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IV – O dispositivo da sexualidade.

método.

Baseado no capítulo podemos ver que pra obtermos poderes teríamos a princípio
obter conhecimento sobre o sexo e seus significados, e que isso não representaria
repressão ou algum tipo de enfrentamento. Mas tais conhecimentos poderiam ser
equivocados e poderiam passar uma imagem distorcida do seu conceito original.
Quando refere-se “poder”, não quer dizer conjunto de instituições e aparelhos que
garantem sujeição dos cidadãos em um determinado estado, nem um modelo de
repressão em oposição a violência ou algum tipo de regra. O “poder” deveria ser
entendido como a multiplicidade de relações de força imanente e características de
domínio são exercidas, e que são constituintes de sua organização; o esquema através
de lutas e confrontos que muda, reforça o apoio em relações força em si, de modo a
formar uma cadeia ou sistema, os que torna eficiente geralmente leva como aparelho
de Estado na formulação da lei em supremacias sociais.
Quando refere-se a condição de possibilidades do poder, não deve ser buscado a
existência de um ponto central em primeiro lugar. Assim, as relações de poder se dão
em um campo aberto de possibilidades onde, embora constate-se o fato de encontrar-
se todo o tecido social imerso em uma ampla rede de relações de poder, não temos
como consequência a existência de um poder onipresente, esquadrinhando todos os
recantos da vida em sociedade levando a uma situação na qual não haveria espaço a
resistências e alternativas de transformação.
Onipresença do poder: não é porque eu tenho o privilégio de tudo que o grupo sob sua
invencível unidade, mas porque está ocorrendo a cada momento em todos os pontos
ou melhor, em todas as relações de um ponto a outro. O poder está em todo lugar,
não é abrangente, mas vem de em toda parte. Você tem que ser nominalista, não há
dúvida: o poder não é uma instituição, é uma estrutura, e não o verdadeiro poder do
que alguns gostariam.
Seguindo esse conceito, poderia ter um aumento de sugestões que seria: o poder não
é algo que é adquirido; relações de poder não estão em uma posição externa sobre
outros tipos de relações, mas que são pertinentes e que possuem efeitos imediatos
das partições (a relação de poder não estão em uma posição/estrutura com um
simples papel de proibição ou de renovação); o poder vem de baixo, digo, não há no
princípio das relações de poder duas posições diferentes entre governantes e
governados supondo que as relações de poder são formadas e multiplicadas quando se
atua nos aparelhos de produção reforçando uma linha de força geral que ganham
força ajudando a grandes denominações a adquirir o efeito de primazia representada
por esses confrontos; relações de poder são intencionais e não intencionais subjetiva,
se são inteligíveis, não porque são em termos de casualidade uma necessidade que
explica, mas que são cortadas de um lado para uma lógica, que seria que nenhum
poder é exercido sem uma série de metas e objetivos, o que não significa que ela é a
escolha de um assunto individual não olhando para o pessoal que governa a
racionalidade. A racionalidade do poder é uma estratégia explicita no nível em que
encadeadas com outros, procuram uns aos outros e se espalham encontrando outras
partes de seus aliados estabelecendo dispositivos; que onde há poder há resistência,
ou seja, ele nunca está numa posição de exterioridade com respeito de energia, o
ponto de resistência estão presentes em todos os lugares onde se delegue o poder e
sobre o poder, não existe um lugar de grande rejeição mas há resistência dos que
estão em exceções, não podendo existir fora campo estratégia das poder não
significando apenas ser a marca em um molde oco do poder formando uma regra
essencial pois seria uma perda de tempo.
Como a rede de relações de poder acaba por construir um tecido próprio através do
aparelho formando vários pontos contra a resistência social e as unidades individuais.
E é certamente a codificação estratégica desses pontos de resistência que torna
possível uma revolução. Dentro desse campo de relações de poder devem ser
analisados os mecanismos de poder, que seria o sistema de escape.

A regra de imanência considera que não há domínio especifico da sexualidade que


depende direito a conhecimento cientifico e livre, mas onde as exigências do poder
econômico ou ideológicos fizeram parecer mecanismo de proibição. Se a sexualidade
se constituiu como domínio de conhecimento, aconteceu a partir de relações de poder
instituído como o objeto possível e se o poder fosse tipo como uma ameaça, foi
porque as técnicas de procedimentos de conhecimento foram capazes de modifica-los.
Entre as técnicas de estratégias de conhecimento e poder não há nenhuma influência
externa, mesmo que tenham seu próprio papel especifico e articulados em outras
esferas partindo de sua diferença.

A regra de variações contínuas reflete na falta de atenção em descobrir quem tem o


poder na ordem da sexualidade e a quem está faltando o direito de saber, sendo
mantida pela força da ignorância. Mas buscando o padrão de mudanças o equilíbrio de
poder por seu próprio jogo. As distribuições de poder é outra coisa que emergência
processos, reforça elementos e investe nos relacionamentos devido ao crescimento
simultâneo dos dois termos.

Regra de duplo condicionamento fala sobre uma estratégia conjunta no “enfoque


local”, no “padrão de transformação” e em outras séries de cadeias sucessivas como o
principal fundamento para fazer funcionar, tendo em vista que nenhuma estratégia
poderia assegurar efeitos globais se não dependesse de relações precisas que servem
para apoio. Mas tem que pensar duas vezes ao condicionar uma estratégia pela
especificidade das táticas possíveis e táticas pela dotação estratégicas bem sucedidas.
A família reproduz a sociedade e esta por sua vez não imita, mas o dispositivo familiar
precisamente foi usado para apoiar a grande manobra para controlar a natalidade
malthusiana, pelas incitações populacionistas, pela medicalização do sexo e a
psiquiatrização de formas não genitais.

A regra da polivalência e tática dos discursos é o que é dito sobre o sexo não dever ser
analisado como simples projeção da superfície dos mecanismos de poder. Poder e
conhecimento, fato articulado no discurso e por isso mesmo deve conceber o discurso
com uma sério de segmentos descontínuos, cuja função tática não é uniforme nem
estável. Mas, precisamente não devemos imaginar um universo de discurso dividido
entre o discurso aceito e o discurso excluído (ou discurso dominante e discurso
dominado), mas como uma multiplicidade de elementos que podem atuar em
diferentes estratégias. O discurso, assim como o silêncio de uma vez por todas tem
que está dentro do poder ou oposto dele. Sendo reconhecidamente um jogo complexo
e instável onde o discurso pode ser um instrumento e efeito de poder, mas também
um obstáculo para o ponto de partida da resistência e de um estratégia oposta.
O discurso produz e reforça o poder, mas também a exprime, expõe e torna frágil
podendo ser interrompida. Da mesma forma o silêncio e o segredo valoriza o poder
ancorando suas proibições, mas se flexibilizando a prisões e tolerâncias negociadas
mais ou menos obscuras.
Há o discurso do poder que se opõem. Os discursos são elementos táticos no campo
das relações de poder e pode ter diferentes e até contraditórias dentro da mesma
estratégia, por outro lado pode não haver mudanças de forma entre estratégias
opostas. Um discurso sobre o sexo não deve ser perguntado e sim interrogado em dois
níveis: o tática de produtividade (quais efeitos recíprocos de poder e conhecimento) e
sua integração estratégica (que situação e que tipo de relacionamento força torna-se
necessário o uso desse ou aquele confrontos que ocorrem). Isso advém um avanço
para uma concepção de poder que substitui o privilégio do ponto de vista do objetivo,
o privilegio da soberania pela análise de um campo múltiplo e móvel de correlações de
força que produzem efeitos globais, mas nunca uma dominação completamente
estável.
O modelo estratégico pelo modelo de lei, e não por uma escolha ou preferência
especulativa teórica, mas porque uma das características fundamentais das sociedades
ocidentais é com efeito, que as relações força que há muito havia sido encontrado na
guerra em sua forma, a expressão é essencialmente equipado gradualmente no fim do
poder político.

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