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Contextos de Intervenção

em Envelhecimento

Encontro de Psicogerontologia - 1 de Outubro 2019


Sede OPP Lisboa
Serviço de Psicologia
numa ERPI, CD, SAD
O que faz um psicólogo neste contexto de intervenção?
Modelo de
Abordagem
atenção e centrada na
pessoa
Modelo médico
tradicional

cuidado
Intervenção 1 mês
Consulta psicologia
Grupos terapêuticos
Grupos crescimento e desenvolvimento

Observação
Ambiente físico, social, familiar
Pessoa nos diferentes contextos de participação

Projeto
Tears of Hope; Memo; Emospaces; SmartSpaces

Avaliação
Estado mental, humor, comportamento

Formação
Demência, Perturbações humor e ansiedade,
Alterações de comportamento Intervenção Observação Projeto Avaliação Formação
 Para mim, o papel da Dr.ª Ana Costa na nossa instituição é
fundamental. "Relembra-nos" que cuidar da pessoa idosa é muito
mais do que satisfazer as necessidades básicas de vida, pois em
muitos casos a terceira idade vem acompanhada de medos,
frustrações, angústias que carecem de toda a nossa atenção,
Sandra, disponibilidade e escuta ativa. A Dr.ª Ana, para além da
intervenção com o utente, que sem dúvida gera uma melhoria na
Técnica qualidade de vida do mesmo, orienta e elucida os restantes
profissionais sobre a melhor forma de lidar com determinadas
Serviço Social situações, principalmente com os utentes que sofrem de
demência. Tive a oportunidade de observar um caso de sucesso,
responsável em que, quando "já nada mais havia a fazer", a Dr.ª Ana decidiu
iniciar uma intervenção sensorial (utilizando elementos da
pelas respostas natureza) que fez com que uma utente acamada e que não
comunicava, de semana para semana tivesse melhorias
CD E SAD significativas desde conseguir dizer um "bom dia... sim...não...
estou bem" ao deslocar-se de cadeira de rodas no exterior do lar,
com satisfação expressa no olhar. A Dr.ª Ana enquanto pessoa e
profissional é assim, não desiste dos nossos idosos. Dedica-lhes
tempo, carinho, atenção e um sorriso. É uma "lufada de ar fresco"!
Irene,  Inovação
Diretora  Afeto

técnica  Sorridente
 Presença
ERPI
 Intervenção psicossocial com os utentes, individual e em grupo,
Stephanie com foco especial na demência
Coordenadora  Consulta psicológica individual
Enfermagem  Dinâmicas de grupo
 Prevenção de deterioração mental
Carlos Leite  Fim de vida; Depressão, Envelhecimento, Demências
Nutricionista
 A Dra. Ana tem um papel muito importante para avaliar cada
pessoa, cada caso. Age com muita tranquilidade, conhece bem
cada pessoa e sabe como agir, consegue apaziguar muitas
situações que seriam de conflito. Lembro-me em Serralves duma
João Paulo situação em particular que ninguém estava a saber como agir, a
Sra. estava a ficar muito descontrolada e agressiva e a Dra. Ana
Motorista da SCMG chegou, muito tranquila e soube exatamente como olhar e o que
dizer e tudo se resolver logo. Apreciei. Também acho que os leva a
fazer coisas muito bonitas, cheirar plantas, abraçar árvores…
coisas que os fazem distrair. Sair do ambiente fechado é bom para
as cabeças, puxar por eles.
 "Corria o ano de 2007, 4 anos passados desde o diagnóstico
demencial do meu pai, 4 longos anos de sofrimento dele e por ele,
4 exasperantes anos de sentimentos contraditórios e impossíveis
de gerir. O impensável tinha-nos batido à porta e com ele tivemos
que conviver e sobreviver enquanto procurávamos soluções. Com
a ajuda da Ana, fui conseguindo aceitar a doença do meu pai,
Joana aceitar e resolver os meus sentimentos de revolta contra a
demência, aceitar e perdoar a raiva que tinha por ter ficado órfã de
Filha de uma pai vivo, perdoar-me por ter momentos de felicidade quando ele
pessoa com já não os tinha e sanar a minha incomensurável tristeza de assistir
demência ao "desaparecer" do meu pai que durou mais 6 anos até à sua
morte, em 2013. A Ana, com a sua candura, com a sua
assertividade, com o seu optimismo, com as correctas
interpretações das situações que lhe eram apresentadas foi um
bálsamo, uma bússola, uma fonte inesgotável de força e o anjo
que salvou a minha família de um processo de auto-destruição
inconsciente. A Ana soube sempre ver para lá da cortina".
Filomena  “Associadas às suas evidentes competências técnicas e científicas
devo ressaltar a sua grande qualidade humana, na capacitação da
Santos pessoa idosa, valorizando as suas histórias de vida, respeitando as
Psicóloga clínica suas identidades e, contribuindo, através das suas intervenções,
para a construção de vidas com pleno sentido”.
Lusíadas
 Muito apetrechada por formação e nítida vocação, amortece
João Xavier agruras e agressividades, conforta, estimula competências
e talentos ignorados ou em desvanecimento.
Utente SCMG
 Faz bem e a gente gosta da companhia. Ajudou-me muito.
Maria Emília Compreende a situação das pessoas e gosta de ajudar. O convívio,
as reuniões, falávamos muito da nossa situação, das nossas
Utente SCMG ambições. Fez-me mudar as minhas ideias da cabeça.
 Num universo de utentes que pelos mais variados motivos,
tiveram de deixar as suas casas, as suas famílias e integrar-se ou
serem integrados num ambiente, por vezes hostil para eles,
a Psicóloga Ana procura ser o elo de ligação com o mundo
exterior que se tornou inacessível para alguns pelas limitações
físicas, para outros pelas limitações psicológicas, pela doença. É o
elemento que numa conversa informal consegue que os utentes
Cecília sintam que são pessoas com capacidade de dialogar, expôr as suas
Filha de uma ideias, dar as suas opiniões, ter o poder de crítica ( muito
importante), interrogar, falar de si, rir, chorar. Sem receio, dentro
residente das suas limitações, pois alguém está a dar atenção, a valorizar as
suas palavras, a ouvir. Respeitando-os na sua individualidade,
ajuda-os a vivenciar experiências passadas,ou a experimentar
novas, proporcionando-lhes momentos de felicidade, momentos
de evasão.
Ana Costa, 2011
1. – FORMAÇÃO
- Ecossistema de parceiros
- Alguns exemplos
3. INTERVENÇÃO
Projeto - Aspectos metodológicos
hOPENING - Participação dos cuidadores
DEMENTIA 4. ESTUDOS de DESIGN
- Exemplos
5. PUBLICAÇÕES
- Demência: desdramatizada e colorida (Costa, A.,
2019)
- O peixe esquecido (Costa, A & Lopes, L., 2018)
 Partimos da prática individual e social dos participantes
 Oferecemos oportunidades de desenvolvimento crítico e
criativo;
 Fortalecemos o espírito de inquietação entusiástica e a
autoconfiança;
 Desafiamos pontos de vista sobre uma mesma realidade;
Princípios do
 Promovemos momentos de aprendizagem, troca de
programa experiências, debatemos ideias;
 Criamos produtos e serviços (ex: sala da meiguice; VITE;
jardim sensorial);
 Capacitamos todos os envolvidos para que se sintam parte
ativa no problema e na solução.
Arte: Um meio para criar
Natureza: Um meio para
experiências significativas
explorar perceções nos
para pessoas com
diversos domínios
demência e seus Psicologia sensoriais. Pressupõe
cuidadores em diversos
criação artística com
ambientes (museus,
materiais da natureza e
galerias, bibliotecas,
atividades ao ar livre.
habitações privadas,
estruturas residenciais
Fundamentos para idosos, jardins, etc).

PESSOA
Design
Arte Natureza comunicação
e produto
Formação
Universidades

Centros de Instituições
investigação privadas
e formação apoio idosos
Ecossistema
hOPENING
de parceiros DEMENTIA
Instituições
públicas e
privadas IPSS
ligadas à arte
e à cultura

Orgãos
gestores de
poder local
 I Formação Metodologias Participativas e Demência
Alguns  Mesa redonda “Musicando a Demência” Casa da música Porto
exemplos  Exposição “Acesso 3” Câmara Municipal do Porto
Workshop Casa da Música
d’AR-TE música!

28.03.2015
Workshop Museu Soares dos Reis
Ó MUSEU SOU t(EU)!

11.04.2015
Workshop Biblioteca Almeida Garrett
Olhando sobre o olhar!

18.04.2015
Casa da Música - Porto
Musicando a Demência

Jorge Prendas,Casa da Música


Belina Nunes, Neurologista
Filomena Santos, Psicóloga
António Fonseca, Psicólogo
Adrián Gramary, Psiquiatra
Rita Maldonado Branco, Designer
Patricia Paquete, Terapeuta Ocupacional

Moderação:
Ana Costa, Design Includes You

01.03.2017
Câmara Municipal do Porto
Exposição Acesso.03

02.11.2016
Intervenção
 Conheci a Ana Costa em 2012 quando me visitou na Faculdade de
Belas Artes do Porto e quando eu era Diretor da Licenciatura em
Artes Plásticas. A nossa primeira reunião tinha como objetivo
envolver alunos da FBAUP a desenvolver sessões de expressão
artística com pessoas mais velhas com demência. Dada a clareza
dos objetivos deste projecto o nosso entendimento foi imediato,
Pedro Maia tendo-nos reconhecido em características de personalidade e
Diretor curso artes formas de trabalhar que se traduzem em ver vontades e
oportunidades onde muitos vêem barreiras. Trabalhamos juntos
plásticas FBAUP durante 3 anos mantendo sempre esta colaboração e enquanto eu
fui Diretor da Licenciatura em Artes Plásticas. A sua determinação,
o seu profissionalismo e o modo como se relaciona e se dá às
pessoas diferencia e valoriza o trabalho que fez e, paralelamente,
dos alunos que com ela diretamente trabalharam recebi sempre o
melhor feedback e disponibilidade.
ERPI Gaia
 A Ana Costa através do programa hOPENING DEMENTIA (projeto
Arte e Demência) colaborou com o Serviço Educativo da Casa da
Música. O seu empenho, profissionalismo e competência ficaram
Jorge Prendas bem patentes na forma como se envolveu em todas as atividades,
Coordenador envolvendo não só comunidades de pessoas com demência mas
também promovendo a discussão e reflexão entre técnicos sobre
Serviço Educativo as questões da saúde mental. Consideramos que este trabalho
Casa da Música permitirá não só uma compreensão mais alargada sobre a
Porto demência, como também uma maior integração social e bem-
estar das pessoas que apresentam este tipo de patologia.
“Memo”
Casa da
Música Porto
 Orientar a pessoa para a sessão
 Onde fazer a sessão
 Algumas dicas para tirar o máximo proveito da sua sessão
 Periodicidade (quantas vezes; em que período do dia;
Aspectos durante quanto tempo)
 Quem deve dinamizar a sessão
metodológicos
 Avaliação da sessão
 Participação dos cuidadores
 Autoavaliação
 O contacto com outros cuidadores tende a ser terapêutico no
alívio da “carga” decorrente da prestação de cuidados, pela
partilha de experiências, normalização de sentimentos,
pensamentos, comportamentos e intercâmbio de estratégias
práticas para lidar com a pessoa cuidada e com a função de
cuidar.
 As atividades nas sessões em grupo constituem momentos
Participação em que a prestação de atenção e cuidado é apoiada por
dos cuidadores terceiros e oferecem oportunidades de interação num
ambiente positivo, estimulando comunicação e conexão.
 Constitui igualmente uma oportunidade para o cuidador
aceder a ideias e interesses que presentemente a pessoa
cuidada possui e à forma como esta tende a percecionar a
realidade envolvente.
Estudos de Design
Ensaio de design sobre a demência
VITE por Manuel Melo
O FUTURO
AGORA!
O FUTURO
AGORA!
O FUTURO
AGORA!
O FUTURO
AGORA!
O FUTURO
AGORA!
O FUTURO
AGORA!
O FUTURO
AGORA!
O FUTURO
AGORA!
Publicações
Livro:
Demência,
Desdramatiza
da e Colorida
Livro:
O peixe
esquecido
OBRIGADA!

costa.anasantos@gmail.com
ss.psc.ac@scmg.pt
anacosta@hopening.pt

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