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ÌYÁMI 

ÒSÒRÓNGÀ 
Rituais Je ní ìyà 

ÌYÁMI 
ÒSÒRÓNGÀ 
 
Rituais Je ní ìyà

 
 

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PROCEDIMENTO DE RITUAIS DE IYAMIN OSORONGA PARA OS 


INIMIGOS  

● Rituais de defesa contra os inimigos  


● Tipos de ipese passo a passo  
● Akoses  

 
 

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Rituais Je ní ìyà 

1. Adágún (Lago "sujo" divinizado) 

Os Je ní ìyà de categoria Aláadágun, existem nos lagos sujos e mal 


cheirosos e formam um tipo de larva que afeta o sistema nervoso humano. 
Por isso podem causar vários "descontroles" físicos. Para relacionar-se com 
eles, faça o seguinte: 

Ritual: Odù Òyèkú Òsá 

Vá até algum Lago com água poluída. Recolha um pouco da água suja e 
fétida em uma gamela redonda, no fundo da qual você esfregou folhas de 
iroko e escreveu em carvão mineral o nome de seu inimigo. Desenha em 
Ìyèròsùn o Odù Òyèkúsá e coloque na água. Faça um corte em sua mão 
esquerda com uma faca consagrada, e deixe que alguns pingos de seu 
sangue se misturem ao conteúdo da gamela. Enquanto você se corta, deve 
visualizar o inimigo em questão causando-lhe a dor, (após colocar a faca 
consagrada no chão, em frente a gamela). Pronuncie o seguinte o seguinte 
Ofò (encantamento), com uma pena de coruja em sua mão direita. Durante 
a qual deve "apresenta-la" para as quatro direções principais (leste – oeste 
– sul e norte) e, enquanto pronuncia o ofò, olhe fixamente para dentro da 
gamela, concentrado em sua intenção; não se distraia por nenhum barulho, 
nem pisque... e muito menos se mova subitamente. 

Ofò: 

Mo júbà ènyin Ìyá Aláalé 

(Minhas saudações Mãe da Noite) 

 
 

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Àtatú ni ti èjè 

(O sangue não pode ser derrubado) 

Wúlò ní wúlò, a nilè gbèlè ìbé kò 

(Ele é útil aqui na terra) 

Òyèkúsá ni ki ó ro 

(Òyèkúsá faz ele ficar paralisado) 

Ajeniníìyá, wá gbèèmi o! 

(Aquele que castiga, venha socorrer-me) 

Wá lo rèé bò mú ".........." 

(Agora vá e pegue "...nome iniciático ou profano da pessoa...".) 

wá lo rèé mú "....." n'íyè 

(Agora vá e segure a mente de "...nome iniciático ou profano da pessoa...".) 

Aláadágun, àjíyè! Dide n'lè! 

(Senhor do Lago, aquele que acorda para viver, levante!) 

Ìyé eye àjé, l'ó ní kí opolo "....." ó rírí o! 

(Uma pena de coruja, diz que o cérebro de "...nome iniciático ou profano da 
pessoa..." deve ficar sujo!). 

Coloque a pena de coruja dentro da gamela. Coloque dentro da gamela um 


obi seco e muito escuro, (de preferência que você tenha deixado secar ao 
sol, untado com óleo de copaíba e pimenta-de-macaco em pó). É 
importante guardar a gamela e a água que foram usadas no feitiço do 

 
 

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Aláadágun. Guarde-as longe dos olhos das outras pessoas, e NUNCA as 
exponha à luz do sol ou da lua. Quando você souber com absoluta certeza, 
de que a magia funcionou plenamente, queime a gamela e então derrame a 
água no fogo. É muito importante que você não fique pensando no ritual 
após tê-lo feito, e mais ainda, que você não o comente com ninguém (o 
verdadeiro conhecedor da magia, não precisa ficar contando vantagem 
certo?). Nem o repita para a mesma pessoa, ou insista em ficar pensando 
"com raiva", para "alimentar" o Aláadágun, depois que houver enviado atrás 
de sua vítima. Fazer isto certamente irá chamá-lo de volta para você, o que 
não seria nada agradável, concorda? Fique atento sobre os resultados em 
sua vítima. Uma vez que o Aláadágun tenha feito o trabalho, ele retornará 
para você, e talvez, você não tenha tempo de se dar conta de seu retorno, 
até que seja tarde demais. Eesta é uma característica muito importante de 
todas as magias para "Je ní ìyà", na relação com Ìyámi! 

2. Àdán (Morcego divinizado) 

Ritual: Odù Ògúndá Òsá 

Os Je ní ìyà de categoria Àdán, são nascidos dos vestígios físicos e 


energéticos dos Morcegos, e podem produzir grande males, na medida em 
que "vampirizam" a vitalidade e a boa sorte das suas vítimas. Para retirar 
um Je ní ìyà de categoria Àdán de alguém, você deve fazer rituais baseados 
em frutas e fogo, e jamais utilizar qualquer espécie de sacrifício ritual, o 
que na verdade, apenas iria piorar a situação. 

Pegue um morcego e coloque várias pimentas de macaco em sua boca (na 


do morcego, é claro!), de preferência com algum fragmento de roupa ou 
qualquer outro material da pessoa que você deseja atingir, amarre com um 

 
 

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pano vermelho. Faça uma tintura de cominho com ________________ 


(deixando durante 8 dias sob o sol, uma garrafa de álcool com cominho e 
sete bolhas de iroko, sendo curtidas ao sol). Sacrifique o morcego sob a 
tintura, depois coloque o líquido dentro de uma cabaça (cortada como se 
fosse uma garrafa, ou seja, cortada pelo "pescoço"). Tampe com um sabugo 
de milho. Torre o corpo do morcego e depois passe na peneira, misturando 
ao pó, bastante Ìyèròsùn e carvão mineral ralado, com um pouco de malha 
de ferro. Em uma noite de lua nova, leve uma cesta e frutas bem doces para 
um local em que você saiba que tem muitos morcegos, em cada fruta 
coloque um papel em que você escreveu o nome da pessoa visada. Sobre as 
frutas jogue um pouco do líquido, e no pó inscreva o odù Òsá-Ògúndá 
pronunciando o Ofò t'èdè-eye. Spre um pouco do pó sobre a cesta de frutas 
e coloque vários pedaços de cabaça quebrada. E diga que em nome de Ìyá 
Aáalé, Àdán deverá fazer o que você está mandando. Se você quiser, 
também pode após queimas os ingredientes e desenhar o odù na 
preparação, colocar o pó na mão e sopra-lo na direção da pessoa. 

ofò t'èdè-eye: 

BASALORÈWÈDÁ + NOME DA PESSOA 

3. Àìmoore (Ingratidão divinizada) 

Os Je ní ìyà de categoria Àìmoore possuem uma crueldade intensa e um 


ritmo de ação lenta. Eles conseguem anular todas as consequências 
positivas que uma pessoa teria como fruto de seus bons atos. Anulam 
Magias benéficas, atraem pessoas negativas para o seu caminho, 
desestruturam casamentos e às vezes até comunidades inteiras, através da 
perca de confiança entre às pessoas. São muito comuns nas energias de 

 
 

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"contra-àsç" dos ritos de Obàluwàiyé e Egúngún (como frutos de rituais mal 


feitos) e também participam intensamente da parte "negativa" do odù de 
Ifá Ògúndá Méjì. Uma pessoa quando vítima destes Je ní ìyà Àìmoore, se 
torna o famoso "azarado", em qualquer lugar em que ela esteja, sempre tem 
alguém que quer implicar, puxar briga ou discutir, nenhum de seus projetos 
consegue se realizar e a pessoa se pergunta: - O que é que eu fiz para 
merecer isso? Sou sempre tão correto, positivo e tenho tanta fé. Às vezes 
estes Je ní ìyà podem acompanhar uma pessoa que teve problemas sérios de 
parto, por toda a vida. 

Ritual: Odù Òtúurúpòn Òsá 

Pegue um escaravelho preto e água do interior de um caranguejo, 


acrescente bastante gergelim (Sesamum indicum, Pedaliaceae) torrado, 
coloque tudo dentro de uma cabaça pequena e torre (com o escaravelho) 
vivo. Desenhe sobre o pó misturados com ìyèròsùn, o odù de Ifá Òtúurúpòn 
Òsá pronunciando o ofò t'èdè-eye: "NÌMUBANÍLÓYÈTÓ". Sopre o pó no 
"rastro" ou sobre a pessoa que você pretende atingir. 

4. Àìní (Necessidade divinizada) 

Os Je ní ìyà de categoria Àìní causam os miomas. Seu perfil energético 


provém de intensa carga negativa acumulada sobre as mulheres que 
mesmo sem saberem, exercem atividades mediúnicas, como por exemplo 
durante o sono. São parasitas astrais, que podem afetar o funcionamento 
do cérebro, principalmente nos homens. São seres que exercem uma "vida 
morta" alimentando-se do corpo emocional-energético das pessoas, às 
quais, são pelo que eu pude observar, em 90% dos casos, pessoas com 
grande tendência a mediunidade negativa. O que lhes causa constante 

 
 

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mal-estar e mau humor no dia a dia, como se algo as estivesse 


incomodando, mas elas não souberam o que é. 

Ritual: Odù Òsé Ògúndá 

Pegue nove folhas de abacaxi (Ananás comosus, Bromeliaceae), nove folhas 


de inhame (Dioscorea sp., Dioscoreaceae) e pó de bambu (Oxytenanthera 
Abyssinica, Gramineae). Torre todos estes materiais com uma casa de 
marimbondo. Sobre o pó produzido misturado com ìyèròsùn, desenhe o 
odù Òsé Ògúndá pronunciando o ofò t'èdè-eye: 
"NÌÀÍRÈLOWÈSALÁBÁRÍNMO". Misture este pó com argila preta e modele 
um boneco (homúnculo), acrescente excremento de porco e sacrifique um 
galo preto em cima. Entregue em uma encruzilhada de terra à meia-noite 
para Je ní ìyà Àìní, com o nome da pessoa dentro, escrito com carvão 
mineral sobre um pano vermelho. 

5. Àìsán (Doença divinizada) 

Os Je ní ìyà de categoria Àìsàn são originários do medo traumático que uma 


pessoa traz de uma determinada situação (mesmo que ela não tenha 
consciência disto), bastante ligada aos espíritos Àbikú (os que nascem para 
morrer), os Àìsàn são despertados interiormente através de "gatilhos", seja 
uma separação, um fato da infância, ou mesmo de uma autopunição que a 
pessoa queira se infringir inconscientemente. Em várias oportunidades, 
pude ver que os Àìsàn normalmente se apresentam astralmente como 
ofídios, o que demonstra que é uma utilização errada da própria pessoa, de 
sua força instintiva mais profunda contra si mesma. Em muitos casos tive a 
felicidade, de fazer em um dia, através de determinados rituais, o que a 
psicologia leva meses, e até anos para fazer. Ou seja, a expulsão da 

 
 

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perniciosa influência de um Àìsàn do corpo astral e do campo áurico de 


uma pessoa. 

Ritual: Odù Òyèkú Méjì 

Pegue fumo (Nicotina tababum, Solanaceae) em pá, três penas de urubu e 


um fruto pequeno de dendezeiro (Elaeis Guineensis, Palmar). Desenhar o 
Odù em ìyèròsùn com raspa de raiz de árvore copaíba (Daniellia Oliveri, 
Caesalíniaceae). Misturar tudo pronunciando o ofò t'èdè-eye: 
"YÈTOMÚNÍLÓBA". Enrole todo o material dentro de um pano branco bem 
sujo, e dê vários nós com uma linha vermelha. Entregue para o Je í ìyá 
Àìsàn no bambuzal mais próximo da casa da pessoa, e antes de ir embora, 
cubra com uma panela de barro rachada ou partida. 

6. Àjà kálè àrún (Maldição divinizada) 

Os Je ní ìyà de catgoria Àjà kálè àrún, são normalmente relacionados a 


agrégora de uma família ou de uma comunidade. Eles costumam nascer 
juntos com o clã. Normalmente originários de atos odiosos e medonhos, 
que a princípio pareceram, como se fossem "forças vitoriosas" de uma ou 
mais pessoas sobre determinada situação, os Àjà kálè àrún não se afastam 
mesmo após várias gerações, pois se alimentam diretamente da energia 
vital da família. Os problemas, disputas e conflitos familiares, são o "arroz 
com feijão" diário destes seres, os quais não tem o menor interesse em 
piorar o padrão, pois a própria manutenção desta energia já lhes é alimento 
suficiente. Com o tempo pude notar que estes Àjà kálè àrún podem 
influenciar tipos de padrões negativos, desde as coisas mais simples dentro 
de uma família, até as mais graves. Acoplados ao padrão de DNA espiritual 
de uma família, ouso comentar aqui, que este é o problema mais comum 

 
 

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que costumo ver no dia a dia da prática divinatória. E que, apesar de 
parecer de difícil solução, afirmo que não é, desde que pelo menos a 
maioria da família se mobilize. Ás vezes pode acontecer de uma pessoa 
nascer, ou entrar em um determinado clã para mudar sozinha este padrão e 
expulsar o Àjà kálè àrún definitivamente, mas infelizmente não é algo 
muito comum. 

Ritual: Odù Ìretè Òsé 

Torre um sapo (Òpòló), com nove folhas de jaqueira (Artocarpus 


Integrifólia, Moraceae) e um fruto de Amomo (Aframomum Melegueta, 
Zingiberaceae). Desenhe o odù sob a preparação acompanhada de ìyèròsùn. 
Esmague sete centopéias sobre o pó com uma pedra de raio que já tenha 
sido consagrada para Sòngó, recitando ofò t'èdè-eye: 
"KIRÈLÁYÀMONÌKOWOGBO". Faça com este pó dois acaçás, sacrifique 
sobre eles um preá fêmea, e entregue em nome de ÌYÁ Aláalé, ao Je ní ìyà 
Àjà kálè àrún da placenta da pessoa. 

7. Àjálù (Catástrofe divinizada) 

Os antigos yorùbá, e mesmo as sociedades antigas de uma forma em geral, 


conheciam bem este Je ní ìyà Àjálù. Por isso cultos coletivos a seus Deuses, 
aonde pediam proteção contra este tipo de Je ní ìyà. Este Àjálù corrompe as 
regras sociais coletivas e impõe a loucura sobre uma coletividade ou 
mesmo, sobre uma pessoa. A violência descontrolada sobre uma cidade é 
um exemplo da atividade deste Àjálù, este Je ní ìyà são "filhos" das forças 
que fazem "desejar sem jamais poder conseguir", filhotes da frustação, seu 
poder é caótico e somente aqueles que conhecem o poder das "mentes mais 
antigas" lhes podem fazer frente. É fácil perceber em várias cidades 

 
 

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"modernas" a atuação destes Je ní ìyà, são filhos do ódio e da lamentação 


agressiva daqueles que "nunca chegam lá", por não saberem que não existe 
lugar aonde chegar. Quando são utilizados na magia prática de Ìyámi, 
podem causar os mais variados desastres, desde os mais simples aos mais 
tenebrosos. Em uma oportunidade, quando retirei pela primeira vez de uma 
pessoa este tipo de Je ní ìyà, eu o "guardei" em determinado local dentro do 
templo (era um local ainda inapropriado no bairro de Ramos na cidade do 
Rio de Janeiro), colado à parede que dava para a casa de uma vizinha. Eu 
não sabia na época, mas a tal vizinha vivia "gritando aos sete ventos" que 
detestava os "sons esquisitos" que vinham da casa ao lado (ou seja, do 
templo). Por azar dela, algumas horas depois que eu "guardei" o Je ní ìyà. 
Ela foi cozinhar uma panela grande de feijão em sua cozinha, que dava para 
a parede aonde eu tinha guardado o Je ní ìyà. Enquanto ela cozinhava, ela 
começou a gritar e xingar, reclamando dos rituais de magia que eram 
realizados na casa ao lado (neste momento, eu já tinha saído da casa há 
muito tempo, pois era o início de um fim de semana). Resultado: A panela 
de pressão estourou e infelizmente queimou a vizinha completamente, 
além de várias outras coisas da casa que foram quebradas 
inexplicavelmente durante todo o fim de semana. Quando soube disto dias 
depois, imediatamente retirei o Je ní ìyà Àjálù e o guardei em um local 
"mais seguro". Este é um exemplo simples do que um Je ní ìyà Àjálù pode 
fazer, sem falar que eu não lhe dei nenhum tipo de comando ou de ordem 
para que se comportasse assim - mas eu entendi o que aconteceu, por que 
isso, e a natureza Àjálù, e certas coisas não mudam, mesmo quando 
"domesticadas". 

Ritual: Odù Èjìogbè Òtúurúpòn 

Pegue duzentas sementes secas de quiabo (Abelmoshus Esculentus, 


Malvaceae) e torre com uma cebola roxa, três folhas de urtiga, sete 

 
 

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pimentas de macaco, cinco folhas de menta e um escorpião. Costure uma 


pele de cobra com uma linha preta e uma branca em forma de "pequeno 
patuá", e coloque o pó dentro com um pedaço de ferro e um pouco de 
sangue de burro. Acrescente qualquer material que você tiver da pessoa, 
um pedaço de cabelo, roupa usada, dentro do patuá. Cave um buraco e no 
fundo dele, marque o odù Èjìogbè Òtúurúpòn, com frutos de urucum (Bixa 
Orellana, Bixaceae). Tampe o buraco recitando o ofò t'èdè-eye 
"KÓRÍYÍMOWÈLÁKÓRÈMÁ", ordenando ao Je ní ìyà Àjálù, em nome de Ìyá 
Aláalé, o que você deseja que aconteça e com quem. 

8. Ebì (Fome divinizada) 

Os Je ní ìyà de categoria Ebí, são seres que estabelecem todas as forças 


negativas relacionadas à penúria e dificuldades materiais. Eles também, 
promovem uma ansiedade enorme que pode causar inúmeros males em 
suas vítimas, levando-as a ações impensadas com consequências sempre 
prejudiciais. 

Ritual: Odù Òyèkú Ìwòrì 

Pegue pelo menos quatro aranhas e torre com folhas de picão (Bidens 
Pilosa, Compositae) e trombeta-roxa (Datura Metel, Solanaceae). Desenhe 
o Odù Òyèkú Ìwòrì no pó e sacrifique dois pombos pretos. Deste material 
faça um "molho" com sementes de abóbora e urucum com azeite de dendê. 
No fundo de um prato de barro escreva o nome da pessoa com carvão 
mineral. Coloque neste prato uma iguaria muito bem temperada. Leve a 
porta de um cemitério e entregue ao Je ní ìyà Ebí com os dois pombos 
pretos, um de cada lado do prato, pronunciando o seguinte ofò t'èdè-eye: 

 
 

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"SUBÍBÚTELÉNIBÚ", com o sentimento e o pensamento correto voltados à 


pessoa que você quer atingir. 

9. Eegun (Osso divinizado) 

Os Je ní ìyà de categoria Eegun são conhecidíssimos em todos os sistemas 


de magia, no ocidente são chamados de "sopro dos ossos", e torna-se um 
dos elementos básicos da arte da Necromancia. Para as pessoas voltadas a 
tradiçãp Yorùbá, aviso que não devemos confundir Eegun (Osso) com 
Egúngún (o mascarado). Eu explico: O Je ní ìyà Eegun é o ser que se forma a 
partir da energia dos ossos dos cadáveres (sejam humanos ou animais), ao 
contrário do Agàn, que é o símbolo coletivo de todos os humanos mortos 
masculinos da cultura Yorùbá, o Je ní ìyà Eegun é fruto do processo de 
decomposição cadavérica "que permanece", é a essência última a ser 
desintegrada, e permanece nos ossos em forma de vida como lembranças e 
registros de sensações físicas, instintivas, emocionais e mentais. É a fonte e 
a origem, o Pai e a Mãe de todos os ditos "fantasmas" mais comuns, que 
assombram lugares e pessoas. Não é a alma de alguém e muito menos seu 
espírito, mas pode ser alguém, na medida em que é um resumo deste 
alguém em suas sensações mais urgentes enquanto era vivo. O Je ní ìyà 
Eegun anseia comer, beber, fumar (se fumava enquanto vivo) e 
principalmente fornicar. Está ligado ao que restou da mente ___________ no 
ser humano, a qual possui programas da consciência reptílica que não se 
estende para as necessidades de caçar, matar, comer e reproduzir. Por isso, 
Eegun não é Egúngún (mas ambos são filhos míticos de Ìyámi Òsòrpngá - a 
partir da força dos "seus ossos que permanecem nos ossos de seus filhos"), 
o Egúngún na cultura Yorùbá é o ancestral que moraliza e orienta o seu clã, 
portanto aos seus descendentes, para uma vida melhor (pois enquanto o 

 
 

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ocidental diz que seu filho é "sangue de seu sangue", o Yorùbá antigo 
afirmava que seu filho é "osso de seu osso"). Mesmo que o Egúngún mate o 
adversário da tribo de seus filhos, ainda não é a essência que se pode achar 
"negativamente", na "inscrição reptílica" de um Je ní ìyà Eegun. E isto 
explica, porque em tantas culturas a Necromancia (que na prática, vai 
muito além de apenas evocar mortos) é proibida e considerada como a 
"mais infame das artes de magia". O que se entende como Egúngún são 
muito mais próximos dos Je ní ìyà Ejò (que comento logo abaixo), do que 
propriamente de Eegun. 

Ritual: Odù Òyèkú Òbàrà 

Pegue sete raízes de dormideira negra e torre com folhas de arruja e 


benjoim. Desenhe o Odù Òbàrà na preparação misturada com ìyèròsùn e 
sopre sobre o túmulo de alguém "escolhido a dedo". Após soprar, chame 
pelo nome da pessoa e dê a ordem que você quer que o Eegun faça em 
nome de Ìyá Aláalé. 

10. Ejò (Serpente divinizada) 

Os Je ní ìyà de categoria Ejò são "nascidos" da energia vital individual de 


tudo o que existe. Para a transmissão desta energia não é necessário osso, 
ou qualquer outra coisa material, mas apenas uma boa "cabeça antenada", 
concentrada na inspiração que pode receber de um determinado ponto ou 
pessoa. Isto já é mais do que suficiente (o conceito de mestre que ensina ao 
discípulo baseia-se nisso). Todos os seres vivos são unidos pela energia 
vital de sua espécie: todos os humanos são o conjunto da raça humana, 
todos os crocodilos juntos, são o conjunto da energia vital dos crocodilos, e 
por assim em diante. Je ní ìyà Ejò são os seres que nascem da forma como 

 
 

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uma pessoa aborda sua herança racial ou de sua espécie (gosto de brincar 
fazendo um trocadilho, de que a herança da espécie é uma herança 
especial). 

Ritual: Òsá Òdí 

O carvão animal (Carbo Animália) é o melhor condutor de energia para o 


plano astral. A crescente ao carvão animal, uma pele de cobra e uma 
tintura de dormideira branca. As tinturas devem ser feitas da seguinte 
maneira: coloque o material em 2/3 de álcool vínico e deixe em infusão 
durante oito dias. Depois é só coar e já pode usar. Faça uma farinha de 
aveia com esta tintura feita de dormideira branca e pele de cobra, marque o 
odù Òsá Òdí com os pedaços de carvão animal e ofereça ao Je ní ìyà Ejò. 
Determinando a ele que faça o que você deseja, em nome de Ìyá Aláalé, 
pronunciando o seguinte ofò t'èdè-yey: "MIGUNJÒSÉMIBATA". 

11. Ekuru (Poeira divinizada) 

Os Je ní ìyà de categoria Ekuru, são bastante conhecidos como "registro de 


rastros ou pegadas" ou como elemento catalizador de energias de um 
ambiente, mesmo que não se saiba, são com estes Je ní ìyà que a pessoa 
está lidando. Eles podem imantar várias energias sobre ambientes ou 
pessoas, sejam positivas ou negativas, e podem também acarretar várias 
enfermidades ou "azares", quando manipulados para finalidades negativas. 

Ritual: Odù Ìretè Òtúrá 

Pegue quatorze folhas de alfavaca (Ocimum Gratissimum, Labiatae), treze 


folhas de berinjela (Solanum Incanum, Solanaceae) e doze folhas de 
mamoeiro (Carica Papaya, Cariaceae). Desenhe o Odù Ìretè Òtúrá em 
ìyèròsùn com a poeira do local que você quer afetar. Misture o pó com as 

 
 

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folhas e faça uma "massa" com argila branca e cera pura de abelha. Modele 
de modo que lembre o formato humano (homúnculo) com esta massa. 
Desta forma você estará assentando um Je ní ìyà Ekuru, para manipular 
como você quiser o ambiente ou o local, em que você colheu a poeira. 

ofò t'èdè-eye: "NITOBANÍYÈLÓMU" 

12. Gbìyànjú (luta divinizada) 

Os Je ní ìyà de categoria Gbìyànjú são seres nascidos das energias liberadas 


através do combate físico. Associados a adrenalina, ao suôr, esforço e dor, 
estes Gbìyànjú são seres que podem ser utilizados para qualquer finalidade, 
seja positiva ou negativa. 

Ritual: Odù Òbàrà Ògúndá 

Pegue um pouco de pólvora e acrescente suor de cavalo, com folhas de 


dendezeiro torradas. Risque o Odù Òbàrà Ògúndá na preparação, e queime 
em uma encruzilhada, ordenando ao Je ní ìyà Gbìyànjú, o que você deseja 
que ele faça em nome de Ìyá Aláalé. 

ofò t'èdè-eye: "RUBÌDÉLÓSOMIYÀTÁJÚBANÍKÓ" 

13. Ìbádù (Rivalidade divinizada) 

Os Je ní ìyà de categoria Ìbádù nascem dos sentimentos de intriga e inveja, 


são frios e sanguinários os suficientes para causarem todos os tipos de 
males relacionados à decadência de um ser humano. Desestabilizam 
personalidade e caráter, separam famílias e espalham as misérias humanas 
dentro de qualquer ambiente aonde a ética comunitária não é preservada. 

 
 

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Ritual: Odù Ìrosùn Ògúndá 

Desenhe o Odù Ìrosùn Ògúndá em ìyèròsùn, com nove folhas de Ìrókò 


torradas e acrescente cristal de rocha moído com limalha de ferro. Misture 
este material em chumbo derretido e enquanto seca, sacrifique um galo 
vermelho encima. Sempre que você quiser causar rivalidade entre 
determinadas pessoas, queime pólvora sobre a placa de chumbo, 
ordenando ao Je ní ìyà Ìbádù o que você quer que aconteça e da forma como 
você quiser. Sempre em nome de Ìyá Aláalé. 

ofò t'èdè-eye: "BÁWONDÙLÓBINÌGBÉDANRÈKÓ" 

14. Ìbànújé (Tristeza divinizada) 

Os Je ní ìyà de categoria Ìbànújé nascem de mágoas profundas que são 


eternizadas no corpo astral das pessoas. Este tipo de força pode ser isolado 
dentro da natureza, e seu nome é Je ní ìyà Ìbànújé. Quando manipulados, é 
necessário que o oficiante do rito sinta imensa tristeza, para poder evocar 
este ser. Principal agente da melancolia, e da depressão, não é qualquer um 
que pode mandar neste Je ní ìyà. Como você pode dá ordens a alguém que é 
sua fraqueza? Isto é impossível. Mas para os que se sentem seguros na 
euforia da loucura abismal lhes ensino o ritual. 

Ritual: Odù Òsé Òdí 

Pegue um objeto de prata e acenda um defumador de cânfora. Torre uma 


cabeça de gavião-preto-africano (Milvus Migrana, Parasitus) com um rato 
inteiro e acrescente o resto da cânfora queimada. No pó produzido coloque 
um objeto de prata e desenhe o odú de Ifá Òsé Òdí. Faça um mingau de 

 
 

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aveia e misture-o ao pó. Coloque-o dentro de uma cabaça partida e ofereça 


ao Je ní ìyà Ìbànújé em nome de Ìyá Aláalé, na porta de um templo onde 
esteja acontecendo um rito funerário. 

ofò t'édè-eye: "JÉJÓNÚKÓBÀBÌTÌRÌNÍKÌLÉKA" 

15. Ébi (Culpa divinizada) 

Os Je ní ìyà de categoria Èbi, são profundamente perigosos, pois podem 


levar as pessoas ao suicídio, sem um motivo aparente. 

Ritual: Odù Òdí Òfún 

Como não estou a fim de ensinar rituais negativos para esta finalidade. 
Ensino como você pode "tirar" os Je ní ìyà de categoria Èbi das pessoas. 
Faça o seguinte:  

Pegue vinte e dois ovos de pata e os envolva com "fios de ferro", passe em 
volta da áurea da pessoa e despache estes ovos, enterrando-os sem quebrar 
aos pés de uma árvore frondosa. Depois sacrifique um Ijapá (cágado) sobre 
o Orí da pessoa. Determine um período de "depuração energética" 
(preceito) de 20 dias, tomando banho de tintura (ver o método de como 
fazer às tinturas, já ensinado neste livro) de Sândalo. 

O ofò t'èdè-eye indicado para esta finalidade é: "MIBIDÒPALÓRÍKÚDÀ" 

16. Ìdájó (Justiça divinizada) 

Os Je ní ìyà de categoria Ìdájó nascem da sensação de falta de justiça no 


mundo, são filhos de um misto de revolta e de necessidade de mérito pelo 
trabalho, estes Je ní ìyà de categoria Ìdájó não são negativos, mas são 

 
 

  19 

frutos diretos do que é ruim no mundo. São um dos aspectos da justiça 


dentro da egrágora de Ìyámi. 

Ritual: Odù Òwónrín Òkànràn 

Faça um banho forte de muitas raízes de violeta e limalhas de ferro com 


cinco orógbós ralados. Em um dia de terça-feira tome este banho da cabeça 
aos pés. O resto do banho você deve misturar com farinha de mesa e 
acrescentar açafrão em pó. Coloque em uma cabaça e leve até a uma 
encruzilhada. Ofereça ao Je ní ìyà Ìdájó e ordene que ele faça a justiça que 
você quer a seu favor, em nome de Ìyá Aláalé. 

Ofò t'èdè0eye: "ÚNDÁGÙNMÁJÓÀÌGÍMÓNUKÌTE" 

17. Ìdàlè (Traição divinizada) 

Ritual: Odù Òsá Ìrosùn 

Os Je ní ìyà de categoria Ìdàlè são um dos mais fáceis de ser, acessados hoje 
em dia, para que você faça com que uma pessoa seja vítima de traição, 
basta fazer o seguinte: Pegue sete folhas de canela e as macere com água 
suja e uma água interna de ìgbín. Modele uma cabeça de farinha de acaçá 
com pequenos pedaços de ferro marcando sobre o alto da cabeça o odù Òsá 
Ìrosùn, e despeje a preparação encima. Por cima do líquido, coloque folhas 
de bambu torradas e acrescente a essência de copaíba. Ofereça ao ori da 
pessoa e determine que o Je ní ìyà Ìdàlè, torne esta pessoa como uma 
espécie de hospedeiro dele. O que irá então fazer, com que esta pessoa seja 
uma vítima direta e costumas deste Je ní ìyà, na finalidade que você 
desejou. 

Ofò t'èdè-eye: "RÌTOLÈRÓDÁ". 

 
 

  20 

18. Ìdálóró (Tortura divinizada) 

Os Je ní ìyà de categoria Ìdálóró, são realmente "densos", aqui os rituais 


não são simbólicos, são objetivos e realmente maléficos. Estes Je ní ìyà são 
frutos de todas as sensações de pessoas que um dia foram torturadas. As 
energias malignas geradas pelos atos de tortura, em todas as épocas e 
países, formaram estes Je ní ìyà. Evocar um Je ní ìyà deste para uma 
finalidade comum é sempre muito arriscado, mas quando alguém consegue 
fazer isso de uma forma ritual perfeita, o resultado é sempre muito 
satisfatório. 

Ritual: Odù Òfún Ògúndá 

Desenhe, em um tamanho bem rande, com carvão mineral e Efun, o odù de 
Ifá Òfún Ògúndá na parede de dentro de um cemitério, ou de qualquer 
lugar aonde se costume cultuar os mortos. Queime em uma panela de ferro, 
uma cabeça de cachorro raivoso, fumo em pó, e folhas de berinjela 
(Solanum Incanum, Solanaceae) e sete frutos inteiros de Amomo 
(Aframomum Melegueta, Zingiberaceae). Desenhe o Odù sobre o pó 
produzido. Sacrifique um carneiro e jogue o sangue sobre a parede aonde 
foi inscrito o odù. Depois sopre o pó por cima. Ofereça este ritual para o Je 
ní ìyà Ìdálóró em nome de Ìyá Aláalé. Pronuncie o Ofò t'èdè-eye: 
"LÁBALÉRÈLOWÈSA + O NOME DA PESSOA" 

Este ritual também pode ser feito sobre uma árvore. 

19. Ìdíje (Competição divinizada) 

 
 

  21 

Os Je ní ìyà de categoria Ìdíje conseguem desestruturar famílias, 


comunidades, empresas, etc. Através do "veneno" nas relações, é muito 
raro uma comunidade mal preparada no sentido de disciplina e de ordem, 
suportar a ação maléfica destes Je ní ìyà. 

Ritual: Odù Ìretè Ògúndá 

Coloque pólvora com vários pequenos pedaços de cobre dentro de uma 


cabaça cortada ao meio. Acrescente pimenta-guiné (Xylopia Aethiopica, 
Annonaceae) e bulvo de Cebolinha-branca (Allium Aescalonicum, 
Liliaceae) torrados. Leve para "os pés" de uma árvore seca, sacrifique um 
galo de briga e com sangue faça um círculo no chão. Dentro do círculo, 
diretamente na terra, desenhe com o bico do galo sacrificado, o Odù Ìretè 
Ògúndá e coloque a cabaça. Enquanto queimar a pólvora, pronuncie o 
seguinte ofò t'èdè-eye: "RÈKÓWÈYAGIDÌLUBÒ", quebre em pequenos 
pedaços a parte restante da cabaça, espalhando-a dentro do círculo. Ordene 
ao Je ní ìyà Ìdíje, o que, a quem e como, ele deve fazer o que você quer, em 
nome de Ìyá Aláalé. 

20. Ìfé (Desejo divinizado) 

Os Je ní ìyà de categoria Ìfé, são os seres que nascem dos desejos intensos 
das pessoas. Quando manipulados magísticamente, podem causar nas 
pessoas terríveis obsessões, que podem levar a ruína completa. Em muitos 
casos, em que as pessoas sabendo que estão se colocando em uma situação 
negativa, mesmo assim, continuam cometendo os mesmos erros; mulheres 
que não conseguem abandonar um homem que lhes faz mal, viciados que 
se destroem a olhos vistos, mas não conseguem ter a força necessária para 

 
 

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se recuperar e outros. Todos estes casos são situações em que estes Je ní ìyà 
Ìfé, estão plenamente ativos na vida da pessoa. 

Ritual: Odù Òwónrín Òbàrà 

Prepare sete pães de inhame com canela em pó e rosas picadas (pétalas, 


folhas, espinhos, etc), não importando neste caso a cor. Em cada pão 
coloque um Ikodidé (pena de papagaio vermelho). Coloque tudo dentro de 
uma cabaça na qual você marcou com uma faca e, brasa o odù Òwónrín 
Òbàrà e acrescente sangue menstrual de uma cadela e uma cabeça de cobra. 
Prepare um anel de cobre e ferro e coloque-o dentro de um ovo, no qual 
você abriu um buraco e adicionou canela em pó e uma pena de perdiz, 
coloque o ovo, o anel e os pães. Após isso, retire a pena da perdiz e o anel, 
limpe-o e coloque no dedo médio da mão esquerda. Feche a cabaça e a 
entregue aos "pés" de uma árvore, o mais próximo de um bordel. Se 
possível, entre no bordel, jogue a pena da perdiz no chão do bordel, em um 
canto que ninguém veja, e lave o anel com um pouco de gim, enquanto 
discretamente recita o ofò t'èdè-eye: "WOTARABOYARÒKODÒPA", com o 
pensamento e o sentimento apropriados, ordenando ao Je ní ìyà Ìfé, que vá 
até a pessoa, e que a partir daquele momento ela seja vítima dos desejos 
incontroláveis que você quer que aconteçam. Toda vez que você quiser 
manipular a pessoa, basta desenhar no ar o Odù de ifá com anel na mão 
esquerda, e em nome de Ìyá Aláalé, dar a ordem ao Je ní ìyà Ìfé, recitando o 
ofò t'èdè-eye indicado. 

21. Èfúùfù líle (Tempestade divinizada) 

 
 

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Os Je ní ìyà de categoria Èfúùfù líle, são os seres que produzem as 


tempestades destruidoras, que causam tragédias e desastres sem fim. Na 
magia negativa, estes seres são largamente utilizados para criar acidentes. 

Ritual: Odù Òtúurúpòn Òwónrín 

Pegue cebola, urtiga, cansanção e trinta pimentas de macaco, coloque para 


cozinhar até que o líquido fique bem grosso (extrato), acrescente bastante 
limalha de ferro. Rale carvão mineral e misture com Ìyèròsùn, acrescente o 
pó da folha beldroega-pequena (Portulaca Oleraceae, Portulacaceae) 
torrada. Risque o odù Òtúurúpòn Òwónrín sobre o pó. Misture tudo, 
recitando o ofò t'èdè-eye: "ROTIKÍWÓNÍSÈ", abra "por dentro", uma 
berinjela bem grande, coloque tudo dentro dela e a envolva com um pano 
vermelho. Amarre no alto de bambuzal. Determine a quem, e o que, você 
quer que aconteça, chamando o Je ní ìyà, com o ofò t'èdè-eye. 

22. Ìfójú (Cegueira divinizada) 

O próprio nome deste Je ní ìyà, já nos diz para que ele serve. 

Ritual: Odù Òfún Méjì 

Coloque folhas de Tulipa-africana (Spathodea campanulata, Bignoceae), 


urtiga, um pedaço de cobre e bastante gergelim, dentro de uma garrafa com 
azeite de dendê, a qual você deixará enterrada por duas semanas. Modele 
uma cabeça com o barro que foi retirado de um ninho de vespas e 
misture-o ao dendê que foi preparado. Ao redor dos olhos da escultura, 
coloque unhas de gato e duas lacraias esmagadas para cada olho. Sacrifique 

 
 

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sobre a escultura um galo cego, recitando o seguinte ofò t'èdè-eye: 


"TÁFÓPAJÚMIBÁ". Envie o Je ní ìyá Aláalé. 

23. Igbe (Choro divinizado) 

Os Je ní ìyá de categoria Igbe, são seres criados a partir dos sofrimentos 


mais profundos que afligem uma pessoa. Como todos os outros Je ní ìyá, 
podem ser evocados, assentados, cultuados e enviados para cumprir 
qualquer função que queiramos, desde que estejam relacionadas as suas 
esferas particulares de ação. Os Igbe podem acessar as maiores mágoas e 
dificuldades de alguém, atingindo-lhes quase que imediatamente e com 
estrema precisão, aqueles pontos que vão fazer a pessoa se sentir "a última 
entre os seres humanos". 

Ritual: Odù Òsé Òyèkù 

Pegue água do mar e de lagoa, macere folhas de dendezeiro nesta água e 


cave um buraco aos "pés" de uma bananeira. Desenhe o Odù Òsé Òyèkù 
sobre o pó de folhas de arruda torradas, misturadas com ìyèròsùn. Jogue 
neste buraco todo o material e se possível algum objeto que tenha 
pertencido a pessoa, por cima coloque o pó com odù desenhado. Com uma 
faca nova, faça um corte na bananeira, de forma que através da faca, a água 
que escorre da bananeira caia sobre o buraco. Enquanto isto acontece, 
chame e de o devido comando ao Je ní ìyà Igbe, recitando o seguinte ofò 
t'èdè-eye: "BEYÈMÚRÈWÁLONÍ + O NOME DA PESSOA" 

 
 

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TIPOS DE IPESE PARA IYAMIN OSORONGA


Para oque serve cada oferenda para as Iyamin Osoronga e como
fazer
Todos ipeses abaixo devem ser preparados e colocados dentro de
uma panela de barro pequena com tampa ou alguidar
Todo ipese feito quando for colocar na frente de eşu tem que te
em baixo 3 pedras para da apoio ao preparador para não deixa a
panela encosta no chão quando for entrega na Ekorita Meta (
encruzilhada ) coloca-se a panela ou alguidar no chão

Ekuru funfun (feijão fradinho) serve para o lado financeiro


Modo de preparo
*pega o feijão fradinho quebrado deixa de molho, bate no liqüidificador sem
tempero, pegar uma folha de bananeira, passa no fogo, depois enrola a massa na
folha da bananeira e colocar em ambiente dentro do escorredor de inox numa
panela de água e deixa ferver até cozinhar, depois que esfriar você pega o ekuru
esfarela e colocar numa tigela com uma pitada de sal e mel .

Inu eram (vísceras do boi) serve para problemas de saúde


Modo de preparo
*Corta as vísceras do boi, antes pegar um obi jogar para as iyamis e pergunta
quantos pedaços são 3,7,16,21 pedaços se à necessidades de números

Ogede ogbagba (Banana prata, banana ouro, banana da terra) serve para
facilidade da vida pra tudo
Modo de preparo

 
 

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*Corta a banana a mão ou cozinhar a banana da terra cozinha ele depois deixa
esfriar e faz um purê (amassando a banana da terra) depois colocar uma pitada de
sal e mel

Epo ( dendê) serve para doença é também para acalmar as coisas


Modo de preparo
*pegar uma vasilha e colocar o dendê dentro e oferecer, o dendê significar o
sangue para iyamins

Akara ( acarajé ) serve para liberar as coisas do lado financeiro


Modo de preparo
*fazer a massa do acarajé feijão fradinho + cebola +camarão fazer o
tempero e misturar a massa e depois frita

Okute, eko(rato africano ou preá do Mato)serve para misericórdia de doença a


vida
Modo de preparo
*pegar o rato e esfregar no corpo todo do cliente e desfaz ele coloca na
panela de barro ou na vasilha de barro e regar no dendê

Edo (fígado) serve para as pessoas não ter raiva de nós e o mundo, e serve para a
pessoa ter brilho ser notada .
Modo de preparo
*Corta o fígado em tiras frita com dendê ou corta em tiras e serve cru ,
uma pitada de sal e serve cru

Ebe(purê de inhame do norte) serve para pessoa que estiver com uma doença

 
 

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Modo de preparo
*fazer um purê de inhame do norte + dendê

#Tipos de ipese para iyamin

Adiye( galinha ) serve para o lado amoroso


Eram eledé(carne de porco) serve para o lado financeiro vim com facilidade
Edo (Figado) serve para pessoas não ter raiva de nós e do mundo e serve para a
pessoa ter brilho ser notado
Adun (fuba com amendoim) serve para a vida fica doce e a vida e o mundo ficar
feliz
Ebe (purê de inhame do norte) serve para a pessoa quer estiver com uma doença
( doente)
Eyele ( pombo ) serve para o mundo ficar favorável para a pessoa
Eyin ( ovo ) serve para o mundo te valorizar e te olhar com bons olhos do mundo

Obs: todos devem ser preparados e entregues nos pés de eșu e em seguida
colocar em Ekorita Meta ( encruzilhada ) formato de (Y)

Akoses Agba ( Magias com Iyamin


Osoronga )

● Oferenda para iyamì para boa sorte :


Fígado de boi
Coração de boi
Bucho de boi

 
 

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Dendê ( epò pupa )


Gim
Um alguida ( oberó)
Um orogbo
Modo :
Deve se cortar as viverás em 16 pedaços , coloca sobre o alguida acrescenta
se ,dendê e
gim .
Esta oferenda deve ser colocada em frente à esu ou em uma ikorita meta (
encruzilhada de
três pontas ) ...
Palavra chave :
AWARÉBÀBOKÀ (3 vezes )
observação deve se repetir 3 vezes com um orogbo na boca e dividi-lo ao
meio deixando
cair na oferenda

● Magia de iyami contra maldade


Banha de Ori
Dendê - ( epo pupa )
03 - Folha de Guiné ( ewe olusaju )
01 - cabaça pequena

 
 

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Modo :
Misturar o material com ori Colocar em uma cabaça
Passar no unbigo para não pegar magia , ou maldade antes de ir a um local
próximo de
inimigos

● Imule (Proteção e retirar negatividades) com auxílio de yamin e


egungun
Ingredientes
-16 agulhas novas
- azeite de dendê
-16 acaça branco
-16 acarajé
- uma cabaça aberta ( ou alguidar )
- 01 galo ( que deve ser oferecido a Esú )
modo de preparo
Passar os acaçás e acarajés em todo o corpo.
Pegar as agulhas uma de cada vez, fazer o
pedido no orifício da agulha para que todos os
malefícios devam ir embora e uma a uma
apontar para si, molhar as agulhas no dendê e
introduzir cada uma no galo, no acarajé e nos
acaçás. Depositar tudo e arrumado no

 
 

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alguidar ( cabaça ) entrega em ekorita meta (encruzilhada)

● IMULE AWON ELEYE IYAMI


(PACTO DAS IYAMIS)
Queimar 7 ou 9 folhas de IYALODE com um atare inteiro, colocar pó dele em
cima de OPON
IFA ou na louca branca para marcar odu OSA MEJI e recitar Gbolohun , OFO.
Você pode recitar o ofo em português ou em yoruba
Gbolohun :
Eran ti kekere petu x3
Ewure doke yapaluga
Oba jegijegi x3
oba jomi jomi x3
oba kuje kuje x3
oba jegijegi loruko ti aunpe iwo obaluaye oba kujekuje loruko taupe iwo esu
odara oba jomin
jomin loruko tampe eyin lyamin osoronga ojoti eti lkole orun bowasi lkole
aiye eni teba de lleaye
riro lao ro ojo. Nigba te de lle aiye tan eni kinbayin wa unkan alejo wa
mofunyin ni omobinrin
asese bani ile, mofun yin lomo okunrin asese ropon e fun mi ni apa eran
moni emi ki je efun mi
ledo eran mo ni emi ki nje. Eni eran kin ni mo nje. Moni eran ebe ni ewani
toba sebe kin niso

 
 

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nidi igi aiye moni lati lose kin ni.


Eni ibe leo ti bamin munle pelu osa meji. Eni ise tiwon ba ranyin simin eni eo
ni je funmi ni
taburu eni ise ti mo ba ranyin oun leo monje eyin ko ni je ise aburu fun emin
(lagbaja) omo
(lagbaja) eni gbogbo eni toba lo ifa osameji yi eo ni dawon lamun mon. Nje
emin (lagbaja) omo
(lagbaja )moti bayin fi osa meji munle loni kin ri temin seo kin ri temin lo
kona kosi funmin
Adura .
Tradução:
Eran ti kekere petu x3
Ewure doke yapaluga x3
Oba jegijegi x3
oba jomi jomi x3
oba kuje kuje x3
oba jegijegi nome de vc, obaluaye, Obakujekuje, nome de vc, esu odara, Oba
jomin jomin,
nome de vcs iyami osoronga.
O dia em que você está vindo de ikole orun (Ceu) para o mundo, você disse
que se você
chegar ao mundo, você descerá. Você me deu a mão de uma cabra, eu
rejeitei, você me deu o
figado de uma cabra, eu rejeitei. Você disse que tipo de carne eu gosto, eu
disse que eu como

 
 

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carne de perdão, e você disse que se esse fosse o caso, eu deveria te seguir
até a sua árvore
(IGI AYE), eu disse para fazer o que, você vai me levar lá para entrar em um
pacto comigo com
OSA MEJI.
Você diz seja qual for a mensagem que você é enviado para mim, você não
vai entregar para
mim de forma ruim. Você disse que a mensagem que eu lhe enviei é que
você entregará sem
qualquer perigo para EU (seu nome) filho de (nome da mãe) você disse que
quem usou este
Ifa OSA MEJI nunca deveria perturbá-lo. Então, eu (seu nome) filho de
(nome de mãe) entrei
em um pacto com você hoje com OSA MEJI, abre caminho para mim.
mais orações
como usar:
Podemos usar o pó para beber gin a noite ou usar no dende para tomar

● SEJA VENCEDOR DE GUERRAS E REVOLTAS


Ingredientes:
- Ṣégun Ṣétè: Portulaca Oleracea, Portulacaceae.
- Ìgbín: Uma lesma..
- Iyò: Sal.
Procedimento:
Moer, cozinhar em uma panela de barro, quebrar a lesma, cortá-la em 16

 
 

  33 

pedaços, cozinhe com óleo e sal. Recite o seguinte Ọfộ ou


O único encantamento de Ìrosùn e comê-lo.
Encantamento:
“Ṣégun Ṣétè wá bá mi sé Àwon Oògùn àti Òtè náà
Ìgbín kìí tenu mógi àì má gùn ún.”
Tradução:
“Ṣégun Ṣétè, venha me ajudar a vencer com essas guerras e revoltas
Quando a lesma começar a subir em uma árvore, ela não retornará
até chegar ao topo.

● trabalho, Para obter ,proteção no seu lar contra inveja


A mesma saliva que prepara o visgo, é a que solta o passarinho capturado. (Se
alguém
fizer mal ao cliente verá o malefício voltar-se contra si próprio. Para que isto
aconteça
deverá ser feito o seguinte: Pegar 41 nervuras de dendezeiro. Em cada uma
coloca uma
bolinha de algodão, como se fosse um cotonete, e encharcar as bolinhas com
saliva.
Passá-las no yerosun onde foi inscrito o signo de Osa Meji e depois colocar sobre
o telhado
da casa. Isto serve de proteção contra qualquer malefício).

|| ||. Osameji
|. |

 
 

  34 

|. |
|. |

Como vencer trabalhos de bruxaria com auxílio da magia de ifá


Material :
Sabão africano
Enxofre
Epo pupa ( dendê )
Água da chuva
09 - grãos de atare
Modo
Pila o sabão com os elementos acima , juntamente com a água da chuva , este
banho deve
ser tomado fora de casa .
Assim que cair a próxima chuva a magia que foi feita ira de volta ao remetente
,resposta em
três dias

ABORU ABOYE

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