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Lucas Dias Nardino

O que vale mais: O lucro ou as pessoas?

Colégio La Salle Santo Antônio


Professor Elivelto
2º Ano EM
Turma 222

Porto Alegre, 1 de Novembro de 2019


Quando se faz perguntas deste tipo, sempre é importante ter conhecimento do
referencial da pergunta. A resposta seria que as pessoas são muito mais importantes que o
lucro, porém certos políticos e grandes corporações vêm o lucro com sendo estrela guia do
mundo. A guerra é o maior exemplo disso: enviam cidadão mal-remunerados à guerras com
intenções políticas e não para “levar liberdade” ao país. A guerra do Iraque, por exemplo, foi
encerrada em 19 de Agosto de 2010 com e 179 soldados Britânicos e quase cinco mil
militares Americanos mortos. Mas essas baixas são pouco quando comparadas com as baixas
dos civis. Isto mesmo, civis. Após quase 10 anos de guerra cerca de ​3.977 dos 106.348
iraquianos mortos eram civis. A guerra acaba por transformar pessoas com características
individuais únicas em frios números. Acaba por se tornar um tanto quanto difícil perceber
que todos os dados mostrados aqui, sem exceção, são humanos. A guerra é criticada na
cultura, como no movimento hippie contando com celebridades como John Lennon, e até no
hard rock​, como na música ​War pigs ​da banda ​Black Sabbath​, que critica com palavras duras
a triste realidade da guerra e sua relação com os políticos e os pobres​:

“Generais reunidos em suas massas

Como bruxas em missas negras

Mentes malignas que tramam destruição”

“[​ ...]​Nos campos os corpos queimando

Enquanto a máquina de guerra continua girando

Morte e ódio à humanidade

Envenenando suas mentes lavadas”

“Políticos se escondem

Eles apenas iniciaram a guerra


Por que eles deveriam sair para lutar?

Este papel eles deixam para os pobres, sim!

O tempo dirá a suas mentes poderosas

Fazendo guerra só por diversão

Tratando as pessoas como peões no xadrez

Espere até o dia do julgamento deles chegar, sim!”

John Lennon e Yoko Ono


protestando contra a guerra do Vietnã.

Nos tempos atuais, deixa-se de lado as emoções e pensamentos individuais em prol de um


maior “desempenho”. A individualidade é cada vez mais reprimida pela padronização da
indústria. Os exemplos mais visíveis desta prática está no nosso cotidiano e nem sempre
percebemos: os uniformes. Escolas, lanchonetes, shoppings, lojas, etc, em (quase) todo
estabelecimento comercial ou instituição há uma padronização dos funcionários, por meio de
roupas iguais para todos e as mesmas falas de sempre: “Como posso ajudar?”, “Obrigado por
vir, volte sempre!”. A padronização é prejudicial não somente ao indivíduo, mas para a
sociedade como um todo, tendo em vista que os sentimentos, emoções e pensamentos da
pessoa são reprimidos, assim desencorajando a pessoa a se manifestar e ter um engajamento
social. No momento em que os funcionários de certa empresa passam a deixar de
manifestar-se, essa empresa não recebe o ​feedback​ desses, tornando maior a bolha social. Já
nas escolas, a uniformização tira a individualidade dos alunos, reforçando a ideologia de
“fábrica” das instituições de ensino, onde o indivíduo tem suas características “filtradas” pela
escola e sai somente mais um trabalhador. Assim, o lucro acaba por tornar-se mais importante
que as características do indivíduo, e, por consequência, mais importante que a pessoa.

Referências:
shorturl.at/fpw48
https://holambrense.com.br/john-lennon-como-poucos-conhecem
https://www.letras.mus.br/black-sabbath/4252/traducao.html

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