PROFESSORA MICHELE
DISCIPLINA FÍSICA – 2ª FASE B
ADENILDO D’AMBROS
OPTICA DA VISÃO
AQUIDAUANA/MS
MAIO - 2018
INTRODUÇÃO
O olho humano funciona focando a luz sobre uma camada de células fotorreceptoras
chamada retina, que forma o revestimento interno da parte traseira do olho. A focagem é
realizada por uma série de meios transparentes. A luz que entra no olho passa primeiro através
da córnea, que proporciona a maior parte da potência óptica do olho. A luz em seguida,
continua através do fluido logo atrás da córnea, da câmara anterior, em seguida, passa através
da pupila. A luz segue e passa através da lente, que foca a luz adicional e permite o ajuste do
foco. A luz passa depois através do corpo principal do líquido no humor vítreo do olho, e
atinge a retina. As células na retina alinhadas a parte posterior do olho, exceto as saídas do
nervo óptico; resultam em um ponto cego.
Existem dois tipos de células fotorreceptoras, bastonetes e cones, que são sensíveis a
diferentes aspectos da luz. Os bastonetes são sensíveis à intensidade da luz sobre uma ampla
faixa de frequência, portanto, são responsáveis pela visão em preto-e-branco. Bastonetes não
estão presentes na fóvea, a área da retina responsável pela visão central, e não são tão
eficientes quanto as células cone para alterações espaciais e temporais em luz. Há, no entanto,
vinte vezes mais células bastonetes do que as células cone na retina, porque os bastonetes
estão presentes em uma área mais ampla. Devido à sua ampla distribuição, as hastes são
responsáveis pela visão periférica.
Em contraste, as células de cone são menos sensíveis à intensidade global da luz, mas
vêm em três variedades que são sensíveis a diferentes gamas de frequência e, portanto, são
usadas na percepção da cor e da visão fotópica. Células cone são altamente concentrados na
fóvea e tem uma alta acuidade visual, o que significa que elas são melhores em resolução
espacial do que os bastonetes. Partindo do princípio que células cone não são tão sensíveis à
luz fraca como bastonetes, a maioria de visão noturna é limitado a bastonetes. Da mesma
forma, uma vez que as células cone estão na fóvea, a visão central (incluindo a visão
necessária para fazer mais leitura, trabalho de detalhes finos, como costura, ou um exame
cuidadoso de objetos) é feita por células cone.
Os músculos ciliares ao redor da lente permitem que o foco do olho possa ser ajustado.
Este processo é conhecido como acomodação. O ponto próximo e ponto distante define as
distâncias mais próximas e mais distantes do olho em que um objeto pode ser trazido em foco.
Para uma pessoa com visão normal, a ponto distante está localizado no infinito. A localização
do ponto próximo depende da quantidade que os músculos podem aumentar a curvatura da
lente, e como a lente se torna inflexível com a idade. Oftalmologistas geralmente consideram
um próximo ponto apropriado a distância de aproximadamente 25 cm.
Defeitos de visão podem ser explicados usando princípios ópticos. Como as pessoas
envelhecem, o cristalino se torna menos flexível e o ponto próximo se torna mais distante do
olho, uma condição conhecida como presbiopia. Da mesma forma, as pessoas que sofrem de
hipermetropia não podem diminuir a distância focal da lente suficientemente para permitir a
objetos próximos a ser projetado em sua retina. Por outro lado, as pessoas que não podem
aumentar o seu comprimento focal de lente suficiente para permitir a objetos distantes a ser
projetado sobre a retina sofrem de miopia e tem um ponto de medida que é consideravelmente
mais estreita do que o infinito. A condição conhecida como resultados astigmatismo quando a
córnea não é esférica, mas em vez disso é mais curva em uma direção. Isto faz com que
objetos estendidos horizontalmente podem ser focados em diferentes partes da retina, e
objetos verticalmente estendidos resultam em imagens distorcidas.
Todas essas condições podem ser corrigidas usando lentes corretivas. Para a
presbiopia e hipermetropia, uma lente convergente fornece a curvatura adicional necessário
para trazer o ponto próximo mais próximo do olho, enquanto para a miopia, uma lente
divergente fornece a curvatura necessária para enviar o ponto distante ao infinito. O
astigmatismo é corrigido com uma lente de superfície cilíndrica que se curva mais fortemente
numa direção do que na outra, para compensar a não uniformidade da córnea.
A potência óptica de lentes corretivas é medido em dioptrias, um valor igual ao
inverso do comprimento focal medido em metros; uma lente com distância focal positiva
corresponde a uma lente convergente e uma distância focal negativa correspondente a uma
lente divergente. Para lentes que corrigem para o astigmatismo, bem como, três números são
dados: uma para a potência esférica, um para a alimentação cilíndrico, e um para o ângulo de
orientação do astigmatismo.
1.2.Defeitos Da Visão
1.2.2. Hipermetropia
1.2.3. Astigmatismo
1.2.4. Presbiopia
1.2.5. Estrabismo
Tal anomalia consiste no desvio do eixo óptico do globo ocular, a correção é feita com
o uso de lentes prismáticas.
Figura 3. Defeitos da visão.
2. OPTICA
A óptica ou ótica (do grego optiké: que significa “visão’’) é o ramo da Física que
estuda os fenômenos que têm como causa determinante a energia radiante. A óptica explica, a
partir das proposições quanto às trajetórias seguidas pela luz, inclusive infravermelha e
ultravioleta, e estudo da natureza constitutiva da luz, as causas dos defeitos da visão, projeção
de imagens, funcionamento de espelhos, a estrutura do átomo, entre outras coisas.
Esse ramo da física estuda fenômenos envolvendo a luz visível, infravermelha,
e ultravioleta; entretanto, uma vez que a luz é uma onda electromagnética, fenômenos
análogos acontecem com os raios X, micro-ondas, ondas de rádio, e outras formas de radiação
electromagnética. A óptica, nesse caso, pode se enquadrar como uma subdisciplina
do eletromagnetismo. Alguns fenômenos ópticos dependem da natureza da luz e, nesse caso, a
óptica se relaciona com a mecânica quântica.
Segundo o modelo para a luz utilizada, distingue-se entre os seguintes ramos, por
ordem crescente de precisão (cada ramo utiliza um modelo simplificado do empregado pela
seguinte):
Óptica geométrica: trata a luz como um conjunto de raios que cumprem
o princípio de Fermat. Utiliza-se no estudo da transmissão da luz por meios
homogêneos (lentes, espelhos), a reflexão e a refração. Compreende o
estudo de fatos relativamente simples, usando a construção geométrica e leis
empíricas representando o percurso retilíneo dos raios de luz. Ela classifica
dois tipos de corpos: os corpos que produzem e emitem luz, chamados de
fonte primária de luz ou corpos luminosos. E também os corpos que enviam
a luz que recebem, aqueles que não produzem Luz, chamadas de fontes
secundárias de luz ou corpos iluminados.
Óptica ondulatória: considera a luz como uma onda plana, tendo em conta
sua frequência e comprimento de onda. Utiliza-se para o estudo
da difração e interferência.
Óptica eletromagnética: considera a luz como uma onda eletromagnética,
explicando assim a reflexão e transmissão, e os fenômenos
de polarização e anisotrópicos.
Óptica quântica ou óptica física: estudo quântico da interação entre as ondas
eletromagnéticas e a matéria, no que a dualidade onda-corpúsculo joga um
papel crucial.
A Luz sendo uma onda eletromagnética, se propaga no vácuo com a mesma
velocidade 300.000 km/s. A propagação na matéria é diferente, dependendo das
características do material, densidade, espessura, composição, a luz encontra dificuldade para
atravessar. Recebem o nome de meios ópticos os meios em que há a propagação da luz, de
acordo com sua propagação os meios são classificados em:
Transparente: os meios transparentes são meios em que a luz o percorre em
trajetórias bem definidas. Ou seja, a luz passa por esse meio regularmente,
ou seja, o observador vê um objeto com nitidez através do meio. E o único
meio que pode ser considerado transparente é o vácuo. Alguns meios sem
ser o vácuo podem ser considerados meios transparentes, porém, quando em
pequenas espessuras, alguns exemplos: ar, vidro comum, papel celofane,
água
Translúcido: nos meios translúcidos a luz não passa por eles com tanta
facilidade como nos meios transparentes, sua trajetória não é regular. Esse
tipo de meio tem exemplos como: papel manteiga, vidro fosco, as nuvens.
2.1.Aplicações
2.2.Ótica na atmosfera
2.2.2. Miragens
Miragens, ao contrário do que algumas pessoas pensam, não é apenas uma alucinação
causada pelo forte calor de um deserto, mas é algo que realmente ocorre, e não apenas no
deserto. Ocorre devido a um fenômeno óptico, a refração. A luz ao passar por meios com
diferentes índices de refração acaba sofrendo desvios, como por exemplo ao passar do ar para
a água. No caso das miragens, o meio é o mesmo, o ar, mas as diferentes temperaturas acabam
por proporcionar o fenômeno. A temperatura do ar próximo a um solo muito quente como o
de um deserto, ou até mesmo de um asfalto num dia de calor, acaba ficando bem maior do que
a camada de ar um pouco acima, "criando" meios de índices de refração diferentes. Assim a
imagem vista é uma imagem distorcida, conhecida como miragem. Também pode ocorrer o
contrário, no caso de uma camada de ar frio por baixo, ocorrente, por exemplo, no mar. O
primeiro tipo é conhecido por miragem inferior e o segundo por miragem superior.
2.2.3. Arco-íris
O arco-íris pode ser avistado no céu ensolarado após uma chuva. Tal fenômeno ocorre
devido a refração. Todos os meios acabam por possuir um índice de refração característico
para um determinado comprimento de onda. Quanto menor o comprimento de onda, maior o
índice de refração, assim, a luz azul apresenta maior refração do que a luz vermelha. Assim,
também as gotículas de água apresentam seus índices de refração. A luz solar, branca, ao
passar pelo céu úmido, contendo tais gotículas acaba sendo refratada, dividindo-se
espectralmente, originado o arco-íris. Alguns outros fenômenos apresentam o mesmo
esquema de funcionamento do arco-íris, como o halo, por exemplo, que usa ao invés de
gotículas de água para a refração da luz, cristais de gelo.
3. INSTRUMENTOS ÓPTICOS
O olho tem responsabilidade de captar a luz refletida pelo objetos à nossa volta. A luz
é transformada em impulsos eletroquímicos na retina e enviados ao cérebro pelo nervo óptico
e no córtex visual onde se processa as imagens recebidas pelo olho direito e esquerdo
completando então nossa sensação visual. O olho é divido em varias partes e cada um com
sua devida função. Dividido em partes, sendo: Córnea, Íris, Pupila, Humor Aquoso,
Cristalino, Músculo Ciliar, Corpo Vítreo, Esclerótica, Coróide, Retina e Fóvea Central.
A formação da imagem no olho humano, pôde-se concluir que a distância de um
objeto ao olho humano, não interfere na nitidez de sua imagem. A nitidez ocorre, pois a
imagem se forma sobre a retina, portanto, o objeto pode se situar em diferentes distâncias do
olho humano, estando mais próximo ou menos próximo, sem causar interferência na sua
nitidez.
Além disso, para se ter uma visão nítida e normal, a imagem deve sempre ser formada
sobre a retina, constituindo, assim uma visão emétrope, caso contrário, não tem-se uma visão
nítida e normal, sendo então considerada amétrope.
Anos de evolução deram a nós, humanos, a capacidade de desenvolver uma visão
ampla, embora limitada, de nosso ambiente e situação, e nos possibilitou atingir o nível de
desenvolvimento o qual estamos atualmente. O olho e a capacidade da visão humana não
podem ser comparados a nenhum animal ou máquina, sua complexidade, e ao mesmo tempo
simplicidade, tornaram-no um objeto inestimável, e subestimado, ao desenvolvimento
humano, afinal funcionamos na base do “Veja e aprenda”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93ptica
http://fisicacomentada.blogspot.com.br/2012/01/guia-de-formulas-optica.html
http://brasilescola.uol.com.br/fisica/defeitos-na-visao-humana.htm
http://www.efeitojoule.com/2009/09/optica-da-visao-fisica-optica-visao.html