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AULA 4 Você sabe o que encontramos no interior da Terra? O que existe lá será que
afeta a nossa vida direta ou indiretamente? Você irá descobrir a resposta
para essas perguntas ao estudar o interior da Terra; a formação das rochas;
fenômenos como vulcões, terremotos; e a formação do relevo da Terra.
No filme “Viagem ao centro da Terra”, produzido em 2008, três pessoas se aventuram numa ex-
pedição rumo ao centro do nosso planeta. Você acha que seria possível também realizar uma viagem
dessas? O que poderíamos encontrar a quilômetros de profundidade abaixo de nossos pés?
Para chegar ao centro da Terra teríamos que atravessar diversas camadas. A nossa viagem
partiria da camada onde estamos, ou seja, da crosta terrestre ou litosfera (o prefixo “lito”, do grego
lhítos, significa “pedra”). À medida que avançaríamos para o interior da Terra, a temperatura aumen-
taria em média 1 ºC para cada trinta metros.
A sessenta quilômetros de profundidade, que é aproximadamente a espessura da crosta ter-
restre, a temperatura já seria tão alta que o material que existe no interior da Terra não poderia mais
estar no estado sólido. Assim, debaixo da crosta sólida da Terra, existe outra camada mais densa
chamada manto terrestre, formada por um material pastoso, o magma. A crosta flutua sobre o
manto, assim como uma boia flutua numa piscina.
Depois de muito tempo de viagem e mais de seis mil quilômetros percorridos, chegaríamos
enfim ao centro da Terra, o núcleo, também chamado de nife, por ele ser formado, principalmente,
pelos minerais níquel e ferro.
Bem, parece que seria impossível uma viagem ao centro do nosso planeta. Mas, então, como
que os cientistas souberam de todas essas características se ninguém conseguiu viajar até lá? Até
hoje a profundidade máxima atingida foi de apenas 13 quilômetros, em solo russo, em 1987. E, mesmo
assim, quem viajou foi uma sonda, já que a essa altura qualquer ser humano estaria morto.
Rochas magmáticas
Arenito
Rochas metamórficas
Granito
A palavra metamórfica pode ser des-
conhecida para você, mas ela vem de outra
Rochas sedimentares palavra bastante usual: metamorfose, que
significa “transformação”. Então uma rocha
Tais rochas são resultantes da acumu- metamórfica quer dizer uma rocha transfor-
lação de detritos de outras rochas ou de ma- mada? Sim!
téria orgânica em depressões do relevo. As rochas metamórficas se originam
Como já vimos, as primeiras rochas da transformação de outras rochas que
que se constituíram foram as magmáticas, podem ser magmáticas ou sedimentares,
e estas, por sua vez, formaram o relevo ter- quando submetidas a certas condições de
restre. pressão e calor. São exemplos de rochas
A ação dos ventos, chuvas, água dos metamórficas o gnaisse, o mármore e a ar-
mares, rios e geleiras sobre as rochas mag- dósia.
máticas ou sobre o relevo desgasta as ro- O gnaisse origina-se da transforma-
chas da superfície terrestre, formando detri- ção do granito, que, como já vimos, é uma
tos. As águas correntes (enxurradas e rios) rocha magmática plutônica. O mármore é
transportam esses detritos até as partes uma rocha metamórfica que, quando po-
mais baixas do relevo ou até os mares e la- lido é muito utilizado na construção civil
Geografia 1 - Aula 4 39 Instituto Universal Brasileiro
como piso de residências ou prédios, como
revestimento de paredes ou até mesmo O mapa-múndi nem sempre foi assim
como tampo de pia de cozinha e banhei-
Analise o mapa abaixo e compare a for-
ro, além de outras aplicações, inclusive em
ma dos continentes.
esculturas. Um exemplo é o mármore das
imediações da cidade de Carrara, na Itália.
Apresenta cor branca e é famoso por sua
utilização em esculturas. Quando polido,
adquire grande beleza.
Permiano Triássico
250 milhões de anos atrás 200 milhões de anos atrás
ch
igneas
as as
as res
or
o
R e
di
m tes: Laurásia, ao norte, e Gondwana, ao sul. A
Sedim
ção se
ento
s Litifica partir daí, as divisões foram se sucedendo até
os continentes atingirem a configuração atual.
Cadeias de montanhas
Depressões Planaltos
São áreas mais baixas que o nível do São regiões onduladas, mais ele-
mar ou que as demais unidades do relevo vadas que as áreas ao seu redor. Ao
que as circundam. Quando estão em um contrário das planícies, os planaltos ca-
nível inferior ao do mar, chamam-se de- racterizam-se pelo fato de os processos
pressões absolutas. Quando estão em ní- erosivos serem mais importantes que os
veis inferiores a outras regiões próximas, de sedimentação, ou seja, nas áreas de
chamam-se de depressões relativas. Es- planalto o processo de erosão supera o
tas possuem ondulações suaves e altitu- de acumulação de sedimentos. Um pla-
des que, em geral, variam de 100 a 500 nalto pode ter centenas ou até mesmo
metros acima do nível do mar. milhares de quilômetros de extensão.
Por esse motivo, sua superfície pode
conter outras formas de relevo, como
serras, morros, vales, colinas e chapa-
das. Cidades como São Paulo e Belo
Horizonte estão localizadas em áreas
de planalto.
Planícies
Superfície
terrestre
Epicentro
(efeitos mais
graves do sismo)
Hipocentro
(foco do sismo) Propagação das
Monte Vesúvio. Nápoles, Itália. ondas sísmicas
1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 5,2 6,0 6,2 7,0 8,0 9,0
De 3,5 a 5,4 De 5,5 a 6,0 De 6,1 a 6,9 De 7,0 a 7,9 Acima de 8,0
É percebido, Danifica Muito perigoso para Pode causar Tem potencial
mas causa edifícios áreas populosas grande destruição para dizimar
poucos danos cidades inteiras
a) ( ) interna - intemperismo.
s
ch
igneas
Rocha
as as
b) ( ) externa - isostasia.
c) ( ) externa - fragmentação da Pangeia.
mo
ch nta
te
o
R e
di
m xam a superfície da Terra.
Sedim
ção se c) ( ) processos externos que causam alte-
ento
s Litifica
rações físicas e químicas das rochas.
d) ( ) processos internos responsáveis pela
a) ( ) O metamorfismo é o processo de formação das rochas e dos solos.
transformação de rochas sedimentares e ígneas
em rochas metamórficas e é originado por forças 6. (PUC-RJ) As rochas, antes de serem tra-
exógenas. balhadas pela erosão, são “preparadas” por um
b) ( ) Rochas ígneas, sedimentares e meta- conjunto de reações químicas ou fenômenos físi-
mórficas podem sofrer os efeitos das forças exó- cos, para a ação de desgaste. A essa fase que
genas através do intemperismo, erosão, transpor- precede a erosão denominamos:
te e sedimentação. a) ( ) abrasão.
c) ( ) O metamorfismo é um processo oriun- b) ( ) intemperismo.
do de forças endógenas e por isso dá origem ao c) ( ) orogênese.
intemperismo, erosão, transporte, sedimentação d) ( ) evapotranspiração.
ch
igneas
Rocha
as res
or
o
R e
m
di formas de relevo na superfície terrestre.
Sedim
ção se
ento
s Litifica
6. b) ( x ) intemperismo.
Comentário. O intemperismo mais co-
Comentário. Os três tipos de rochas: mum é o físico e o químico que provocam a de-
ígneas, sedimentares e metamórficas, uma sagregação das rochas. Já a erosão acaba por
vez afloradas na superfície terrestre, sofrem remover e transportar os sedimentos para as
os efeitos dos agentes exógenos através do partes mais baixas do terreno ou para o fundo
intemperismo, que irá desagregar, fragmentar de lagos, rios e oceanos. Essa ação de trans-
as rochas. Em seguida, há a ação da erosão, porte e sedimentação é realizada por vários
que irá fazer o transporte e a sedimentação agentes erosivos, principalmente pela água
desses fragmentos de rochas. das chuvas, dos rios, a neve e o vento.
Geografia 1 - Aula 4 50 Instituto Universal Brasileiro