Você está na página 1de 2

LITERATURA

Prof: Roberto Rodrigues

TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO Manchetes de jornais

TEXTO 1 – Descuidar do lixo é sujeira


Diariamente, duas horas antes da chegada do
caminhão da prefeitura, a gerência de uma das filiais
do McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos
plásticos recheados de papelão, isopor, restos de
sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável
banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o
material e acabam deixando os restos espalhados pelo
calçadão. (Veja São Paulo, 23-29/12/92)
EXERCÍCIO
TEXTO 2 – O bicho
Vi ontem um bicho
TEXTO 3 – História - Seca, fenômeno secular na
Na imundície do pátio
vida dos nordestinos
Catando comida entre os detritos.
A história das secas na região Nordeste é uma prova
Quando achava alguma coisa,
de fogo para quem lê ou escuta os relatos que vêm
Não examinava nem cheirava:
desde o século 16.
Engolia com voracidade.
As duras consequências da falta de água
O bicho não era um cão,
acentuaram um quadro que em diversos momentos da
Não era um gato,
biografia do semiárido chega a ser assustador:
Não era um rato.
migração desenfreada, epidemias, fome, sede, miséria.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de
Os relatos de pesquisadores e historiadores datam
Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145). da época da colonização portuguesa na região.
Até a primeira metade do século 17, quem ocupava
CARACTERÍSTICAS as áreas mais interioranas do semiárido brasileiro era a
população indígena. Uma das primeiras secas que se
TEXTO LITERÁRIO TEXTO NÃO LITERÁRIO
tem notícia aconteceu entre 1580 e 1583.
(Revista Ipea, Ano 6. Edição 48 - 10/03/2009, por Pedro
Henrique Barreto).

TEXTO 4 – Asa Branca (Luiz Gonzaga e Humberto


Teixeira - 1947)
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei, ai
A LINGUAGEM LITERÁRIA NO COTIDIANO Meu Deus do céu, ai
Por que tamanha
Memes Judiação
Que braseiro,
Que fornalha,
Nenhum pé de plantação
Por falta d'água
Perdi meu gado
Morreu de sede
Meu alazão
Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse:
Adeus, Rozinha
Guarda contigo
Meu coração
E hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva
Cair de novo
Pra eu voltar
Pro meu sertão
Facebook: ########### 1
Quando o verde dos teus olhos c) Que braseiro,
Se espalhar na plantação Que fornalha,
Eu te asseguro Nenhum pé de plantação
Não chores não, viu d) Até mesmo a asa branca
Que eu voltarei, viu Bateu asas do sertão
Meu coração Então eu disse:
Eu te asseguro Adeus, Rozinha
Eu te asseguro Guarda contigo
Meu coração Meu coração
Eu te asseguro
Eu voltarei
Pro meu sertão

1 – Marque V ou F conforme a veracidade ou não


de cada assertiva:

a) ( ) O texto 3 é um texto literário, com forte


apelo emocional
b) ( ) “As duras consequências da falta de água
acentuaram um quadro que em diversos
momentos” neste fragmento é possível
detectar o impessoalismo.
c) ( ) O texto 4 é literário e está escrito em
forma de poema
d) ( ) ambos os textos 3 e 4 possuem a
mesma temática, apesar de uma
literariedade diferente.
e) ( ) O texto 3 não é literário e o texto 4 é
literário
2 – Quanto ao fragmento do texto 4: “Quando o
verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação” podemos afirmar que:
a) É uma metáfora utilizada para retratar a
recuperação da vegetação após a chegada
do período de chuva na região.
b) É uma linguagem simbólica para enfatizar
os olhos verdes dos moradores locais
c) É uma forma alegórica e irônica de mostrar
os danos causados pela seca, que chegam
ao ponto de fazerem as pessoas de olhos
verdes lacrimejarem
d) É uma crítica aos produtos químicos
utilizados na lavoura para esverdear as
plantações

3 – No fragmento do texto 3: “As duras


consequências da falta de água acentuaram um
quadro que em diversos momentos da biografia do
semiárido chega a ser assustador: migração
desenfreada, epidemias, fome, sede, miséria.” É
mencionado a questão da migração causada
por conta da seca na região, temática que
também pode ser percebida no texto 4, na
seguinte fala do eu-lírico:
a) Meu Deus do céu, ai
Por que tamanha
Judiação
b) Por falta d'água
Perdi meu gado
Morreu de sede
Meu alazão
2

Você também pode gostar