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DIVERSOS MÉTODOS DE
TREINAMENTO
Professor:
Me. Ricardo Azenha L. Albuquerque
DIREÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Entender o funcionamento e a aplicação de casos no processo de treinamento.
•• Discutir o funcionamento de jogos vivenciais em treinamentos corporativos.
•• Analisar as maneiras de se aplicar dinâmicas e dramatizações em grupos
de treinamento corporativo.
•• Aprender a estruturar um centro de treinamento e desenvolvimento.
•• Conhecer algumas dinâmicas de grupo que podem ser utilizadas na prática
PLANO DE ESTUDO
Caro(a) aluno(a), o assunto que será abordado nesta unidade tem como tema
o desenvolvimento e a aplicação de diversos métodos de treinamento. Você
irá perceber que este é um dos pontos mais importantes e que merece total
atenção justamente por tratar das ferramentas utilizadas no trabalho de treinar
e desenvolver as pessoas.
Existem diversas maneiras de propiciar o desenvolvimento pessoal, mas
por uma questão de tempo, iremos nos ater àqueles que julgamos ser os mais
importantes: o estudo de caso, os jogos em T&D e as dinâmicas de grupo e dra-
matizações. Cada uma dessas ferramentas possui particularidades e situações
específicas onde devem ser utilizadas.
Iremos verificar que o estudo de caso é muito bom de ser utilizado quando
o objetivo seja discutir ações tomadas por empresas similares àquela em que es-
tejamos atuando, de modo a permitir que o grupo em treinamento reflita sobre
os problemas e desafios, superados ou não, pelas organizações em estudo, de
modo a ser referência.
Apresentaremos alguns jogos utilizados em T&D que permitam contribuir
com o desenvolvimento dos participantes de modo lúdico e, por fim, nosso foco
será as dinâmicas de grupo, conhecidas pela maioria das pessoas que atuam
com RH mas, na maioria das vezes, mal conduzidas, o que pode ter resultados
catastróficos. Assim, vamos expor a você que dinâmicas são excelentes ferra-
mentas de desenvolvimento apenas quando bem aplicadas.
Esperamos que esta unidade seja bastante proveitosa e possa contribuir
com o seu crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional.
introdução
6 Pós-Universo
O Estudo de Caso
Uma boa opção para ser utilizada em programas de T&D é o estudo de caso.
O estudo de caso segundo Andrade (1999, p. 37), é uma técnica que “foi idealiza-
da pela escola de administração da Universidade de Harvard, e difundida na Segunda
Guerra Mundial, para treinar e analisar dirigentes de empresas”.
Segundo Garvin (2003), conhecido como método de caso, esta técnica de estudo
surgiu primeiramente na Faculdade Direito de Harvard, mais ou menos em 1870.
E, posteriormente, se estendeu como método de ensino adotado pelas Escolas de
Negócios e de Medicina, como uma forma de demonstrar a aplicabilidade daquilo
que era trabalhado em sala de aula.
Ressalta-se, assim, que o foco do método de caso estava em transformar a teoria
em prática. Para isso, buscava-se o uso de recursos diversos que possibilitassem ao
aluno obter experiência na tomada de decisão de maneira adequada (GARVIN, 2003).
Garvin (2003) enfatiza ainda que os processos de preparação e discussão dos
denominados “casos” com os grupos proporcionam realismo, compromisso e inte-
ração. E nos dias de hoje, pelo avanço da tecnologia e meios de comunicação, não
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reflita
Nem sempre as análises sobre o caso proposto trazem soluções que atendam
as expectativas do instrutor ou da empresa, mas, mesmo assim, esta técnica
de T&D continua sendo uma ferramenta eficiente. O que você pensa disso?
8 Pós-Universo
saiba mais
Diante das transformações constantes pelas quais perpassam as organi-
zações, torna-se necessário investir cada vez mais em aprendizagem de
treinamento e desenvolvimento. E estes programas de T&D precisam também
se adaptar por meio da capacitação dos profissionais das organizações a
obterem informações e a desenvolverem conhecimentos específicos para
as suas atividades. A pesquisa aqui apresentada em artigo científico teve o
intuito de estudar práticas de T&D de empresas dos mais diversos ramos de
atividade, entrevistando os gestores dessas empresas ou responsáveis pela
área de Gestão de Pessoas.
O link abaixo permite acessar o artigo e conferir os resultados:
<http://www.convibra.com.br/upload/paper/2012/34/2012_34_5189.pdf>.
Outro ponto que merece atenção é a forma de elaboração do estudo de caso para
ser utilizado em T&D. É necessário que se tenha claramente definido o objetivo a que
se propõe o caso que será utilizado como técnica de T&D, como também o objetivo
da capacitação. O autor Gil (2004) propõe três classificações que se mostram impor-
tantes e podem guiar os gestores que se propõem a utilizar esta técnica de T&D.
São elas: (1) caso ilustração, (2) caso análise, (3) caso problema, conforme tabela
1 apresentada a seguir:
Pós-Universo 9
A classificação de casos do autor Gil (2004) traz algo em comum como ponto de
partida, que é a apresentação de uma situação, seguida de uma proposta de ação.
Tais pontos se mostram como uma vantagem na utilização do estudo de caso em
T&D, principalmente por “simular” uma realidade e a partir dela permitir observar com-
portamentos e atitudes por parte do treinando ou grupos, ao mesmo tempo em que
se conhece o seu posicionamento e/ou propostas de soluções para o caso relatado.
Buscando elucidar sobre o desenvolvimento do estudo de caso e seu uso em
T&D, a seguir será apresentado como os casos de ensino podem ser elaborados.
saiba mais
Fernanda Pereira é assistente de T&D de uma grande rede de varejo e utilida-
des domésticas, que atua nas mais diversas regiões do país. A empresa tem
enfrentado alguns problemas de relacionamentos entre os colaboradores
em muitas de suas filiais. Os gestores solicitaram então a elaboração de um
programa de T&D que pudesse ser aplicado de modo a direcionar melhor
os colaboradores destas filiais, e assim, melhorar os seus relacionamentos
interpessoais. Diante desta necessidade, Fernanda “filtrou” as principais si-
tuações apresentadas pelos gestores das filiais, transformou essas situações
em casos com personagens fictícios e propôs a utilização do método de
caso como técnica de T&D para o problema manifestado. O principal argu-
mento de Fernanda foi: “Vamos utilizar situações vivenciadas no dia a dia
dos colaboradores, assim, será possível identificar a postura que cada um
tem diante dessas situações, e, ainda melhor, solicitar as soluções para as
situações apresentadas”.
Considerando as características sobre o uso estudo de caso em T&D,
como pode ser avaliada a proposta de Fernanda?
Fonte: O caso e personagens são fictícios.
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Para Roesch (2007), o texto acadêmico apresenta uma estrutura analítico-linear que
comporta: Problema, Revisão de Literatura, Métodos, Pesquisa Empírica, Resultados,
Análise e Conclusões. Para a elaboração do Caso de Ensino, vamos utilizar uma es-
trutura narrativa temporalmente segmentada, conforme apresentado a seguir na
Figura 1.
Perceba, caro(a) aluno(a), que estas etapas são aqui apresentadas no sentido de
orientá-lo(a) quanto à elaboração de casos para uso em T&D. É necessário pesquisar,
levantar informações da empresa e/ou do tema-chave da capacitação, pois, desta
forma, o caso elaborado cumprirá com o seu objetivo maior, de capacitar adequa-
damente os participantes.
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fácil e, muitas vezes, em multimídia, ou seja, animações, vídeos, filmes etc., em outras
palavras, informações em meios muito mais interessantes para esta geração do que
a leitura. Não iremos discutir o fato da leitura ser um hábito que deva iniciar nos pri-
meiros anos de vida, a questão é que, na nossa realidade, a maioria das pessoas não
gosta de ler, preferindo adquirir o conhecimento pelas ferramentas mais dinâmicas
das multimídias.
Como o contexto no qual estamos inseridos nos leva a nos deparar com pessoas
que não aprenderam a estudar, é necessário buscar alternativas e mais, estas preci-
sam ser lúdicas para que se possa ter um resultado considerável.
Você pode estar se questionando, eu não vou dar treinamento em universidades,
por que me preocupar com isso? A resposta para isso é que o processo de aprendi-
zagem é o mesmo, seja qual for o ambiente.
Quando pensamos em T&D nossa dificuldade aumenta, uma vez que as pessoas
que participam dos mesmos querem sempre algo dinâmico, até porque, na maioria
das vezes, elas estão indo ao treinamento por imposição da empresa.
Você já percebeu que as palestras de autoajuda são, na maioria das vezes, um
sucesso? Se você analisar friamente essas palestras, irá verificar que 80% do conteúdo
apresentado são apenas histórias engraçadas, de modo a fazer com que as pessoas
se divirtam. Os 20% restantes são conteúdos simples, que a maioria já conhece, mas
que por ter tido contato de maneira tradicional, não se interessou pelos mesmos.
Por isso, uma das melhores maneiras de fazer as pessoas aprenderem é utilizando-
-se de ferramentas lúdicas. É ai que entram os jogos.
Segundo Gramigna (2007, p.13), “os jogos foram usados pela primeira vez como
instrumento de treinamento de executivos na década de 1950, nos Estados Unidos.
Posteriormente, devido aos resultados alcançados, tiveram grande aceitação na
Alemanha e Inglaterra”.
No Brasil, segundo a mesma autora, os jogos chegaram em 1980. Veja que traba-
lhar com jogos não é uma novidade, entretanto, o contexto atual se mostra muito
promissor para a utilização dos mesmos.
Os jogos são uma opção de treinamento muito viável pelas vantagens e resulta-
dos que estes proporcionam, sendo:
““
A aprendizagem vivencial é consequência do envolvimento das pessoas
em uma atividade na qual, além de vivê-la, elas têm a oportunidade
de analisar o processo de forma crítica, extrair algum insight útil dessa
análise e aplicar o aprendizado em seu cotidiano (p.14).
Por fim, o que diferencia o jogo de empresas de outras técnicas vivenciais, segundo
Gramigna (1997, p.16), “é a possibilidade de identificar vencedores e perdedores. As
regras de um jogo de empresa determinam tempo de duração, o que é permitido e
proibido, espaços e limites dos jogadores, formas de angariar pontos”.
Como pode ser visto, a utilização de jogos é uma maneira lúdica de trabalhar o
comportamento das pessoas em um ambiente controlado e, com isso, permitir que
estas possam observar suas atitudes e oferecer feedback apropriado. O importante
é ficar atento(a) ao fato de que, mesmo que possam ser utilizados em treinamentos,
os jogos continuam sendo jogos, e podem distorcer os objetivos que se esperam al-
cançar, assim, recomendamos a utilização destes com cuidado.
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Dinâmicas de Grupo
Perceba que diversos motivos levam as pessoas a buscarem os grupos e, por conta
disso, trabalhar com dinâmicas de grupo é uma forma de simular em um ambien-
te controlado o comportamento dessas pessoas nessas situações que as levam a
buscar os grupos.
Podemos conceituar dinâmica de grupo, conforme Militão e Militão (2000, p.22),
como “toda atividade que se desenvolve com um grupo, que objetiva integrar, desi-
nibir, ‘quebrar o gelo’, divertir, refletir, aprender, apresentar”.
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saiba mais
O surgimento das dinâmicas de grupo
Kurt Lewin, em 1945, foi quem criou a expressão Dinâmica dos Grupos
(Group Dynamics), explicando o conceito de dinâmica no sentido habitual da
física, como o oposto à estática. Em 1945, Lewin funda o Research Center for
Group Dynarnics (Centro de Pesquisas para Dinâmica de Grupo), no Instituto
de Tecnologia de Massachusetts. Em 1946, o Estado de Connecticut (EUA)
quis desenvolver um programa pedagógico, visando a minimizar os confli-
tos raciais no país, e convidou Kurt Lewin, Ronald Lippitt (psico-sociólogo
que trabalhava com Lewin e tinha vasta experiência com escotismo e pro-
blemas de jovens), Keneth Benne (filósofo-pedagogo) e Leland Bradford
(especialista em educação e formação de adultos). Durante esse encontro,
a equipe descobre, por feliz acaso, o efeito benéfico daquilo que se chama-
ria mais tarde de feedback, através das discussões surgidas, da exposição
de sentimentos, da explanação de cada um sobre conceitos da psicologia
social e da contribuição aos trabalhos grupais de todas as ciências humanas.
Fonte: (MILITÃO, Albigenor; MILITÃO, Rose. Jogos, vivências & dinâmicas
grupais: como desenvolver sua melhor técnica em atividades grupais. Rio
de Janeiro: Qualitymark, 2000, p.22-23).
Boog e Boog (2001, p.125) lembram que o termo que melhor define a pessoa res-
ponsável pela aplicação da dinâmica de grupo é facilitador, “pois este profissional
– tecnicamente preparado – pode facilitar momentos e/ou processos de tomada de
consciência e consequentemente mudança atitudinal e comportamental”.
O facilitador tem inúmeras responsabilidades com a condução do grupo a par-
ticipar de dinâmicas, entretanto, Boog e Boog (2001) destacam:
Uma ressalva muito importante é o fato de dinâmica não ser jogo. Muitas pessoas
aplicam jogos de empresa acreditando serem dinâmicas e conduzindo o processo
como tal. Tratar um jogo como uma dinâmica pode ser muito perigoso, justamen-
te pelo caráter psicológico que a dinâmica envolve. Aliás, é preciso entender que
qualquer atividade que exponha as pessoas perante um grupo necessita de muito
cuidado para evitar problemas de ordem psicológica para as mesmas. Assim, recomen-
do que ao sentir a necessidade de utilizar dinâmicas de grupo, busque se capacitar
ou procure ajuda de um profissional. O ser humano é bastante complexo e mesmo
em atividades que acreditamos serem simples podemos estar causando um grande
mal e sofrimento para os participantes.
saiba mais
“O objetivo da dinâmica, que é um processo seletivo em grupo, é ver como
o profissional vai se comportar em situações como aquela no ambiente de
trabalho”, explica Liliane Veinert, sócia diretora da CV Consult.
No entanto, as competências que estão sendo avaliadas são particularidades
dos processos seletivos. “Você não sabe o que a empresa está consideran-
do como diferencial”, diz Matilde Berna, diretora de transição de carreira da
Right Management.
A notícia completa pode ser lida no link: <http://exame.abril.com.br/carreira/
noticias/6-dicas-de-ouro-para-se-dar-bem-uma-dinamica-de-grupo>.
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Outra questão que precisa ser esclarecida é o fato de dinâmicas de grupo não serem
terapia em grupo. Apesar da existência de técnicas terapêuticas que se utilizam de
dinâmicas de grupo, como o psicodrama, a diferença irá acontecer justamente na con-
dução e processamento do exercício, por isso reiteramos a necessidade de pessoas
com competência no assunto assumirem o papel de facilitadores. Moscovici (2001,
p.19) lembra que “não existem linhas divisórias rígidas entre educação e terapia”, para
a autora, a “educação tem componentes terapêuticos e a terapia tem componentes
educacionais”, ou seja, ambos têm como objetivo ajudar o indivíduo a adquirir e de-
senvolver comportamentos mais funcionais que os utilizados até o momento.
Ao se decidir por aplicar dinâmicas de grupo, Andrade (1999, p.33) sugere:
““
1. Quando for escolher um trabalho em grupo, faça as seguintes perguntas:
b) Para quem?
c) É mensurável?
Na dinâmica:
No Fechamento:
f ) Avalie o trabalho;
O que vimos nesta aula a respeito de dinâmicas de grupo é fundamental para treina-
mento e desenvolvimento. Como dissemos anteriormente, dinâmicas são excelentes
ferramentas para serem utilizadas em programas de treinamento, principalmente
naqueles que procuram contribuir com o desenvolvimento comportamental dos
colaboradores. Entretanto, lembramos mais uma vez da importância de saber o que
se está fazendo, pelo risco de “tumultuar” o psicológico dos participantes.
reflita
Será que as empresas realmente estão utilizando de técnicas sofisticadas
de treinamento do tipo simuladores de guerra?
atividades de estudo
1. Caso ilustração.
2. Caso análise.
3. Caso problema.
a) 1, 2, 3
b) 3, 2, 1
c) 3, 1, 2
d) 2, 1, 3
e) 1, 3, 2
3. Os jogos são uma opção de treinamento muito viável. Sabendo disso, assinale a al-
ternativa correta que aponte as vantagens e resultados que estes proporcionam:
4. Complete as lacunas:
Resposta:
5. São diversos os motivos que levam as pessoas a buscarem os grupos e, por conta
disso, trabalhar com dinâmicas de grupo é uma forma de simular em um ambien-
te controlado o comportamento dessas pessoas em grupos. Com essa informação,
relacione corretamente os motivos e benefícios que fazem com que as pessoas pro-
curem se reunir em grupos:
1. Segurança
2. Status
3. Autoestima
4. Associação
a) 1, 2, 3, 4.
b) 3, 2, 4, 1.
c) 2, 4, 3, 1.
d) 1, 4, 2, 3.
1. Aperfeiçoamento.
2. Poder limitado.
3. Orientação e educação.
4. Imagem.
atividades de estudo
Nesta unidade discutimos, na aula 1, a respeito do estudo de caso. Este nada mais é do que uma
ferramenta de estudo específica utilizada em treinamento, de maneira a propiciar conhecimen-
to prático de forma ampla e detalhada em um único caso, sempre tendo uma organização como
objeto de estudo. O resultado deste estudo de caso poderá ser uma história sobre situações es-
pecíficas ocorridas em determinada empresa de modo a explicar ações que foram utilizadas para
elucidar problemas que tenham sido identificados na organização. A maneira mais usual de se
aplicar estudos de caso é proporcionando debates em grupos de participantes dos programas
de treinamento. Sua vantagem se apresenta, basicamente, no fato da utilização dos estudos de
caso ter um custo operacional muito baixo.
Na aula 2, nosso objeto de estudo foi a aplicação prática em métodos vivenciais, também conhe-
cida como Jogos em Treinamento e Desenvolvimento. Os jogos são uma opção de treinamento
muito viável pelas vantagens e resultados que estes proporcionam, sua utilização permite que os
participantes vivenciem situações diversas em ambiente controlado de modo a facilitar a análise
comportamental dos mesmos em frente aos desafios impostos. O que diferencia o jogo de em-
presas de outras técnicas vivenciais é a possibilidade de identificar vencedores e perdedores, o
que muitas vezes permite que o aprendizado ocorra por meio da competição.
Para encerrar esta unidade tratamos, na aula 3, a respeito das dinâmicas de grupo, que são outra
alternativa a ser utilizada em T&D. É importante lembrar que dinâmicas são atividades de expe-
rimentação comportamental e por este motivo não têm vencidos nem vencedores, não podem
ser consideradas jogo e também não devem ser utilizadas como terapia em grupo. O funda-
mental é saber que o facilitador precisa estar muito bem preparado, uma vez que esta atividade
tende a trabalhar com o psicológico dos participantes e desencadear gatilhos emocionais que
precisam ser trabalhados para se ajustar, evitando problemas psicológicos para os participantes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno(a), nesta unidade, foram apresentadas a você algumas das ferramentas mais utili-
zadas em processos de treinamento e desenvolvimento.
Sem sombra de dúvida, as dinâmicas de grupo têm um papel fundamental nos programas de
treinamento. Bom seria se fosse possível adaptar todos os treinamentos para serem utilizados
com dinâmicas de grupo, tamanha a capacidade de se alcançar resultados positivos, entretanto,
como vimos anteriormente, muitas pessoas que participam de dinâmicas acreditam que estão
resumo
fazendo parte de uma brincadeira. Essa percepção tem relação direta com o papel do facilitador
e, se este não tiver realizado um trabalho de conscientização e preparação dos participantes que
irão trabalhar com dinâmicas então, sim, esta nada mais será do que uma brincadeira e, muitas
vezes, nem será uma brincadeira gostosa justamente pelo caráter psicológico que esse tipo de
trabalho exerce.
Assim, é fundamental que o facilitador saiba exatamente o que está fazendo. Reconheço que
essa orientação tem sido repetitiva neste material, mas é justamente para chamar a atenção das
pessoas que se sintam encorajadas a utilizar esta ferramenta. Como dissemos, dinâmicas são ex-
celentes ferramentas, entretanto, utilizadas de maneira errada são muito perigosas.
A partir desse ponto, você já está preparado(a) para implementar e desenvolver treinamentos
em sua empresa.
Muito sucesso!!
material complementar
Na Web
Na construção de programas de treinamento e desenvolvimento, a inclusão de atividades
lúdicas pode contribuir decisivamente não apenas na incorporação dos conceitos, como
também na socialização e na forma mais humana de interação entre as pessoas. Isto tende a
ocorrer porque são nos momentos lúdicos que muitos conseguem “relaxar” devido à adoção
de comportamentos sem artificialismos, sem “máscaras”, bem como a descoberta de que por
trás do papel de colega de trabalho as outras pessoas são seres humanos acima de tudo.
O artigo completo pode ser lido no link:
<http://portal.abtd.com.br/portal/Conteudo/Artigo/detalheArtigo.aspx?id=1542>.
Acesse o site da Sociedade Brasileira da Dinâmica dos Grupos: <http://www.sbdg.org.br/web/
index.php>. Aqui você terá acesso a informações referentes a artigos específicos na área de
dinâmicas de grupo.
referências
ANDRADE, Suely Gregori. Teoria e prática de dinâmica de grupo: jogos e exercícios. São Paulo:
Casa do Psicólogo, 1999.
ARAUJO, Luis César Gonçalves de; GARCIA, Adriana Amadeu. Gestão de pessoas: estratégias e
integração organizacional. São Paulo: Atlas, 2006.
BOHLANDER, George et al. Administração de recursos humanos. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2005.
CONTE, Alvacir C. C.; SCHNEIDER, Ernani J. Educação corporativa: Empresa, lugar de trabalhar e
crescer. Revista ICPG, 2004.
EBOLI, Marisa. O desenvolvimento das pessoas e a educação corporativa. In: FLEURY, Maria Tereza
Leme. As pessoas nas organizações. São Paulo: Editora Gente, 2002.
ELLET, William. Manual de estudo de caso: Como ler, discutir e escrever casos de forma persua-
siva. Porto Alegre: Bookman, 2008.
referências
GAU BENI, Bettyna P. B.; LUCHETI, Wilson David; POERNER, Marcos. Avaliação dos resultados
em treinamento compotamental: como o investimento no capital humano pode retornar às
organizações. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
GRAMIGNA, Maria Rita Miranda. Jogos de empresas e técnicas vivenciais. São Paulo: Makron
Books, 2007.
_____. Jogos de empresas e técnicas vivenciais. São Paulo: Makron Books, 1995.
LOPES, Jorge. O fazer do trabalho científico em ciências sociais aplicadas. Recife: Ed.
Universidade da UFPE, 2006.
MILITÃO, Albigenor; MILITÃO, Rose. Jogos, vivências & dinâmicas grupais: como desenvolver
sua melhor técnica em atividades grupais. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000.
SAUL, Renato P. As raízes renegadas da teoria do capital humano. Sociologias, Porto Alegre, ano
6, nº 12, jul./dez. 2004, p. 230-273.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
resolução de exercícios
1. c) 3, 1, 2.
5. c) 2, 4, 3, 1.
6. a) 4, 2, 3, 1.