manutenção dos motores;


 Orientar quanto à utilização de combustíveis de qualidade;

63
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Turbinas

Falha: Entrada de corpo estranho no compressor

Aspecto: Rotor do compressor (parte fria) com marcas de desgaste na


região frontal das aletas;

Causas Prováveis:

 Falhas no duto de aspiração do veículo;


 Filtro de ar não utilizado ou colapsado;

Consequência: Entrada de partículas sólidas não filtradas, ocasionando os


danos na região do rotor;

Correções:

 Revisar sistema de aspiração do veículo;


 Orientar quanto ao correto plano de manutenção do veículo;

64
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Turbinas

Falha: Insuficiência de Lubrificação

Aspecto: Contato das paletas com a carcaça, folga excessiva no eixo, ruído,
cor azulada na região do eixo e dos mancais, vazamento de óleo, fumaça e
perda de potência do motor;
Causas Prováveis:

 Obstrução na galeria de óleo;


 Utilização do óleo por período além do recomendado;
 Problemas no sistema de lubrificação do motor;
 Desligamento brusco do motor (Hot Shut Down);

Consequência: Rompimento do filme de óleo no eixo, iniciando o atrito e


ocasionando desgaste excessivo e consequente desbalanceamento do
conjunto;

Correções:

 Orientar quanto ao correto plano de manutenção do veículo;


 Orientar quanto ao correto funcionamento do veículo;

65
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Turbinas

Falha: Contaminação do óleo lubrificante

Aspecto: Marcas de desgaste excessivo nos rotores e mancais não


relacionados à alta temperatura;

Causas Prováveis:

 Presença de partículas estranhas no óleo;


 Utilização do óleo por período além do recomendado;
 Filtro de óleo ineficiente ou saturado;

Consequência: Desgastes causados pela presença de partículas sólidas no


circuito;
Correções:

 Orientar quanto ao correto plano de manutenção do veículo;

66
PARTE 4 – Estudo de Caso

67
Estudo de Caso
Utilização Incorreta de Líquido de Arrefecimento

Reclamação

• Máquina apresentou travamento do eixo comando de válvulas com 200h de


uso;
• Análise dos componentes indicou sinais de sobreaquecimento do motor. Não
havia montagem incorreta de componentes ou folgas fora do especificado;
• Não havia registro de excesso de temperatura na central do motor e nem
apresentou baixa pressão de óleo;

68
Estudo de Caso
Utilização Incorreta de Líquido de Arrefecimento

Análise do Sistema de Arrefecimento

• Foram encontrados resíduos sólidos que formavam uma camada de 1 mm


de espessura ao longo de toda a galeria do sistema de arrefecimento do
motor (inclusive cobrindo o sensor de temperatura);

69
Estudo de Caso
Utilização Incorreta de Líquido de Arrefecimento

Conclusão

• Análise confirmou que a falta do uso correto do líquido de arrefecimento resultou no aumento do pH do fluido,
gerando a corrosão nos dutos de alumínio do motor associada também à presença de correntes elétricas
parasitas.

70
OBRIGADO

71

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