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2.
ius cogens
.2.1.1.
O Tratado de Roma
Direito Comunitário
O Tratado de Roma, de 25 de Março de 1957, instituiu a Comunidade Económica Europeia
(CEE): previa-se aí um processo deintegração por fases, começando na criação de uma união
aduaneira e progredindo para o estabelecimento de um mercadoúnico, assente na livre
circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais e no direito de estabelecimento.
Seguiu-se umafase ulterior de união económica e monetária, onde se pretendia o
desenvolvimento harmonioso e equilibrado das actividadeseconómicas na comunidade.O
mesmo tratado procedeu à criação da Comunidade Europeia da Energia Atómica (CEEA), no
pressuposto da generalização daenergia nuclear como base do desenvolvimento
económico.Numa Convenção anexa ao Tratado de Roma estabeleceu-se o Tribunal de Justiça
(TJCE) e o Parlamento Europeu (PE), comoórgãos comuns às três comunidades, e o Comité
Económico e Social, como órgão comum da CEE e da CEEA. Em 1965 procedeu-se à fusão
(tratado de fusão) de executivos, através de um conselho e uma Comissão comuns, e criou-se
um estatuto único paraos funcionários e agentes da Comunidade.Os tratados CEE e CEEA
foram celebrados com uma duração ilimitada, sem previsão da retirada dos Estados.
Relativamente àrevisão dos Tratados, estabeleceu-se que a mesma podia ocorrer, sob parecer
favorável do Conselho e após consulta aoParlamento, através de uma Conferência Inter-
Governamental e subsequente ratificação pelos Estados, num processo típico dedireito
internacional dos tratados.2.1.3.
O Tratado de MasstrichtO Tratado de Masstricht sobre a União Europeia (TUE - 1992) veio
operar a revisão dos tratados. Para além do seu objectivo decriação de um mercado único, ele
representa uma viragem decisiva no processo de construção europeia; veio alargar
acooperação entre os Estados-membros para além do sistema das comunidades europeias,
reconduzindo tudo isso ao conceitomais amplo de EU.2.1.5.1.
Moeda ÚnicaO projecto da CEE apontava par a criação de uma União Económica e Monetária e
de uma moeda única. Este projecto viria arealizar-se em várias fases:- A primeira fase, em
1990, garantiu a livre circulação de capitais;- A segunda fase passou pela convergência das
políticas económicas dos Estados-membros;- A terceira fase, em 1999, envolveu a criação de
uma moeda única através de um sistema de gestão monetária centralizada,criando-se assim o
Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC), composto pelo Banco Central Europeu e pelos
Bancos Centraisnacionais;- A quarta fase, em 2000, com a entrada em circulação do Euro.Entre
nós a adesão à moeda única teve como consequência a necessidade de alterar a CRP de modo
a adaptar o sistemafinanceiro ao Sistema Europeu de Bancos Centrais, os quais ficaram
encarregados pela emissão da moeda