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Nome: Nicholas Moreno Rodrigues DRE:115151396

Fim do terrorismo no XXI? Qual é o papel dos EUA no início das guerras
assimétricas das Nações pelo o poder e recursos naturais?

Nesse século de transformações em que vivemos, uma causou muito impacto aos
analistas internacionais, o declínio político e econômico que vem acontecendo com os Estados
Unidos. Uma nação que obteve sucesso e prosperidade nos últimos anos, agora, se vê perdendo
espaço para o gigante Chinês.

Essa grande nação, que vem acumulando um desenvolvimento industrial, econômico,


político e social, superior aos outros países desenvolvidos, sobretudo, aos subdesenvolvidos,
impôs sua superioridade aos governos que tinham que ser submissos às suas vontades. “Nada
ofusca a percepção mais do que o sucesso. E os Estados Unidos tiveram uma farta dose de
sucessos nos últimos 200 anos.” (WALLERSTEIN, 1990. 27)

Os Estados Unidos possuem a tecnologia mais avançada do mundo,


que se encontra nos aparelhos em nossas casas por todo o país, nas
redes de comunicações e transporte, na infraestrutura nacional, nos
instrumentos da exploração espacial e, é claro, no equipamento militar
disponível às nossas Forças Armadas. Como resultado desse acúmulo
de tecnologia, os norte-americanos consideram que a vida nos Estados
Unidos é mais confortável, que a nossa produção compete com mais
sucesso no mercado mundial e que, portanto, nós certamente
venceremos qualquer guerra a que outros possam nos arrastar.
(WALLERSTEIN, 1990. 21)

Essa vaidade e ego norte americano, fica evidente quando o país, gozando de
superioridade tecnológica, econômica e militar, faz-se uma política externa que se beneficiou
como Estado-Nação, além das empresas privadas instaladas nos Estados Unidos em detrimento
de outros países. “(...)a saber, que os outros países são menos modernos – modernidade
significando grau de desenvolvimento tecnológico.” (WALLERSTEIN, 1990. 21).

Essa cultura americana, sempre viu as outras nações como pequenas e sem forças de
liderar à economia global e o mundo como um todo. “Ninguém parece ter o mesmo grau de
energia e ambição que temos: todos são menos inventivos na busca de soluções a problemas
grandes ou pequenos, todos estão enredados em modos tradicionais e/ou formais de agir.”
(WALLERSTEIN, 1990. 22)
Essa superioridade que os próprios americanos se veem, fica evidente no nacionalismo.
Pois há uma visão moral e cultural nos Estados Unidos que todos os indivíduos, espalhados por
diversos países e nações, têm o desejo de morar e viver o ‘pode de vida americano’.

O nacionalismo, por certo, não é um fenômeno limitado aos Estados


Unidos. Os cidadãos de quase todos os países são patrióticos – e
frequentemente chauvinistas. Os Norte Americanos sabem disso, com
certeza. Mas tendem a ressaltar que muitas pessoas, no mundo inteiro,
querem emigrar para os Estados Unidos e que nenhum outro destino
imigratório parece ser tão popular – e tomam isso como uma
confirmação da sua crença na virtude superior dos Estado Unidos
como nação. (WALLERSTEIN, 1990. 20)

Os Estados Unidos, sempre se mostraram preocupados no cenário internacional com


possíveis adversários que poderiam atrapalhar sua hegemonia global. Isso fica evidente desde
à década de 1950, com à guerra fria, os governos contrários aos seus regimes, sofriam pressão
política e embargos econômicos para se curvarem as suas vontades. Para impor seu projeto ao
sistema capitalista, onde atenderia as vontades dos governos americanos e de suas empresas.
Todavia, vem um concorrente que ameaça a tomar seu posto.

Na economia-mundo, os Estados Unidos começaram a enfrentar não


só o avanço ávido de seus concorrentes na Europa Ocidental e no
Japão, mas também o aparente sucesso de políticas
“desenvolvimentistas” de grande parte do resto do mundo, concebidas
expressamente para restringir a capacidade percebida de os países
centrais acumularem capital à custa dos países periféricos.
(WALLERSTEIN, 1990. 29)

Historicamente, os EUA, sempre foi a potência diplomática, econômica e política no


mundo todo, exercendo influência nos rumos da economia, sendo voz moderadora nas trocas
comerciais e líder do desenvolvimento da economia global. Todavia, nos últimos anos, um país
que na década de 1990 tinha um PIB sem relevância no cenário internacional, nos anos 2000,
dispara com um crescimento avassalador, a seguir a tabela que ilustra esse crescimento.
Esse gigante, vem ganhando espaço e automaticamente, ameaçando a hegemonia
global da China, que se destaca com seu avanço tecnológico impressionante e seu deslanchar
em crescimento tecnológico e econômico nos últimos anos que é o sonho de consumo de
diversos países. A seguir, a tabela mostra a evolução dos PIB’s de diversas nações:

Fica evidente que a China tem um projeto de desenvolvimento tecnológico e econômico


que não é de agora. Esses avanços podem ser observados de anos atrás. A consequência desse
avanço é a perda de hegemonia, que no começo do texto eu pude apontar, dos EUA. Esses
países que vem crescendo não só economicamente e tecnologicamente, mas também
militarmente, os EUA, não pode mais retardar esses avanços. Coisa que foi feita por alguns anos,
para que os Estados Unidos continuassem como o único país à frente aos outros no
desenvolvimento. Nesse mundo moderno, à globalização deu avanços em conectar mercados e
pessoas, todavia, trouxe um mundo cheios de incertezas econômicas e políticas, o medo se
tornou muito, sem saber como seria o futuro da guerra comercial entre os EUA x China.

Nesse mundo incerto, o acirramento de um conflito não explicito entre os EUA vs China,
é refletido por Estados aliados de ambos, em diversos países, tomaram medidas ‘autoritárias’
para se protegerem contra ou EUA ou China. Esse comportamento criou uma violação
sistematicamente os direitos civis dos indivíduos para se manter o poder, abriu uma perigosa
volta no passado. Valeu ressaltar que não é de hoje que governos, sejam de esquerda ou de
direita, violaram nas palavras de Zygmunt Bauman:

O que agora ameaça o planeta não é apenas outra rodada de danos


auto-infligidos (um traço muito constante da história da humanidade),
nem outra catástrofe de uma longa série (que tem atingido a
humanidade repetidas vezes em seu caminho até a condição atual),
mas a catástrofe de todas as catástrofes, que não deixaria para trás
nenhum homem que pudesse registrá-la, refletir sobre ela e daí extrair
uma lição muito menos aprender e aplicar essa lição. (Bauman. 2006.
96)

Nessa disputa, pelo o poder e controle da economia global, uma estratégia usual
adotada pelos os EUA é desestabilizar seu oponente. Com a eminência perda de protagonismo,
o país americano recorreu a canais de debate de direitos humanos internacionais, para
desestabilizar o regime Chinês, vale ressaltar qual narrativa foi usada durante a guerra fria.

Durante a Guerra Fria, a proteção da “democracia e do mundo livre”


era percebida como requerendo a tolerância e, inclusive, o apoio ativo
às violações de direitos humanos direcionadas contra os “inimigos da
liberdade”. (DONNELLY. 2003. p.338)

A ameaça Chinesa, criou um alerta para o governo de Donald Trump, com disputa sem
precedentes, a temperatura entre os dois países (EUA vs China), aumentaram drasticamente
com a guerra comercial. Os produtos foram sobretaxados, gerando prejuízos econômicos para
ambos, sobretudo, para o comércio internacional. A história recente do mundo, mostra que a
guerra declarada de ambos países, trás consigo um prejuízo inimaginável, ou seja, as guerras
do XXI não são declaradas oficialmente.

O terrorismo político seria, ao contrário, “o instrumento ao qual


recorrem determinados grupos para derrubar um governo acusado
de manter-se por meio de terror” (...)O atentado político seria,
nessa perspectiva, uma expressão do terrorismo político, um momento
catalisador do mesmo, enquanto este último seria, nessa acepção
clássica, uma resposta ao terror do Estado, por parte de grupos orga-
nizados e ideologicamente homogêneos que desenvolvem a sua
luta clandestinamente, tentando despertar a consciência popular(...).
(SEIXAS. 2008. p 11).

Vale ressaltar que a politica de confronto adotado pelo o presidente Donald Trump, não
favorece à economia do seu país muito menos a do mundo, entretanto, a estratégia populista
adotada é para ganhar forças na sociedade e aumentar o apoio interna de seus cidadãos.
Atualmente, o maior credor da dívida dos títulos públicos americano, é a China. Ficando evidente
que essa tomada de decisão é para trazer ganhos políticos, pois o presidente Trump quer
arrematar votos com ações populistas.

(...)é que o populismo passa a ser considerado um mero epifenômeno.


Analisam-se os conteúdos sociais (interesses de classe ou de outros
grupos sociais) a que ele supostamente dá voz, mas não se começa
sequer a considerar a possibilidade de que, talvez, algumas
alternativas políticas eventualmente desejáveis só possam ser
atingidas por meio da operação da lógica populista. (MARCELO. 2018.
p.76)

Conclusão:
Essa pequena pesquisa teve como foco central analisar a posição dos EUA no cenário
internacional, visto que, uma nação que teve como papel central em todas as negociações
diplomáticas, vem perdendo protagonismo com a ascensão da China. A política populista do
presidente, Donald Trump, vem influenciando a retirada do protagonismo Americano no tabuleiro
internacional, uma estratégia de ganhar apoio interno com políticas populistas.

Referência:

Bauman, Zygmunt. Medo liquido. 2006 p 07-231

DONNELLY, Jack. Direitos Humanos como consequência da guerra contra o


terrorismo. 2003. p 333-353

MARCELO, GONÇALO. Crítica da razão populista. 2018. p 74-86

SEIXAS, Eunice de Castro. “Terrorismos” uma exploração conceitual. 2008. p 9-24

WALLERSTEIN, Immanuel. Os Estados Unidos o mundo: as Torres Gêmeas como


metáfora. 2002. p 19-36

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