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DEFINIÇÕES:
Referencia-se por:
Peso
Estatura
Perímetro cefálico
Perímetro torácico
Alteração das fontanelas
Dentição
Alterações na proporção corporal e tecidos corporais
1. – AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO :
1.2. ESTATURA :
A estatura é uma medida fiel do crescimento de uma criança.Sua curva espelha a vida
anterior e torna visível toda a história do crescimento.Com efeito, a desnutrição só se retrata
tardiamente sobre a altura do corpo da criança;uma lentidão no crescimento da estatura indica
o começo de uma desnutrição dois a três meses antes.Ao contrário do peso que pode variar
muito e rapidamente; a estatura é uma medida estável e regular.porém é mais difícil de medir
do que o peso.Até a idade de dois anos, a criança é medida deitada e são necessárias duas
pessoas para tomar essa medida. A criança deve ser medida uma vez ao mês ou a cada
consulta de puericultura.
MEDINDO A CRIANÇA
Parâmetros normais:
Nascimento: +_ 50 cm;
1º trimestre: 9 cm;
2ª trimestre: 7 cm;
3º trimestre: 5 cm;
4º trimestre: 3 cm
Aos 23 meses: +_ 74 cm.
Para crianças acima de dois anos, teremos a seguinte fórmula:
IDADE PC/ Cm
Nascimento 35,0
3 meses 40,4
6 meses 43,4
9 meses 45,5
1 ano 46,6
1 ano e 6 meses 47,9
2 anos 48,9
3 anos 49,2
4 anos 50,4
5 anos 50,8
1.4. PERÍMETRO TORÁCICO (PT):
1.5 – DENTIÇÃO:
A idade média normal para o nascimento dos primeiros dentes de leite é por volta de 6
meses de idade. Um atraso pode ser considerado normal em torno de mais de 6 ou 8 meses.
Pode acontecer de dentes de leite que erupcionan (nascem) antes do prazo normal, ou seja,
logo após o nascimento, são chamados de "dente natal", ou por volta de 2 a 3 meses de idade,
"dente neonatal ". Se isso ocorrer, procure imediatamente um odontopediatra, pois isso
atrapalha a amamentação. A mãe é muito prejudicada durante o aleitamento materno, com
ferimentos no "bico do seio", induzindo a mãe a intervir com mamadeira, o que não é
adequado para um bom crescimento e desenvolvimento da criança. Durante o nascimento dos
dentes do bebê, poderão ocorrer alguns sintomas, como coceira e abaulamento da gengiva,
com aumento da salivação, estado febril, e até as fezes podem ficar mais
líquidas.
Para ajudar o rompimento dos dentinhos e melhorar esse desconforto, devemos oferecer ao
bebê, alimentos mais duros e mordedores de borracha para massagear a gengiva.
A criança brinca de repetir sem cessar os mesmos gestos e ações que lhes
permitem as aquisições que as amadurecem progressivamente.
O RN não tem sua personalidade organizada e interage com o meio apenas em função
de suas necessidades fisiológicas como fome, sede, frio, etc.
O id (inconsciente) refere-se às reações instintivas que podem ser percebidas por atos
reflexos diante das sensações de prazer ou de desprazer.
As emoções da criança são expressas através do choro, grito ( desprazer) ou sono
tranqüilo e fácies de bem – estar ( prazer).
No recém – nascido o reflexo de sucção, a sensibilidade para movimentos, para o som
e o tato são bem desenvolvidas.A sucção é basicamente a principal forma dele
relacionar-se com o meio que o cerca.
A criança que não tem atendidas essas necessidades pode vir a desenvolver a chamada
Carência Afetiva. A criança com carência afetiva apresenta e agarra-se a quem cuida
dela.
# Inicialmente torna-se chorona, exigente e agarra-se a quem cuida dela;Mais tarde os
choros transformam-se em gritos, ela perde peso e seu desenvolvimento motor estaciona.
# A seguir, passa a maior parte do tempo deitada de bruços, tem insônia, continua a perda
de peso, tem facilidade para adoecer, a atraso do desenvolvimento motor se generaliza;
# se não for tratada, o choro transforma-se em gemidos, o retardo aumenta e se converte
em letargia.
A idade em que a criança é mais sensível a separação da mãe é entre os 6 meses e
dois anos de vida.
1. – Pré – Escolar ( 2 a 7 anos):
UNIDADE 2
ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS
PREVALENTES NA INFÂNCIA - AIDPI
Objetivos:
Alimentação da criança
Administração de líquidos
Cuidados gerais com acriança
Quando retornar imediatamente
Quando retornar para seguimento
Cuidados sobre sua própriasaúde
UNIDADE 3
Toda a criança que apresenta um destes sinais, por até 7 dias sem melhorar, deve ser levada
ao serviço de saúde
NARIZ ENTUPIDO
• Lavar com soro fisiológico cada narina, sempre que
necessário. Este soro pode ser preparado em casa,
misturando 1 colher pequena de sal com um litro de água
fervida e deve ser preparado todos os dias.
TOSSE
• Dar bastante líquido (chás caseiros ou água).
Evitar dar xaropes contra a tosse. A tosse ajuda a
eliminar o catarro. Quando a criança está com
dificuldade de eliminar o catarro, fazer
tapotagem: deitar a criança de bruços, no colo, e
bater com as mãos em concha nas suas costas.
FEBRE
• Dar banho morno e aplicar compressas úmidas só com
água na testa, nuca e virilha.
• Na febre alta, usar anti-térmico e procurar atendimento
médico.
Deitar a criança com a cabeça e os ombros mais altos do que o resto do corpo.
Fazer vaporização na criança, usando um vaporizador ou uma chaleira ou bule com
água fervendo, apenas nos casos de tosse rouca.
Onde o clima é seco, colocar uma vasilha com água e panos molhados perto da
criança.
Mantenha a alimentação normal da criança, em pequenas quantidades e intervalos
menores – oferecendo várias vezes durante o dia, sem forçar, evitando assim que a
criança engasgue ou vomite.
Lembrar que durante o período de doenças infecciosas a criança precisa de mais
calorias através dos alimentos
As vacinas que protegem contra a coqueluche e a difteria (DPT), contra as
formas graves de tuberculose (BCG) e contra o sarampo, ajudam a prevenir as
doenças respiratórias. Por isso, todas as crianças da família precisam estar
vacinadas
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
OBJETIVO: Diminuir a dor e orientar para evitar recidivas
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Aliviar sintomas
Aplicar compressas mornas
Manter ingesta hídrica adequada
Dieta branda e líquida
5.GRIPE: Infecção causada geralmente por vírus de diferentes tipos, que sofrem
alteraçõessignificativas no tempo.
TRATAMENTO: Sintomático
ETIOLOGIA: Adenovírus,Influenza
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Observar oxigenioterapia e terapia endovenosa
Verificar SSVV
Elevar decúbito
Observar permeabilidade das VA
Estimular espirometria de incentivo
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA:
Pneumonia viral: tosse, febre, taquipnéia, cianose, fadiga, prostração, presença de ruídos
respiratórios e estridores.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Os mesmos da pneumonia bacteriana.
Orientação aos pais quanto a prevenção desse tipo de pneumonia
9. ASMA :Obstrução das VA por edema e/ou muco, desencadeada por diversos estímulos.
ETIOLOGIA: Duvidosa, pode ter relação com fatores bioquímicos, imunológicos, alérgicos,
climático, psicológico, físicos.
UNIDADE 4
DIARRÉIA AGUDA
A diarréia aguda é uma doença caracterizada pela perda de água e outros componentes
químicos fundamentais para o bom funcionamento do organismo. Resulta do aumento do
volume e freqüência da evacuação e da diminuição da consistência das fezes, que podem se
apresentar líquidas e, algumas vezes, conter muco e sangue, como acontece nas disenterias.
A maioria das diarréias agudas é provocada por um agente infeccioso - vírus ou bactéria
, e geralmente dura menos de duas semanas. Mais de cinco evacuações diárias, líquidas ou
pastosas caracterizam esta doença, que na maior parte das vezes é causada pela contaminação
da água ou dos alimentos. Embora se possa ter diarréia em qualquer idade, as crianças são
suas maiores vítimas. Tanto é assim que a diarréia aguda é a maior causa da internação de
crianças de até cinco anos e a desidratação, sua pior conseqüência, é uma das principais
responsáveis pelas altas taxas de mortalidade infantil em nosso país.
3. Desmame precoce: pelo risco de a mamadeira ser mal lavada ou feita com água
contaminada;
4. Falta de saneamento básico: moradias sem rede de esgoto, com córregos ou rios
contaminados, próximas a esgotos correndo a céu aberto
1.0-Diagnóstico:
Nos serviços de saúde, os profissionais ficam atentos aos sintomas que se referem à
diarréia e à desidratação, preocupando-se igualmente com alguma outra doença que possa
estar associada.
Em geral, o quadro clínico de uma diarréia aguda, principalmente na infância, apresenta
maior ou menor importância dependendo da gravidade da perda de água e de outros
elementos químicos importantes, pelas fezes, vômito ou febre. Noutras palavras, uma diarréia
aguda é tão mais grave quanto maior a desidratação que vier a causar.
Por outro lado, nas diarréias crônicas predominam os sinais de desnutrição - cujo
sintoma mais evidente é o emagrecimento.A partir desses conhecimentos, pode-se concluir
que as diarréias podem vir a afetar o estado geral do paciente - principalmente se crianças - de
modo mais ou menos severo, dependendo da intensidade do quadro. Devemos, portanto, estar
atentos aos sinais e sintomas da desidratação:
1 – Depressão na fontanela ou moleira dos bebês
4 – Lábios ressequidos
6 – Pulso fraco
7 – Pouca urina
8 – Prostração ou torpor
I - A criança com diarréia, mas sem sinais de desidratação:Os familiares devem ser
orientados sobre a doença, o risco de complicações e a adotar seguinte conduta:
2.Dar mais líquidos à criança, preparados com ingredientes disponíveis em casa, como o soro
caseiro, chás, água de cozimento de cereais como o arroz e o milho, sopas e sucos;
1.Continuar a oferecer o leite materno, junto com o soro, aos bebês. Com relação às crianças
maiores, enquanto mantiverem os sinais de desidratação deverão receber apenas o soro, com
freqüência.
2.Se o paciente vomitar, o volume administrado de soro deve ser reduzido; e a freqüência da
administração, aumentada (menos quantidade de soro, oferecido mais vexes durante o dia).
3.Na medida em que a criança se reidrata a febre causada pela desidratação geralmente cede.
O uso de antitérmicos, nesta fase, deve ser evitado.
4.A família deve estar atenta aos sinais de piora e, caso ocorram, proceder a administração do
soro de reidratação oral e levar a criança imediatamente ao serviço de saúde.
As seguintes e simples medidas podem ser adotadas para evitar a ocorrência das diarréias
agudas:
2.Lavar as mãos com sabão após limpar uma criança que acaba de evacuar; após a própria
evacuação; antes de preparar a comida; antes de comer e antes de alimentar as crianças.
3.Na falta de água tratada, ferver a água e filtrar, tanto para o cozimento quanto para a
ingestão;
6.Guardar, limpas, secas e em sacos plásticos, as verduras, legumes e frutas na parte de baixo
da geladeira ou em local fresco, utilizando-as logo que possível;
8. Manter o aleitamento materno exclusivo recomendado para bebês até 6 meses de vida;
9.Seguir o esquema básico de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde, uma vez que
as doenças infecciosas agridem o organismo, diminuindo a resistência da criança e, assim,
tornando-a mais vulnerável à diarréia. A imunização contra o sarampo, por exemplo, reduz a
mortalidade por diarréia e deverá ser feita a partir dos 9 meses;
10.A disponibilidade de água encanada nas moradias é o fator mais eficaz para o controle das
diarréias infecciosas. Onde não houver saneamento básico, as pessoas devem acondicionar a
água - tanto para uso doméstico como para ingestão - em depósito limpo e tampado;
UNIDADE 5
DESNUTRIÇÃO
2. Definição:
3.Epidemiologia:
A DEP constitui um dos problemas que mais afetam a criança, seja de uma forma
aguda ou lenta e silenciosa, com efeitos negativos a longo prazo sobre o seu crescimento e
desenvolvimento neurológico.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que um terço das crianças do mundo
sofrem de desnutrição e que a metade de todas as mortes está relacionada à desnutrição.
MARASMO
• Magreza extrema e atrofia muscular.
• Perda intensa de tecido subcutâneo.
• Abdômen proeminente devido à magreza.
• Aspecto simiesco.
• Pele frouxa, sobretudo nas nádegas.
• Peso para idade sempre inferior ao percentil 3.
• Irritabilidade.
• Apetite preservado na maioria dos casos.
KWASHIORKOR
• Edema geralmente generalizado.
• Perda moderada de tecido subcutâneo.
• Hepatomegalia.
• Cabelo fraco, seco e descolorido.
• Alterações cutâneas são freqüentes.
• Peso para idade muito abaixo do percentil 3.
• Apatia.
• Anorexia.
KWASHIORKOR MARASMÁTICO
UNIDADE 6
DESIDRATAÇÃO
PERGUNTAR OBSERVAR
1. A criança consegue beber ou
mamar no peito?
Verifica se a criança está letárgica ou
2. A criança vomita tudo o que
comatosa.
ingere?
3. A criança apresentou convulsão?
A perda de peso aguda é o melhor indicador de desidratação. A classificação pode ser basear
no quadro clínico dividido em três grupos:
Os quatro sinais (*) são fundamentais, de acordo com a estratégia da Atenção Integrada às
doenças Prevalentes na Infância (AIDPI).
Fase de expansão:
Pesar a criança sem roupa
Iniciar a infusão de: Soro a 5% e soro fisiológico a 0,9%, 1:1 com volume de 100ml/kg e
velocidade de 50ml/kg/hora.
Obs. Caso a criança se mantenha desidratada deve-se prescrever outra fase igual, modificando
apenas o volume: 50ml/kg, na velocidade de 25ml/kg/hora.
A fase da expansão termina quando a criança clinicamente estiver hidratada, com duas
micções claras, densidade urinária menor que 1010, associada ao bom ganho de peso sem
roupa.
Fase de manutenção:
Visa repor perdas normais de água e eletrólitos que não proporcionais à atividade metabólica.
Inicia-se com Soro Glicosado 5% - 80% (80%) mais Soro Fisiológico 0,9% (20%)
Entre 10 a 20kg = 1.000ml+50ml/kg por cada quilo que passe, até (10 quilos).
Acima de 20kg = 1.500 = 20ml/kg que passe.
Fase da reposição:
Visa repor as perdas anormais no caso de diarréia, a reposição deve cobrir perdas fecais de
água e eletrólitos.
Repor: 50ml/kg em partes iguais de Soro Glicosado 5% e Soro Fisiológico a 0,9%. Pode ser
aumentado para 100, 150 ou até 200ml/kg. Quando a criança necessitar de grandes volumes
de líquidos.
1. ESCABIOSE (SARNA)
A escabiose ou sarna é uma doença parasitária, causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei.
É uma doença contagiosa transmitida pelo contato direto interpessoal ou através do uso de
roupas contaminadas. O parasita escava túneis sob a pele onde a fêmea deposita seus ovos que
eclodirão em cerca de 7 a 10 dias dando origem a novos parasitas.
Manifestações clínicas
A doença tem como característica principal o prurido intenso que, geralmente, piora
durante a noite. A lesão típica da sarna é um pequeno trajeto linear pouco elevado, da cor da
pele ou ligeiramente avermelhado e que corresponde aos túneis sob a pele. Esta lesão
dificilmente é encontrada, pois a escoriação causada pelo ato do prurido a torna
irreconhecível. O que se encontra, na maioria dos casos, são pequenos pontos escoriados ou
recobertos por crostas em conseqüência do prurido. É possível a infecção secundária destas
lesões com surgimento de pústulas e crostas amareladas.
O tratamento também pode ser realizado via oral, sob a forma de comprimidos
tomados em dose única. Pode ser necessária a repetição após 1 semana. Em casos resistentes
ao tratamento, pode-se associar os tratamentos oral e local.
As roupas de uso diário e as roupas de cama devem ser trocadas todos os dias,
colocadas para lavar e passar a ferro. Todas as pessoas da casa que tiverem qualquer tipo de
coceira devem se tratar ao mesmo tempo, para evitar a recontaminação. As unhas devem ser
escovadas com sabonetes apropriados para a retirada de parasitas ali depositados pelo ato de
coçar. Para evitar a doença não use roupas pessoais, roupas de cama ou toalhas emprestadas,
evite aglomerações ou contato íntimo com pessoas de hábitos higiênicos duvidosos.
Em pessoas com bons hábitos higiênicos, a sarna pode ser confundida com outras
doenças que causam coceira, devendo o diagnóstico correto ser realizado por um médico
dermatologista que indicará o tratamento ideal para cada caso.
Manifestações clínicas
Geralmente a doença é causada por poucos parasitas, o que torna difícil encontrá-los,
mas em alguns casos, principalmente em pessoas com maus hábitos higiênicos, a infestação
ocorre em grande quantidade. Achado comum que fecha o diagnóstico de pediculose são as
lêndeas, ovos de cor esbranquiçada depositados pelas fêmeas nos fios de cabelo.
Tratamento
3. IMPETIGO
É uma infecção de pele e que também tem os nomes de piodermite, pereba ou broto. É
causada pela penetração de micróbios na pele aberta por machucados, feridas, coceiras ou
picadas de inseto.
O tratamento as infecções de pele é feita com a limpeza das feridas, remoção as cascas
e secreções com água fervida morna, na qual pode ser dissolvido um desinfetante, como o
permanganato de potássio (dissolve-se um pacotinho ou um comprimido em um litro de água
–água fica arroxeada). Pode ser usado depois um creme ou pomada de antibiótico – creme .
Quando as infecções são mais profundas, tipo furúnculo, a aplicação de compressas quentes e
úmidas facilita a cura.
4. DERMATITE SEBORRÉICA
Afecção crônica e recorrente não contagiosa comum nos dois ou três meses de vida,
caracterizando-se pelo acúmulo de escamas seborréicas e crostas amareladas descamativas e
oleosas no couro cabeludo. Pode afetar pálpebras, canal auditivo externo, pregas nasolabiais e
região inguinal.
Etiologia
É uma infecção causada por fungo do gênero cândida, geralmente, Cândida albicans.
Se a pele do bebê ficar úmida por muito tempo, ela estará suscetível a assaduras causadas
por lêvedo, o tipo de assadura mais persistente. Grandes quantidades de antibiótico podem
causar diarréia, o que pode dar início às assaduras causadas por lêvedo. Este tipo de assadura
pode ser identificado pelas feridas intumescidas, rosadas ou com pus branco ao redor de uma
mancha vermelha na área coberta pela fralda. O bebê pode ter as manchas na boca também e
pode ser que seus seios fiquem sensíveis caso esteja amamentando. Se esta condição persistir,
consulte o pediatra assim que possível para começar um tratamento antigúngico.
Etiologia
Manifestações Clínicas
Tratamento
Condutas de enfermagem
Lavar as mãos ao manusear a criança.
Higienizar chupetas, bicos de mamadeiras, seio materno.
Realizar higiene oral (água boricada – 1 colher de sopa de bicarbonato/ 1 litro
de água)
Remover as placas por meio da higiene oral.
Alimentar adequadamente a criança.
Administrar medicamentos conforme prescrição médica
Causas
Quadro Clínico
Esta glomerulonefrite usualmente tem boa evolução, em geral não evolui para
insuficiência
7. CRISE CONVULSIVA
Crise convulsiva:
«Termo usado para designar um episódio isolado.»
Distúrbio convulsivo:
Há descargas elétricas:
- Manifestações Clínicas
Estão relacionadas com o tipo de convulsão, e irão ser abordadas ao longo do trabalho.
- Avaliação De Diagnóstico
1. Convulsões Neonatais
INCIDÊNCIA
ETIOLOGIA As
TRATAMENTO
Fase Clônica:
- Reviramento ocular;
- Perda imediata de consciência;
- Contração generalizada e simétrica de toda a musculatura corporal;
- Braços fletidos;
- Pernas, cabeça e pescoço estendidos;
- Poderá emitir um grito;
- Dura aproximadamente 10 a 20 segundos;
- A criança apneica pode tornar-se cianótica.
Fase Tônica:
À medida que a crise vai cedendo, os movimentos tornam-se menos intensos e com
intervalos maiores. Dá-se um relaxamento corporal e segue-se uma fase de sonolência.
4 AÇÕES DE ENFERMAGEM :
A enfermagem tem que ser capaz de atuar rapidamente, no entanto, tem que ser um
bom observador. Pois esta observação poderá ser inicio de um diagnóstico correto. Há ações
que devem serem feitas imediatamente, tais como:
8.SEPTICEMIA
Definição:
A septicemia é uma infecção grave, com progressão rápida e de alto risco que pode
aparecer secundária a infecções localizadas do trato respiratório, genitourinário e
gastrointestinal ou da pele. Pode preceder ou coincidir com infecções do osso (osteomielite),
do sistema nervoso central (meningite) ou outros tecidos. A septicemia pode conduzir
rapidamente a um choque séptico e à morte. O início da septicemia é marcado por febre forte
e calafrios, respiração e freqüência cardíaca aceleradas, aparência externa de estar seriamente
doente (tóxico) e uma sensação eminente de morte. Estes sintomas progridem rapidamente
para choque com diminuição da temperatura corporal (hipotermia), queda na pressão
sangüínea, confusão ou outras alterações no estado mental e anormalidades na coagulação
evidenciadas por lesões hemorrágicas na pele (petéquia e equimose).
Sintomas:
Sinais e exames:
hemocultura
cultura de urina
cultura de LCR
cultura de qualquer lesão cutânea suspeita
hemograma completo
contagem plaquetária
estudos de coagulação
o TP
o TTP
o níveis de fibrinogênio
gases sangüíneos
Tratamento:
Esta doença deve ser tratada em hospital, normalmente com admissão em uma unidade
de terapia intensiva.
A infecção é tratada com antibióticos de amplo espectro (aqueles que são eficientes
contra uma grande quantidade de microorganismos) antes de o microoorganismo a ser
identificado. Uma vez que as culturas tenham identificado o microoorganismo específico
responsável pela infecção, inicia-se o tratamento com os antibióticos específicos para o
tratamento daquele organismo.
O plasma ou outro tratamento pode ser necessário para a correção das anormalidades
de coagulação.
Expectativas (prognóstico):
O choque séptico tem uma taxa de mortalidade alta dependendo do tipo de organismo,
chegando a ultrapassar os 50%. O organismo envolvido e a hospitalização imediata
determinarão a recuperação.
Complicações:
choque irreversível
síndrome de Waterhouse-Friderichsen
síndrome da angústia respiratória adulta (SARA)
A septicemia não é comum mas é devastadora, e o diagnóstico logo no início pode prevenir a
progressão para choque.
uma criança com febre, calafrios com tremores e com uma aparência gravemente
doente deve ser imediatamente tratada como uma emergência
uma criança com evidência de sangramento na pele deve ser imediatamente tratada
como uma emergência
uma criança que esteja doente e tenha alterações no estado mental deve ser
imediatamente tratada como emergência
Solicite assistência médica se a criança não estiver em dia com a vacinação ou não tiver
sido imunizada contra a Haemophilus influenza B, normalmente chamada de vacina HIB. Se a
criança tiver um baço danificado devido a um processo de doença ou se o baço tiver sido
removido, marque uma consulta para imunização contra a doença pneumocócica.
Prevenção:
UNIDADE 7
1.0.HIGIENE:
Desde pequena, a criança sente conforto ao ter seu corpo limpo. De 2 a 6 anos a
criança desenvolve a capacidade de controlar os esfíncteres, o que deve ser ensinado com
carinho e sem castigo, além de ser estimulada a lavar as mãos antes e após as refeições e
escovar os dentes.
O banho é um procedimento exclusivo da enfermagem, devendo o enfermeiro
prescrevê-lo, indicando o tipo de banho e o melhor horário de acordo com o estado geral da
criança e , sempre que possível, respeitando os hábitos e costumes da mesma.
Na higienização da criança, o técnico de enfermagem deve seguir os seguintes
procedimentos:
1. Respeitar sua individualidade, procurando realizar a higiene da criança maior em
ambiente privado.
2. Cortar as unhas da criança sempre que necessário ( para evitar lesões de pele)
3. Lavar os cabelos da criança em dias alternados de acordo com as condições higiênicas
do couro cabeludo.
4. Fechar a porta ou as janelas durante o banho, evitando-se correntes de ar.
5. Sempre que possível deixar a mãe ou acompanhante participar dos cuidados de
higiene do seu filho.
TIPOS DE HIGIENE:
Higiene Perineal:
É um procedimento importante que permite observar o aspecto e a consistência das
eliminações da criança e as condições da pele da criança. A criança hospitalizada necessita, na
maioria das vezes, de controle de diurese, sendo assim, a fralda descartável tem maior utilidade,
pois além de oferecer menos riscos de assadura, é mais fidedigno, porque a urina fica
armazenada, ocorrendo menos vazamento.
- Para trocar a criança após evacuação, é necessário lavar a região glútea ( anal) com água e
sabonete com PH neutro.
Obs 1: nas meninas deve-se afastar os grandes lábios e limpar com movimentos longitudinais
únicos e sentido ântero-posterior.
Obs2: nos meninos, quando for possível, deve-se retrair a glande delicadamente.
Obs3: é importante que depois da limpeza a criança esteja com os glúteos, a virilha e os genitais
externos secos para colocação da fralda limpa.
- O uso de hidratante é aconselhado para manter a resistência da pele.
-Quando a criança pode deambular, supervisionar a higienização dos genitais e região anal
após micção e evacuação.
- A criança acamada com controle esficteriano deve ser orientada quanto ao uso de papagaio
e/ou comadre.
Higiene Nasal :
É a remoção de muco acumulado nas narinas com o objetivo de facilitar a respiração
da criança.
-Fazer higiene com cotonete embebido em SF 0,9% ou água destilada, observar e
registrar o aspecto de secreção retirada.
Higiene Auricular:
É a remoção de excesso de secreção (cerúmen) do conduto auditivo externo e a
remoção da sujeira do pavilhão auricular.
- Fazer higiene com cotonete embebido em SF 0,9% ou água destilada, observar e registrar o
aspecto da secreção retirada.
Higiene Ocular:
É a retirada de secreções localizadas na face interna do globo ocular.
-Fazer higiene ocular com SF 0,9 % ou água destilada, observar e registrar o aspecto da
secreção retirada.
-Proceder a limpeza do ângulo interno do olho ao externo, utilizando o lado do cotonete
somente uma vez.
Vestuário: Fazer uma seleção da roupa adequada à temperatura ambiente, evitando frio,
superaquecimento ou sudorese excessiva. A mesma não deve provocar irritações cutâneas.
2.0.SONO E REPOUSO:
Assistência de Enfermagem;
1. ALIMENTAÇÃO:
A alimentação consiste na ingestão de substâncias minerais e orgânicas destinadas à
formação e reparação dos tecidos do organismo. A alimentação é a condição essencial à saúde,
crescimento e desenvolvimento da criança.
A alimentação natural é de muita importância para a vida das crianças, pois além de
atender as necessidades nutritivas e energéticas, auxiliam no desenvolvimento sadio de uma
personalidade.
Alimentação natural:
O leite materno é o alimento mais perfeito e ideal para o RN, tanto do ponto de vista
nutritivo quanto afetivo e imunológico. Contém as quantidades suficientes de todos os
componentes essenciais para sua alimentação ( água, proteínas totais, caseína, aminoácidos,
lactoalbumina, gorduras, sais minerais e vitaminas).
O aleitamento materno previne o aparecimento de várias doenças na vida adulta.
Vantagens da Amamentação:
Colostro: Leite materno que contém células linfóides vivas e funcionais, com capacidade
imunológica e de produção de anticorpos e de colonialização adequada, evitando invasão de
bactérias, como a Escherischia coli.
Assistência de Enfermagem:
-Orientar a mãe a lavar as mãos antes de amamentar e lavar as mamas somente durante o
banho;
- Orientar a mãe a fazer uma dieta balanceada ( sobre a orientação do nutricionista) para evitar
que o bebê apresente cólicas;
- Amamentar em local calmo e agradável;
-A criança deve estar acordada, limpa e vestida de modo adequado, antes de iniciar a
amamentação;
- Deixar a criança mamar até sentir-se satisfeita;
- Orientar a mãe para fazer a criança eructar durante e após as mamadas;
Após a mamada deitar a criança em decúbito lateral direito e um pouco elevado ( facilitando o
esvaziamento do estômago e diminuindo o risco de regurgitação)
- Orientar a mãe a oferecer as duas mamas em cada mamada. Só passar para a seguinte
quando a primeira estiver vazia, e que sempre deve-se começar pela última mama que foi
oferecida na mamada anterior ( permite maior produção d leite e a criança recebe a quantidade
adequada de gorduras em todas as mamadas)
Alimentação Especial:
Indicações: Nos casos em que a via digestiva se encontra parcial ou totalmente interditada em
decorrência de doenças locais ou generalizadas ( diarréias prolongadas, f´stulas, peritonites,
desnutrição, neoplasias, coma e outras).
4.0.HIDRATAÇÃO
É o estado de se ter um conteúdo líquido adequado ao corpo. A água é o principal
componente do corpo humano, papel fundamental nos processos metabólicos por ser o
substrato de todas as soluções orgânicas.
Vias de eliminação da água: A eliminação da água no organismo humano se faz através dos
rins, pele, intestinos, secreção lacrimal e glândulas mamárias ( lactação)
Tipos de Hidratação:
a)Oral: ( boca, sonda nasogátrica (SNG), sonda orogástrica(SOG).É a via preferível nos casos
de desidratação leve.
Objetivos;
Reduzir a morbidade e a mortalidade pela diarréia;
Reduzir custos das hidratações em massa;
Reduzir as internações;
Corrigir as perdas de águas e eletrólitos.
b)Parenteral : Via utilizada nas doenças severas com vômitos graves, diarréia, desidratação
grave, perda de sangue e perda da consciência.
Assistência de Enfermagem no controle da hidratação da criança:
* Certificar-se dos líquidos prescritos para serem administrados pelas vias oral e parenteral;
*Orientar a mãe ou acompanhante para oferecer líquidos prescritos ( água ou chá) a criança
nos intervalos da alimentação;
*Administrar os líquidos via parenteral no tempo prescrito;
* Controlar rigorosamente o gotejamento do soro;
* Anotar toda a administração de líquidos pelas vias parenteral e oral;
*Anotar as eliminações de urina, fezes, vômitos, drenagens etc, descrevendo a quantidade e o
aspecto.
5.0.ELIMINAÇÕES:
As eliminações são feitas através da pele( suor), pulmões (ar) e principalmente através
dos aparelhos urinários ( urina) e intestinal ( fezes). O controle das eliminações é um cuidado
importante de enfermagem – indica o funcionamento dos sistemas excretores da criança e
auxiliam no seu diagnóstico.
- Eliminação Urinária:
O aparelho intestinal elimina as substâncias , que não são mais aproveitadas pelo
organismo através das fezes que são compostas, principalmente, por resíduos alimentares e
água ( 60 a 80%).
Assistência de Enfermagem:
*A equipe de enfermagem é responsável direta pela obtenção dos dados relacionados às
eliminações. A precisão e objetividade destas informações. Muitas vezes permitem identificar
a causa do choro e da inquietação da criança.
*A observação e o registro preciso do aspecto das eliminações urinárias e intestinais auxiliam
a enfermeira a avaliar o funcionamento do aparelho intestinal, assim como ao médico a
formular um diagnóstico.
*Caso não haja contra-indicações, o técnico de enfermagem deve estimular, fornecer e
administrar líquidos a criança.
* A cada eliminação deve ser feita à anotação sobre as características seja vômito, fezes ou
urina. Comunicando as anormalidades e observando as características.
- Medicação:
Observar e seguir rotinas de preparo, diluição e administração;
Verificar rigorosamente o nome e a dose correta – antes de administrar a medicação;
Evitar ultrapassar junto à criança enquanto ele ingere medicamentos orais;
Controlar rigorosamente o gotejamento do soro ( volumes excessivos em curtos
períodos podem provocar sérios distúrbios circulatórios, hepáticos e renais)
- Procedimentos terapêuticos:
Oxigênio com alta concentração ao recém-nascido na incubadora por longo tempo
pode ocorrer retrofibroplasialental( cegueira)
Aspiração naso ou orotraqueal deve ser feita rapidamente e com intervalos ( se
demoram provocam obstrução das VVSS)
Proteger os olhos da criança nas aplicações quentes e frias ( ( bolsa revestida com
toalha)
Uma simples administração incorreta da mamadeira pode resultar em aspiração,
deixando a criança com broncopneumonia (BCP), pneumonia e parada –
cardiorespiratória.
- Exames:
Exames em jejum ( choro e desespero) – dar cuidado especial como : higiene,
segurança, conforto e carinho.
- Cirurgias:
Nas cirurgias os riscos maiores, podem ocorrer secção de órgão, queimaduras e
choques de origens diversas.
Brinquedos:
Os brinquedos não precisam ser caros, devem ser simples, inofensivos, atraentes e
duráveis;
O adulto precisa encarar o brinquedo com simpatia e seriedade
A brincadeira não deve ser interrompida até o desinteresse final da criança;
Ao término, a criança deverá ser convidada a ajudar a organizar o ambiente;
UNIDADE 12
O HOSPITAL PEDIÁTRICO
3.1-Unidade de Berçário:
Definição: Local destinado à internação, diagnóstico e tratamento de crianças, com idade que
pode variar de 0 a 15 anos.
Estrutura Física: Sala de admissão; enfermarias conforme as patologias e idades; refeitório e
sala de recreação; banheiros com banheira, chuveiro, sanitários para crianças; posto de
enfermagem; isolamento; expurgo e ambiente para mães.
OBS: Em comparação com outras unidades, a unidade pediátrica possui setores especiais,
indispensáveis e deve ser equipada adequadamente para atender as diversas faixas etárias.
3. – Lactário:
O hospital amigo da criança é a instituição que segue os dez passos determinados pela
UNICEF ( Fundo das Nações Unidas para Infância):
1) Ter uma norma escrita sobre o aleitamento, que deverá ser rotineiramente transmitida
a toda a equipe se cuidados de saúde.
2) Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-a para implementar esta
norma;
3) Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento;
4) Ajudar as mães a iniciar o aleitamento na primeira meia hora após o nascimento;
5) Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se forem
separadas dos filhos;
6) Evitar dar ao recém-nascido nenhum outro alimento o bebida além do leite materno, a
não ser que tal procedimento seja indicado pelo médico.
7) Praticar o alojamento conjunto – permitir que as mães e bebês permaneçam juntos 24
horas por dia;
8) Encorajar o aleitamento sob livre demanda;
9) Evitar dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio;
10) Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, para onde as mães
deverão ser encaminhadas, por ocasião da alta do hospital ou ambulatório.
Assistência de enfermagem:
- Incluir e estimular a mãe nos cuidados com a criança;
-Evitar permitir que a criança chore por períodos prolongados sem providenciar conforto e
tentar satisfazer suas necessidades;
-Desenvolver relacionamento com a criança e com a mãe para evitar que a mesma não tenha
a sensação de abandono ou solidão;
OBS: a idade em que a hospitalização provoca maior sofrimento para criança é entre 18
meses e 5 anos
CRIANÇAS DE DOIS A CINCO ANOS:
Para criança separadas total ou parcialmente, do familiar significativo, é comum a
reação de separação constituída de três fases ( vivenciadas no todo ou em parte).
1) Angústia ou protesto: O sintoma dominante desta fase é a ansiedade aberta. A criança
se apresenta inquieta, recusa alimentação ou aceita com avidez e vomita, chora muito,
pede pela mãe, tem dificuldade de dormir, aponta para entradas e saídas dos
enfermeiros.
2) Resignação ou depressão: Se persistir a privação, a criança se torna mais tranqüila
aparentemente adaptada à situação. Ela já não acredita que possa mudar a situação.
Sente que seus esforços são inúteis. A expressão pode ser resignada, triste ou
indiferente. Não expressa medo e carece de vitalidade e energia. Pode demonstrar
desespero à presença da mãe ou quando é deixada por alguém com quem estabeleceu
vinculação.
3) Defesa: Não rejeita atenção; pode se apegar a alguém, mas se ocorre troca constante
de pessoal que a assiste, apega-se a brinquedos ou a comida; o desapego é reação à
perda. Aceita sem protesto alimentos e brinquedos. Pode sorrir e ser sociável.
Aparentemente vai tudo bem. Quando a mãe visita reage indiferença ou pode estar
apática, rancorosa e briguenta. Essa maneira de se desligar pode ser indicativo de
psicopatias.
Assistência de enfermagem:
- Realizar procedimentos terapêuticos em forma de brincadeira ( faz-de-conta)
- Incentivar a criança a brincar e expressar sua reação às experiências;
- Ordens e restrições podem precipitar raiva, rebeldia e agressão.
ADOLESCENTES:
As reações apresentadas nesta faixa etária são ansiedade, insegurança, rejeição dos
procedimentos, inclusive os já aceitos, raiva, depressão, rejeição afetiva, inclusive dos pais,
masturbação etc.
Assistência de enfermagem:
- Proporcionar privacidade;
- Tentar desviar construtivamente as manifestações de rebeldia ou agressividade.
- Oferecer , se possível, alguma forma de terapia ocupacional.
Trabalhar com a criança e seus pais não é uma tarefa fácil. Vários são os problemas
que a equipe tende a enfrentar;
-Ansiedade dos pais, que os torna inseguros, agressivos, exigentes, com dificuldades de
compreensão e memorização.
-Ansiedade da criança, que se mostra revoltada ou infeliz, tem dificuldade de cooperar com o
tratamento, responde mal à terapêutica.
-Atitudes dos familiares : desconfiança, agressividade direta, ameaças veladas, cobranças,
resoluções imediatas.
Estes problemas e reações são previsíveis. A equipe deve estar preparada e estruturada
para tratar com os pais e crianças, realizando um trabalho educativo, de apoio e curativo.
UNIDADE 13
O QUE É HUMANIZAÇÃO?
Humanizar não é técnica, nenhuma arte e muito menos um artifício, e sim um processo
vivencial que permeia toda a atividade do local e das pessoas que ali trabalham, procurando
realizá-lo e dando ao paciente o tratamento que merece como pessoa humana, dentro das
circunstâncias peculiares que se encontrarem cada momento do hospital.
-Quando separação dos pais for inevitável, procurar fazê-la de modo gradual para minimizar
suas conseqüências;
- Quando a criança estiver sem acompanhante, convidar e estimular as outras mães que estão
na enfermaria a dar carinho e atenção a esta criança;
-Dar carinho e atenção a todas as crianças, principalmente as que correm maior risco de
carência afetiva: as desacompanhadas, as com doença grave, as inconscientes, as que estão em
isolamento, etc.
-Quando se observar que a mãe ou pessoa significativa rejeita a criança, tentar ajuda-la
através de sugestões ou encaminhamentos.Nunca deve hospitalizar a mãe, pois geralmente ela
está emocionalmente sobrecarregada e as críticas e acusações só vão agravar ainda mais a
situação;
-Evitar que a criança ouça mensagens ou termos que, por sua imaturidade, é incapaz de
compreender o significado, podendo sentir medo ou angústia;
- Evitar restrições, proibições, padronização de cuidados;
-Evitar mentir para criança sobre a dor e o medo, nem pedir para que aceite passivamente
aquilo que teme. Ex : Não chore porque não vai doer nada .
- Criar oportunidades de brincadeiras e explorar a capacidade da criança. São
desaconselháveis atividades passivas, como assistir TV e o excesso de atividades.
1) Direito à proteção, à vida e a saúde com absoluta prioridade e sem qualquer forma de
descriminação;
2) Direito a ser hospitalizado quando for necessário ao seu tratamento, sem distinção de
classe social, condição econômica, raça ou crença religiosa.
3) Direito de não ser ou permanecer hospitalizado desnecessariamente por qualquer razão
alheia ao melhor tratamento da sua enfermidade.
4) Direito a ser acompanhado por sua mãe, pais ou responsáveis, durante todo o período
de hospitalização, bem como receber visitar.
5) Direito de não ser separada de sua mãe ao nascer.
6) Direito de receber aleitamento materno sem restrições.
7) Direito de não sentir dor, quando exitiam meios para evitá-los.
8) Direito de ter conhecimento adequado de sua enfermidade, dos cuidados terapêuticos e
diagnósticos, a serem utilizados, do prognóstico, respeitando sua fase cognitiva, além
de receber amparo psicológico quando se fizer necessário..
9) Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a
saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar;
10) Direito a que seus pais ou responsáveis participem ativamente do seu diagnóstico,
tratamento e prognóstico, recebendo informações sobre os procedimentos a que será
submetido.
11) Direito de receber apoio espiritual/religioso, conforme a prática de sua família.
12) Direito de não ser objeto de ensaio clínico, provas diagnósticas e terapêuticas, sem o
consentimento informado de seus pais ou responsáveis e o seu próprio, quando tiver
discernimento para tal;
13) Direito de receber todos os recursos terapêuticos disponíveis para sua cura,
reabilitação e/ou prevenção secundária e terciária.
14) Direito à proteção contra qualquer forma de discriminação, negligência ou maus-
tratos;
15) Direito ao respeito à sua integridade física, psíquica e moral;
16) Direito à preservação de sua imagem, identidade, autonomia de valores, dos espaços e
objetos pessoais;
17) Direito de não ser utilizado pelos meios de comunicação de massa, sem expressa
vontade de seus pais ou responsáveis ou a sua própria vontade, resguardando-se a
ética.
18) Direito à confidência dos seus dados clínicos, bem como direito de tomar
conhecimentos dos mesmos, arquivados na instituição pelo prazo estipulado em lei.
19) Direito de ter seus direitos constitucionais e os contidos no Estatuto da Criança e do
Adolescente respeitados pelos hospitais integralmente.
20) Direito de ter morte digna, junto a seus familiares, quando esgotados todos os recursos
terapêuticos disponíveis.
UNIDADE 14
ADMISSÃO:
PROCEDIMENTOS:
ALTA:
A alta da criança, devido a implicações legais, deve ser dada por escrito pelo médico.
Em geral a criança hospitalizada está sempre ansiosa para voltar para casa, e sua ansiedade
aumenta em saber que se aproxima o momento da alta. Daí a necessidade de evitar que ela
tome conhecimento desse fato, até que se tenha certeza de que a família está avisada e virá
buscá-la.
Procedimentos:
Certificar-se da alta;
Administrar medicamentos, se houver;
Orientar a mãe a sobre a continuidade do tratamento e uso de medicamentos, se
houver;
Registrar a saída da criança no relatório de enfermagem: horário, estado da criança,
tempo de permanência no hospital, hipóstese diagnóstica, pessoa que a acompanhou na
saída.
MODELO DA EVOLUÇÃO DE ADMISSÃO HOSPITALAR
Realizado pelo Técnico de Enfermagem na ausência do Enfermeiro
TEMPERATURA (T)
Oral 35,8º - 37,2º C
UNIDADE 15
Definições:
Tanatologia: palavra que vem do grego ( Thanatos = morte e Logos = tratado ) e significa
estudo da morte.
Doente Terminal : é aquele paciente portador de uma doença incurável que o levará, num
prazo mais ou menos curto, à morte.
Morte: é o fim da vida animal ou vegetal . Cessação da função cerebral
Morrer: perder a vida. È o ato através do qual ocorre a morte.
Negação e isolamento : Neste estágio frases como não, eu não, não pode ser verdade, deve ter
havido algum engano, caracterizam o processo vivenciado pelo indivíduo, família e também
pelos circundantes ( médicos, enfermeiros, teens). A negação é uma reação de defesa à
percepção do estado mórbido. Porém é temporária, sendo substituída por uma aceitação
parcial e isolamento.
Raiva ( raiva, revolta, inveja, ressentimento): Nesse período as frases características são :
por quê eu ? não poderia ser fulano ?. Nesta fase, médicos, enfermeiros e familiares são
tratados com agressividade, questionados quanto a sua competência e solidariedade; a
terapêutica empregada pode ser vista como incorreta e desagradável. Expressar a raiva
racional ou irracional é fundamental para uma posterior aceitação da morte
Barganha: Neste estágio o indivíduo almeja um prolongamento da vida ou dias sem dor ou
sem males físicos. É uma tentativa de adiantamento e inclui um prêmio e uma promessa de
que não se pedirá novo adiantamento caso o prêmio seja concedido. A maioria das barganhas é
feita com Deus.
Depressão: Ocorre quando o paciente percebe que não pode mais negar sua doença, devido à
debilitação de seu organismo e a necessidade contínua do tratamento. Nessa fase a raiva e a
revolta cessam, dando lugar a um grande sentimento de perda.
Aceitação: É o período em que a família necessita de mais ajuda que o próprio paciente.A
Aceitação não é um estágio de felicidade, mas a fuga de sentimentos.É um momento de paz
em que as notícias do meio exterior não tem mais importância, as conversas não são mais
desejáveis, o silêncio exprime os sentimentos de forma mais significativa. Há um momento
em que a morte nada mais é do que um grande alívio, sendo mais fácil morrer quando se é
ajudado a desapegar-se de todos os relacionamentos importantes da vida.
INTERPRETAÇÃO DA MORTE SEGUNDO AS FASES EVOLUTIVAS DA CRIANÇA
DE SETE A 12 ANOS
Compreende a permanência de morte como um adulto, embora possa não compreende-
la como um fato que ocorre com pessoas que lhe são queridas.Ela quer viver, encara a morte
como sendo um obstáculo para realização de seus objetivos, independência,
sucesso,aprimoramento físico e auto-imagem.Ela teme morrer antes da realização.Porém, a
morte é tida como distante, além do que o adolescente pode estar cético quanto a questões
como céu,Deus, imortalidade etc.
Expressões de medo e ansiedade são , irritação, hostilidade, a apatia, depressão,
afastamento de seus companheiros e dos adultos.A solidão pode provir do sentimento de não
ser compreendido, da rejeição ou fuga percebidos nos circundantes A ansiedade geral da
criança não é observada muitas vezes pelos circundantes, quando os mesmos estão imersos em
seu pesar, receios e conflitos.
A perda de um filhos pode ser uma das mais trágicas e aniquiladoras experiências do
ser humano.A maneira pela qual o diagnóstico é comunicado aos pais tem importância vital na
determinação de suas atitudes posteriores.se informados de forma abrupta ou de modo a
eliminar qualquer esperança, poderão reagir a várias situações com extrema hostilidade.Porém
a irritação deve ser sempre esperada, como resultado das defesas paternas.
Os sentimentos de culpa reais ou imaginários quase sempre estão presentes nos
pais.Censuram-se por desleixo, omissão ou impotência.a morte da criança pode ser também
encarada, pelos pais, como forma de castigo por erros cometidos.
Na esfera comportamental os sentimentos de culpa podem ser deslocados para a
equipe assistencial, sendo expressos pela irritação, rancor, revolta, etc.
A ansiedade e os sentimentos conflituosos dos pais seguramente têm repercussões
negativas sobre a criança. no momento em que as relações necessitam ser saneadas os pais
podem estar dominados por sentimentos de impotência, frustração, raiva e mágoa.Daí seu
afastamento, frieza para com a criança, incapacidade de se comunicar ou hipersolicitude.Esta
conduz à permissidade, gerando condutas inaceitáveis da criança e transmitindo-lhe
sentimentos de desesperança.
UNIDADE 16
TÉCNICAS PEDIÁTRICAS
1.0-FOTOTERAPIA
2.0-AEROSOLTERAPIA OU NEBULIZAÇÃO
Conceito:
É a administração de pequenas partículas de água em oxigênio ou ar comprimido, com ou sem
medicação nas vias aéreas superiores.
Finalidade:
- Alívio de processos inflamatórios, congestivos e obstrutivos;
- Umidificação - para tratar ou evitar desidratação excessiva da mucosa das vias aéreas;
- Fluidificação - para facilitar a remoção das secreções viscosas e densas;
-Administração de mucolíticos - para obter a atenuação ou resolução de espasmos
brônquicos;
- Administração de corticosteróides - ação antiinflamatória e anti-exsudativa;
- Administração dos agentes anti-espumantes - nos casos de edema agudo de pulmão.
Indicações:
- Obstrução inflamatória aguda subglótica ou laríngea;
- Afecções inflamatórias agudas e crônicas das vias aéreas;
- Sinusites, bronquites, asma brônquica, pneumonias, edema agudo de pulmão e outros;
- Pós-operatório.
Medicação:
1Berotec - Antiasmático e broncodilatador - age sobre os receptadores B-2 adrenergéticos da
musculatura brônquica promovendo efeito broncoespasmolítico rápido e de longa duração;
tem como efeitos colaterais tremores dos dedos, inquietação, palpitação.
2 Fluimucil - mucolítico - estimula a secreção de surfactante e transporte mucociliar; pode
causar broncoconstricção; as ampolas quebradas só podem ser guardadas no refrigerador por
um período de 24 horas.
3Muscosolvan - mucolítico e expectorante - corrige a produção de secreções
traqueobrônquicas, reduz sua viscosidade e reativa a função mucociliar; pode causar
broncoconstricção e transtornos gastrintestinais.
3.0-GAVAGEM
Indicações:
4.0-BALANÇO HIDRICO
Procedimento:
Todo o líquido deve ser medido antes de se oferecer ao paciente e o volume registrado no
impresso de controle hídrico, na coluna correspondente a líquidos ingeridos, com o
respectivo horário. As infusões parenterais recebidas pelo paciente devem ser anotadas na
coluna correspondente a infusões venosas.
Todo líquido eliminado pelo paciente deve ser medido e anotado na coluna correspondente.Os
líquidos eliminados correspondem a diurese,vômitos, líquidos de drenagem, diarréia.
Os fluidos que não puderem ser medidos poderão ser avaliados utilizando-se símbolos como:
Pequena quantidade + / regular quantidade ++ / grande quantidade +++
Procedimento:
O fechamento do BH pode ser parcial,ao final de cada turno de trabalho( 6/6 hs) ou total, ao
final de 24 horas.
Num primeiro momento deve-se somar todos os volumes administrados e ingeridos(+).
Após somam-se todos os líquidos eliminados(-).
Se o volume de líquidos ganhos for maior que as perdas o
BH é positivo.
5.0-OXIGENOTERAPIA
Conceito:
Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à encontrada
na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia.
Considerações Gerais:
- O oxigênio é um gás inodoro, insípido, transparente e ligeiramente mais pesado do que o ar;
- O oxigênio alimenta a combustão;
- O oxigênio necessita de um fluxômetro e um regulador de pressão para ser liberado;
-A determinação de gases arteriais é o melhor método para averiguar a necessidade e a
eficácia da oxigenoterapia;
- podem ou não existir outros sinais de hipóxia como a cianose.
c)Máscara de Venturi - Constitui o método mais segurei e exato para liberar a concentração
necessária de oxigênio, sem considerar a profundidade ou freqüência da respiração.
d)Máscara de Aerosol, Tendas Faciais - São utilizadas com dispositivo de aerosol, que
podem ser ajustadas para concentrações que variam de 27% a 100%.
6.0-RESTRIÇÃO DE MOVIMENTOS
Procedimento
proceder a restrição no leito dos segmentos corporais na seguinte ordem: ombros, pulsos e
tornozelos, quadril e joelhos;
ombros: lencol em diagonal pelas costas, axilas e ombros, cruzando-as na região cervical;
tornozelos e pulsos: proteger com algodão ortopédico, com a atadura de crepe fazer
movimento circular, amarrar;
quadril: colocar um lençol dobrado sobre o quadril e outro sob a região lombar, torcer as
pontas, amarrar;
joelhos: com 02 lençóis. Passar a ponta D sobre o joelho D e sob o E e a ponta do lado E
sobre o joelho E e sob o D;
Observações
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Leis Federais n.º 8069, 1990, nº 8242,
1991