O período composto por subordinação

AULA 6 Por que estudar período composto por subordinação? Primeiro porque é muito
utilizado na comunicação; depois, para conhecer e saber usar melhor. As ora-
ções subordinadas são um instrumento que permite conectar ideias de maneira
mais elaborada. Isto porque as orações subordinadas exercem uma função em
relação à oração principal.

Observe neste anúncio a relação implícita na imagem (entre mãe

e filha) e nas orações (entre a principal e várias subordinadas).

Ela não sabe...

que o homem chegou à Lua.
que a vida é uma contagem regressiva.
que Berlim já foi duas.
que na Idade Média a Igreja vendia lugar no céu.
que homens e dinossauros nunca conviveram.
que muitos remédios não curam, mas viciam.
que o voto do povo salvou Barrabás e condenou Jesus.
que o computador foi criado para resolver problemas que não tínhamos.
que o Sudeste alaga e o Nordeste seca.
que sexo pode ser feito sem amor.
que o cientista que inventou a bomba atômica recebeu um prêmio por isso.
que somos divididos em 1º e 3º mundo.
que você vai fazer de tudo para não repetir os erros dos seus pais.
que Getúlio saiu da vida para entrar na História.
que a esmola é o imposto informal da injustiça social.
que somos julgados pela aparência e condenados pela cor da pele.
que o homem ainda não decidiu se veio do macaco ou de Adão e Eva.
que todo muçulmano deve ir a Meca pelo menos uma vez na vida.
que quem faz aniversário no Natal não é o Papai Noel.
que o cinema já foi mudo.
que existe Aids.
que não existe cura.
Quem vai explicar: você ou a vida?
Anúncio do canal GNT veiculado no jornal Folha de S. Paulo, 03.12.2000. Texto e imagem adaptados.

Língua Portuguesa 1 - Aula 6 61 Instituto Universal Brasileiro

 Período Composto por Subordinação
Um período é composto por subordina-
ção quando nele encontramos orações su-
bordinadas à principal. Pois bem, subordi-
nada é a oração que, embora seja completa
quanto ao significado, tem uma função sintá-
tica em relação à oração principal, estabele-
cendo um elo de dependência.
Veja alguns exemplos:
1 2
Duvido que os alunos sejam reprovados.
Período composto por subordinação
1ª oração: Duvido – principal;
2ª oração: que os alunos sejam repro-
vados – subordinada.
Neste caso, o conectivo “que” com-
pleta o sentido do verbo da oração prin-
cipal.
2 1
O homem que vacila é covarde.
Período composto por subordinação
1ª oração: O homem é covarde – principal;
2ª oração: que vacila – subordinada.
Neste caso, o conectivo “que” é re-
lativo à palavra “homem” da oração prin-
cipal.
Língua Portuguesa 1 - Aula 6
1 2
Quando Pedro morreu, eu ainda era
menina.
Período composto por subordinação
1ª oração: Quando Pedro morreu – su-
bordinada;
2ª oração: eu ainda era menina – principal.
Neste caso, o conectivo “quando”
informa temporalidade da oração prin-
cipal.
As orações subordinadas são ter-
mos da frase desenvolvidos em ora-
ções. Como tal, essas orações exer-
cem as mesmas funções sintáticas de
um substantivo, adjetivo ou advér-
bio e são introduzidas por conjunções
subordinativas, pronomes relativos,
pronomes indefinidos ou advérbios in-
terrogativos. Há três tipos de orações
subordinadas, de acordo com a função
que exercem: substantivas, adjetivas
e adverbiais.
Orações Subordinadas Substantivas
Uma oração subordinada é denomina-
da substantiva quando desempenha qual-
quer das funções próprias de substan-
tivo. Em uma oração, o substantivo pode
ser sujeito, objeto direto, objeto indireto,
predicativo, complemento nominal, apos-
to e agente da passiva.
Disto, concluímos que uma oração su-
bordinada pode constituir o sujeito, obje-
to direto e indireto, complemento nominal,
predicativo, aposto e agente da passiva de
outra oração de sentido próprio, sendo in-
troduzidas pelas conjunções integrantes
“que” ou “se”.
62 Instituto Universal Brasileiro

Ela não sabe que o homem chegou à Lua.
oração subordinada substantiva
Há uma oração principal e a subordina-
da que se refere ao conhecimento ou à infor-
mação a respeito do mundo que a criança ain-
da não sabe. Há uma forte conexão de sentido
entre a forma e o conteúdo da imagem e do
tipo de período composto usado para compor
o anúncio. Aqui, a oração completa o sentido
do verbo “saber” e funciona como objeto dire-
to, função típica do substantivo, portanto, uma
oração subordinada substantiva.
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
Primeiramente, vamos estudar as ora-
ções subordinadas subjetivas, ou seja,
aquelas que desempenham a função de su-
jeito oracional.
1 2
É necessário que venham os meninos.
Período composto por subordinação
1ª oração: É necessário – principal;
2ª oração: que venham os meninos –
subordinada substantiva subjetiva.
É importante que conheçamos al-
guns verbos que habitualmente tenham,
por sujeito, uma oração subordinada
substantiva, os quais devem ser utiliza-
dos na terceira pessoa do singular ou
no infinitivo: convir, cumprir, importar,
urgir, ocorrer, acontecer, suceder, pare-
cer, constar, admirar, espantar etc. Tam-
Língua Portuguesa 1 - Aula 6
bém podemos utilizar alguns verbos na
voz passiva (sabe-se, conta-se, diz-se,
é sabido, foi anunciado, ficou provado
etc.) ou ainda verbos de ligação mais o
predicativo (é bom, é conveniente, está
visto, parece certo etc.).
Oração Subordinada Substantiva
Objetiva Direta e Objetiva Indireta
Quando uma oração subordinada subs-
tantiva funciona como complemento do verbo
da oração principal, denominamos objetiva di-
reta ou indireta, conforme constitua o objeto
direto ou indireto desse verbo.
1 2
Verei se vocês são verdadeiros amigos.
Período composto por subordinação
1ª oração: Verei – principal;
2ª oração: se vocês são verdadeiros
amigos – subordinada substantiva objetiva
direta.
A oração principal tem por sujeito
o pronome “eu” (oculto) e, por predica-
do, a forma verbal “verei. O verbo “ver”,
contudo, é transitivo direto, sendo seu
objeto direto, nesse caso, uma oração
subordinada substantiva objetiva di-
reta: se vocês são verdadeiros amigos.
1
A condenação do réu depende / de que os
2
jurados entrem em acordo.
Período composto por subordinação
1ª oração: A condenação do réu depen-
de – principal;
2ª oração: de que os jurados entrem em
acordo – subordinada substantiva objetiva
indireta.
63 Instituto Universal Brasileiro
 Nesse período, o predicado da ora-
ção principal é constituído pelo verbo
transitivo indireto “depender”. Para
determinar o objeto indireto desse ver-
bo, fazemos a seguinte pergunta: “De
que depende a condenação do réu?”. A
resposta (de que os jurados entrem em
acordo) nos fornece o objeto indireto do
verbo “depender”, que se liga a este por
meio da preposição “de”. Trata-se de
uma oração que funciona como objeto
indireto, ou seja, é uma oração subor-
dinada substantiva objetiva indireta.
A presença da preposição faz toda a di-
ferença tanto para identificar o objeto indireto
como a oração subordinada substantiva objetiva
direta. Portanto, a presença de preposição (de,
com, para, em, ao, a) para complementação do
sentido de verbo é indicativa de objeto indireto.
Oração Subordinada Substantiva Predicativa
Quando a oração subordinada substan-
tiva exerce a função de predicativo, recebe
o nome de oração subordinada substantiva
predicativa.
1
“A verdade é / que os dois hóspedes não
2 tem por objeto direto do verbo “ter” o
chegaram a tal ponto.”
(Machado de Assis)
Período composto por subordinação
1ª oração: A verdade é – principal;
2ª oração: que os dois hóspedes não
chegaram a tal ponto – subordinada subs-
tantiva predicativa.
Nesse exemplo, a oração principal
apresenta o verbo de ligação “ser”; logo,
o predicado desta oração é nominal e, por
isso, deve ter um predicativo.
Língua Portuguesa 1 - Aula 6
Para determinar o predicativo, deve-
mos fazer a seguinte pergunta: “Qual é a
verdade?”; assim, teremos como resposta:
“A verdade é que os dois hóspedes não
chegaram a tal ponto”. A oração assinala-
da é o predicativo da oração principal,
sendo, portanto, uma oração subordinada
substantiva predicativa.
Oração Subordinada Substantiva
Completiva Nominal
Quando a oração subordinada subs-
tantiva completa o sentido de um subs-
tantivo ou de um adjetivo que tenha for-
ça de verbo, ligando-se a ele através de
uma preposição, ela é chamada de ora-
ção subordinada substantiva completi-
va nominal.
1 2
Tenho esperança / de que o castiguem.
Período composto por subordinação
1ª oração: Tenho esperança – principal;
2ª oração: de que o castiguem – subor-
dinada substantiva completiva nominal.
Nesse período, a primeira oração
substantivo “esperança”. Esse substan-
tivo se relaciona com o verbo “esperar”:
“Espero que o castiguem”.
Portanto, tem força de verbo e exi-
ge um complemento que lhe complete
o sentido e a ele venha ligado por uma
preposição.
Mas o complemento nominal de “es-
perança” não é constituído por um subs-
tantivo, mas por uma oração equivalente
a um substantivo: de que o castiguem.
Esta oração é, pois, uma subordinada
substantiva completiva nominal.
64 Instituto Universal Brasileiro
 Oração Subordinada Substantiva Apositiva

A oração é subordinada substantiva apo-

sitiva quando desempenha a função de apos-
to da oração principal.
Conjunção integrante

1 2 Observe que nos exemplos apresenta-

Desejo isto: / que você compre o material.
Período composto por subordinação
1ª oração: Desejo isto – principal;
2ª oração: que você compre o material –
subordinada substantiva apositiva.
Nesse período, a segunda oração ex-
plica o termo que o antecede na oração
principal: “isto”. Por isso, exerce a função
de aposto e recebe o nome de oração su-
bordinada substantiva apositiva.
E a oração que exerce a função
sintática de agente da passiva?
dos, as orações subordinadas substantivas
se ligam à principal, ou a uma oração coor-
denada, geralmente, por meio de uma con-
junção subordinativa chamada conjunção
integrante, com função de elemento conec-
tivo. A principal é “que”; “se” também é usa-
da, com menor frequência, para ligar subordi-
nadas substantivas objetivas diretas.
Orações Subordinadas Adjetiva
Oração subordinada adjetiva é aquela
que equivale a um adjetivo, que é a palavra
que modifica um substantivo. Na análise
sintática, recebe o nome de adjunto adno-
minal. Portanto, a oração subordinada adje-
tiva pode ter, como antecedente, um subs-
tantivo do qual exerce a função de adjunto
adnominal.

Apesar de a NGB (Nomenclatura

Gramatical Brasileira) não apresentar ne-
nhuma referência, as orações que exer-
cem a função de agente da passiva po-
dem ser incluídas entre as subordinadas
substantivas.
Exemplo:

1 2
O presente será dado por quem o comprou.

Período composto por subordinação

1ª oração: O presente será dado –
principal;
2ª oração: por quem o comprou – su-
bordinada substantiva agente da passiva.

Nesse caso, a oração, geralmente, é

iniciada pela preposição “por” + “pronome in- (A rádio) que vai ao shopping.
definido” e a locução verbal está sempre na oração subordinada adjetiva
voz passiva.

Língua Portuguesa 1 - Aula 6 65 Instituto Universal Brasileiro


Aqui, não se trata de qualquer rádio,
mas a “que vai ao shopping”. Neste caso,
o adjetivo que qualifica a rádio é uma fra-
se. A imagem explora a identificação entre
o nome da rádio e do shopping. Aqui, a
oração que qualifica o substantivo “rádio”
tem a função de um adjetivo, portanto,
oração subordinada adjetiva.
Nem sempre há um adjetivo que pos-
sa substituir exatamente uma oração su-
bordinada adjetiva. Entretanto, podemos
facilmente notar seu valor adjetivo por
causa da presença de um substantivo
ou de um pronome como antecedente, e
também pela sua forma de apresentação,
como veremos mais adiante.
Podemos sempre substituir a oração
subordinada adjetiva por um adjetivo qual-
quer. No exemplo “Conheço aquele rapaz
que acabou de cumprimentar”, podemos
substituir a oração subordinada adjetiva
“que acabou de cumprimentar” por um ad-
jetivo qualquer: alto, baixo, simpático etc.
As orações subordinadas adjetivas são
sempre introduzidas por um pronome relativo
(que, qual, cujo, quem etc.) e podem ser classi-
ficadas como restritivas ou explicativas.
Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas
A oração é adjetiva restritiva quan-
do limita o sentido de seu antecedente.
Forma com ele um todo inseparável, de tal
modo que, suprimida do período, ficará al-
terado ou pouco claro o sentido da oração
principal.
Língua Portuguesa 1 - Aula 6
Exemplo:
O aluno / que estuda / progride.
Todos os alunos progridem? Não, apenas
o aluno que estuda.
A oração “que estuda” restringe ou es-
pecifica o sentido da palavra a que se refere:
“aluno”. Por isso, é uma oração subordinada
adjetiva restritiva.
Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas
A oração adjetiva explicativa, como o
próprio nome diz, explica o termo antece-
dente, conferindo-lhe uma qualidade que lhe
é peculiar, isto é, está contida no sentido do
substantivo ou à palavra a que se refere, es-
clarecendo um pouco mais seu sentido, mas
sem restringir ou especificá-lo.
Essa oração tem o valor de aposto
explicativo. Desta forma, se a omitirmos,
não se alterará o sentido do período.
Exemplo:
O homem, / que é mortal, / não é infalível.
Todos os homens são mortais. Portan-
to, a oração adjetiva está contida no próprio
substantivo “homem”. Deste modo, podemos
excluir essa oração subordinada do período e
o seu sentido continuará o mesmo: “O homem
não é infalível”. Isso porque o adjetivo “mortal”
está implícito no substantivo “homem”.
Observe que as orações subordina-
das adjetivas explicativas apresentam um
recurso visual que facilita sua identifica-
ção: elas vêm separadas por vírgulas.
66 Instituto Universal Brasileiro
 Orações Subordinadas Adverbiais
As orações subordinadas adverbiais têm
este nome porque podem desempenhar, em
um período, uma função equivalente a do ad-
vérbio ou do adjunto adverbial da oração
principal. Exemplo:
(Quem vai ficar feliz)
quando você comprar o seu carro?
oração subordinada adverbial
São destacados vários grupos que
representam os filhos, os amigos, o casal
e o próprio dono do carro para responder
a pergunta “Quem vai ficar feliz?” A oração
que se inicia com “quando” acrescenta a
circunstância de tempo, portanto, tem fun-
ção de advérbio e constitui uma oração
adverbial.
A oração adverbial é classificada
de acordo com a conjunção subordinati-
va que a introduz: causal, comparativa,
concessiva, condicional, conformati-
va, consecutiva, final, proporcional e
temporal.
Oração Subordinada
Adverbial Causal
Equivale a um adjunto adverbial de
causa e exprime uma causa ou motivo.
São orações introduzidas por conjunções ou
locuções conjuntivas causais: porque, por-
quanto, pois, que, uma vez que, visto que,
como etc.
Língua Portuguesa 1 - Aula 6
Exemplos:
1 2
Hoje não sairei / porque está chovendo.
Período composto por subordinação
1ª oração: Hoje não sairei - principal;
2ª oração: porque está chovendo – su-
bordinada adverbial causal.
Podemos perceber que a segunda ora-
ção exprime a razão de “não sair hoje”. Por
isso, chamamos de subordinada adverbial
causal.
1
Como as dificuldades aumentaram, /
2 3
resolveu / que iria trabalhar.
Período composto por subordinação
1ª oração: Como as dificuldades aumen-
taram – subordinada adverbial causal;
2ª oração: resolveu – principal;
3ª oração: que iria trabalhar – subordi-
nada substantiva objetiva direta (conjunção
integrante “que”).
A conjunção subordinativa “como” é
causal quando a oração subordinada vem
antes da principal.
Oração Subordinada
Adverbial Comparativa
Equivale a um adjunto adverbial de
comparação e, portanto, esclarece um con-
ceito, estabelecendo um confronto com o
conceito expresso em outra oração. Nas
orações subordinadas adverbiais comparati-
vas, utilizamos as conjunções como, qual e
as locuções tal como, assim como, como se.
Podemos empregar também as conjunções
que, do que, como, quanto em correlação
com outra palavra expressa na oração prin-
cipal: tão, tanto, mais, menos, melhor, pior,
maior, menor.
67 Instituto Universal Brasileiro
 Exemplo:
1
O sol despontou no horizonte, / como se
2 conformidade, exprimindo um acordo
fosse uma bola de fogo.
Período composto por subordinação
1ª oração: O sol despontou no horizonte
- principal;
2ª oração: como se fosse uma bola de
fogo – subordinada adverbial comparativa.
Muitas vezes, as orações subordinadas
adverbiais comparativas apresentam o predi-
cado e seus complementos de maneira elípti-
ca (oculta). Veja alguns exemplos:
1
Eu tenho mais energia / do que 2você
(tem energia).
Período composto por subordinação
1ª oração: Eu tenho mais energia - prin-
cipal;
2ª oração: do que você (tem energia) –
subordinada adverbial comparativa.
A oração subordinada se inicia pela
locução comparativa “do que”, que tem por
antecedente “mais”, um adjunto adverbial de
quantidade da oração principal. O predicado
da segunda oração está elíptico porque é o
mesmo da oração anterior: “tem energia”.
1 2
Pedro é mais alto / do que Mário (é alto).
Período composto por subordinação
1ª oração: Pedro é mais alto - principal;
2ª oração: do que Mário (é alto) – su-
bordinada adverbial comparativa.
Nesse período, o predicado da segun-
da oração também está elíptico porque é o
mesmo da oração principal: “é alto”.
Língua Portuguesa 1 - Aula 6
Oração Subordinada
Adverbial Conformativa
Equivale a um adjunto adverbial de
ou conformidade com outro fato expres-
so na oração principal. São orações sem-
pre introduzidas pelas conjunções confor-
mativas: conforme, consoante, segundo,
como etc.
Exemplo:
1 2
Ele age / conforme pensa.
Período composto por subordinação
1ª oração: Ele age – principal;
2ª oração: conforme pensa – subordi-
nada adverbial conformativa.
O conectivo como deve ser analisa-
do de acordo com o sentido que apresenta:
• Como = porque → causa (causal);
• Como = conforme → conformida-
de (conformativa);
• Como = comparação → (compa-
rativa).
Oração Subordinada Adverbial Concessiva
São orações que têm valor de um ad-
junto adverbial de concessão, que expres-
sam um obstáculo que existe realmente
ou supomos que existia, mas que não pode
modificar o pensamento exposto na oração
principal. As concessivas são introduzidas
por uma conjunção ou locução concessiva:
embora, ainda que, mesmo que, sem que (=
embora não), conquanto, nem que, apesar
de que etc.
Exemplo:
1 2
Ainda que chova, / irei ao teatro.
68 Instituto Universal Brasileiro
 Período composto por subordinação
1ª oração: Ainda que chova – subordi-
nada adverbial concessiva;
2ª oração: irei ao teatro – principal.
As orações concessivas ainda podem
se apresentar com as expressões por mais...
que, por muito... que, por.... que ou que.
Exemplos:
1
Por mais feio que fosse, / a mãe
2 Oração Subordinada Adverbial Consecutiva
o adoraria.
Período composto por subordinação
1ª oração: Por mais feio que fosse –
subordinada adverbial concessiva;
2ª oração: a mãe o adoraria – principal.
2 1
Os louvores, / pequenos que sejam, / são re-
cebidos com prazer.
Período composto por subordinação
1ª oração: Os louvores são recebidos
com prazer – principal;
2ª oração: pequenos que sejam – su-
bordinada adverbial concessiva.
Oração Subordinada
Adverbial Condicional
Exprime uma condição sob a qual
se realizará, ou não, o pensamento ex-
presso na oração principal. São orações
introduzidas por uma conjunção ou locução
conjuntiva condicional: se, caso, sem que
(= se não), contanto que, desde que, a me-
nos que etc.
Exemplos:
1 2
Se você vier, / nós iremos ao cinema.
Período composto por subordinação
1ª oração: Se você vier – subordina-
da adverbial condicional;
2ª oração: nós iremos ao cinema –
principal.
Língua Portuguesa 1 - Aula 6
1
Não conseguirá ser aprovado / sem que
2
estude muito.
Período composto por subordinação
1ª oração: Não conseguirá ser aprovado
– principal;
2ª oração: sem que estude muito – su-
bordinada adverbial condicional.
Apresenta a consequência do fato ex-
presso na oração principal. São iniciadas
pelas conjunções ou locuções consecutivas:
que, de forma que, de modo que, de sorte
que, tanto que, sem que (= que não) etc.
Exemplos:
1 2
Ela veio de carro, / de modo que chegou an-
tes de mim.
Período composto por subordinação
1ª oração: Ela veio de carro – principal;
2ª oração: de modo que chegou antes de
mim – subordinada adverbial consecutiva.
As conjunções e locuções “que” e “a qual”
fazem correlação com um termo na oração
principal: tão, tanto, cada, tamanho etc. Veja:
1 2
Ele discursou com tanta ênfase que convenceu
a todos.
Período composto por subordinação
1ª oração: Ele discursou com tanta ên-
fase – principal;
2ª oração: que convenceu a todos – su-
bordinada adverbial consecutiva.
Oração Subordinada Adverbial Final
Expressa a finalidade do pensamento
da oração principal. São introduzidas por uma
conjunção ou locução conjuntiva final: para
que, a fim de que, que, porque etc.
69 Instituto Universal Brasileiro
 Exemplos:
1 2
Ele se dedica ao estudo / para que absorva
um pouco da sabedoria dos grandes mestres.
Período composto por subordinação
1ª oração: Ele se dedica ao estudo –
principal;
2ª oração: para que absorva um pouco
da sabedoria dos grandes mestres – subordi-
nada adverbial final.
1 2
Estou aqui / a fim de que lhe esclareça
minha opinião.
Período composto por subordinação
1ª oração: Estou aqui – principal;
2ª oração: a fim de que lhe esclare-
ça minha opinião. – subordinada adverbial
final.
Oração Subordinada Adverbial Proporcional
Equivale a um adjunto adverbial de
proporcionalidade, expressando um au-
mento ou diminuição que se processam
no mesmo sentido ou em sentido contrário
a outro aumento ou diminuição expresso na
oração principal.
Pode apresentar também uma passa-
gem do tempo. São orações introduzidas
pelas locuções proporcionais à proporção
que, à medida que, ao passo que, quanto
mais, quanto menos, quanto maior, quan-
to melhor, quanto pior em correlação com
um termo que introduza a oração princi-
pal: mais, menos, tanto mais, tanto me-
nos etc.
Exemplos:
1 2
À medida que se vive, / mais se aprende.
Período composto por subordinação
1ª oração: À medida que se vive – su-
bordinada adverbial proporcional;
2ª oração: mais se aprende – principal.
Língua Portuguesa 1 - Aula 6
1 2
Quanto mais se estuda, / mais se aprende.
Período composto por subordinação
1ª oração: Quanto mais se estuda –
subordinada adverbial proporcional;
2ª oração: mais se aprende – principal.
Veja que a subordinada apresenta uma
passagem gradual no tempo em concordância
com o pensamento expresso na oração principal.
Oração Subordinada Adverbial Temporal
Equivale a um adjunto adverbial de
tempo e exprimem circunstância de tempo,
ou seja, o momento ou o período de ocor-
rência de um fato. Ela é introduzida pelas
conjunções ou locuções conjuntivas tempo-
rais: quando, enquanto, depois que, des-
de que, mal, assim que, apenas, logo que,
sempre que, primeiro que, sem que (= antes
que) etc.
Exemplos:
1 2
Quando eu cheguei, / você saiu.
Período composto por subordinação
1ª oração: Quando eu cheguei – subor-
dinada adverbial temporal;
2ª oração: você saiu – principal.
Orações Reduzidas
As orações reduzidas são orações subor-
dinadas simplificadas que não se iniciam com
pronomes relativos, nem por uma conjunção
subordinativa. Elas apresentam o verbo numa
das formas nominais: infinitivo, gerúndio e
particípio. Em geral, podem ser desenvolvidas
em orações subordinadas com o conectivo cla-
ro e o verbo conjugado.
As orações reduzidas são classifica-
das de acordo com os mesmos critérios
usados para as correspondentes desenvol-
vidas, com o acréscimo das seguintes ex-
pressões, de acordo com a forma nominal
em que se encontra o verbo: reduzida de
70 Instituto Universal Brasileiro
infinitivo, reduzida de gerúndio ou redu-
zida de particípio.
Veja alguns exemplos:
• Reduzidas de Infinitivo (verbos termi-
nados em –ar)
1 2
Gosto / de ficar sozinho. (ficar = que fique)
1. Oração principal
2. Oração subordinada substantiva objetiva in-
direta reduzida de infinitivo
• Reduzidas de Gerúndio (verbos ter-
minados em –ndo)
1 2
Vi um menino / gritando desesperada-
mente pelas ruas. (gritando = que gritava)
1. Oração principal
2. Oração subordinada adjetiva restritiva redu-
zida de gerúndio
A oração reduzida de gerúndio pode
aparecer também no período composto
por coordenação. Por exemplo, no período
“Levantou-se da cadeira, fechando o jor-
nal com decisão”, a oração desenvolvida
seria “Levantou-se da cadeira e fechou o
jornal com decisão”.
• Reduzidas de Particípio (verbos ter-
minados em –do, –dos, –da, –das)
2 1
Terminada a leitura, / foram passear. (Ter-
minada = Quando terminaram)
2. Oração subordinada adverbial temporal re-
duzida de particípio
1. Oração principal
Língua Portuguesa 1 - Aula 6
A forma nominal do verbo indica se a
oração é reduzida. Havendo locução verbal, o
verbo auxiliar é o que indica se estamos ou não
diante de uma oração reduzida e qual o seu
tipo. As orações “Estamos viajando”, “Somos
amados” não constituem orações reduzidas
porque os verbos auxiliares estão conjugados.
Leia o texto a seguir sobre qualidade
de vida e observe os destaques (grifo nos-
so): conectivos (orações subordinadas de-
senvolvidas) ou formas nominais do verbo
(orações reduzidas).
Mundo em colapso
Hoje, infelizmente,
vemos pobres buscando
as grandes cidades. Tam-
bém os vemos entrando
clandestinamente em pa-
íses ricos. Poucos milio-
nários dos países ricos
possuem mais dinheiro
que metade dos países do mundo.
Os povos da África morrem de fome e de
Aids. O coração de Nova York é posto abaixo
por suicidas. A polícia inglesa mata um jovem
brasileiro confundido com terrorista.
No Nordeste, um bispo faz greve de fome
em defesa do rio São Francisco. As florestas da
Amazônia são, diariamente, arrasadas. O clima
está mudando visivelmente. Enquanto o gelo
se derrete nos polos, a seca acaba com flores-
tas; e enchentes destroem o sertão.
Cada vez mais, jovens pobres aderem ao
crime organizado na esperança de conseguir
status e dinheiro fácil. Já os jovens ricos se en-
tregam às drogas, aos antidepressivos e aos
tranquilizantes.
Será esta a qualidade de vida que quere-
mos? Um mundo de luxo para poucos, junto a
um mundo de miséria para muitos? Um proces-
so produtivo que concentra capital às custas da
devastação natural? Uma sociedade cada vez
mais materialista e menos espiritualizada? São
perguntas que temos que fazer.
Não podemos deixar de afirmar: a quali-
dade de vida que queremos é diferente. Ela está
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 ao alcance de todos dentro de uma lógica que
respeita nossas relações com o nosso processo
pessoal, os nossos semelhantes e todas as de-
mais formas de vida do planeta.
KAISER, Arno. Mundo Jovem, um jornal de ideias.
Texto adaptado.
Comentários. Observe os conectivos ou
formas nominais do verbo (grifo nosso) em desta-
que e acompanhe a análise de algumas orações
do texto.
1º parágrafo: “buscando” = (“que bus-
cam”) é relativo a “pobres” e introduz a oração su-
bordinada adjetiva restritiva reduzida de gerúndio.
3º parágrafo: “Enquanto” remete à ideia
de tempo e introduz a oração subordinada adver-
bial temporal.
4º parágrafo: “conseguir” = (“que con-
sigam”) vem precedido de preposição “de” e
completa o sentido de um nome (“esperança”);
trata-se de uma oração subordinada substantiva
completiva nominal reduzida de infinitivo.
5º e 6º parágrafos: todos os conectivos
“que” são relativos aos substantivos que os pre-
cedem, introduzindo orações adjetivas restritivas.
Orações subordinadas. Podem ser
de três tipos, de acordo com a função que
exercem: substantivas, adjetivas e ad-
verbiais.
Oração subordinada substantiva.
Tem valor de substantivo, introduzida pe-
las conjunções integrantes “que” ou “se”.
• Subjetiva. Funciona como sujeito
de um verbo de outra oração.
• Objetiva direta. Completa o senti-
do de um verbo transitivo direto.
• Objetiva indireta. Completa o sen-
tido de um verbo transitivo indireto.
• Predicativa. Completa o sentido
de um verbo de ligação.
Língua Portuguesa 1 - Aula 6
• Completiva nominal. Completa
o sentido de um nome de significação
incompleta (substantivo, adjetivo ou ad-
vérbio), ao qual se liga por meio de uma
preposição.
• Apositiva. Explica um termo an-
terior, funcionando exatamente como um
aposto.
Apesar de a NGB (Nomenclatura
Gramatical Brasileira) não apresentar
nenhuma referência, as orações que
exercem a função de agente da passiva
podem ser incluídas entre as subordi-
nadas substantivas.
Oração subordinada adjetiva.
Tem valor de adjetivo, introduzida por
pronomes relativos.
• Restritivas. Restringem a signifi-
cação do substantivo ou do pronome an-
tecedente. Indispensáveis ao sentido da
frase.
• Explicativas. Acrescentam uma
qualidade acessória ao antecedente.
Sempre entre vírgulas, se retiradas do
período, não fazem falta ao sentido.
Oração subordinada adverbial.
Funciona como adjunto adverbial da ora-
ção principal e vem introduzida por con-
junções subordinativas que correspon-
dem à sua classificação, de acordo com
a circunstância que indicam: causal,
comparativa, conformativa, conces-
siva, condicional, consecutiva, final,
proporcional e temporal.
Orações subordinadas reduzi-
das. São orações que não se iniciam
com um conectivo e têm o verbo em uma
das formas nominais:
• infinitivo (-ar);
• gerúndio (-ndo);
• particípio (-do (s), -da(s).
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1. Observe a classificação das orações
subordinadas substantivas entre parênteses e
assinale a alternativa incorreta.
a) ( ) É bom que chegue logo. (subjetiva)
b) ( ) O importante é que todos enten-
deram a mensagem. (predicativa)
c) ( ) Não quero que você chegue atra-
sado. (predicativa)
d) ( ) Só lhe peço uma coisa: que não
se esqueça de mim. (apositiva)
2. “Nossa própria vida e a das futuras gera-
ções dependem de que tratemos a Terra com
cuidado e respeito.” Nesse período, a oração
destacada é uma subordinada substantiva:
a) ( ) objetiva indireta.
b) ( ) objetiva direta.
c) ( ) predicativa.
d) ( ) subjetiva.
3. Coloque (1) para oração subordinada adje-
tiva explicativa e (2) para oração subordinada adje-
tiva restritiva. Depois, assinale a alternativa correta.
( ) Os benefícios que lhe foram ofereci-
dos não eram suficientes.
( ) O homem, que é mortal, sonha com
a imortalidade.
( ) Convidados que costumam brigar
serão vigiados discretamente.
( ) A cidade cujas flores são famosas
faz parte da viagem.
a) ( ) 1 – 2 – 2 – 2
b) ( ) 2 – 1 – 1 – 2
c) ( ) 2 – 1 – 2 – 2
d) ( ) 1 – 2 – 1 – 1
4. De acordo com a classificação das orações
subordinadas adverbiais, indique (C) para correto e
(I) para incorreto e assinale a alternativa correta.
( ) Nada fez porque nada pedira. (causal)
( ) Ela é bonita como a mãe. (comparativa)
Língua Portuguesa 1 - Aula 6
( ) Colocou os óculos para que pudesse
ver melhor. (final)
( ) Sua alegria aumentava à medida que
as notícias chegavam. (temporal)
a) ( ) C – I – C – I
b) ( ) I – C – C – C
c) ( ) C – C – I – I
d) ( ) C – C – C – I
5. Assinale a alternativa que classifica
corretamente a oração subordinada adverbial
destacada no período abaixo:
Nos anúncios publicitários, os apelos
sobre qualidade de vida são tão fortes que as
pessoas fazem qualquer coisa por dinheiro.
a) ( ) Consecutiva
b) ( ) Causal
c) ( ) Condicional
d) ( ) Comparativa
6. Observe a oração destacada do pe-
ríodo abaixo e assinale a alternativa correta.
Hoje, infelizmente, vemos pobres bus-
cando as grandes cidades.
a) ( ) Oração principal
b) ( ) Oração subordinada reduzida de
gerúndio
c) ( ) Oração subordinada adverbial
d) ( ) Oração subordinada reduzida de
particípio
7. (Adaptada de EPCAR) “Como ontem
estava chovendo, tive a infeliz ideia, ao sair à
rua, de calçar um velho par de galochas.”
No período acima, as orações destaca-
das indicam, respectivamente:
a) ( ) causa, tempo e complemento de
um nome.
b) ( ) comparação, tempo e comple-
mento verbal não preposicionado.
c) ( ) causa, condição e complemento
verbal preposicionado.
d) ( ) consequência, tempo e comple-
mento de um nome.
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1. c) ( x ) Não quero que você chegue
atrasado. (predicativa)
Comentário. Somente na alternativa c, a
classificação do parênteses (predicativa) não
corresponde à oração subordinada substan-
tiva. O verbo “querer” é transitivo direto, cujo
objeto direto seria, nesse caso, uma oração
subordinada substantiva objetiva direta: “que
você chegue atrasado.”. Veja: Não quero (o
quê?) que você chegue atrasado. Um período
com oração subordinada substantiva predicati-
va apresenta, na oração principal, o verbo de li-
gação “ser”, pedindo, portanto, um predicativo.
Confira a classificação correta da predicativa
na alternativa b.
2. a) ( x ) objetiva indireta.
Comentário. A oração subordinada subs-
tantiva objetiva indireta exerce a função de
objeto indireto, completando o sentido de um
verbo transitivo indireto, ao que se ligam indire-
tamente com auxílio de preposição. Veja: Nossa
própria vida e das futuras gerações dependem
(de quê?) de que tratemos a Terra com cuida-
do e respeito. Dois indicativos são fundamen-
tais neste exemplo: a presença da preposição
“de” acompanhando o conectivo que introduz
a oração subordinada; e o fato de a oração ter
a função de complementar um verbo (no caso,
dependem). Complemento verbal com prepo-
sição = objeto indireto; oração que funciona
como complemento verbal, com a presença da
preposição = oração subordinada substanti-
va objetiva indireta.
3. c) ( x ) 2 – 1 – 2 – 2
Comentário. Orações subordinadas ad-
jetivas explicativas acrescentam uma qualida-
de acessória ao antecedente e vêm entre vírgu-
las; se retiradas do período, não fazem falta ao
sentido. Orações subordinadas adjetivas res-
tritivas restringem a significação do anteceden-
te, sendo indispensável ao sentido da oração.
Uma dica é o recurso visual: as restritivas não
vêm separadas por vírgulas.
Língua Portuguesa 1 - Aula 6
4. d) ( x ) C – C – C – I
Comentário. Nas orações 1, 2 e 3, a clas-
sificação corresponde exatamente à oração, por-
tanto estão corretas. A dica são os conectivos: 1
– porque = causal; 2 – como = comparativa; 3
– para que = final. A quarta oração foi classificada
de maneira errada, pois é uma subordinada ad-
verbial proporcional que pode apresentar as con-
junções: à medida que, à proporção que, quanto
menos, quanto mais etc. A oração subordinada
adverbial temporal apresenta as seguintes con-
junções: quando, depois de, assim que etc.
5. a) ( x ) Consecutiva
Comentário. Na oração “que as pessoas
fazem qualquer coisa por dinheiro”, a conjunção
“que” faz correlação com o termo “tão”, presente
na oração principal. Essa conjunção indica uma
consequência do fato expresso na oração princi-
pal; por isso, a oração é uma subordinada adver-
bial consecutiva.
6. b) ( x ) Oração subordinada reduzida
de gerúndio
Comentário. A oração “buscando as gran-
des cidades” é uma subordinada adjetiva res-
tritiva (“que buscam as grandes cidades”), mas
ela foi reduzida, deixando o verbo no gerúndio.
Nesse caso, é uma oração subordinada adjetiva
restritiva reduzida de gerúndio.
7. a) ( x ) causa, tempo e complemento
de um nome
Comentário. Na oração “Como ontem
estava chovendo”, o conectivo como é igual a
porque, portanto a oração indica causa, e seria
classificada como oração subordinada adverbial
causal. A oração “ao sair à rua” indica tempo,
trata-se de uma oração subordinada adverbial
de tempo reduzida de infinitivo. A oração princi-
pal “tive a infeliz ideia” traz um nome que exige
complemento (ideia de que?) “de calçar um ve-
lho par de galochas”, portanto, a função desta
oração é de complemento de um nome ou com-
plemento nominal; trata-se de uma oração subor-
dinada substantiva completiva nominal reduzida
de infinitivo. Observe que o complemento nomi-
nal também vem com preposição (“de”), como o
objeto indireto; a diferença é que o objeto indireto
completa o sentido de um verbo.
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