UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

FACULDADE DE HISTÓRIA – CAMPUS BRAGANÇA

AMAZÔNIA II
Professor Filipe Menezes Soares

Cronograma:
A disciplina será composta de dois eixos temáticos: a Cabanagem e a Economia da
Borracha. A tentativa consiste em partir de dois marcos, dois acontecimentos específicos
e determinantes na história da região. A partir deles resgataremos os processos históricos
do século XIX na Amazônia. Partiremos dos imbróglios em relação ao processo de
independência, adentrando o período regencial a partir da Cabanagem e suas discussões
historiográficas. Tendo como pano de fundo a revolta, tentaremos caracterizar
socialmente a Amazônia do período. Ao avançarmos rumo a segunda metade do século
XIX, impossível não discutir a economia da borracha, o que quase consensualmente foi
tratado como seu primeiro ciclo. Priorizarei a princípio as questões concernentes ao
debate econômico e as relações de trabalho, para depois desembocarmos numa
abordagem discursiva do processo em questão e assim podermos finalizar com as
discussões em torno das modernizações urbanas durante a fase de enriquecimento.
Avaliação:
Será composta de duas avaliações. As notas serão atribuídas de acordo com a performance
individual de cada aluno. Primeiro, logo no início da disciplina, aproveitaremos a parada
em virtude dos feriados para que os alunos se dediquem à elaboração de uma resenha
crítica a partir de dois artigos a serem escolhidos entre quatro dos que inicialmente
trabalharemos sobre a Cabanagem. A discussão inicial pretende captar as abordagens
historiográficas da revolta, a relação política da província do Pará com o restante do país
e a questão do conceito de cidadania durante os anos de disputa política na região.
A segunda avaliação remete, respectivamente, ao segundo bloco da disciplina, onde
trataremos da economia da borracha. Dividiremos a sala em grupos para que cada um
desses coletivos apresente em conjunto um determinado texto, ou parte de texto. A
avaliação será individual. Contar-se-á a participação, tempo de fala, relevância do
discurso e demonstração de leitura crítica e associada entre os textos da disciplina.
Aulas:
1º bloco
(09/10): Apresentação da disciplina. Divisão dos grupos e exposição de metodologia.
(10/10): Leitura e discussão dos artigos a serem resenhados: “A difícil tarefa de acomodar
a província do Grão-Pará ao Império do Brasil (...)” (PDF) + “Do sentido aos significados
da Cabanagem: percursos historiográficos” (PDF).
(11/10): “A revolta popular revisitada: apontamentos para uma história e historiografia
da Cabanagem” (PDF) + “Cabanagem, cidadania e identidade revolucionária” (PDF).
(12-15/10): Produção de resenha crítica sobre dois dos quatro artigos abordados até então
em sala de aula.
(16/10): Entrega dos exercícios avaliativos. Discussão dos artigos: “Multiplicidade da
guerra cabana: notas sobre os atores indígenas” (PDF) + “De mocambeiro a Cabano:
notas sobre a presença negra na Amazônia na primeira metade do século XIX” (PDF).
(17/10): Discussão dos artigos: “As faces da Malvadeza (...)” (PDF) + “Estado provincial
e controle sobre os agentes do comércio no Grão-Pará do pós-cabanagem” (PDF).
(18/10) – Orientação. Sem aula.
2º bloco
(21/10): Discussão do texto e mediação discente: “A Borracha na Amazônia: Expansão e
decadência (CAP. 1)”.
(22/10): Discussão do texto e mediação discente: “A Borracha na Amazônia: Expansão e
decadência (CAP. 4)”.
(23/10): Discussão do texto e mediação discente: “A ilusão do Fausto (PREFÁCIO –
INTRO – CAP. 1)”.
(24/10): Discussão do texto e mediação discente: “A ilusão do Fausto (CAP. 1 e CAP. 2)
(28/10): Discussão do texto e mediação discente: “Belém: riquezas produzindo a Belle
Epoque (CAP. 4)”.
(29/10): Discussão do texto e mediação discente: “Amazônia: as vozes do rio (CAP. 3)”.
(30/10): Discussão do texto e mediação discente: “Amazônia: as vozes do rio (CAP. 3)”.
(31/10): Discussão do texto e mediação discente: “A invenção da Amazônia (A árvore
que chora)”.
(01/11): Discussão do texto e mediação discente: “A invenção da Amazônia (A árvore
que chora)”.