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Trabalho de
Conclusão do Curso
de Farmácia
Trabalho de Conclusão do Curso
Saúde pública
1
Discentes do Curso de Farmácia da Universidade Salgado de Oliveira– Campus – Goiânia.
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Docentes do Curso de Farmácia da Universidade Salgado de Oliveira – Campus – Goiânia.
Resumo - O sarampo é considerado uma doença infecciosa, transmissível, com alto poder de contágio com
casos identificados em diversos países. No Brasil a circulação do vírus havia diminuído a ponto de ser
considerado eliminado. Apesar da redução dos casos em todo o mundo, o Brasil voltou a apresentar novos casos
desde 2018. A doença possui vacinação disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde, o que facilita sua
cobertura vacinal. O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de descrever o sarampo, sua fisiopatologia,
epidemiologia e os cuidados necessários para seu controle. Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa
realizada por meio de pesquisas nas bases de dados do Scientific Electronic Library Online, Biblioteca Virtual
em Saúde e páginas oficiais como Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Organização
Mundial de Saúde, publicados em português entre os períodos de 2003 a 2019. Fica evidente que o sarampo
atinge principalmente crianças abaixo de 5 anos sendo responsável por um alto índice de morbimortalidade nessa
faixa etária e também populações mais carentes e pessoas desnutridas. A vacinação é a principal profilaxia da
doença. Sendo que é necessário que o poder público e os profissionais da saúde se unam para manter o controle
da doença.
I – INTRODUÇÃO
O sarampo é uma doença viral aguda, altamente transmissível, caracterizada por febre,
exantema e sintomas respiratórios. Pode ser acompanhada de complicações graves, que
podem deixar sequelas ou serem fatais. O vírus do sarampo é um RNA vírus com um sorotipo
pertencente ao gênero Morbillivirus, da família Paramyxoviridae, tendo como único
hospedeiro natural o homem (BRASIL, 2007).
O sarampo é uma das doenças humanas mais contagiosas para o homem. Em 1980,
antes que o uso da vacina contra o sarampo fosse disseminado, havia uma estimativa de 2,6
milhões de mortes por sarampo em todo o mundo. Apesar da disponibilidade de uma vacina
segura e eficaz, a doença continua a ser uma importante causa de mortalidade infantil em todo
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o mundo. Apresentou uma nítida tendência de redução da sua incidência no período de 1991 a
2000, e em 2001 alcançou-se quase totalmente a eliminação da circulação do vírus,
registrando apenas uma situação de epidemia iniciada no final de 1996 no Estado de Santa
Catarina e que se estendeu para outros 18 estados em 1997 (BRASIL, 2004; OMS, 2009).
O vírus do sarampo é transmitido por meio de gotículas de secreções do nariz, boca ou
garganta de pessoas infectadas. Os sintomas iniciais, que geralmente aparecem 10 a 12 dias
após a infecção, incluem febre alta, acompanhada por um dos seguintes sintomas: nariz
escorrendo, olhos vermelhos, tosse e pequenas manchas brancas no interior da boca. Vários
dias depois, algumas erupções avermelhadas se desenvolvem, começando na face e pescoço
superior e gradualmente se espalhando para o resto do corpo (BUSS, 2017).
O comportamento cíclico da doença, com a ocorrência de epidemias periódicas, em
média a cada cinco anos, ocorre pela velocidade com que se acumulam susceptibilidades,
como a falta de adoção de estratégias adequadas de vacinação, que devem atingir mais de
95% das crianças de até 1 ano de idade, associadas a processos de investigação imediata de
todos os casos suspeitos de sarampo (BRASIL, 2004).
As três principais causas que contribuem para a alta taxa de letalidade da doença são
pneumonia, diarreia e crupe, que se caracteriza como uma obstrução aguda da laringe devida
a infecção. O sarampo também pode levar a incapacidades ao longo da vida, incluindo
cegueira, danos cerebrais e surdez. A maioria das mortes por sarampo ocorre em países em
desenvolvimento, devido as complicações, e metade da cegueira que se inicia na infância é
atribuída à deficiência de vitamina A e a infecção pelo sarampo (OMS, 2009).
O sarampo é uma doença controlável, e sua profilaxia ocorre pela vacinação, que faz
parte do programa nacional de imunização (PNI), a qual garante uma proteção total frente aos
tipos genotípicos virais circulantes. A vacina contra o sarampo é constantemente agrupada
com vacinas contra a rubéola e caxumba (tríplice viral). A administração conjunta destes
componentes é do mesmo modo eficaz quanto o uso da forma única, com a vantagem de
reduzir o número de aplicações (FIOCRUZ, 2014; OPAS, 2019).
O risco de disseminação do sarampo no Brasil continua elevado devido à situação
epidemiológica e ao alto potencial de transmissão dessa doença. Os principais desafios são a
cobertura vacinal entre os imigrantes e a capacidade de diagnóstico laboratorial nas unidades
de saúde. Devido à transmissão contínua, estratégias de vacinação e outras ações estão sendo
implementadas para controlar o surto tanto a níveis locais quanto federais, sendo que a níveis
regionais, o risco potencial é considerado alto, dado ao baixo desempenho dos programas de
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(2019)
II - MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa realizada nas bases
de dados do Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS) e páginas oficiais: Ministério da Saúde (MS); Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA); Organização Mundial de Saúde (OMS); Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS).
Foram utilizados como descritores de acordo com Descritores em Ciência da Saúde -
DeCS: Sarampo, Epidemiologia, Prevenção e Tratamento. Foram selecionados 393 artigos,
sobre sarampo, 150 sobre epidemiologia, 85 artigos sobre prevenção, 74 artigos sobre
tratamento, totalizando 712 artigos e documentos oficiais.
Aplicaram-se os seguintes critérios de exclusão: artigos não disponíveis na integra, em
duplicata e em língua estrangeira, permanecendo 71 artigos.
Como critérios de inclusão foram utilizados artigos dos últimos 16 anos que
expressavam informações sobre o controle e prevenção do Sarampo e que também
abordassem informações sobre a história do Sarampo no Brasil. A extensão temporal foi
definida devido à escassez de literatura recente referente à doença.
Em seguida foi realizada a leitura dos resumos dos artigos encontrados e documentos,
selecionando 7 artigos e 10 documentos oficiais, sendo ao todo 17 referencias para
composição desse trabalho.
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Sarampo
Epidemiologia
2017, que demonstra um grande empenho das políticas públicas de saúde no país,
principalmente voltadas para a promoção e prevenção da doença (BRASIL, 2018).
Manifestações clínicas
reticulo endotelial. Devido a todos esses agravos, o sarampo é considerado uma patologia
maligna que pode resultar em sérias complicações clínicas e até levar a morte (ENGLEITNER
e MOREIRA, 2013).
Tratamento e Prevenção do Sarampo
IV – CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
______, 2004 Cap. 6 - Situação da prevenção e controle das doenças transmissíveis no Brasil.
In: Saúde no Brasil: uma análise da situação de saúde. 2004. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/partes/saude_brasil2004_capitulo6.pdf. Acesso
em: 12 de set de 2018.