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Salvador

2019
INTRODUÇÃO

A Dentística Restauradora é a especialidade


que trata da recuperação de dentes com
alteração morfológica, estética e funcional.

Hoje em dia, o preparo cavitário sofreu


significativas mudanças graças ao
surgimento de novos materiais protetores e
restauradores.
DENOMINAÇÕES DOS PREPAROS CAVITÁRIOS

Denominado de acordo com o número de


faces e quais estão envolvidas.

Aforma e a extensão das cavidades.


DENOMINADO DE ACORDO COM O NÚMERO DE
FACES E QUAIS ESTÃO ENVOLVIDAS

Simples – uma só face.


cavidade preparada na face
oclusal: cavidade oclusal = O

Composta – duas faces.


cavidade que se estende da face
oclusal à face mesial: cavidade
mésio-oclusal = MO

Complexa – três ou mais faces.


cavidade que se estende às faces
mesial, oclusal e distal: cavidade mésio-
ocluso-distal = MOD
DENOMINAÇÕES DOS PREPAROS CAVITÁRIOS

De Acordo com o Nº de
faces

Simples – uma só face.

Composta – duas faces.

Complexa – três ou mais


faces.
DENOMINAÇÕES DOS PREPAROS CAVITÁRIOS

Preparo recebendo o
nome das respectivas
faces.
Oclusal – O.

Oclusal e Distal – OD.

Mesial, Oclusal e Distal –


MOD.
DENOMINAÇÕES DOS PREPAROS CAVITÁRIOS

Preparo recebendo o
nome das respectivas
faces.

Mesial, Vestibular e
Palatina – MVP.
Distal, Vestibular,
Palatina e Incisal– DVPI.
Mesial, Oclusal e Lingual
– MOL.
A FORMA E A EXTENSÃO DAS CAVIDADES

Intracoronárias.
cavidades confinadas no interior da estrutura dental.
classe I oclusal, classe V, classe II composta e complexa.

Extracoronárias parciais.
apresentam cobertura de cúspides e/ou outras faces dos
dentes.
Preparos do tipo onlay, ¾ e 4/5.

Extracoronárias totais.
Todas as faces estão envolvidas.
Preparos do tipo overlay e coroas totais.
A FORMA E A EXTENSÃO DAS CAVIDADES

Intracoronárias.

Extracoronárias
parciais.

Extracoronárias totais.
PARTES QUE CONSTITUEM AS CAVIDADES

Paredes.
São os limites internos da cavidade.
Paredes circundantes.
Paredes de fundo.

Ângulos.
Obtidos pela união das paredes de uma
cavidade.
Ângulos diedros, triedos ecavo-superficial.
PARTES QUE CONSTITUEM AS CAVIDADES

Paredes Circundantes
São as paredes laterais
da cavidade e recebem o
nome da face do dente a
que correspondem ou ao
qual estão mais
próximas.

Paredes circundantes
vestibular (A), lingual (B),
cervical (C).
PARTES QUE CONSTITUEM AS CAVIDADES

Paredes de fundo

Correspondem ao
soalho da cavidade,
sendo chamada: axial
(A);

Quando paralela ao
eixo longitudinal do
dente; e pulpar (B),
quando perpendicular
ao longo eixo do
dente.
NOMENCLATURA DOS ÂNGULOS

São obtidos pela união das paredes de


uma cavidade e denominados combinando-
se os respectivos nomes e são
classificados em ângulos diedros, triedros e
cavo-superficial.
NOMENCLATURA DOS ÂNGULOS

Ângulos diedros.
Do primeiro grupo, são
formados pela união de
duas paredes e,
formados pela junção
de paredes
circundantes.
Ex: gengivo-lingual (B);
vestíbulogengival (A).
NOMENCLATURA DOS ÂNGULOS

Ângulos diedros.
Do segundo grupo,
formado pela união
de uma parede
circundante com uma
parede de fundo da
cavidade.
Ex: línguo-pulpar (B);
gengivo-axial (A);
NOMENCLATURA DOS ÂNGULOS

Ângulos diedros.
Do terceiro grupo,
formado pela união
das paredes de
fundo da cavidade.

Ex: Áxio-pulpar (A).


NOMENCLATURA DOS ÂNGULOS

Ângulos triedros.

São formados pelo


encontro de três paredes e
denominados segundo as
combinações respectivas.

Exemplos:
vestíbulo-áxio-gengival (A);
línguo-áxio-gengival (B).
NOMENCLATURA DOS ÂNGULOS

Ângulo cavo-superficial.

É o ângulo formado
pela junção das
paredes das
cavidades com a
superfície externa do
dente.
CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DE BLACK

Baseada nas áreas dos dentes suscetíveis à


cárie.

Subdivididas conforme a
localização anatômica:

Cavidades de cicatrículas e fissuras;


Cavidades de superfície lisa.
CAVIDADES DE CICATRÍCULAS E FISSURAS
CAVIDADES DE SUPERFÍCIE LISA
CLASSIFICAÇÃO ARTIFICIAL DE BLACK

Cavidades reunidas em classes que


requerem a mesma técnica de
instrumentação e restauração.

Classe I;
Classe II;
Classe III;
Classe IV;
Classe V.
CLASSIFICAÇÃO DE BLACK

Classe I

Cavidades preparadas em regiões de cicatrículas,


fóssulas e fissuras.

Face oclusal de molares e pré-molares.


Terço oclusal da face vestibular dos molares.
Terço oclusal da face palatina dos molares superiores.
Face lingual dos incisivos e caninos.
CLASSIFICAÇÃO DE BLACK

Classe I simples.
CLASSE I SIMPLES
CLASSIFICAÇÃO DE BLACK

Classe I Composta.

Cavidades preparadas em regiões de cicatrículas,


fóssulas e fissuras.

Face oclusal de molares e pré-molares com envolvimento das


faces vestibulares e/ ou linguais/palatinas.
CLASSIFICAÇÃO DE BLACK

Classe II.
Cavidades que envolvam as faces proximais dos
pré-molares e molares.
CLASSE II
CLASSIFICAÇÃO DE BLACK

Classe III.
Cavidades preparadas nas faces proximais dos
dentes anteriores, sem envolvimento da incisal.
CAVIDADE CLASSE III
CLASSIFICAÇÃO DE BLACK

Classe IV.
Cavidades preparadas nas faces proximais dos
dentes anteriores, com envolvimento da incisal.
CLASSE IV
CLASSIFICAÇÃO DE BLACK

Classe V.
Cavidades preparadas no terço gengival, nas
faces vestibular e lingual / palatina de todos os
dentes.
CAVIDADES ATÍPICAS

Nessa classe incluem-se as cavidades


preparadas nas bordas incisais, nas pontas
de cúspide e na face vestibular dos dentes
anteriores.
PREPARO CAVITÁRIO PARA MATERIAIS ADESIVOS
REGRAS GERAIS DO PREPARO CAVITÁRIO –
MATERIAIS ADESIVOS

Remoção total do tecido cariado.


As paredes da cavidade devem estar suportadas por
dentina e sadia e esmalte com suporte.
Conservar a maior quantidade possível de tecido
dental sadio.
Paredes cavitárias lisas.
Preparo cavitário limpo e seco.
REGRAS GERAIS DO PREPARO CAVITÁRIO –BLACK

Abertura.
Forma de Contorno.
Remoção da Dentina Cariada.
Forma de Resistência.
Forma de Retenção.
Forma de Conveniência.
Acabamento das Paredes de
Esmalte
Limpeza da Cavidade.
ABERTURA

Remoção de esmalte sem apoio dentinário.


Expor o processo patológico.

Existem situações em que a cavidade já se encontra


totalmente aberta.

Realizada com instrumentos rotatórios em alta


velocidade.

Pontas diamantadas ou fresas carbide esféricas.


REMOÇÃO DE DENTINA CARIADA

Remover toda a dentina que se encontra


infectada.
Zona altamente desorganizada e infectada, rica em
microorganismo.

Preservar a dentina afetada.


Zona somente amolecida e desmineralizada pela
ação dos ácidos produzidos pelos microorganismos.
Passível de remineralização.
REMOÇÃO DE DENTINA CARIADA

 Através do uso de
instrumentos
manuais (curetas)
de tamanho
proporcional à
lesão de cárie.

 Através de brocas
esféricas carbide
em baixa rotação.
FORMA DE CONTORNO

Consiste em determinar o formato, limites e


desenho da cavidade.

Devem ser avaliados:


A anatomia do dente.
A extensão da lesão.
O tipo de material restaurador selecionado.

Todo esmalte sem suporte dentinário deve ser


removido.
FORMA DE CONTORNO

Abertura vestíbulo-
lingual de cerca de
¼ da distância
intercuspídeca.

Profundidade de no
mínimo 2mm.

Ístmo de no mínimo
1mm de esmalte
sadio.
EXTENSÃO PREVENTIVA DE BLACK

O preparo deve englobar todas as


cicatrículas, fissuras e sulcos próximos à
lesão de cárie.

Evitar a recidiva;
Atualmente não se utiliza mais.
FORMA DE RESISTÊNCIA

Forma dada a cavidade para que, tanto o dente


como o material restaurador, resistam aos esforços
mastigatórios e às alterações volumétricas.

Princípios mecânicos da forma de resistência:


Preparos em forma de caixa;
Paredes circundantes paralelas entre si,
ligeiramente retentivas;
Espessura no mínimo de 2 milímetros de material;
FORMA DE RESISTÊNCIA

Princípios mecânicos da forma de resistência:

Parede gengival perpendicular ao longo eixo do dente e


paralela a parede pulpar;
Ângulos diedros e triedros definidos; ângulo áxio –
pulpar arredondado;
Abertura vestíbulo-lingual de cerca de entre 1/4e 1/3 da
distância intercuspídeca.
FORMA DE RETENÇÃO

Friccional
Dada pelo contato do material às paredes cavitárias.
Profundidade maior ou igual à largura.

Química
Procedimentos adesivos.

Retenções mecânicas adicionais


sulcos, canaletas, orifícios, pinos.
FORMA DE CONVENIÊNCIA

Facilitar o acesso e a instrumentação da


cavidade.

Abertura por oclusal para ter acesso à


lesão estritamente proximal.
ACABAMENTO DAS PAREDES DE ESMALTE

Remover as irregularidades das paredes e do


ângulo cavo-superficial.

Remoção dos prismas de esmalte sem


suporte dentinário.

Realizados por instrumentos recortadores de


margem gengival e/ou brocas e fresas.
LIMPEZA DA CAVIDADE

Remover resíduos do preparo cavitário.


Nenhuma restauração deve ser iniciada sem
o dente estar devidamente limpo e seco.

3
Realizados por produtos químicos.
Clorexidina;
Tergensol;
Ácido fosfórico ou poliacrílico;
PREPARO PARA CAVIDADE CLASSE I – SIMPLES

Abertura
Forma-se uma canaleta apenas em esmalte
apenas no sulco central, com broca esférica.

Forma de contorno e resistência


A largura (istmo) deve ser de ¼ da distância entre os
vértices das cúspides vestibular e lingual.
As paredes circundantes devem ser paralelas
entre si, ligeiramente retentivas.
Parede pulpar plana e perpendicular ao longo eixo
do dente.
Envolver também os sulcos secundários.
PREPARO PARA CAVIDADE CLASSE I – SIMPLES

Forma de Retenção

Profundidade maior que a largura da cavidade


Onde há a presença de pontos de cáries mais
profundos na parede pulpar, não há a necessidade
de aprofundar englob ando o tecido cariado.
Apenas remover a cári e mais profunda com broca
esférica.
Aplicar algum cimento para o aplainamento da
parede pulpar.
Forma de Retenção
CLASSE I SIMPLES
PREPARO PARA CAVIDADE CLASSE I –
COMPOSTA

Semelhante à classe I simples com


extensão do preparo para o sulco cariado,
seja ele vestibular ou lingual.

Utiliza-se os mesmos princípios da classe I


simples.
PREPARO CAVITÁRIO PARA CAVIDADE CLASSE II

Forma de contorno, resistência e


retenção da caixa oclusal.
Segue os mesmos parâmetros estabelecidos
para as cavidades classe I, porém se
aproximando mais das cristas marginais,
entretanto sem rompê-las.

Parede gengival paralela à Pulpar.


Ângulo áxio-pulpar arredondado.
PREPARO CAVITÁRIO PARA CAVIDADE CLASSE II

Forma de contorno da caixa proximal

Confecção da caixa proximal em direção gengival.


A broca deve permanecer próxima ao
remanescente da crista marginal.
Esboçada a caixa proximal, remover com
instrumento manual o remanescente da crista
marginal.
A profundidade da parede axial é de
aproximadamente 1,5mm.
PREPARO CAVITÁRIO PARA CAVIDADE CLASSE II

 Formas de Resistência e Retenção

Para a caixa oclusal segue-se os parâmetros da


cavidade de Classe I.
As paredes circundantes da caixa proximal
devem ser paralelas entre si, ligeiramente
retentivas.
A parede gengival deve ser perpendicular ao longo
eidente.
A parede axial deve ficar ligeiramente expulsiva no
sentido gengivo-oclusal.
CLASSE II
FIM.

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