Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
A DOUTRINA DO HOMEM
REFERÊNCIA
CREDENCIAIS DO AUTOR
1
Julio Cesar Genuíno da Silva Lima - formando do curso livre em teologia: Seminário Teológico Batista do Norte
do Brasil, Recife - PE
2
Professor Marcelo Ximenes: Possui graduação em Teologia pela Universidade Católica de Pernambuco (2014)
e é formado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (2010), onde atualmente atua
como Professor e Coordenador da Área de Missões. É mestrando em Teologia na Universidade Católica de
Pernambuco. Pastor Batista desde março de 2010, hoje é Pastor Presidente da Igreja Batista da Jaqueira.
2
Wayne Grudem apresenta varios temas para construir o que ele chama de
doutrina do homem. Em sua teologia sistemática o autor descreve na parte 3 –
p.361/434, uma organizada sistematização de suas reflexões teológicas
abordadando vários questionamentos entre eles: o uso da palavra homem como
referência à raça humana e por que o homem foi criado? O significado de “imagem
de Deus”. A queda: a imagem de Deus se distorce, mas não se perde? Qual o nosso
propósito na vida? A redenção em Cristo: a recuperação gradual da imagem de
Deus. Na volta de Cristo: haverá completa restauração da imagem de Deus. Em que
aspectos somos semelhantes a Deus. De quantas partes compõe-se o homem?
Qual a origem da alma? De onde veio o pecado? Como o pecado de Adão nos
afeta? Como Deus se relaciona com o homem?
O doutor Grudem deixa muito evidente por base nos capitulos 21 à 25 que
fomos criados à imagem de Deus e que possuimos responsabilidades como
criaturas à imagem de Deus.
RESUMO
Wayne Grudem aborda o tema da criação tomando por base o texto bíblico de
Gn 1.27, lemos, “criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou”. A parti do texto sagrado levanta o qustionamento sobre
porque o homem foi criado? Argumenta que Deus não nos criou porque lhe faltava
alguma coisa ou porque necessitava de algo. Podemos pensar que pelo fato de
seres humanos não poderem viver sozinhos, logo Deus não poderia existir em
solidão. Para o autor, Deus não nos criou porque estava se sentido solitário, mas
nos criou para que dessemos louvor e glória. O texto de Isaias 43.7, lemos: todo o
que é chamado pelo meu nome, a quem criei para a minha glória, a quem formei e
fiz". Se não entedermos o significado da criação, tudo fica sem razão e perde o
sentido. O proposito da criação está em glorificar a Deus. Glorificar a Deus confere
propósito e sentido à nossa vida; isso nos dá a alegria na vida que todos desejamos.
Glorificar a Deus é parte da vida que o Senhor Jesus Cristo disse: “Eu vim para que
tenham vida, e a tenham com plenitude” (João 10.10).
3
Wayne Grudem descreve que como criaturas à imagem de Deus, nos fomos
feitos para ser os seus representantes na terra. Assim como um rei que coloca
imagens por meio de estátuas e quadros de si mesmo em todo o seu reino para
mostrar onde ele governa, Deus também, por meio de nós, colocou imagens de si
mesmo em todo o seu mundo. O doutor Grudem salienta que Deus criou os seres
humanos para essa finalidade. Toda a criação é a intenção de mostrar a glória de
Deus. Mesmo a criação inanimada, estrelas, sol, lua e do céu, dar testemunho da
grandeza de Deus: "Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento proclama a
obra das suas mãos. Dia após dia, outro a notícia a outra noite revela conhecimento
"(Sl 19:1-2). O canto de adoração celestial em Apocalipse 4 conecta a criação de
Deus de todas as coisas com o fato de que ele é digno de sua glória: "Digno és Tu,
Senhor, nosso Deus, de receber a glória e a honra e o poder; porque tu criaste todas
as coisas; por sua vontade elas foram criadas "(Ap 4:11). Diante do argumento
proposto descobrimos que a finalidade da criação gira em torno da representação da
imagem de Deus, por isso que ele ordenou a Adão e Eva que frutificassem e se
multiplicassem (Gênesis 1.28). Quando eles replicam a imagem de Deus por toda a
terra, com isso fizeram uma demonstração de todos os lugares em que Deus reina e
domina. De modo espetacular Deus criou o universo para mostrar a sua glória, e é
importante que percebemos que ele não tinha necessidade de criá-la. Deus assim
cria o universo para mostrar a sua excelência. O propósito da Criação mostra sua
grande sabedoria e poder, e, em última análise também mostra seus outros
atributos. Assim lemos em Romanos: pois o que de Deus se pode conhecer é
manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo
os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido
vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que
tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram
como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis
e os seus corações insensatos se obscureceram (Romanos 1:19-21).
Descreve Grudem que como representantes de Deus na terra, também
somos chamados a tomar conta dela. Quando Deus ordenou a Adão e Eva que
sujeitassem a terra e dominassem todos os animais que rastejam sobre a terra
(Gênesis 1.28), ele o fez como um rei de forma tal que o honre. Por isso, embora
estejamos livres para nos beneficiar da abundância da terra de Deus, devemos fazê-
lo de forma a demonstrar cuidado por ela e respeito pelo seu criador.
6
De acordo com o doutor Grudem Deus nos criou para termos uma unidade de
corpo e alma, e que cada ação que fazemos nesta vida é uma ação de nossa
pessoa como um todo, envolvendo, em certa medida tanto o corpo e alma, podemos
continuar dizendo que as Escrituras ensinam claramente que há uma parte imaterial
da natureza do homem. O homem é "corpo e alma" ou "corpo e espírito." Jesus diz-
nos que não temos medo de "os que matam o corpo, mas não podem matar a alma.
Só Deus que pode destruir a alma e o corpo no inferno (Mateus 10:28). Aqui a
palavra "alma" deve referir-se claramente à parte a pessoa existe após a morte. Não
pode significar "pessoa" ou "vida" não faria sentido falar daqueles que "matam o
corpo, mas não podem matar a pessoa" ou "matar o corpo, mas não matar a vida",
pelo menos tem algum aspecto de a pessoa que continua a viver após o corpo ter
morrido. Além disso, quando Jesus fala de "alma e corpo" parece ser a pessoa
inteira falando claramente, mas não especifica o "espírito" como um componente
separado. A palavra "alma" parece denotar a parte do homem, que não é física.
Grudem descreve que pecado é, em essência, a contradição na excelência de
seu caráter moral devido a imagem de Deus em nós. Pecado é viver amparado pela
autossuficiência do governo pessoal em rebeldia ao ideal divino.
Mesmo antes da desobediência de Adão e Eva, o pecado já estava presente
no mundo angélico com a queda de Satanás e seus demônios. Mas no que diz
respeito à raça humana foi o primeiro pecado de Adão e Eva no Jardim do Éden
(Gênesis 3:1-19). Que comer da árvore do conhecimento do bem e do mal é, em
muitos aspectos típicos do pecado em geral. Primeiro, o pecado ataca a base de
conhecimento, porque ele dá uma resposta diferente à pergunta: "Que é a verdade."
Enquanto Deus disse a Adão e Eva morreriam se comessem do fruto (Gênesis
2:17), a serpente disse: "Não é verdade, eles não vão morrer!" (Gn 3:4). Eva decidiu
duvidar da verdade da Palavra de Deus e conduzido um experimento para ver se
Deus tivesse dito a verdade.