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Axiologia

O ramo da Filosofia que estuda os valores tem o nome

de Axiologia, do grego (Axios) +Logos).


Valores
● Os valores são noções que definem os tipos de objectivos

que as pessoas devem procurar atingir ao longo das suas vidas

através das múltiplas actividades que realizam.


Valores
Os valores são entidades abstractas, não sendo uma

propriedade dos objectos, são atribuídos às coisas por um

sujeito. Valorizar algo implica uma relação de um sujeito com

um objecto, ao qual este atribui um determinado valor.


Tipos de Valores

Valores Exemplos
Éticos Solidariedade, Honestidade,
Verdade
Estéticos Harmonia, Belo, Feio
Religiosos Sagrado, Pureza, Perfeição
Políticos Igualdade, Justiça, Liberdade
Vitais Saúde, Força, Vida
Económicos Vestuário, Habitação, Bens
materiais
Lógicos Racionalidade, Coerência,
Não-Contradição
Exemplos de Valores

Beleza Saúde

Sucesso
Valores
Os valores determinam as condutas sociais

- São os valores, partilhados


pela totalidade dos
membros do grupo, que nos
indicam o que é certo ou
errado, proibido, e que
servem de bússola no
ajuizar dos nossos
comportamentos pelos
restantes indivíduos.
As características dos valores
Apesar das divergências teóricas entre subjetivistas e
objetivistas, é possível identificar algumas características ou
propriedades nos valores.
VALOR

POLARIDADE HISTORICIDADE

HIERARQUIA PERENIDADE
Polaridade dos valores
Uma das propriedades dos valores identificada de forma
unanime por todos, é a polaridade. Isto é, os nossos
valores tendem a organizar-se em termos de oposições ou
polaridades. A palavra valor costuma apenas ser aplicada
num sentido positivo. Embora o valor seja tudo aquilo sobre
o qual recaia o acto de estima positiva ou negativamente.
Valor é tanto o Bem, como o Mal, o Justo como Injusto.
Hierarquização dos valores
Outra das propriedades dos valores, unanimemente
aceite, é a hierarquização. A hierarquização é a
propriedade que tem os valores de se subordinarem uns
aos outros, isto é, de serem uns mais valiosos que outros.
Historicidade dos valores
Após a análise das propriedades consensuais dos valores,
passemos a analisar propriedades não consensuais. De
acordo com alguns pensadores, a classificação que
fazemos do mundo à nossa volta é claramente
condicionada pelo momento histórico em que nos
encontramos, o que sugere que os valores são históricos e
relativos.
Perenidade dos valores
Contudo, esta posição não é consensual. Há filósofos que
defendem que alguns valores são intemporais e que foram
considerados importantes em todos os momentos da
história, como por exemplo a justiça, o bem ou a vida. Estes
pensadores defendem a perenidade dos valores, ou seja,
que há valores que são eternos e se mantêm inalterados
apesar da história.
Juízos de facto e juízos de valor
O ser humano na sua relação com o mundo, está
constantemente a criar e emitir juízos sobre a realidade
envolvente. De uma forma geral, podemos classificar todos
esses juízos como:

Juízos de facto Juízos de valor


Juízos de facto
Um juízo de facto é uma descrição objetiva da realidade,
uma afirmação passível de ser verificada. Os juízos de facto
caracterizam-se por serem:
• Objetivos;
• Descritivos;
• Terem valor de verdade;

Ex: A água é composta por H20.


Juízos de valor
Contrariamente aos juízos de facto, os juízos de valor
exprimem ou manifestam uma preferência ou uma escolha.
Dessa forma, os juízos de valor avaliam a realidade e não se
limitam a descrevê-la. Os juízos de valor caracterizam-se por
serem:
• Subjetivos;
• Normativos;
• Não terem valor de verdade;

Ex: A água é a melhor bebida que existe.


O problema da natureza dos valores
Tanto as propriedades dos valores como a distinção entre os
juízos de facto e juízos de valor levantam questões
filosóficas muito importantes. Ao longo da história, vários
pensadores procuraram resposta para questões como:
- Os valores têm uma existência concreta ou dependem do
ser humano?
- Os valores são históricos ou intemporais?
- Os valores são objetivos ou subjetivos?
O problema da natureza dos valores
A resposta a estas questões originou duas correntes
axiológicas distintas: o subjetivismo axiológico e o
objetivismo axiológico.

A natureza dos valores

Subjetivismo axiológico Objetivismo axiológico

A natureza dos valores Os valores existem em


reside inteiramente no si mesmos e são
sujeito. universais.
O subjetivismo axiológico
Para os defensores do subjetivismo dos valores, a verdade
dos juízos de valor depende exclusivamente da perspetiva
do sujeito que avalia (é relativa). Assim, quando afirmamos
que “O cavalo é um belo animal” estamos apenas a formular
uma opinião subjetiva apoiada em sentimentos e crenças
particulares.
O objetivismo axiológico
No polo oposto ao subjetivismo axiológico está o objetivismo
dos valores. Os pensadores objetivistas afirmam que a
verdade dos juízos de valor é independente dos estados
mentais ou dos sentimentos dos indivíduos que avaliam (é
absoluta). Para um objetivista, a afirmação “O cavalo é um
belo animal” é semelhante a qualquer juízo de facto.

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