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Lavra Subterrânea
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Disciplina – Lavra Subterrânea


Professor: Patrick Luiz de Castro Rocha Ferreira

Mestre em Tecnologia Mineral – UFMG


Especialista em Gestão da Qualidade – PUC/MG
Especialista em Tecnologia Ambiental – UFMG
Engenheiro de Segurança do Trabalho - UFMG
Engenheiro de Minas – UFMG
Técnico em Meio Ambiente – CEFET/MG
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Disciplina – Lavra Subterrânea


• Conceitos Gerais e nomenclatura;
• Definições e caracterização de depósitos minerais;
• Abertura, desenvolvimento, produção;
• Operações fundamentais em subsolo;
• Classificação dos métodos e nomenclatura;
• Métodos de lavra de minas subterrâneas;
• Equipamentos utilizados em mina subterrânea;
• Ventilação de mina;
• Noções de segurança do trabalho e meio ambiente
integradas a mina subterrânea.
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BIBLIOGRAFIA:
1. Hartman, H.L. – SME Mining Engineering Handbook,
Litlleton, Colorado, SME, 1992, volume 01.
2. FIORIM, Alberto Pio. Fundamentos de mecânica dos solos e
das rochas. Curitiba-PR: UFPR, 2011.
3. BOTELHO, Manole Henrique Campos. Manual de primeiros
socorros do engenheiro e do arquiteto. Edgard Blucher,
2009.
4. RICARDO, Hélio de Sousa; CARALANI,Guilherme. Manual
prático de escavação-terraplenagem e escavação de rocha.
3. ed. São Paulo: Pini, 2007.
5. Curi, Adilson – Lavra de Minas. São Paulo: Oficina de Textos,
2017.
6. Notas de aula.
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BIBLIOGRAFIA INDICADA PARA QUEM QUER TRABALHAR COM
MINA SUBTERRÂNEA:

1. Hartman, H.L. – Introductory Mining Engineering.


2. Hartman, H.L. – SME Mining Engineering Handbook
3. Evert Hoek e Edwin T. Brown – Underground
Excavations in Rock
4. Hustrulid, William A. – Underground Mining Methods
Handbook
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Disciplina : Lavra Subterrânea


Avaliações:

Primeira avaliação – 21/03/2019 – 15 pontos


Segunda avaliação – 09/05/2019 – 25 pontos
Terceira avaliação – 27/06/2019 – 35 pontos
RCC - 06/06/2019 – 10 pontos
Exercícios e trabalhos - 15 pontos
Substitutiva – 04/07/2019
Exame especial – 11/07/2019
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Disciplina : Lavra Subterrânea


1ª Atividade da disciplina de Lavra subterrânea – Data
13/02/2019

1 - Ler e analisar o artigo da revista in the mine (março


e abril de 2017) e pesquisar o que realmente evoluiu no
último ano na mineração subterrânea no Brasil e quais
são as perspectivas futuras de melhoria no setor
subterrâneo.
Entregar individualmente para discussão na aula do dia
20/02/19.
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Nos próximos anos, teremos importantes projetos de mineração
subterrânea entrando em operação:

Projeto de zinco da Votorantim Metais em Aripuanã (Mato Grosso).

O projeto de potássio da Mosaic (Sergipe).

Expectativas como o projeto de urânio em Caetité (BA) sob


avaliação da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) e futuros projetos
de cobre da VALE (PA).

No primeiro semestre de 2017, segundo o CAGED7, houve a criação


de 67 mil novos postos de trabalho formais no setor mineral.
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Lavra Subterrânea

Esta obra é chamada “Mapa do Inferno”, de Sandro Botticelli, a ilustração


retrata os nove círculos concêntricos descritos no Inferno, com todo o
sofrimento dos que tiveram esse, como destino final.
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Lavra Subterrânea
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Aula 01 – Lavra Subterrânea


 Histórico da mineração subterrânea no Brasil

As primeiras catas ou garimpos foram feitos em São


Paulo, em São Vicente, no Vale da Ribeira, e os
bandeirantes paulistas espalharam-se depois por Minas
Gerais, Goiás e Mato Grosso. O ouro e os diamantes dos
aluviões eram retirados manualmente com pás,
lançando-se em calhas, depois bateados, sendo que os
rejeitos eram lançados manualmente em locais
próximos.

Os veios que penetravam nas encostas eram perseguidos


por galerias perfuradas com ponteiros e malhos e,
quando necessário, eram detonados também com
pólvoras caseiras.
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 Histórico da mineração subterrânea no Brasil

O minério era em seguida carregado igualmente por pás


em carrinhos de mão. Os poços verticais ou inclinados,
que se faziam necessários para acompanhar as camadas
ou veios, eram perfurados da mesma forma, sendo o
minério içado em baldes de madeira por sarilhos
manuais.
O transporte mais longo era feito em carroções por
tração animal. As aberturas eram sempre de seções
acanhadas, pouco iluminadas, dificultando o trabalho e
causando danos à saúde dos operários (a maioria
escravos) que nelas trabalhavam. A falta de
conhecimento geológico dificultava sobremaneira o
trabalho.
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 Histórico da mineração subterrânea no Brasil

As primeiras lavras mais sofisticadas foram as de ouro,


que apareceram com a abertura da Mina da Passagem,
em Mariana, em 1819, pelo Barão de Echewege, seguida
por várias outras; a principal delas foi a Mina Velha da
Saint John Del Rey Mining Co., em Nova Lima, em 1834,
em Minas Gerais. Essas duas minas citadas, mas
principalmente a Mina Velha de Morro Velho, eram
consideradas na época como exemplos no emprego de
tecnologia e serviam de referências mundiais, no que
dizia respeito a lavras subterrâneas.
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Aula 01 – Lavra Subterrânea


 Histórico da mineração subterrânea no Brasil
Supõe-se que essas minas tenham sido implantadas com
a melhor técnica existente na época, trazida pelos
engenheiros, seus capitães de mina e mineradores
ingleses (provavelmente de Cornwall) e de alemães,
treinados nos seu países de origem.

Naquele tempo, tudo era muito rudimentar, sendo a


perfuração das rochas sempre feitas com ponteiros e
marretas e utilizando-se pólvora caseira até além de
meados do século XIX. Compare-se a abertura de
galerias com o que se fazia nos Estados Unidos na
abertura dos túneis ferroviários, para atravessar as
Montanhas Rochosas, nos anos da década de 1860, onde
o avanço por fogo(detonação) não ultrapassava 30cm!
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 Histórico da mineração subterrânea no Brasil

É Impressionante verificar que, com tamanha


precariedade de recursos, essas minas tenham
sobrevivido além de meados do século XX.

A Mina Velha em Nova Lima, funcionava em ritmo muito


reduzido até pouco tempo atrás e a Mina de Passagem
foi paralisada por razões econômicas, embora pudesse
ter tido maior vida, caso houvessem sido aplicados os
recursos em bombeamento necessários para drenar um
novo horizonte, que se mostrara com teores bastante
elevados.
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 Histórico da mineração subterrânea no Brasil

Nas lavras subterrâneas nas minas do Grupo Penarroya


de Boquira, na Bahia, e Plumbum, em Panelas, no
Paraná em 1960 foram aplicadas com sucesso as técnicas
francesas de lavra em veios estreitos utilizando o
método de lavra por sub-nível com posterior enchimento
por rejeitos secos da concentração, obtendo-se com isto
elevadas taxas de recuperação na lavra.

Ao mesmo tempo, as minas de Camaquã, no Rio Grande


do sul, foram melhor conduzidas com a cooperação
técnica trazida por engenheiros de minas japoneses da
Mitsubishi.
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 Histórico da mineração subterrânea no Brasil

Outro exemplo importante, foi a implantação do projeto


da lavra subterrânea de calcário da mina de Santa
Helena em Sorocaba, São Paulo, hoje paralisado.

Este projeto recebeu contribuição de tecnologia


finlandesa e constitui-se a única operação subterrânea
de calcário para cimento no Brasil.
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 Histórico da mineração subterrânea no Brasil

A primeira experiência de aplicação de método de lavra


subterrâneo de alta produtividade como sub level caving
(abatimento por sub-níveis) foi feita pela Ferbasa no
Oeste Baiano no final dos anos 70, recebendo a
contribuição dos engenheiros de minas finlandeses.

Outro exemplo moderno de mina subterrânea, foi a


aplicação do método de câmaras e pilares na mina de
Taquari-Vassouras, implantada pela Petrobrás e assistida
por técnicos franceses no início dos anos 80, quando
arrendada para a CVRD, a mesma modernizou
colocando-a em níveis de produtividade internacional.
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Aula 01 – Lavra Subterrânea


 Histórico da mineração subterrânea no Brasil

Quase ao mesmo tempo, foi implantada a Mina Caraíba,


na Bahia, com apoio inicialmente de técnicos
americanos. Posteriormente, uma empresa de
planejamento chilena encarregou-se da revisão do
projeto da mina subterrânea.
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 Histórico da mineração subterrânea no Brasil

Mais recentemente, na Mina Caraíba, na Bahia, no final


dos anos 90, foi implantado um projeto arrojado, no
aprofundamento da mina subterrânea de 500 para 800m
abaixo da superfície. Este projeto teve na fase final
importante contribuição de consultoria canadense,
aplicando-se pela primeira vez no Brasil os métodos VCR
(vertical crater retreat) e VRM (modified vertical
retreat) que proporcionam o aproveitamento dos pilares
fazendo-se o enchimento com pasta de rejeito com 5%
de cimento, permitindo recuperação além de 83%.
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 Histórico da mineração subterrânea no Brasil

Em Minas Gerais foi reaberta e modernizada a mina


subterrânea de ouro de São Bento, em Santa Bárbara,
por técnicos sul-africanos, tendo recebido também uma
contribuição importante de técnicos canadenses na sua
expansão. Paralisada em 2006-2007 e adquirida em 2008
pela AngloGold Ashanti Ltda.
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▫ INTRODUÇÃO
▫ UNDERGROUND MINE

POR QUE LAVRA SUBTERRÂNEA?


▫ Profundidade do depósito*;
▫ Quantidade de material a ser retirado para alcançar o
minério;
▫ Jazidas aflorantes vão se tornando escassas;
▫ Restrições ambientais à lavra a céu aberto;
▫ Aumento do conhecimento do comportamento de
maciços rochosos.
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Aula 01 – Lavra Subterrânea


Profundidade das Minas.

▫ Torres e Diniz da Gama (2005):


▫ Minas pouco profundas ou rasas (até 850m) e profundas
(a partir de 850m).

▫ Dessureault (2004):
▫ Se existe perspectiva de mais de 150m de
profundidade, admite-se a hipótese de mina
subterrânea.
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Aula 01 – Lavra Subterrânea


O progresso e o desenvolvimento tecnológico na
mineração têm por objetivo o aproveitamento máximo
das reservas minerais.

Porém, a cada dia, diminui o número de minas a céu


aberto com minério de alto teor aflorante ou próxima à
superfície.

Assim, verifica-se a tendência de substituição


progressiva, embora lenta, das lavras a céu aberto.
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Aula 01 – Lavra Subterrânea


O desafio tecnológico a ser enfrentado pela área de
lavra de minas e pelos respectivos profissionais vai ser
mais crescente a cada dia...

Novas tecnologias tem sido desenvolvidas para a lavra de


jazidas cada vez mais profundas...

Como consequência desta expansão, aumento do número


de minas subterrâneas no mundo e no Brasil.
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Aula 01 – Lavra Subterrânea

Em depósitos de minério que ocorrem em profundidade


são utilizados alguns métodos subterrâneos de lavra.

Na fase de pesquisa geológica são coletadas informações


importantes ao projeto da lavra, como: características
físico-químicas das rochas, informações geotécnicas e
hidrogeológicas, informações de caráter geográfico e
ambiental, etc.

As técnicas utilizadas na lavra dependem, principalmente,


da forma e da posição do depósito de minério.
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Aula 01 – Lavra Subterrânea

Lagoa/Barragem de Rejeitos
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Aula 01 – Lavra Subterrânea


Raramente o minério ocorre em uma massa isolada, via
de regra, ele está disseminado ou encaixado em rocha
estéril.

Na lavra subterrânea o corpo mineralizado precisa ser


muito bem delimitado por sondagens e galerias. Os
serviços de topografia devem ser muito precisos.

A retirada da maior quantidade de minério removendo a


mínima quantidade de rocha estéril na qual ele está
inserido se constitui em um desafio do projeto de lavra.

Os materiais provenientes das aberturas e acessos


iniciais (desenvolvimento) deveriam se constituir na
única quantidade de rocha estéril transportada à
superfície.
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Aula 01 – Lavra Subterrânea

Diluição não planejada

Diluição planejada
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Operações e Equipamentos
▫ Lavra convencional (cíclica) - explosivos: perfuração,
carregamento e detonação, remoção dos gases, limpeza
da frente;

▫ Lavra contínua - equipamentos que desagregam rocha por


escarificação;

▫ Sistema misto - comum para carvão, corte para face livre


executado por máquina de corte (rafadeira) e execução
de furos para desmonte por explosivo;

▫ Decisão: aspectos técnicos e econômicos, segurança e


mínimo de perturbação ambiental.
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Carregamento
Perfurações

Pesquisa para furação


Detonação

1-
Instalação de suportes Ventilação/umidificação

Abatimento de choco LHD-carregar/transportar/despejar


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Minério a ser retirado

Produção paralisada

Parada de desenvolvimento
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A lavra subterrânea por meio de novas variantes e
equipamentos mais eficientes tem proporcionado a lavra
de corpos com mergulhos quase verticais por meio de
métodos de abatimento.

Estima-se que a relação seja de 1:6 entre minas


subterrâneas e a céu aberto.

As minas mais profunda do mundo estão situadas na


África do Sul – ouro (maior que 4.000 metros), La Ronde
Penna, noroeste de Quebec/Canadá - ouro ( maior que
3.000 metros – fechamento previsto para 2024) e
Austrália (cobre/zinco) aproximadamente 1.800 metros.
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Os principais impactos ambientais são:

O impacto visual mais evidente de uma mina


subterrânea são as construções civis que se destacam no
meio circundante, principalmente as torres dos shafts,
as instalações de tratamento de minério, as pilhas de
estéril e as barragens de rejeito.

Rebaixamento do lençol freático para a proteção das


operações de lavra.

Formação de efluente ácido originado, principalmente,


por carvão e sulfetados.
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Os principais impactos ambientais são:

Contaminação do lençol freático por óleo, graxas e


metais pesados.

Poeiras e gases oriundos da utilização de equipamentos.


Os mesmos afetam principalmente a comunidade da
própria mina.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
GEOMETRIA:

1. Ascendente (overhand): termo associado ao


direcionamento de baixo para cima. Refere-se, por
exemplo, à direção de perfuração ou à direção da
lavra.
2. Descendente (underhand): termo associado ao
direcionamento de cima para baixo. Refere-se, por
exemplo, à direção de perfuração ou direção de
lavra.
3. Atitude: Orientação espacial de uma camada ou
descontinuidade de uma estrutura geológica medida
por direção e mergulho.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
GEOMETRIA:

4. Peito (breast): Avanço, face ou frente de lavra


horizontal.

5. Direção (strike): Ângulo entre o norte geográfico e a


reta formada pela interseção do plano médio da
descontinuidade e um plano horizontal.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
GEOMETRIA:

6. Inby: Direção para o interior da mina, como o fluxo


de materiais, fluxo de pessoas e ventilação.

7. Outby: Direção para a entrada da mina, como fluxo


de materiais, fluxo de ar de exaustão, fluxo de
operários.

8. Mergulho (Dip): Menor ângulo entre o plano


horizontal e o plano médio da estrutura geológica,
descontinuidade ou da camada.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
GEOMETRIA:

9. Plunge: Ângulo formado entre uma feição geológica


da rocha, como o eixo de uma dobra, por exemplo, e
um plano horizontal.

10. trend: Direção de uma feição geológica como, por


exemplo, o eixo de uma dobra.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
GEOLÓGICAS:

1. Capa (hangwall): Rocha encaixante que se localiza


acima do corpo mineral ou a superfície de contato
entre o corpo mineral e a rocha encaixante
sobrejacente.
2. Lapa (Footwall): Rocha encaixante que se localiza
abaixo da camada de minério ou a superfície entre o
corpo mineral e a rocha encaixante subjacente.
3. Overburden: Todo material estéril sobrejacente ao
corpo mineral.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
GEOLÓGICAS:
4. Piso (bottom/\floor): é a superfície inferior da
escavação, podendo até coincidir com o footwall.
5. Pilar: Material que não foi lavrado, podendo servir
como sustentação natural para a escavação.
a) Crown: Pilar visto de baixo, ou seja, o pilar coincide
com o teto. (pilar localizado na parte superior de um
realce).
b) Sill: Pilar visto de cima, ou seja, o pilar é coincidente
com o piso. (pilar localizado na parte inferior de um
realce).
c) Rib: Pilar com porção lateral em relação ao realce.
(pilar localizado lateralmente ao realce).
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
GEOLÓGICAS:

7. Rocha encaixante (country rock/ Wall rock): Rocha


que está em contato direto com o minério.
8. Teto (back/ roof): Superfície superior a escavação.
9. Foliação: Denominação genérica aplicada a qualquer
estrutura planar, repetitiva e penetrativa observada
geralmente em rochas metamórficas quando
acontece a reorientação de minerais.
10. Potência: Espessura de um corpo mineral tabular,
medida perpendicularmente entre seu topo e sua
base.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
ESCAVAÇÕES:

1. Gob: Expressão de método de lavra subterrânea


longwall*, gob é a região onde existe abatimento
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
ESCAVAÇÕES:

Longwall* - é um método muito antigo, originado em


minas de carvão da Europa no século XVII; A aplicação
mais importante do Longwall relaciona-se à mineração
de carvão; Boa parte da produção de carvão de países
como USA, Austrália e China.

Corpos estratiformes tabulares, pouco espessos,


horizontalizados (inclinação até 20°); Distribuição
uniforme de espessuras/teores; Alto grau de
continuidade do corpo de minério.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
ESCAVAÇÕES:

2. Adito (Adit): Escavação subterrânea com orientação


horizontal ou sub-horizontal, que serve como acesso
principal à mina.
3. Bleeder: Escavação subterrânea sub-horizontal
localizada atrás dos painéis de longwall, responsável
pela ventilação dos gases e particulados presentes no
Gob (região de abatimento).
4. Câmara (Room/Board): Escavação subterrânea
horizontal especifica no método de câmaras e
pilares, e consiste em um salão onde é realizada a
lavra de depósitos tabulares.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
ESCAVAÇÕES:

5. Orepass: Escavação subterrânea com orientação sub-


vertical ou vertical para o transporte de minério por
gravidade.
6. Chute: Porção inicial ou final de um orepass. Pode ou
não apresentar dispositivos de controle de fluxo.
7. Drawpoint: Escavação subterrânea ou abertura onde
se realiza a operação de carregamento. Geralmente
localiza-se abaixo do realce.
8. Cone (Bell): Escavação subterrânea em forma de
cone que serve para direcionar o material para um
drawpoint por gravidade o material de um realce
para um drawpoint.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
ESCAVAÇÕES:
9. Cabeceira Drift: Escavação subterrânea com
orientação horizontal ou sub-horizontal primária,
secundária ou terciária, orientada paralelamente a
uma direção principal, ou seja, paralela à direção do
corpo de minério.
10. Entry: Escavação subterrânea, horizontal ou sub-
horizontal, desenvolvimento primário ou secundário.
Caracteriza-se por galerias paralelas múltiplas.
11. Gaveta: Escavação subterrânea horizontal,
desenvolvimento terciário, utilizada para manobras
de equipamentos motorizados.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
ESCAVAÇÕES:

12. Finger Raise: Conjunto de escavações subterrâneas


com orientação sub-vertical para o transporte de
minério por gravidade.
13.Grelha (Grizzly): Conjunto de barras que serve para
prevenir problemas no processo, em geral em orepass,
pela passagem de blocos com tamanhos excessivos.
14. Haulageway (galeria de transporte): Escavação
subterrânea horizontal (sub) que está sendo utilizada
para o transporte de minério e/ou materiais.
15. Granby: Equipamento de transporte utilizado em
operações subterrâneas.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
ESCAVAÇÕES:
16. Lateral: Abertura secundária ou terciária horizontal.
Frequentemente paralela ou anguladas ao haulageway,
geralmente provém à ventilação ou serviço auxiliar.
17. Manway: Escavação subterrânea que está sendo
utilizada para o acesso de pessoas entre níveis e sub-
níveis.
18. Poço Vertical (shaft): Escavação de acesso principal à
superfície com orientação vertical. O transporte de
material é feito pelo skip e o de pessoal pela gaiola.
19. Nível (level): Escavação subterrânea que liga o shaft
até o corpo do minério, ou todas as escavações
relacionadas com esta escavação principal.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
ESCAVAÇÕES:
20. Poço inclinado (slope): Escavação subterrânea de
acesso principal, com uma certa inclinação, que pode
acompanhar ou ligar o corpo de minério.
21. Rampa (Ramp): Acesso inclinado, secundário ou
terciário para conexão de níveis ou sub-níveis, feita com
inclinação limitada para acesso de equipamentos.
22. Realce (Stope): É a escavação resultante da operação
de lavra, possuindo dimensões compatíveis com os
equipamentos.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
ESCAVAÇÕES:

23. Slot: Porção vertical subterrânea feita literalmente


para que se tenha face livre para o desmonte em um
realce.
24. Subida (Raise): Escavação subterrânea com orientação
sub-vertical a vertical, feita de baixo para cima
(ascendente) interligando vários níveis e sub níveis.
25.Descida (Winze): Abertura vertical ou sub vertical,
desenvolvimento secundário ou terciário, escavada de
cima para baixo (descendentemente) interligando níveis
e sub níveis.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
ESCAVAÇÕES:

27. Subnível (Sublevel): Escavação ou conjunto de


escavações subterrâneas com orientação horizontal que
se comunica com o corpo mineral, mas sem ligação
direta com o Shaft.
28. Túnel (Tunnel): Escavação subterrânea
preferencialmente horizontal que possui ligações com a
superfície nas duas extremidades.
29.Travessa (crosscut – encruzilhada): Escavação
subterrânea com orientação perpendicular ou sub
perpendicular a uma orientação de referência, que liga
duas galerias ou liga uma galeria ao corpo de minério.
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TERMOS UTILIZADOS NA LAVRA SUBTERRÂNEA:
ESCAVAÇÕES:

30. Teto (Back/Roof): Superfície superior de uma


escavação subterrânea.

31. Piso ( Bottom/Floor): Superfície inferior de uma


escavação subterrânea.

32. Undercut: Seção ou escavação horizontal, localizada


abaixo de um realce e que tem como objetivo a
promoção de uma de uma face livre ou iniciar o
processo de abatimento.

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