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AULA 2 Fazer perguntas é algo natural desde que somos crianças. Descobrir a verdade
das coisas parece ser um impulso instintivo da natureza humana. E os primei-
ros estudos de Filosofia concentram-se justamente em conhecer a si mesmo e
o mundo.
No contexto histórico, podemos fazer uma subdivisão cronológica na linha do tempo, conside-
rando como ponto de partida a Filosofia antiga, e ponto de chegada a atualidade com a Filosofia con-
temporânea. Cada época tem suas referências e principais filósofos representantes que, de alguma
maneira, influenciaram o pensamento e a reflexão crítica do homem.
Filosofia Antiga
[Nascimento de Cristo]
Séculos a.C. (antes de Cristo) Séculos d.C. (depois de Cristo)
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V IV III II I I II III IV
◄400 a 301◄300 a 201◄200 a 101◄100 a 1◄Período em anos►1 a 100►101 a 200►201 a 300►301 a 400►
Compreende o período que vai desde o século VI a.C. até os primeiros tempos da Era Cristã (depois de Cristo).
As cidades-estado da Grécia serviram como espaços iniciais, porém seu desenvolvimento atingiu várias cidades do
Império Romano e o norte da África. Pela enorme dimensão temporal, encontramos grupos distintos quanto às ideias.
Assim, para facilitar a compreensão, iremos analisá-los separadamente.
Abdera
Stagira Cizico Nicea
Tarento 40°
Eleia Lampsaco
ASIA
MENOR
Ereso
Crotona Pérgamo
4. a) ( x ) V V
Comentário. As duas afirmativas são
1. c) ( x ) Todas as afirmativas estão verdadeiras. O Mito da Caverna é uma alegoria
corretas. em que Platão simboliza a visão distorcida da
Comentário. A Filosofia antiga compre- realidade aparente e mutável do mundo sensí-
ende um longo período de tempo que tem início vel que só pode ser depurada quando se sai da
na Grécia, século VI a.C. – período pré-socrático; caverna e se observa o mundo das ideias ge-
avança no século V a.C. – período socrático; e se rais e imutáveis revelado pela luz. Aqueles que
expande com a cultura grega pelas fronteiras da Eu- não conhecem outra realidade que aquela per-
ropa, da Ásia Menor e norte da África. Pela grande cebida pelos sentidos, no interior da caverna,
dimensão temporal, são identificados muitos grupos não podem alcançar o mundo das ideias justifi-
com diferentes correntes de pensamento. O perío- cadas pelo conhecimento geral e imutável.
do helenístico caracteriza a transição entre a Filoso-
fia antiga e a medieval – entre os séculos III a.C. e 5. c) ( x ) Aristóteles não apresenta crítica
IV d.C. Neste período, os gregos valorizavam as ou divergência em relação a seu mestre Platão.
descobertas científicas como explicação para os fe- Comentário. Exceto a alternativa c, todas
nômenos naturais e as questões humanas. as outras alternativas se referem a Aristóteles e
estão corretas. O grande filósofo grego foi aluno
2. d) ( x ) Todas as alternativas estão de Platão e compartilhou muitas de suas ideias.
corretas e se completam. Ao longo do tempo, continua a estudar e passa
Comentário. Os filósofos pré-socráticos, as- a fazer críticas às ideias do mestre. Aristóteles
sim chamados por vir cronologicamente antes de separa a ética da política e apresenta divergên-
Sócrates, ousavam buscar explicações científicas cias com o ideal platônico que previa que toda
para a realidade, e como se interrogavam sobre a cidade-estado fosse governada por um único
natureza – physis, em grego –, são também cha- cidadão. Para Aristóteles, um grupo intermedi-
mados físicos. Mesmo que a cosmologia fosse o ário forte deveria estar no comando, criando um
ponto central da investigação de diferentes escolas equilíbrio entre tirania e democracia.
filosóficas dessa época, cada uma delas foca um
aspecto particular. A Escola Jônica faz seus estu- 6. b) ( x ) Somente a afirmativa I está
dos no âmbito do visível, considerando ora um, ora correta.
outro elemento como água, ar e fogo; já a Escola Comentário. A Filosofia medieval, generi-
Pitagórica parte do invisível e usa os números para camente, pode ser dividida em duas correntes:
explicar o cosmo; a Escola Eleata imaginou uma patrística e escolástica. A afirmativa II está in-
substância imutável que estaria em todos os luga- correta, pois uma das principais preocupações
res; a Escola Pluralista afirmava que a realidade só dos filósofos medievais foi desenvolver argu-
poderia ser explicada pela multiplicidade dos ele- mentações com base na razão e nas contribui-
mentos; destacando-se os atomistas, que intuíram ções dos gregos, para justificar as questões da
que a realidade era composta por átomos. fé e das verdades cristãs. Tanto que na patrís-
tica, Santo Agostinho se refere a Platão; e na
3. a) ( x ) Sócrates. escolástica, Tomás de Aquino revê Aristóteles.
Comentário. “Só sei que nada sei” é uma
das frases clássicas do filósofo, citada por Platão 7. d) ( x ) a busca pela harmonização
em Apologia de Sócrates. Neste diálogo, Sócra- entre fé e razão.
tes mesmo faz sua defesa em relação às acusa- Comentário. O ponto em comum entre
ções de corromper a juventude. Entre outros ar- estes dois filósofos é a busca pela harmoniza-
gumentos, cita a afirmação feita pelo Oráculo de ção entre fé e razão, características que mar-
Delfos sobre o fato de ser considerado o homem cam toda a trajetória da Filosofia medieval.
Filosofia 1 - Aula 2 24 Instituto Universal Brasileiro