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Prostituição

no Brasil
e no mundo
Trabalho referente à matéria de antropologia
Alunos: Andressa Souza, Bruna Rocha, Letícia Faria, Gilson Silveira, Vanessa Faria
Tópicos
01 Definição

02 Estado da Prostituição no
Brasil
03 Motivações
04 Vículos com a Criminalidade

05 Contrastes Culturais
Definição
O que exatamente estamos dizendo quando utilizamos a palavra “prostituição”.
Definição
Afinal, o que é prostituir-se?
Tecnicamente falando, a prostituição consiste na atividade cujo
praticante oferece satisfação sexual em troca de remuneração, de
maneira habitual e promíscua.

• “A profissão mais antiga do mundo.”

• Varia de acordo com as sociedades e circunstâncias, mas é


mais comumente referida como comércio sexual de mulheres
para a satisfação de clientes masculinos.

• Tem-se também formas de prostituição homossexual e,


ainda em menor proporção, entre homens que alugam seus
serviços para mulheres.
• Atualmente é moralmente reprovada em quase todas as
sociedades, dada a degradação que representa para seus
praticantes. .

Prostituição
Prostituição no Brasil
De que forma o Estado brasileiro vê esse tipo de atividade?
Prostituição no
Brasil não é
crime.
A ausência de regulamentações
específicas sobre a esse tipo de
serviço sempre gerou incertezas,
mas enquanto a prostituição no Brasil
não é considerada crime, atividades
como acesso ilegal ao dinheiro
(rufianismo) e exploração sexual,
são.

Desde 2002, a prostituição é incluída


na Classificação Brasileira de
Ocupações (CBO), do Ministério do
Trabalho e Emprego, na categoria
“profissionais do sexo”.

Ao longo das duas últimas décadas


regulamentações acerca desta
atividade foram propostas, entra elas
o Projeto de Lei Gabriela Leite.
Projeto de Lei Gabriela Leite
Origem
Protocolado em 2012 pelo Deputado Federal Jean
Wyllys.
Batizado em nome de Gabriela Leite, prostituta e ativista
que faleceu em 2013. Gabriela foi autora do livro “Filha,
Mãe, Avó e Puta.”

Objetivo do projeto
Reduzir os riscos que os profissionais do sexo enfrentam
no exercício de suas atividades.
O que mudaria? (2)
Seria permitida a apropriação de até 50% do rendimento
de uma prostituta (rufianismo). Casas de prostituição
passariam a ser permitidas, contanto que não se
exercesse nelas exploração sexual. As prostitutas
poderiam trabalhar nesses locais como autônomas ou em
cooperativas.
O que mudaria? (2)
Trabalhadores teriam direito a aposentadoria especial
pelo INSS , obtida após apenas 25 anos de contribuição,
dez a menos do que a aposentadoria regular para
mulheres.
Controvérsia
Prós e Contras
Como esperado, houve muita
Facilitaria diferenciação entre
controvérsia ao redor do projeto,
atividade x exploração
inclusive entre próprios trabalhadores no
ramo. Aqui estão alguns dos
argumentos utilizados pelos dois lados:
Mais segurança/menos preconceito. 50%
Fiscalizações por autoridades
competentes

Aumento do tráfico humano


Abuso das leis – ausência ou
50% negligência nas fiscalizações
Resolução
Comoditização do consenso
O projeto não progrediu e sua discussão
apenas reapreceu,convenientemente,
com mais força durante eventos com
maiores interações turísticas –Copa do
Mundo (2014)/Olimpíadas (2016).
Atualmente o projeto encontra-se
parado.
Motivos
Por que e como a prostituição acontece?
Motivos
Questão Social e de Saúde
Pública

A maior parte da prostituição


acontece na rua. Muitos
abandonaram escola e famílias
abusivas, muitas vezes tendo filhos
ainda quando adolescente.

• 1.000.500 profissionais do sexo


no Brasil
• 78% destes são mulheres
• 90% querem outro trabalho
• 70% das mulheres não tem uma
profissionalização
• 25% não concluiu o ensino médio
Motivos
Situações precárias
MULHERES SE PROSTITUEM POR 5
RAIS

E não se trata apenas de dinheiro, em


lugares remotos no norte do país, onde
energia elétrica só se consegue através de
um gerador, mulheres fazem programa em
troca de óleo diesel.

Fome: Meninas! se prostituem por 2 reais ou


por um prato de comida em Roraima.

Vícios: Pedras de crack funcionam como


moeda de troca por sexo em Ribeirão Preto.
Prostituição de
“Luxo”
Foto de Natalia
McLennan. Já foi Não são apenas condições extremas
considerada como que levam pessoas a se prostituírem
“acompanhante
número 1” de Nova Mulheres e homens, geralmente de boa
Iorque. Chegava a aparência e estáveis financeiramente, estão
atuando cada vez mais como profissionais do
cobrar 2 mil sexo.
dólares por hora.
Tecnologia permite maior anonimato:
encontros agendados online, por sites
especializados ou pelo telefone com utilização,
inclusive, de pseudônimos geram um senso de
segurança ao praticante em relação a sua
exposição.

Motivos
Motivos
Influência da tecnologia
Facilita a oferta e a procura

“Leilão de Virgindade”

Prática recorrente a partir da primeira década do


século XXI.

Casos notórios:
• Natalie Dylan, estadunidense de 22 anos na
época. Lances chegaram aos US$ 3,8 milhões.
• Graciela Yataco, modelo peruana. Chegou a
receber lances de até US$ 1,5 milhão, mas acabou
desistindo antes de finalizar o leilão.
Outras
Motivações
Além dos extremos, são várias as
outras causas que levam pessoas a
ofertarem o prórpio corpo:

• Necessidade de rebeldia
• Influência de pessoas próximas
• Procura de afeto
• Solidão
• Aguns afirmam ainda gostar do serviço
que praticam
Criminalidade
A prostituição e seus vínculos com o mundo do crime
Quem compra e quem é vendido
Existência de um estígma obscuro em algumas
sociedades
Predominância Feminina
O Mercado existe porque se tem demanda. O abuso sexual
85% daqueles que são comprados e vendidos dialoga com a ideia de que há uma sexualidade masculina
são meninas e mulheres. Em nenhum lugar no irrefreável, que precisa ser saciada, mesmo sem o consentimento
mundo existem prostíbulos com predominância do outro.
masculina.

5.561 937
Municípios Ocorre exploração
Brasileiros sexual

Em pesquisa feita pela Organização das Nações


Unidas (ONU) em 2015, nosso país é o primeiro do
ranking em exploração sexual na América Latina.
Exploração
Sexual: Mercado
Global

A exploração sexual, a pornografia


infantil, turismo sexual infanto-juvenil
e o tráfico para fins sexuais fazem
parte de uma rede mundial que
movimenta bilhões dólares no mundo.

Criminalidade
Exploração Sexual
Não é só através da violência
São várias as formas usadas para coagir
mulheres e crianças:

Vendidas
Falsas Suborno/ Sedução pelos
Promessas Dívidas próprios
pais
Criminalidade
Na atividade da prostituição:

Sofrem assédio sexual 95%


São estupradas e/ou
agredidas em serviço 60%
Querem escaper mas 90%
não têm outra opção

Porcentagem de
prostitutas de rua
95%
que são viciadas
em drogas

Cartaz com preço de prostituição das mulheres tabelado de


acordo com a raça
Contrastes Culturais
Diferentes perspectivas sobre prostituição ao redor do mundo
4 Modelos

Modelo Descriminalização
Modelo Proibicionista Modelo Abolicionista
Regulacionista Total
Armênia, Azerbaijão, Nova Zelândia somente Suécia, a Inglaterra, Islândia, Irlanda do
Croácia, maior parte Alemanha, Holanda, Áustria, Norte e partes da República da Irlanda e
dos Estados Unidos. Grécia, partes do Canadá e França reforçam esse modelo.
Austrália são os que adotam
esse sistema.
Exemplos e curiosidades

Espanha Japão Holânda Suécia


Prostituição encarada Prostituição no Japão Prostituição é permitida Compra é illegal, venda
como atividade de lazer. existe já no início da assim como prostíbulos. não necessariamente.
Quase metade dos história do país. Grande Distrito da Luz Vermelha. Baixa incidência de
homens maiores de 18 indústria do sexo que Forte tráfico e atividade crimes sexuais quando
anos dizem ter usado o movimenta cerca de 24 illegal. comparada a outros
serviço. Grande fonte de bilhões de dólares por países.
tráfico ano.
importação/exportação.
As pessoas dizem que pobreza é
responsável pela prostituição.
Isso não é verdade. A pobreza é
responsável por fazer mulheres
se submeterem a prostituição e é
a força motriz por trás da
exploração feminine. Os
responsáveis são os homens
dispostos a saciar seu egoísmo
sexual desumanizando as
mulheres.

Rachel Moran
Á noite, quando todos regressam a casa
Saio eu, para a vida que me espera
Levo na mala os sonhos perdidos
E em meu peito a dor dilacera
Sirvo-me da vida que tenho
Tal como se servem de mim
Sacio a fome dos homens
No privado de um qualquer boquetim
Sou aquilo em que me tornei
Desajustada da realidade da vida
Valores que tinha, também vendi
Em cada rua ou avenida
Á noite, quando todos regressam a casa
Saio eu, para a minha perdição
Vendo sonhos na banca do meu corpo
Na miséria da minha prostituição.
Obrigado

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