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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Graduação em Engenharia Química

Letícia Ferreira Brugger

Laboratório de Física Geral III:

Elementos ôhmicos e não ôhmicos

Belo Horizonte

2018
Objetivos

1. Estudar a aplicação da lei de ohm;

2. Observar que a resistência varia de forma constante em resistores ôhmicos

Introdução

A lei de Ohm afirma que para um dispositivo resistor ôhmico, a diferença de


potencial aplicada é proporcional à corrente elétrica, isto é, a resistência é
independente da diferença de potencial e da corrente. Muitos dispositivos não
obedecem à lei de Ohm, são chamados de bipolos não ôhmicos.

Bipolos Ôhmicos e não ôhmicos, Bipolo (ou dipolo) é todo elemento que possui
dois terminais. Ex: resistor. O resistor é um condutor que oferece uma certa
"dificuldade" de passagem da corrente elétrica. Ele possui a mesma
resistência, não importando qual a intensidade e sentido (polaridade) da
diferença de potencial (ou voltagem) aplicada.

R=V/I

A unidade SI para resistência é o Volt (V) por ampère (A), chamada de ohm
(símbolo W).

Esta equação é válida para qualquer circuito que oferece uma certa resistência
à passagem de corrente elétrica (I), como mostrado no circuito abaixo:

Figura 1. Circuito com uma resistência.

Nos gráficos abaixo veremos a equação V = f(I) para bipolos ôhmicos e não
ôhmicos:
Figura 2. Gráficos das curvas características dos tipos dos bipolos.

Levantando-se, experimentalmente, a curva da tensão em função da corrente


para um bipolo ôhmico, teremos uma característica linear, conforme mostra a
figura 1. Da característica temos tg a = D V / D I , onde concluímos que a
tangente do ângulo a representa a resistência elétrica do dipolo, portanto,
podemos escrever que tg a = R.

O bipolo não ôhmico é aquele cuja característica não é linear, portanto, possui
uma resistência que varia de acordo com o ponto de trabalho. As figuras 2 e 3,
mostram a característica de um bipolo não ôhmico, onde observa-se uma
atenuação do aumento da corrente para um aumento da tensão,
caracterizando a não linearidade.

Afirma-se frequentemente que V=IR é uma expressão da lei de Ohm. Isso não
é verdade! Esta equação de resistência aplica-se a todos os dispositivos
condutores, mesmos que sejam não ôhmicos.

Todos os materiais homogêneos sejam eles condutores ou semicondutores


obedecem à lei de Ohm dentro de alguma faixa de valores do campo elétrico.
Se o campo for forte demais, entretanto, existem desvios da lei de Ohm em
todos os casos.

Desenvolvimento

Inicialmente monta-se o circuito com o resistor. A variação da corrente fazia


com que a voltagem aumentasse linearmente.
A inclinação no gráfico V X i é constante, isso significa que a resistência do
condutor é constante, de acordo com a lei de Ohm; sua resistência independe
do valor absoluto e da polaridade da diferença de potencial aplicada.

Em seguida é trocado o resistor com uma lâmpada. Faz-se o mesmo


procedimento de variar a corrente e obtém os seguintes dados:

O gráfico obtido por V X A é uma curva polinomial de grau 2, ou seja, sua


inclinação não é constante. Portanto, pode-se afirmar que a resistência do
condutor varia com a corrente a temperatura do filamento da lâmpada.
Gráfico - Voltagem (V) x Corrente (A) de uma Lâmpada

Logo após, a lâmpada foi substituída por um dispositivo diodo. Ao verificar sua
polarização direta há uma variação na tensão e na corrente, dado os dados:

Observa-se pelo gráfico que no procedimento utilizando o dispositivo diodo a


curva cresce e em determinado ponto ela para de crescer e passa a assumir
valores que se aproximam cada vez mais de um ponto chamado de barreira de
potencial. Porem, ao se inverter a polarização do dispositivo ela não conduz
corrente devido ao fato de que a barreira de potencial aumenta, bloqueando a
passagem de corrente. Se a tensão inversa supera certo valor, a corrente
aumenta rapidamente o que pode provocar a destruição da junção.

Conclusão

Durante a realização da prática em laboratório conseguiu-se reproduzir e


visualizar os efeitos do comportamento dos elementos ôhmicos e não ôhmicos
em cada um dos experimentos trabalhados. Com o auxílio dos gráficos
traçados observou-se que o resistor é um elemento ôhmico e o diodo e a
lâmpada não. No diodo, conforme o sentido da corrente, o comportamento é
diferenciado, deixando passar a corrente ou impedindo a passagem desta
como um resistor de resistência infinita. Na lâmpada a resistência mudava
conforme variava a temperatura do filamento, quanto maior a temperatura do
filamento, maior sua resistividade. Verificou-se, com o experimento, que o
gráfico de um elemento ôhmico corresponde a uma reta, conforme previa a
teoria. Pode-se dizer que os objetivos desta prática foram alcançados
comparando os resultados experimentais.

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