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HISTÓRIA DO BRASIL

PRÉ- HISTORIA
A origem dos seres humanos está na Africa .
Teorias Migratórias: já caiu
Excluída a hipótese de ser o índio originário da própria América (autoctonismo - caiu), ele
teria vindo da:
Teoria Clóvis >> atravessando o Estreito de Bering, que separa a América do continente
asiático, e depois ocupando o continente americano no sentido norte-sul (cerca de 50 mil
anos)
Teoria Malaio – Polinesia : através de canoas cruzando o Oceano Pacifico advindos da
Oceania chegando a América do Sul .

Teoria Austrália: a partir desta região (entre 10 mil e 4 mil anos), teriam penetrado no
continente americano, praticamente pelo mesmo caminho da corrente malaio-polinésia,
alcançando especialmente a região da Terra do Fogo (sul da Argentina)

Fóssil mais antigo das Américas: Luzia 12000 a 13000 anos na gruta da Lapa Vermelha
Traços negroides, bem diferentes dos povos tupis. caiu

Restos de uma fogueira de carvão vegetal >> 480000 anos atrás>> Piauí

Povos primitivos:
Umbu: 12000 a 130000
Caçadores e coletores
Pampas gaúchos
Armas: pedra lascada e boleadeiras para animais mais velozes

Sambaquis 2000 a 8000


Povos caçadores, principalmente pescadores>>> amontavam os restos em um canto e com
o tempo esses montes se amontoavam formando os sambaquis
Enterravam seus mortos nos amontoados, cobrindo os de vermelho – existência de ritos
funerários
Alguns corpos são encontrados curvados ou retos o que demonstra uma hierarquia dentro
da sociedade sambaqui.
Foram desaparecendo com a sedentarização com a agricultura, construção de vasos de
cerâmica que serviam para conservação de alimento, alem da utilização como urnas
funerárias.

POVOS INDÍGENAS NO BRASIL

Organização social:
• Hierarquia: tribo, aldeia, taba e confederação (em casos de guerra ou aliança com
outros grupos)
• Líder da tribo: cacique (morubixaba)
• Sistema político: cacicado com grupos de dependência formados por alianças
matrimoniais.
• Organização espacial:a aldeia é formada por um conjunto de habitações (ocas)
dispostas em círculo sem hierarquização social e uma praça cerimonial no centro
(ocara), local das mais importantes manifestações culturais e religiosas dos nativos.
• Sociedade igualitária: Todos têm acesso à terra e aos recursos que ela oferece.
• Divisão sexual do trabalho:
1. Tarefas femininas: cuidar da roça, preparar os alimentos, fiar, tecer, coletar frutos e
raízes comestíveis, fazer cestos e cerâmica, cuidar das criançaso
2. Tarefas masculinas: pesca, caça, limpeza do terreno para o plantio, fabricação das
armas (arco e flecha, por exemplo) e construção das ocas.
• Seminomadismo (ou semissedentarismo)
• Poligamia
Economia
• Propriedade coletiva
• Economia baseada na caça, na pesca, na coleta vegetal e na prática de uma
agricultura rudimentar
• Economia baseada na caça, na pesca, na coleta vegetal e na prática de uma
agricultura rudimentar (cultivo da mandioca, do milho, da batata, do feijão e do
pimentão) Agricultura de coivara: técnica tradicional utilizada pelos tupis que
consiste na derrubada da mata nativa seguida pela queima de vegetação e pela
plantação intercalada de culturas.
Religião
• Politeísmo
• Guaraci: sol, mãe de todos os homens;
• Jaci: lua, criadora dos vegetais;
• o Rudá: deus do amor e da reprodução (forma humana)
• o Tupã: raio ou trovão;
• o Mboia: serpente protetora das donzelas.
• Rituais funerários (c/ a própria habitação do morto usada como túmulo).
• Pajé (xamã): líder espiritual.
• Para os indígenas todos os animais já foram humanos.
Cultura
• Antropofagia ritual
• Antropofagia heroica (entre os tupis): comer a carne do inimigo era uma honra e
prova da supremacia total sobre a aldeia a que pertencia o morto.
• Antropofagia doméstica (entre os jês): devorar os próprios membros da família que
morressem de morte natural resultaria na assimilação de suas virtudes.
• Dança e música
• Confecção de instrumentos musicais como flautas, tambores e chocalhos.
• Pintura corporal:
• Para enfeitar o corpo, participar de rituais ou guerras e para espantar os insetos.
• Cerâmica
• Urnas funerárias
• Destaque: cerâmica marajoara
• Arte plumária
• Colares, pulseiras e enfeites nasais
• Tecelagem (c/ exceção dos jês)
• Confecção de cestos, redes para dormir e redes de pesca.
• Culinária e objetos da cozinha
• Lendas :Saci-pererê e o Curupira

questão: compreensão etnocêntrica acerca das populações dos territórios conquistados,


uma vez que generalizavam, subjugando todos os povos aos considerar todos indios, sem
se preocupar com as suas raízes ou diferenças;.
Questão:
O Brasil é um país pluriétnico, com dezenas de povos indígenas.

A Constituição de 1988 reconhece costumes, línguas, crenças e tradições indígenas, além


dos direitos originários sobre as terras que os índios tradicionalmente ocupam.

As populações indígenas não estão desaparecendo, pelo contrário, estão em crescimento


demográfico no Brasil.
Questão: Verifica-se a tendência de reversão da curva demográfica, tendo em vista o
crescimento atual da população indígena no país, sendo que a maior parcela desse
contingente vive em áreas rurais.

Mesmo com a violência sofrida ao longo da história do Brasil, os indígenas não foram
vítimas passivas dos colonizadores.
Quuestão: enem perguntou sobre os tupis:
a ritualização da guerra entre as tribos e o caráter semissedentário de sua organização
social.
Os tupis plantavam milho (abati[12]), mandioca (mãdi'og)[13], batata-doce, cará (ka'rá)
[14], abóbora, algodão, amendoim (mãdu'bi, mãdu'i[15]), pimenta, feijão (komandá[16]) e
tabaco (petyma[17]). Utilizavam o sistema da coivara, ou queimada, para preparar o
terreno para o plantio. Após diversas queimadas e plantios consecutivos, o solo ficava
empobrecido, obrigando a tribo a se deslocar em busca de terrenos mais férteis. Isto
explica, em parte, o seminomadismo dos tupis.
Os tupis complementavam sua dieta com caça, pesca e coleta de frutos e raízes. Da mesma
forma que a agricultura, estas atividades, com o tempo, esgotavam os recursos de uma
área, obrigando a tribo a migrar para novas áreas. Os únicos animais de corte que os índios
tupis conseguiram domesticar foram os patos-do-mato (Cairina moschata)[19]. Os índios
carijós, que habitavam o litoral brasileiro entre Cananeia e a lagoa dos Patos, também eram
chamados de "índios patos" pelos europeus, por conservarem grande quantidade de aves
em suas aldeias.[20]
Um costume disseminado amplamente entre as tribos tupis (e entre todos os demais povos
da América pré-colombiana) era o canibalismo, que consistia no sacrifício ritual de um
prisioneiro de uma tribo inimiga, seguido do consumo de sua carne por todos os membros
da tribo (exceto pelo carrasco, que se retirava para uma rede e ficava em recolhimento
ritual por um certo período). A carne que não era imediatamente consumida era defumada
("moqueada") na grelha e guardada para consumo posterior. O canibalismo era movido por
três objetivos: primeiro, a vingança contra os inimigos da tribo[23]; segundo, adquirir as
qualidades positivas do inimigo ingerido, pois os tupis acreditavam que adquiriam as
qualidades do indivíduo ingerido. Por este motivo, os tupis evitavam ingerir a carne de
animais lentos, como a preguiça e procuravam ingerir a carne de animais velozes, como o
veado. Em terceiro, o matador ganhava fama e reputação: quanto mais se matassem
inimigos, mais se era respeitado dentro da comunidade[24]. Especula-se, também, se a
ausência de criação de animais de corte (excetuando-se os patos-do-mato, que já haviam
sido domesticados) na cultura tradicional dos povos tupis possa ter contribuído para o
canibalismo, dada a dificuldade relativa de se obter fontes animais de proteína através da
caça e da pesca.
Um costume disseminado amplamente entre as tribos tupis (e entre todos os demais povos
da América pré-colombiana) era o canibalismo, que consistia no sacrifício ritual de um
prisioneiro de uma tribo inimiga, seguido do consumo de sua carne por todos os membros
da tribo (exceto pelo carrasco, que se retirava para uma rede e ficava em recolhimento
ritual por um certo período). A carne que não era imediatamente consumida era defumada
("moqueada") na grelha e guardada para consumo posterior. O canibalismo era movido por
três objetivos: primeiro, a vingança contra os inimigos da tribo[23]; segundo, adquirir as
qualidades positivas do inimigo ingerido, pois os tupis acreditavam que adquiriam as
qualidades do indivíduo ingerido. Por este motivo, os tupis evitavam ingerir a carne de
animais lentos, como a preguiça e procuravam ingerir a carne de animais velozes, como o
veado. Em terceiro, o matador ganhava fama e reputação: quanto mais se matassem
inimigos, mais se era respeitado dentro da comunidade[24]. Especula-se, também, se a
ausência de criação de animais de corte (excetuando-se os patos-do-mato, que já haviam
sido domesticados) na cultura tradicional dos povos tupis possa ter contribuído para o
canibalismo, dada a dificuldade relativa de se obter fontes animais de proteína através da
caça e da pesca.
Os guaranis possuíam um sistema primitivo de correio, o parejhara (equivalente ao termo
tupi antigo paresar, "convidar para festa"),[38] que consistia na troca de informações e
produtos entre os viajantes que chegavam às aldeias e os moradores das aldeias. Este
sistema ajudava na manutenção da coesão cultural dos guaranis, dispersos pela América do
Sul. Este correio se utilizava também de um antigo caminho gramado, o Peabiru, que
ligava o litoral brasileiro à Cordilheira dos Andes através dos atuais territórios do estado
brasileiro do Paraná, do Paraguai e da Bolívia.
Para marcar a passagem dos anos, os tupis tomavam, como base, a frutificação dos
cajueiros, que se dá nos meses de dezembro e janeiro. Em cada safra de caju, guardava-se
uma castanha de caju em um pote. A contagem das castanhas dentro do pote indicava a
idade dos indivíduos[40][41]. O período da safra de caju também marcava as chamadas
"guerras do caju", quando tribos tapuias do interior atacavam os cajuais tupis do litoral,
disputando a posse da fruta[42].
Os tupis se dividiam em várias nações, que guerreavam constantemente entre si ou contra
tribos não tupis, os chamados tapuia ("estrangeiros" ou "inimigos" em tupi). Mesmo dentro
de uma mesma nação, no entanto, eram comuns as desavenças e conflitos militares.

EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL


Contexto mercantilista europeu do século XV>> busca por um novo mundo e riquezas
para acumular capital para os estados nacionais modernos

Principais páises: PORTUGAL E ESPANHA - posição geográfica favorável e maiores


economias
A expansão ocorre no final da Idade Média

A ideia era achar um novo caminho para continuidade do comércio de especiarias>>o Mar
Mediterraneo era dominado por cidades italianas e por terra era inviável.

1415: Portugal conquista uma cidade chamada Ceuta e passa a ter controle do Estreito de
Gilbraltar – controle comercial do que entrava no Mar Mediterraneo

Navegação de capotagem: navegar sem perder o litoral de vista – medo do desconhecido e


bestas, aguas envenenadas

1434: Cabo do Bojador >> atravessado pelo navegador Gil Eanes .


1479: Tratado de Alcáçovas – Portugal tera o controle e o direito de explorar o Sul da Ilhas
Canárias e a Costa do continente africano, caberá a Espanha o norte das ilhas.

1488: Bartolomeu Dias atravessou o Cabo das Tormentas e foi rebatizado pelo Rei D. João
II como o Cabo da Boa Esperança.

1492: Cristóvão Colombo chega a América Central.

1493: Bula Inter Coertera ou Papal dividiu as terras descobertas por Colombo, contando
100 léguas ultramarinas a oeste de Cabo Verde, atraves de uma linha imaginária. O
ocidente pertenceria a Espanha e o oriente pertencerá a Portugal.
Portugal não concordou .

1494: Tratado de Tordesilhas : substituiu a Bula Papal - 370 leguas ultramarinas .


O ocidente pertenceria a Espanha e o oriente pertencerá a Portugal. Outros países não
concordaram com a divisão das conquistas somente entre Portugal e a Espanha.

O Tratado de Tordesilhas já delimita as terras de Portugal antes mesmo da chegada dos


portugueses à América. Portugal já tinha o domínio político.

1500: Pedro Alvares Cabral, a mando de D. Manuel, rei de Portugal, chega ao Brasil e 8
dias depois chega às Indias.
A chegada de Portugal no Brasil não foi ao acaso.

Eram 13 caravelas>> chegou 12 caravelas.

DESCOBRIMENTO DO BRASIL

A colonização do Brasil faz parte do projeto mercantilista português.

PERIODO PRÉ-COLONIAL - 1500-1530


Desinteresse da Metrópole na colonização do Brasil:
• maiores lucros com o comércio de especiarias no Oriente.
• Portugal não encontra metais preciosos
Exploração territorial >> empresas portuguesas (entradas)
• expedições exploradoras >> mapeamento do litoral, procura de metais preciosos e
extração do pau – brasil
****pau – brasil:
localização : litoral (rn ate rj)
atividade predatória e itinerante
feitorias:: instalações provisorias para armazenamento de madeira
mao-de-obra: indígena (escambo) – ainda não é escravo
estanco: monopolio comercial da coroa sobre esse tipo de atividade comercial

• expedições guarda -costas : proteção à invasões estrangeiras Ex: França – o


governo francês contratava corsários para explorarem as novas terras.

Mão de obra: nativos . No geral, não houve durante esse período a escravidão indígena,
mas sim ESCAMBO.
OBS: independente do escambo, devemos compreender a relação entre portugueses
e nativos como uma relação de exploração.

INÍCIO DA COLONIZAÇÃO:
Fatores:
• Redução dos lucros com o comércio de especiarias no oriente: maior concorrência,
custos elevados para as viagens e custos elevados para manutenção das colônias
portuguesas.
• Ameaça apresentada por invasores que não reconheciam o Tratado de Tordesilhas.
• A expansão da fé cristã em busca de novos fiéis. Na Europa, a igreja católica estava
em crise com a expansão de novas religiões.

1531>>Expedição colonizadora feita por Martin Afonso de Souza

ENTRADAS E BANDEIRAS
Foram expedições pelo interior da colônia, que existiam desde o século XVI.
Foram fundamentais para o conhecimento do território por parte dos colonizadores e para o
povoamento do interior.
As ENTRADAS eram expedições oficiais portuguesas que inicialmente tinham por
objetivos a captura de nativos para o trabalho escravo.
As BANDEIRAS eram expedições particulares, no qual os principais bandeirantes tinham
residência em São Paulo, daí o nome bandeirantes paulistas.
Bandeiras de preação ou captura: objetivo de capturar nativos para a escravidão,
resultando em conflito com os jesuítas, que protegiam os povos indígenas pela
cristianização.
Bandeiras de contrato: eram contratados pelos latifundiários e tinham por objetivo
capturar nativos ou africanos fugitivos, além de promover guerras contra os colombos.
Domingos Jorge Velho que foi responsável pela destruição do Quilombo de Palmares em
1695.
Bandeiras de prospecção: ira buscar recursos no interior, principalemente metais e pedras
preciosos.
Expedição de XVII>> Fernão Dias e Antônio Rodrigo de Arzão abriram o caminho para
Minas Gerais.

Monções:
expedições fluviais paulistas que partiam de Porto Feliz, às margens do Rio Tietê, com
destino às áreas de mineração ou em locais de povoamento, com a finalidade de abastecê-
la.

CAPITANIAS HEREDITÁRIAS - 1534-1548

1534: terceirização da colonização do Brasil >> capitanias hereditárias.

Fatores:
• Ameaça de invasores
• Experiência de sucesso nas Ilhas Atlânticas
• A economia de Portugal estava em crise

Características
• O Brasil foi dividido em 15 partes e dando origem posteriormente aos Estados
brasileiros.
• Essas capitanias eram doadas a portugueses – nobres- de confiança da coroa.
• Inalienáveis
• Recursos particulares: transferência da responsabilidade da colonização para
terceiros.
• As capitanias são independentes entre si, subordinadas a Portugal.
• Capitanias mais famosas: Pernambuco, Bahia de todos os Santos e São Vicente.
Requisitos:
• Possuir riquezas
• Ter ciência de dois documentos:
a- carta de doação: registro de posse da terra – doação para a família do capitão donatário.
b- carta de foral: direitos e deveres para com a capitania .

É direito do capitão:
1. Ficar com parte do lucro
2. Uso da escravidão indígena
3. Pode doar sesmarias >> grandes latifúndios
4. Cobrança de impostos
É dever do capitão:
1. Repassar partes dos lucros à Coroa
2. Combater invasões estrangeiras
3. Povoar a capitania

Obs1.: crianças e adolescentes órfãos eram encaminhados para a colônia para que
desposassem os portugueses que aqui estavam.
Obs2: Aos presos eram oferecidos o perdão de seus crimes em troca da vinda para a
colônia.
Obs3: A distância socioeconômica entre fidalgos e plebeus diminui no Brasil, em virtude
da presença dos indígenas. Eles acreditavam que estes ficavam abaixo dele, causando uma
superioridade automática para os plebeus.

Declínio:
1. Descentralização politico administrativa:a independência das colônias ocasionou
uma falta de comunicação entre elas : não havia auxilio mutuo.
2. Contrabando de estrangeiros
3. Abandono das capitanias: a maioria das capitanias foram abandonadas pelos
capitães ou sequer foram habitadas.
4. Ausência de recursos financeiros por parte dos donatários.
5. Hostilidade indígena
6. Distância da metrópole
Obs: A divisão territorial da capitania não foi alterada com o fim do sistema.

Obs2:As capitanias não serão mais doadas, mas haverá um governo geral, escolhido pelo
rei de Portugal.

Obs3: Somente 2 capitanias prosperaram: Pernambuco e São Vicente.

Obs4:A Paraíba não constava entre as capitanias hereditárias, sendo criada depois, em
1585, época dos Governos-Gerais, portanto, sob controle direto da Coroa. Daí a sua
designação de real, posto que era propriedade do Estado monarquico, encarnado no Rei,
como era o costume no Antigo Regime. Por esse motivo, nunca houve donatários da
capitania da Paraíba, mas sim governadores ou capitães-mores.

GOVERNO GERAL 1549-1572


Objetivo:
Centralização Administrativa no Brasil>> um governador-geral.
Estabelecida na Bahia de Todos os Santos.

Funções:
1. Explorar a terra
2. Evitar invasões estrangeiras
3. Povoar a terra
Cargos:
1. Ouvidor-mor: Justiça
2. Provedor-mor: fiscalização monetária - finanças, impostos.
3. Capitão-mor: defesa – invasões estrangeiras

Principais governadores do período:


1. Tomé de Souza:1549-1553
• Chegada dos primeiros escravos
• Introdução da cana-de-açúcar e criação de gado
• Chegada dos jesuítas: conquistar novos fiéis em virtude da perda recente com as
reformas protestantes que ocorriam na Europa.
• Fundação do primeiro colégio jesuítica >>formando a cidade de Salvador

2. Duarte da Costa : 1553-1558


• Revolta indígenas
• Conflito com os jesuítas em relação a escravidão dos índios.
• Fundação do segundo colégio jesuítico – cidade de São Paulo
• Invasão francesa no Rio de Janeiro >> França Antárdita

3.Mendes Sá
• Expulsão dos franceses.
• Os franceses formaram uma aliança com os indígenas em virtude da não
escravização destes.
Estácio de Sá – sobrinho do governador – montou fortes em tornos dos franceses no litoral
do Rio de Janeiro na tentativa de centralizar os franceses.
O governo conseguiu expulsar os franceses e com a construção dos fortes foi fundada a
cidade De Rio de Janeiro .

Câmaras Municipais:
Instâncias administrativas que representavam o poder dos senhores locais. Eram ocupadas
pelos homens bons, categoria social de sesmeiros, a nobreza da terra, e por comerciantes e
seus representantes. Mulheres, gentios e homens livres pobres, por serem dependentes, e os
escravos, por serem propriedade, estavam excluídos da representação.

JESUÍTAS NO BRASIL, AS MISSÕES E A RELAÇÃO COM PORTUGAL


A Companhia de Jesus, mais conhecida com Ordem dos Jesuítas, foi criada em
1534 como forma da Igreja Católica promover a sua fé dentro do contexto das reformas
religiosas, e assim, combater o avanço do protestantismo
No Brasil, os jesuítas chegaram em 1549, liderados pelo missionário Manuel de
Nóbrega dentro do Governo Geral, durante a gestão de Tomé de Sousa.
Os jesuítas promoviam as Missões no sul do Brasil, onde formavam aldeamentos
autossustentáveis, e por muitas vezes se opuseram a escravização dos povos indígenas,
visto que esses passavam pelo processo de catequização. As primeiras instituições de
ensino no Brasil também foram formadas pelos jesuítas, bem como o Colégio dos Jesuítas
da Bahia, fundado em 1553, e o Patio do Colégio de São Paulo, fundado por Manuel de
Nóbrega e José de Anchieta.
Em 1603, em meio a União Ibérica (1580-1640), o rei da Espanha e Portugal Felipe
III proibiu a escravidão dos povos indígenas, mas, mesmo assim, a prática continuou
ilegalmente, principalmente nem regiões remotas da colônia e também por bandeirantes
paulistas, que muitas vezes entravam em conflito com os jesuítas.
No século XVIII, com o crescimento do pensamento iluminista e as críticas da
razão científica, os jesuítas foram sendo cada vez mais questionados. O rei de Portugal D.
José I e seu Ministro Marquês de Pombal – era pombalina-- acusaram os jesuítas dos Setes
Povos das Missões de prejudicarem as relações entre Portugal e Espanha no Tratado de
Madri, 1750, que propunha uma nova divisão para a América.
Em 1760, os jesuítas foram expulsos do Brasil e foram presos em Portugal sem
direito a defesa, sendo somente liberados em 1777 com a ascensão de D. Maria I ao trono.

INQUISIÇÃO NO BRASIL COLONIAL


A inquisição no Brasil está ligada a instalação do Tribunal de Santo Oficio em
Portugal no ano, de 1536, que foi um pedido do rei João III ao Papa Paulo III.
O Tribunal de Lisboa se incumbia da tarefa de enviar para as suas colônias
inquisidores para verificar se o local estava de acordo com os dogmas católicos.
Os inquisidores chegavam em regiões mais povoadas como a Capitania de
Pernambuco e Bahia.
A inquisição portuguesa fiscalizava as Missões Jesuíticas e estava inserida no
contexto da contrarreforma católica contra os avanços dos protestantes.
A grande maioria dos investigados no Brasil eram os chamados novos cristãos que
eram judeus convertidos ao cristianismo, que eram suspeitos de serem cristão apenas na
aparência, pois em seu cotidiano continuavam acreditando em suas crenças e
frequentando sinagogas ilegais e escondidas.
Os protestantes também foram perseguidos, pois no século XVII com a invasão
holandesa no norte da colônia houve um crescimento da religião e suas práticas eram
consideradas heresias aos olhos da Igreja Católica.
A prática do julgamento era feita em praça pública, e durante o interrogatório eram
cortas as plantas dos pés do julgado, untando na manteiga e obrigando – a pisar no braseiro
aceso ate que confessasse os crimes. Se não falasse, era condenado a morte, sendo
queimado na fogueira.
Acredita-se que o que o número de suspeitos investigados e condenados no Brasil
pode variar entre 500 a 1000 pessoas.

ECONOMIA COLONIAL
Divisão das atividades:
Atividade Primária: cana-de-açúcar plantado no litoral brasileiro.
 Seculo XVI e XVII
 Locais: Nordeste
 Experiência Portuguesa nas Ilhas atlanticas
 brasil: clima e solo favoráveis – clima tropical e solo de passapê
 Parceria com a Holanda – era responsável pela manutenção dos engenhos e
refinamento do açúcar.
 Destino final: Mercado Europeu
 O açúcar foi o produto de maior impacto na economia do Brasil e de Portugal.
Atividade Secundária: pecuária extensiva e lavoura no Sertão do Nordeste.
 Origem do sertanejo
 Pequenas e medias propriedades
 Auxílio à atividade açucareira
 Destino final: mercado interno
 Mão de obra livre
 O pasto é socializado com outros criadores de gado.

Atividade Terciária: drogas do sertão


 plantas e frutos encontrados ao longo do Amazonas – castanha do pará, fumo, chás,
especiarias.
 Organização : jesuítas
 mão de obra indígena
 interiorização da colonia.

A sociedade açucareira é :
 Rural
 Bipolarizada- senhores e escravos ( indígenas e africanos)
 Patriarcal
 Escravista
 Imobilidade

Declínio:
 Concorrência Antilhana
 Crise econômica na Europa: redução de consumo

Plantation:
 Latifúndio
 Monocultura
 Escravidão (indígena>> negra – maiores lucros com o tráfico negreiro

Pacto colonial:
Conjunto de regras, leis e normas que as metrópoles impunham às suas colônias durante o
período colonial. Estas leis tinham como objetivo principal fazer com que as colônias só
comprassem e vendessem produtos de sua metrópole. Através deste exclusivismo
econômico, as metrópoles europeias garantiam seus lucros no comércio bilateral, pois
compravam matérias-primas baratas e vendiam produtos manufaturados a preços elevados.
As metrópoles proibiam totalmente o comércio de suas colônias com outros países ou
criavam impostos tão altos que inviabilizavam o comércio fora do pacto. Outro método,
que inclusive foi utilizado na relação entre Portugal e Brasil, foi a proibição de
estabelecimento de manufaturas em solo brasileiro. Desta forma, o Brasil ficou durante
grande parte da fase colonial totalmente dependente dos manufaturados portugueses. O
Pacto Colonial só foi quebrado em 1808, com a vinda da família real portuguesa ao Brasil.
Nesta ocasião, D. João VI promoveu a abertura dos portos às nações amigas (Reino
Unido).

ESCRAVIDÃO – 1550
Motivação:
1. Conhecimento acerca do cultivo de cana-de-açúcar
2. Experiência bem-sucedida na escravidão nas ilhas Atlânticas
3. Maior dificuldade de fuga
4. Questões religiosas – os nativos acreditavam em outros deuses e vinham
diretamente do inferno e precisavam expurgar seus pecados.
5. Escravidão africana era mais lucrativa
OBS: não há aceitação da escravidão pelos africanos

COMÉRCIO TRIANGULAR:??
Conjunto de relações comerciais coloniais entre metrópoles e colônias, envolvendo a
Europa, África e as Américas.
OBS: Os comerciantes das colônias do norte, com o crescimento econômico realizado
através da policultura e da pequena e media propriedade passaram a realizar trocas
comerciais com a América Central (Antilhas) geralmente levando peixes, gado e madeira, e
retornando com açúcar e melaço, que era transformado em rum, Boa parte dos produtos
trazidos da América Central, eram utilizados para o próprio sustento, mas era reservada
uma parte, principalmente de um, que era levada a África para a realização do comércio de
escravos.
No caso da América portuguesa, desde o século XVI, com a produção de açúcar e tabaco
que eram levadas a Africa para realização do comércio de escravos.
DIFERENÇA: o comércio do EUA não havia passagem pela Europa.

UNIÃO IBÉRICA 1580-1640


União de Portugal e Espanha sob a dominância de um único rei.
O rei de Portugal – D. Sebastião- desapareceu em uma batalha contra os Mouros sem
deixar herdeiros para o trono português.
O cardeal – que era o parente mais próximo- asumiu o trono, no entanto este tambem não
poderia deixar herdeiros em virtude do celibato.
Infelizmente, o rei da Espanha – o Filipe II- é o parente mais próximo e assume o trono
português.
Em Portugal, surgiu um rumor de que D. Sebastião retornaria – sebastianismo- e livraria
Portugal das mãos do rei da Espanha. Portugal não aceitava o rei espanhol.
Consequencias:
Brasil: O rei espanhol expulsou os holandeses do Brasil. Ocorre que o holandês era
responsável pela manutenção e refinamento do açúcar>> A Holanda era uma inimiga
histórica da Espanha>> declínio do açúcar.
Firmaram uma trégua de 12 anos entre os holandeses e espanhóis com o objetivo de os
holandeses retornem ao Brasil.
Os holandeses traíram e acabaram invadindo a Bahia, sendo expulsos no ano seguinte.
2ª expulsão dos holandeses.
Anos depois, os holandeses invadiram novamente o Brasil, mas desta vez em Pernambuco.
Permaneceram por 24 anos em Pernambuco.
A companhia das índias orientais holandesa será responsável pela produção e comércio.
Governador de pernambuco: Maurício de Nassau
Realizaram empréstimos aos agricultores sem estipular um prazo para pagamento.
Tolerância religiosa>> permissão para ser protestante ou católico.
Modernizaram a vila de Recife
Havia escravidão africana.

• Com o término da União Ibérica, Portugal e Holanda tornam se inimigos.


• A companhia das Índias orientais holandesas começou a cobrar os empréstimos
realizados.
• Os agricultores começam a se rebelar contra as cobranças abusivas.
• Portugal se aproveita disso e se junta a essa parte da população e tenta expulsar os
holandeses. Portugal, inclusive, decretou nulas as dívidas que os rebeldes tinham
com os holandeses.
• Insurreição Pernambucana – 1645-1654
Batalha mais famosa: Batalha dos Guararapes >> Portugal se alinhou aos índios e
alguns ex escravos e agricultores.

Portugal retornou ao cultivo da cana-de-açúcar, no entanto não ha mais o monopólio do


açúcar(SOCIEDADE AÇUCAREIRA EM DECADÊNCIA)
UNIÃO IBÉRICA>> INVASÃO HOLANDESA>> DECLÍNIO DA PRODUÇÃO
AÇUCAREIRA
O eixo econômico altera a ocupação territorial>> o nordeste entra em decadência.

Restauração Portuguesa: Fatores e Consequências

Fatores
• ↑ Impostos;
• ↑ Nacionalismo português;
• Crise do Império Espanhol;
• Apoio da Inglaterra.

Consequências
• Tratado de Panos e Vinhos (Methuen) com a Inglaterra em 1703;
• “Arrocho colonial” = a perda das principais colônias lusas no Oriente transformou o
Brasil na mais importante fonte de renda para Portugal:
• ↑ Impostos sobre o Brasil;
• Revoltas nativistas.

O BRASIL FRANCÊS
A França tinha interesses mercantilistas no novo mundo, e se mostrava descontente com o
avanço colonizador principalmente de Portugal e Espanha, realizado através do tratado de |
Tordesilhas, de 1494.
Os franceses aproveitaram o inicial desinteresse português pelo novo mundo e passaram a
enviar corsários para procurar matérias primas relacionando com as etnias indígenas e
extraindo inicialmente o pau-brasil.

França Antártida
Em 1555, o explorador francês Nicolas Durand de VilleGagnon, havia visitado em uma
viagem secreta a região de cabo frio, feito escambo com etnias indígenas ali presentes
como os tamoios e os tupinambas, e por fim, demarcou território a 150 km de distância do
atual Rio de Janeiro para iniciar oficialmente a colonização através da França Antártica,
construindo assim o Forte Coligny, na atual Ilha de Villegangon. 1545-1567
Villegagnon havia retornado a França e feito um pedido a corte de Henrique II para que
envie mão de obra para a construção da França Antártica. Para isso, visitou cadeias e
presídios, oferecendo liberdades aos que aceitassem a nova vida na América mas foi com
os huguenotes (calvinistas) que obteve o maior sucesso visto que os protestantes estavam
sendo perseguidos pelo Estado Católico Francês.
O declínio se deu devido a questões internas provocadas por conflitos religiosos, além de
uma maior organização do governo português para conter os avanços franceses.
Assim foi fundada a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro no entrono da França
Antártica como forma de isolá-la militarmente.

França Equinocial -1612-1615:


Estabeleceram uma nova colônia França Equinocial – em São Luís-Maranhão .
O rei Henrique IV enviou o experiente General da Marinha Daniel de La Touche para fazer
o reconhecimento da área e fundar a França Equinocial.
O objetivo dos franceses era conquistar todo o entorno das proximidades da Linha do
Equador para isso, iniciaram as suas atividades econômicas plantando algodão, tabaco e
cana-de-açúcar.
Em 1614, os portugueses partiram da capitania de Pernambuco, objetivando um ataque aos
franceses na Batalha de Guaxenduba.
Os portugueses tinha liança com os índios Tabajaras enquanto os franceses mantinham
aliança com os Tupinambas.
OS franceses ainda tentaram outras invasões, mas sem sucesso.

O TRATADO DE METHUEM OU PANOS E VINHOS – 1703


Contexto histórico:
Portugal estava em crise no final do século XVII e início do século XVII. O declínio da
lavoura açucareira era evidente após a Holanda se estabelecer no mercado, e a sociedade
mineradora ainda não tinha se desenvolvido.
Foi um acordo realizado por Portugal e Inglaterra em 1703, com supervisão do ministro
britânico John Methuem que estabelecia vantagens entre os dois países na compra e venda
de seus produtos: os tecidos ingleses e os vinhos português.
Portugal vendia o seu vinho para a Inglaterra, enquanto adquiria tecidos ingleses também
sem impostos. A Inglaterra tinha interesse em romper a importação do vinho francês, para
prejudicar a França, uma possível concorrente nas relações mercantilistas, e por isso,
demoraram a se acostumar com o vinho português do Alto Douro, Madeira e enfim o
Vinho do Porto.
Portugal acabava dependendo mais dos tecidos ingleses, do que a Inglaterra dos vinhos
portugueses, Esse fato resultou no endividamento português, que por fim, gerou
consequências no destino do ouro extraído das Minas Gerais, além da transferência de
parte das dívidas para o Brasil em 1825.
Não havia cláusula de reciprocidade com relação a quantidade de produtos comprados por
ambos os países.

SOCIEDADE MINERADORA

Características Gerais
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• Século XVIII;
• Regiões de exploração: Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás;
• Ouro de aluvião (ouro de superfície):
• ↓ Nível técnico (técnicas rudimentares);
• Rápido esgotamento das jazidas.
• Formas de exploração:
• Lavra: pequena empresa mineradora com mão de obra escrava;
• Faiscação: garimpo individual.

Legislação e Instituições
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Legislação
• Carta Régia (1603): livre exploração mediante pagamento do quinto;
• Regimento do Ouro (1702): regulamentava e disciplinava a distribuição e
exploração das terras auríferas.

Instituições
• Casas de fundição: órgãos que transformavam o ouro em barras timbradas e
quintadas com os objetivos de extrair o quinto e evitar o contrabando;
• Intendência das Minas: órgão responsável pela fiscalização.

 Endividamento de Portugal >> Tratado de Methuem


 Bandeirantes descobriram ouro em Minas Gerais.
 Guerra dos Emboabas: bandeirantes x português pelo direito da exploração do ouro
recém-descoberto. Emboabas: pássaro que possuem penas que cobrem as pernas,
tal qual os portugueses que usavam botas. Cabão da traição: se os bandeirantes
entregassem as armas após a rendição, no entanto os portugueses assassinaram
todos .
 Deslocamento do eixo econômico do nordeste para o sudeste/sul
 Desenvolvimento da pecuária do sul – carne, couro, sebo, etc.
 Ascensão comercial: a extração de ouro poderia ser feito por qualquer ser livre.
 Impostos:
Quinto do ouro: 20% do ouro para a Coroa – anualmente.
Casas de Fundição: responsáveis pela fundição e separação do repasse do ouro.
 Revolta de Vila Rica ou Filipe dos Santos:
 Portugal regulamentará ainda mais a extração do ouro e cria a capitania de Minas
Gerais.
 Finta: imposto fixo que correspondia cerca de 30 arrobas, ou 450 kg de ouro
 Captação: cobrado de acordo com o número de escravos que o minerador possuia.
 Derrama : cobrança abusiva quando ocorria atraso para a entrega do quinto.

Consequências da Mineração
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• Aumento da imigração portuguesa para o Brasil (“corrida do ouro para as Minas”);
• Crescimento demográfico;
• Crescimento do mercado interno;
• Aumento do comércio interno de escravos (do Nordeste p/ o Centro-Sul);
• Mudança da capital da Colônia de Salvador p/ o Rio de Janeiro (1763);
• Mudança do eixo econômico da Colônia: do Nordeste p/ o Centro-Sul;
• Relativa urbanização (Villa Rica, Mariana, São João Del Rei, Sabará, Congonhas
do Campo);
• Movimento cultural: Barroco (escultura, arquitetura e música);
• Interiorização da Colônia: penetração e povoamento do interior.

QUILOMBO DOS PALMARES: DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS


Definição
Reduto de resistência à escravidão formado por negros que fugiam dos latifúndios
escravistas.
A palavra quilombo é originária do banto (língua africana) kilomboe significa
acampamento ou fortaleza e foi usada pelos portugueses para denominar as povoações
construídas por escravos fugidos.

Localização
Serra da Barriga (Alagoas), à época pertencente à Capitania de Pernambuco.
Características
• Período: final do século XVI até 1694.
• Comunidade autônoma composta por escravos negros, índios e brancos pobres.
• Economia:
• Agricultura
• Pecuária
• Comércio regional
• População: aproximadamente 20.000 habitantes
• Líderes: 1º Ganga Zumba; 2º Zumbi

Consequências
• Repressão e resistência
• 1680-1691: Zumbi derrota todas as expedições enviadas contra o quilombo.
• Resistência: tática de guerrilha
• 1694: Expedição do bandeirante Domingos Jorge Velho destrói Palmares
• 20 de novembro de 1695:
• Zumbi executado
• Dia Nacional da Consciência Negra

O TRATADO DE MADRI -1750

O tratado de Madri substituiu o Tratado de Tordesilhas de 1494, caminhando para os


limites territoriais que o Brasil possui hoje. Foi assinado por Portugal e Espanha baseado
no UTI POSSUDETIS – um
princípio de Direito Internacional
que garante o direito a posse da
terra aqueles que a ocupam. O
diplomata Alexandre de Gusmão
propôs que a divisão não fosse
feita em linhas tradicionais, mas
utilizando os limites geográficos
como linhas naturais. A exceção
foi a Colonia de Sacramento, na margem leste do Rio da Prata que era ocupada pelos
portugueses, mas que passou a Coroa Espanhola, já que no século XVII, a sociedade
aurífera de Minas Gerais rendia economicamente para Portugal não necessitando tanta da
prata do local, e em troca, a região dos sete povos das missões, região ocupada por jesuítas
espanhóis passou para \Portugal que viu no local um campo fértil para o desenvolvimento
da pecuária.
Como consequência do tratado, temos a guerra Guaranítica quando os jesuítas espanhóis
não aceitaram entregar a terra dos Sete povos das missões para os portugueses, armando os
índios guaranis, liderados por sepe tiaraju e inciando o conflito contra tropas portuguesas e
espanholas.
Por conta dos conflitos, o tratado foi anulado pelo Tratado de El Pardo de 1761, quando
Portugal cedeu territórios na África para a Coroa Espanhola, em troca de parte do pama
gaúcho e posteriormente o Tratado de Santo Ildefonso, de 1777, quando a Colonia de
Sacramento e os Sete Povos das Missões ficaram em definitivo com a Espanha e Portugal
ganhando em troca a ilha de Santa Catarina.

REVOLTAS COLONIAIS - ok
A. NATIVISTAS
As revoltas, apesar de seu insucesso, demonstraram a insatisfação de setores da colônia em
relação a Portugal.

REVOLTA DE BECKMAN- 1685


• Caráter local;
• Séculos XVII e XVIII;
Motivos::
✔ os abusos do fiscalismo português
✔ Descaso com a região por parte de Portugal após a crise da lavoura açucareira
✔ Insatisfação dos senhores de engenho c/ o monopólio do comércio de escravos
negros pela Cia. Geral de Comércio do Maranhão;>> A compnhia prometia a
compra de generos agricolas da regiao e a aquisição de 500 escravos por ano, mas
não cumpria o combinado.
✔ Insatisfação c/ a Cia. de Jesus (contrária à escravidão indígena).
• Local = Maranhão;
• Líder = Manuel Beckman (senhor de engenho);
• os agricultores comandados pelos irmãos tomas e manuel invadiram a companhia,
saquearam e a depredaram.
• Tomas é chamado a corte portuguesa para justificar seus atos, sendo
posteriormenrte preso em Portugal.
• Manoel foi preso e condenado a morte.
• Portugal investigou a companhia e concluiu que de fato a empresa era mal gerida.
• Vitória das autoridades portuguesas.
GUERRA DOS EMBOABAS (1708-1709)
• Local = Minas Gerais;
• Fator = disputa pelas recém-descobertas áreas mineradoras entre bandeirantes
paulistas (vicentinos) e forasteiros (“emboabas”);
• Vitória das autoridades metropolitanas.

Guerra dos Mascates (1710-1712)


• Local = Pernambuco;
• Fatores:
I. Agricultores de Pernambuco após a crise açucareira, contra o abandono da região
por parte de Portugal.
II. rivalidade entre Olinda (já era uma vila>>senhores de engenho) e Recife (era
apenas um distrito de Olinda>>comerciantes portugueses = “mascates”)
III.A câmara municipal pertencia a Olinda e era governada pelos homens
bons.>>Olinda reprimia Recife atraves de leis abusivas de impostos.
IV. Solução: Recife é elevada à condição de vila, não se submetendo mais a autoridade
da Câmara de Olinda;
• Consequências:
I. Intervenção da Metrópole;
II. Vitória dos comerciantes portugueses;
III.Líderes presos;
IV.Recife = elevada à capital de Pernambuco.

REVOLTA DE FELIPE DOS SANTOS (1720)


• Local = Villa Rica (MG);
• Filipe dos Santos era um minerador.
• Fator = abusos do fiscalismo português:
• Contra a criação das Casas de Fundição;
• Contra a cobrança do quinto.
• Consequências:
• Vitória das autoridades portuguesas;
• O líder do movimento, o minerador português Felipe dos Santos, foi
enforcado em praça pública e esquartejado.
A REVOLTA DA CACHAÇA - 1660
• A revolta da cachaça ocorrida no Rio de Janeiro, foi uma revolta de caráter nativista
de 1660, motivada pelos produtores de aguardente, devido ao aumento dos
impostos de seu produto.
• Com a invasão holandesa em Pernambuco, a crise se estabeleceu na colônia em
relação ao açucar, e assim, em 1647 é baixado um decreto que monopoliza o
comércio de cachaça e a cachaça com vinho (Bagaceira) entre Brasil e Portugal.
• O consumo é proibido no Brasil, com exceção dos escravos>>Motivo : que a
Colonia comprasse vinho da metrópole.
• Com a crise da lavoura açucareira se acentuando, muitos senhores de engenho
passaram também a produzir aguardente exportando ilegalmente para a Africa, com
o objetivo de salvar as suas finanças. Os navios que carregavam o produto de forma
ilegal eram destruídos por tropas portuguesas. Vendiam princialmente para a Africa
• Em 1660, o Governador da Capitania do Rio de Janeiro, Salvador Correia de Sá e
Benevides, passou a taxar os produtores de aguardente, iniciando a revolta. Cerca
de 112 senhores de engenho passaram a se reunir na casa de Jeronimo Barbalho
Bezerra, organizando a revolta contra as taxas abusivas na região. As práticas da
revolta se resumiam em recuperar a produção confiscada pelo governo e promover
saques a residências do governador como forma de pressioná-lo.
• O governador Salvador não estava no Rio de Janeiro, e estava no seu lugar Tome de
Sousa Alvarenga. Este não aguentou a pressão e se refugiou no mosteiro de São
Bento.
• Agostinho Barbalho é proclamado governador, apesar de inicialmente ter se
recusado a assumir o cargo.
• Agostinho tentou conciliar as forças de Portugal e a colônia. A sua atitude agradou
Salvador Correia de Sá, que de São Paulo passou a apoiá-lo. Porem os produtores
de aguardente continuavam se queixando e derrubaram o seu cargo em 1611e
empossando o seu irmão Jeronimo Barbalho
• Jeronimo governou de forma autoritária, aliado aos produtores, perseguiu os
jesuítas e militares que apoiavam Salvador de Sá.
• Em 06 de abril de 1661, tropas de Salvador de Sá cercaram o Rio de Janeiro pelo
litoral e pelo interior. Os líderes foram presos e levados a Portugal. Apenas
Jeronimo Barbalho foi condenado a morte por enforcamento, sendo depois
esquartejado.
• Como consequência: o Conselho Ultramarino de Portugal reconheceu e deu razão
aos rebelados, e Salvador de Sá foi afastado de seu cargo.
• Em 1695, a proibição do comércio de aguardente no território brasileiro e o
monopólio entre Brasil e Portugal foram revogados.

ACLAMAÇÃO DE AMADOR BUENO NO PERÍODO COLONIAL-1641


• Ocorrida em 1641, na capitania de São Vicente .
• A economia de Portugal se encontrava em crise devido à concorrência do comércio
de açúcar com a Holanda. A mão de obra escrava também se viu abalada, pois
grande parte dos escravos se destinavam para Pernambuco. Logo os bandeirantes
do sul da colônia intensificaram a captura de nativos, ultrapassando ate os limites
do Tratado de Tordesilhas.
• Em 1640, A união ibérica termina, mas com a restauração da monarquia
portuguesa, buscou se retomar o comércio de escravos advindo da África, pois
gerava maior lucro para os cofres da Metrópole. Porém, grandes proprietários da
capitania de São Vicente preferiam seguir com a captura dos nativos, e por isso a
insatisfação se instalou na colônia.
• Os colonos se sentiam prejudicados com a proibição da escravidão indígena, pois
além de se tratar de uma mão de obra mais barata. Assim, escolheram um dos
grandes latifundiários da região que era filho de castelhanos, Amador Bueno da
Ribeira para os representar rente a postura politica de Portugal. Temendo a
represália por parte de Portugal, Amador Bueno recusou a posição de líder, e foi
perseguido pelos seus próprios aliados, tendo que se refugiar no Mosteiro de São
Bento.
• Paulistas e governo português discordavam acerca da escravidão indígena no
Brasil.
• Desfecho: negociações entre colonos e a Metrópole. Os colonos de são Vicente
fizeram juramento ao rei D> João IV se comprometendo a não prejudicar os
negócios de Portugal. A economia da região ate então não era tão significativa,
como fora a do nordeste, no ápice da produção açucareira, e por isso, a coroa
portuguesa aceitos a negociação do conflito.

B. SEPARATISTAS

INCONFIDÊNCIA MINEIRA
Contexto histórico
• Crise do Antigo Regime;
• ↑ Capitalismo industrial;
• Iluminismo;
• Independência dos EUA;
• ↑ Liberalismo econômico = ↓ mercantilismo;
• ↑ Burguesia (Revolução Francesa);
• ↑ Estado liberal burguês = ↓ monarquias absolutistas na Inglaterra e na França;
• Crise do Sistema Colonial.

Fatores
• Influências: Iluminismo e Independência dos EUA;
• ↑ Fiscalismo português (derrama).

Características
• Elitista;
• Republicano;
• Manutenção da escravidão;
• Líderes: José Joaquim da Maia (estudante), Cláudio Manuel da Costa (poeta),
Alvarenga Peixoto (poeta), Tomás Antônio Gonzaga (poeta), Carlos de Toledo
(médico) e Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes).
Conjuração Baiana ou dos Alfaiates (1798)

Fatores
• Influências: Iluminismo + Revolução Francesa (Fase Popular);
• ↑ Miséria em Salvador (crise da economia açucareira).

Características
• Popular;
• Republicano;
• Abolicionista;
• Influência da Maçonaria;
• Líderes: Cipriano Barata, Padre Agostinho Gomes, Luis Gonzaga Das Virgens
(soldado) e João de Deus (alfaiate).
REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA (1817) – OK
Fatores
• Ocorre no período joanino >> O rei D. João IV está no Brasil com a família.
• Crise econômica regional>> devido a seca de 1816;
• Absolutismo monárquico português;
• Influência do Iluminismo;
• Novos impostos (p/ sustentar a Corte Portuguesa no Brasil).
• Contou com ao apoio de outras capitanias, como rio grande norte m ceara e
Bahia>> além de relativo apoio internacional dos EUA através do envio de recursos
financeiros, e de oficias franceses fiéis a Napoleão Bonaparte, que estava preso em
Santa Helena>> queriam ter apoio posteriormente a causa de Nonaparte.
• Apoio de religiosos católicos ligados aos ideais iluministas através da criação do
Seminário de Olinda e a liderança de Frei Caneca.

Características
• Elitista (aristocracia açucareira);
• Republicano;
• Influência da Maçonaria;
• Manutenção da escravidão>> partipação da elite agraria – formada por ;
• Líderes: José Luis Mendonça, Padre João Ribeiro, Domingos José Martins e Frei
Caneca.
Desenrolar:
• No dia 06 de março de 1817, o movimento se iniciou com a liderança de Domingos
José Martins, resultando na tomada do poder e a proclamação da Republica
pernambucana. Assim foi estabelecida a Assembleia Constituinte. Com a separação
dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, tendo catolicismo como religião
oficial, apesar da liberdade de culto.
• A repressão de D. João VI a revolução foi violenta. Oficiais de Portugal e do Rio de
Janeiro cercaram Pernambuco e no dia 19 de maio de 187 chegaram a Recife,
rendendo os envolvidos. Nove réus foram torturados, enforcados e esquartejados.
• Como consequência, a capitania de Pernambuco foi fragmentada, surgindo a
capitania de Alagoas, abrigando os proprietários rurais fieis a coroa.
• Em 1824, ainda influenciados pela Revolução houve a Confederação do Equador,
dessa vez como crítica ao governo de D. Pedro I.

O PERÍODO POMBALINO

PERÍODO JOANINO – 1808-1821 - ok


• A família portuguesa veio fugindo de Napoleão Bonaparte devido ao bloqueio
continental imposto a Inglaterra.>>determinava o fechamento dos portos aos navios
ingleses.
• Portugal, que apoiava a Inglaterra e tinha grande relação comercial com esse país,
não se submeteu ao bloqueio. Isso levou a invasão de Napoleão às terras lusitanas.
• Em 1808, Dom João instituiu a “Carta Régia”, a qual permitia a abertura dos portos
a outras nações amigas, inclusive a Inglaterra.
• Põe fim no Pacto Colonial, um acordo comercial entre a colônia e a metrópole,
chega ao fim. Diante disso, a economia do país alavancou, no entanto, impediu o
desenvolvimento das manufaturas no Brasil. Isso porque grande parte dos produtos
eram importados da Inglaterra.
• 1810- Tratado de Comércio e navegação>>os produtos ingleses tinham uma menor
taxa alfandegária em relação aos outros países. Eles pagavam 15%, enquanto as
outras nações cerca de 24%.
• Tratado de Aliança e Amizade:
▪ Redução gradual do tráfico negreiro;
▪ Liberdade religiosa p/ ingleses no Brasil.
• Conquista da Cisplatina>> colônia da Espanha
• 1817>> Revolução Pernambucana – revolução de caráter liberal que buscava a
independência de forma republicana.
• D. João também abriu a Imprensa Régia, de onde surgiu a Gazeta do Rio de
Janeiro. Foram criadas a Academia da Marinha, a Academia Militar, o Jardim
Botânico, a Real Fábrica de Pólvora, Laboratório Químico-Prático, Biblioteca Real,
da Academia Real de Belas Artes, da Imprensa Real, além das escolas de medicina.
etc.
• Para o entretenimento dos integrantes da corte, foi fundado em 1813 o Real Teatro
São João, onde atualmente se encontra o Teatro João Caetano.
• Com o fim das guerras napoleônicas, vários artistas franceses se veem sem trabalho
e recorrem a Dom João para seguir suas carreiras. Tem início, assim, a chamada
Missão Francesa que possibilitou a abertura da Escola Real de Artes Ciências e
Oficios. - Academia Brasileira de Belas Artes.
• Em 1814 e após a derrota de Napoleão, o Tratado de Viena reorganizou o mapa da
Europa. Ocorre que o tratado não quis devolver o território de Portugal ao rei Joao,
pois ele não havia batalhado por Portugal, mas fugido para uma colônia>> Brasil
• Em 1815, em resposta a essa nova ameaça, a administração do governo joanino
extingui a condição de colônia ao Brasil. Foi assim que o páis recebeu o título de
“Reino Unido de Portugal e Algarves”, tornando-se a sede administrativa de
Portugal. Esse fato deixou muito descontentes os portugueses que estavam em
Portugal. Com isso, eles exigiam o retorno de Dom João IV, que por fim, retorna à
Portugal para a Revolução Liberal do Porto, em abril de 1821, deixando o seu filho
D. Pedro que fica no Brasil. Esse evento marcou o fim do período joanino.
MAIS IMPORTANTE: OS TRATADOS DE 1808 E 1810 JÁ DEMONSTRAM A
ANTECIPAÇÃO DO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL EM RELAÇÃO
A PORTUGAL.

A MISSÃO FRANCESA NO BRASIL


REGÊNCIA DE DOM PEDRO
• Com o retorno de João

A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Fatores
• Transferência da Corte p/ o Brasil;
• Abertura dos Portos (fim do Pacto Colonial);
• Revolução Liberal Do Porto (1820):
• Ameaça de Recolonização do Brasil (Cortes);
• Aumento Insatisfação da aristocracia rural brasileira.
• Influência das ideias iluministas;
• Influência da Independência dos EUA;
• Influência da maçonaria;
• Antilusitanismo;
• Crise do Antigo Regime.

Processo de independência
• 1821 = retorno da Família Real p/ Portugal;
• 9 de janeiro de 1822 = Dia do Fico:
• Depois de receber um abaixo-assinado c/ cerca de 8000 assinaturas, D.
Pedro rompeu c/ as Cortes.
• 4 de maio de 1822 = decreto do “Cumpra-se”:
• A execução das decisões das Cortes estava sujeita a aprovação de D. Pedro.
• 13 de maio de 1822 = D. Pedro aceita o título de defensor perpétuo do Brasil
concedido pela maçonaria;
• 3 de junho = convocação da Assembleia Constituinte Brasileira;
• 7 de setembro de 1822 = Proclamação da Independência.

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