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ÓLEO DIESEL

ÓLEO DIESEL
Informações Técnicas

1 Óleo Diesel
Informações Técnicas (versão maio/2019)
ÓLEO DIESEL

Índice

1 – INTRODUÇÃO 3

2 – SISTEMA DE GARANTIA DE QUALIDADE PETROBRAS 4

3 – CONDUTIVIDADE ELÉTRICA 5

4 – CUIDADOS NA TRANSFERÊNCIA DO COMBUSTÍVEL POR OLEODUTO 8

5 – EXPEDIÇÃO POR CAMINHÃO-TANQUE 8

6 – RASTREABILIDADE 9

7 – HOMOGENEIZAÇÃO DO ESTOQUE DE ÓLEO DIESEL 9

8 – ÓLEO DIESEL S-10 E A SUJEIRA NOS TANQUES 9

9 – SEDIMENTAÇÃO DE CONTAMINANTES, AMOSTRAGEM E CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE 10

10 - RETIRADA DE AMOSTRA PARA ANÁLISE 10

11 - COMO ÁGUA SURGE NO ÓLEO DIESEL 11

12 - PREJUÍZO CAUSADO PELA ÁGUA 11

13 - INTERFACE ÁGUA-ÓLEO DIESEL COM CRESCIMENTO MICROBIANO 12

14 – QUANDO DRENAR ÁGUA (NO MÍNIMO) 12

15 – DRENANDO ÁGUA NO TANQUE DE SUPERFÍCIE CILÍNDRICO-VERTICAL 13

16 – LIMPEZA DO TANQUE 13

17 – CRISTAL DE PARAFINA 14

18 – DESTINO DAS INTERFACES DE ÓLEO DIESEL 15

19 – LUBRICIDADE 15

20 – BIODIESEL 16

21 – MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DA MISTURA 17

22 – AÇÕES EM CASO DE EMERGÊNCIA 19

Versão maio/2019
Este material é sujeito a atualizações sem aviso prévio. A última versão está disponível no endereço:
http://sites.petrobras.com.br/minisite/assistenciatecnica/default.asp

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1 – INTRODUÇÃO
O óleo diesel é um combustível líquido Óleo Diesel S500 - produto com um
derivado de petróleo, utilizado em máximo de 500 mg/kg de enxofre
motores ciclo Diesel (de combustão total.
interna e ignição por compressão), PARA USO NÃO RODOVIÁRIO
composto majoritariamente por
hidrocarbonetos com cadeias de 8 a 16 Óleo Diesel TFM (S1800) - com teor
carbonos, podendo conter, em menor máximo de 1800 mg/kg de enxofre,
proporção, nitrogênio, enxofre e para uso em geração de energia
oxigênio. É formulado através da (usinas termelétricas), transporte
mistura de diversas correntes como ferroviário e mineração a céu aberto.
gasóleos, nafta pesada, diesel leve e Óleo Diesel Marítimo - destinado a
diesel pesado, provenientes das atender embarcações. Por questões
diversas etapas de processamento do de segurança, este é produzido com a
petróleo bruto. característica Ponto de Fulgor acima
Os óleos diesel, no que tange a adição de 60ºC.
de biodiesel, classificam-se em: ÓLEO DIESEL S-10
I- Óleo diesel A: combustível
O óleo Diesel S-10 Petrobras,
produzido a partir de processos de
disponível a partir de janeiro de 2013,
refino de petróleo e processamento de
com teor máximo de enxofre de
gás natural, sem adição de biodiesel.
10mg/kg (ppm = partes por milhão) foi
II- Óleo diesel B: Obtido a partir da desenvolvido para atender aos
adição de biodiesel ao óleo diesel A, requisitos da mais nova geração de
no teor estabelecido pela legislação motores diesel que foram projetados
vigente. para emitirem menores teores de
De acordo com o uso são especificados material particulado e NOx do que os
quatro tipos básicos de óleo diesel da geração anterior.
para uso em motores de ônibus,
caminhões, carretas, veículos Além do baixo teor de enxofre, esse
utilitários, embarcações marítimas, combustível tem alto número de
etc. cetano (48 no mínimo), uma faixa
estreita de variação da massa
PARA USO RODOVIÁRIO: específica (820 a 850 kg/m³) e uma
Óleo Diesel S10 - produto com um curva de destilação com a
máximo de 10 mg/kg de enxofre total temperatura dos 95% evaporados de no
destinado a veículos homologados máximo 370ºC. Essas propriedades
segundo os critérios da fase P7 do também conferem benefícios na
PROCONVE. combustão e na partida a frio dos
motores.

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Veja aqui as orientações para o manuseio do Diesel S-10, que também são
totalmente aplicáveis aos demais tipos de diesel.

Na atual linha de combustíveis Diesel de qualidade e às mais recentes


da Petrobras, o Diesel S-10 é o único tecnologias de motores e controle de
que atende aos mais rígidos padrões emissões

Motores P7= Veículos Pesados


Motores L6= Veículos Leves
SCR = Selective Catalytic Reduction
EGR = Exhaust Gas Recirculation

A solução integrada compreende o combustível Diesel S-10, que abastece o novo motor, o qual possui ou a tecnologia SCR,
ou a EGR para controle de emissões de gases no escapamento, e o uso do Arla 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo), no
caso do motor com sistema SCR, que deverá ser abastecido em reservatório específico ligado ao sistema de exaustão do
veículo.

2 – SISTEMA DE GARANTIA DE QUALIDADE PETROBRAS


A Petrobras aplica rigorosos enxofre (Diesel S-10 e Gasolina S-50),
procedimentos de controle de desde as refinarias até os polos de
qualidade em todas as etapas de seu suprimento das distribuidoras de
processo produtivo. Ela também exige combustível, foram realizados grandes
de seus fornecedores e parceiros co- investimentos na modernização do
merciais o mesmo rigor. Tudo isso para sistema de dutos tais como o uso de
que seus produtos cheguem ao válvulas de bloqueio de alta
consumidor final atendendo a todos os eficiência, eliminação de pontos
requisitos de qualidade intrínseca, mortos nos dutos e modernos sistemas
adequação ao uso e exigências de controle de interfaces, entre
ambientais. outros.
Para garantir a qualidade dos seus
combustíveis de ultrabaixo teor de

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3 – CONDUTIVIDADE ELÉTRICA
Em função de alterações na produção
do óleo diesel, que tende a ser mais
leve e profundamente hidrogenado
para a redução do teor de enxofre, o
mesmo apresenta algumas ca-
racterísticas diferentes de seus
antecessores. Na figura 2 está
ilustrado o efeito do hidrotratamento
de alta severidade em algumas
propriedades do óleo diesel,
decorrente da remoção de compostos
Figura 1: Influência do hidrorrefino nas propriedades do
polares que atuam como promotores óleo diesel com baixo enxofre.
naturais da lubricidade; e promotores
naturais de condutividade elétrica. A condutividade elétrica consiste na
habilidade do combustível em dissipar
cargas eventualmente geradas
durante a transferência do óleo diesel
e é função do teor de espécies iônicas.
Caso a condutividade elétrica do
produto seja suficientemente alta, as
cargas são dissipadas rapidamente,

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evitando o seu acúmulo e minimizando carregamentos que envolvem produtos


o risco potencial de incêndio durante inflamáveis (switch loading) e do tipo
o manuseio e a distribuição do produto de fluxo de descarga do produto. O
(figura 2). fluxo vertical pode ocasionar a
projeção do produto contra o fundo
dos tanques, facilitando a geração de
carga e / ou a formação de atmosfera
inflamável (splash loading).

Os aditivos dissipadores de cargas


estáticas aumentam a condutividade
Figura 2: Caracterização de um acidente eletrostático elétrica dos combustíveis. Entretanto,
a solução não se resume ao emprego
Algumas operações podem ocasionar a
do aditivo dissipador de cargas
geração (bombeio, filtração, etc.) e o
estáticas nas unidades de produção,
acúmulo de cargas elétricas (óleo
distribuição e revenda, mas também
diesel com baixa condutividade
contempla o pleno atendimento às
elétrica), que podem ser
orientações que constam de todas as
repentinamente liberadas. Tais
normas e práticas de segurança em
descargas eletrostáticas podem ter
vigor que precisam ser seguidas à
energia suficiente para incendiar uma
risca.
mistura inflamável de vapores de
hidrocarbonetos com o ar. Recomenda-se adicionalmente que as
normas a seguir sejam revisitadas e
Entretanto, mesmo com a existência
estudadas: NFPA 395 - Standard 29 CFR
de mistura inflamável, para que o
1910.106 – Flammable and
acidente eletrostático ocorra, é
Combustible Liquids; API Recom-
necessária a ocorrência de três
mended Practice 2003 Protection
estágios preliminares: geração de
Against Ignitions Arising Out of Static,
cargas, acúmulo de cargas e descarga
Lightning, and Stray Currents; ASTM
eletrostática suficientemente alta.
D4865 e NPFA 77 – Recommended
Practice on Static Electricity.
Para evitar a geração / acúmulo de
cargas estáticas, deve ser dada
atenção às práticas de manuseio e
estocagem dos produtos. Além do
estabelecimento de um patamar
mínimo para a condutividade do óleo
diesel, deve-se atentar para o
aterramento de tanques e caminhões-
tanque, bem como para a minimização
de atmosfera inflamável decorrente,
por exemplo, da permuta entre

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NAS OPERAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA  Preencher espaços livres com vapor


DO ÓLEO DIESEL, ALGUMAS MEDIDAS super rico;
PODEM SER DESTACADAS PARA  Evitar transferências de gasolina
EVITAR: intercaladas com óleo diesel;
 Evitar espaços livres enchendo os
1. Geração de cargas recipientes totalmente (sem espaço
de vapor);
 Estabelecer taxas de enchimento /
 Operar a temperaturas inferiores ao
vazões máximas, compatíveis com
ponto de fulgor, pelo menos 11oC
cada sistema;
abaixo;
 Evitar respingos e pulverização do
 Evitar carregar produtos dentro do
produto;
intervalo de inflamabilidade da
 Evitar o escoamento do produto
mistura vapor-ar (em condições de
contaminado com água e sólidos
equilíbrio), ou seja, produtos com
dispersos;
baixa pressão de vapor a alta
 Controlar a velocidade de
temperatura e produtos com alta
escoamento do produto ao longo de
pressão de vapor, a baixa
todo oleoduto;
temperatura, por exemplo.
 Evitar o uso de vapor d’água nos
sistemas de combustível. O valor recomendado para a
2. Acúmulo de cargas condutividade elétrica do óleo diesel
S-10 é de, no mínimo, 50 pS/m na
 Propiciar tempo de residência especificação europeia EN590 e 25
suficiente a jusante de bombas e pS/m na especificação americana
filtros para que as cargas geradas ASTM D975, para velocidades de
possam ser neutralizadas; transferência maiores do que 7 m/s
 Usar aterramento para evitar ou, no caso de transferências com
acúmulo de carga decorrente de velocidades mais baixas, conforme
possíveis diferenças de tabela 2 da referida norma. Esse valor
mínimo é estabelecido para evitar
condutividade entre os materiais
problemas de acúmulo de eletricidade
envolvidos nas transferências;
estática, principalmente em regiões
 Adicionar aditivo antiestático nos onde a umidade relativa do ar é baixa.
óleos com condutividade baixa. A ANP, em sua resolução nº 65 de 9 de
3. Descargas elétricas dezembro de 2011, estabelece um
patamar mínimo de 25 pS/m de con-
 Remover ou aterrar promotores de dutividade elétrica para o Óleo Diesel
faísca em tanques e vasos; a ser atendido pela produção e
 Respeitar o tempo de relaxamento distribuição do combustível.
das cargas elétricas estáticas Não foram identificados problemas de
geradas antes de realizar incompatibilidade dos aditivos
amostragens e aferições. antiestáticos que venham a ser
adicionados ao longo da cadeia de
4. Atmosferas inflamáveis
suprimento. Porém, é importante o
 Usar nitrogênio ou outro gás inerte cuidado com contaminação com água,
disponível; pois esses aditivos são surfactantes.

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4 – CUIDADOS NA TRANSFERÊNCIA DO COMBUSTÍVEL POR


OLEODUTO
É importante verificar se o contaminação do estoque de óleo
alinhamento a ser utilizado na diesel no tanque que estiver alinhado
movimentação está em perfeitas para receber o combustível.
condições de uso, realizando dupla
Os registros de movimentações e
checagem do alinhamento, e dispor de
drenagens anteriores devem sempre
medidor de vazão no início e final da
estar disponíveis e serem consultados
tubulação para realizar a comparação
pelos operadores e programadores
contínua do volume de combustível
envolvidos no bombeamento. O nível
bombeado. As operações de
de água no tanque deve ser medido
verificação, alinhamento e início de
imediatamente antes de iniciar um
bombeio devem sempre ser realizadas
bombeamento e depois de encerrado
por operadores experientes e que
o bombeamento, pois essas
disponham de um sistema eficiente de
informações poderão ser requisitadas
comunicação com o pessoal da outra
pelo processo de faturamento –
ponta da linha. Somente após esses
emissão da nota fiscal.
cuidados poderá ser formalizado o
“pronto a operar” entre ambas as É recomendável que todos os membros
partes – a empresa que iniciará o da cadeia de suprimento de óleo diesel
bombeamento e aquela que receberá tenham procedimentos detalhados
o combustível – para que o para o recebimento, armazenagem e
bombeamento possa ser iniciado. expedição dos combustíveis,
contemplando a programação de
Deve haver acompanhamento do
bombeamento, relacionando todos os
bombeamento, especialmente logo
passos que precedem o recebimento,
depois do seu início, quando análises
armazenagem e expedição.
de cor e densidade são altamente
recomendadas a fim de prevenir a

5 – EXPEDIÇÃO POR CAMINHÃO-TANQUE


Os requisitos considerados necessários  Terem sido selecionados e
para um caminhão-tanque transportar programados, tendo passado por
óleo diesel estão contidos no decreto inspeção e limpeza interna prévia
nº 96.044 de 15/05/1998 e na Portaria ao carregamento;
59/93 do INMETRO.  Terem comprovada a qualidade do
Os caminhões-tanque destinados ao óleo diesel antes do carregamento;
transporte de óleo diesel devem  Disporem de procedimentos para
atender aos seguintes requisitos: garantir a inviolabilidade da carga;
 Terem ponto baixo para  Disporem de documentação relativa
acumulação de água e impurezas e à qualidade do produto;
serem dotados de dreno;  Estarem limpos e isentos de
 Serem estanques em relação à resíduos de detergentes e água.
penetração de água e outros
contaminantes;
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6 – RASTREABILIDADE
Tarefas relativas a um item – um medições de níveis; etc. compõem,
estoque de óleo diesel – que será antes, durante e depois de concluída a
movimentado, tais como: movimentação, um conjunto de in-
comunicações de movimentações; formações importantes para que uma
amostragens; determinação de ocorrência qualquer associada ao item
interfaces entre bateladas; análises de movimentado possa ser rastreada, na
amostras antes, durante e após o medida em que surja alguma
recebimento; coleta de amostra necessidade específica.
testemunho; registros diversos;

7 – HOMOGENEIZAÇÃO DO ESTOQUE DE ÓLEO DIESEL


A etapa de homogeneização do de evitar sua acumulação no fundo do
estoque de óleo diesel é um passo tanque – não é uma boa prática. É,
importante para assegurar tanto um sim, uma forma de passar o problema
faturamento correto como a qualidade para frente. No entanto, muitos
do combustível. tanques contam com um dispositivo de
mistura – misturadores de pás ou de
Um estoque de óleo diesel é jato, ambos montados no costado do
considerado homogêneo quando as tanque – para fazer a homogeneização
diferenças de densidades relativas do estoque de óleo diesel. A ação
20/4 ºC entre as amostras retiradas do desses equipamentos irá suspender
topo, meio e fundo do tanque são contaminantes depositados no fundo
menores ou iguais a 0,003. do tanque, pelo menos parcialmente.
O misturador de jato é visto por alguns
Recircular o estoque de óleo diesel do projetistas como menos capaz de
tanque com a intenção de dispersar os levantar a sujeira depositada no fundo
contaminantes no combustível – a fim do tanque.

8 – ÓLEO DIESEL S-10 E A SUJEIRA NOS TANQUES


Esse óleo diesel tem características pressão. O hidrogênio desloca os
químicas e físicas ligeiramente átomos de S e N daquelas substâncias,
diferentes do óleo Diesel S-500 e tomando seu lugar. Esse óleo diesel,
S-1800. O S-10 é um combustível mais agora mais rico em hidrogênio, exibe
refinado que os seus antecessores e, um comportamento ligeiramente mais
graças a isso, contém tão baixo teor de solvente de sujeiras que os óleos
enxofre. Nas refinarias, o óleo diesel Diesel S-500 e S-1800. Mal
bruto contendo substâncias comparando, é como se ele fosse mais
carregadas de átomos de enxofre (S) e próximo de um querosene e,
nitrogênio (N) é passado em um reator sabidamente, o querosene é mais
através de um leito de catalisador capaz de limpar uma superfície que o
juntamente com hidrogênio sob alta óleo diesel tradicional.

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A característica mais refinada do S-10 Essa característica do S-10 sugere que


é um aspecto evolucionário a cadeia de distribuição de óleo diesel
docombustível. Por isso, é tenha também um passo evolucionário
imprescindível que se realize uma pela frente, pois o combustível está
limpeza criteriosa antes da troca do mudando.
inventário e que se mantenha esse
mesmo rigor na rotina de limpezas
periódicas empreendida daí em
diante.

9 – SEDIMENTAÇÃO DE CONTAMINANTES, AMOSTRAGEM E


CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE
Depois da homogeneização do coluna de óleo diesel. Tipicamente,
estoque, o combustível deve ficar em essas alturas variam de 4 a 14m,
repouso por tempo suficiente para que tomando-se o costado do tanque como
os contaminantes sedimentem. A referência. Há casos, no entanto, em
duração do tempo de repouso tem que a turvação persiste mesmo depois
relação com a altura da coluna de óleo de um alto tempo de repouso.
diesel dentro do tanque – o nível Novamente, a contaminação do óleo
(metros) do combustível no tanque. diesel com traços de detergente
Quanto maior for essa altura tanto poderá ser a causa desse problema.
maior será o tempo de repouso Mas, há casos em que o tamanho das
necessário para que os contaminantes gotículas de água que formam a névoa
– gotas de água, partículas de óxidos é que responde pela maior dificuldade
de corrosão, fibras, partículas do de desaparecimento da turvação.
revestimento da pintura do tanque,
borras, etc. – sedimentem no fundo do Durante o período de repouso para
tanque. A força da gravidade atua sedimentação dos contaminantes, o
sobre as partículas puxando-as para estoque de óleo diesel precisa per-
baixo. manecer sem qualquer movimentação
do combustível no tanque, pois a
Partículas de tamanho menor que 10 movimentação poderia criar fluxo de
μm têm, no entanto, pequena combustível ascendente dentro do
probabilidade de sedimentar, pois tanque, em sentido contrário à ação
tendem a permanecer em movimento da gravidade.
aleatório dentro do líquido.

O tempo de repouso pode exigir de 12


a 36 horas, dependendo da altura da

10 - RETIRADA DE AMOSTRA PARA ANÁLISE


Após a etapa de sedimentação, uma certificação ou inspeção da qualidade.
amostra representativa do estoque do Antes de iniciar as vendas /
combustível poderá ser retirada para carregamentos, a base deve retirar

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amostra do combustível e avaliar sua e/ou registro dessa inspeção da


qualidade a partir de um conjunto de qualidade.
análises. Deve haver documentação

11 - COMO ÁGUA SURGE NO ÓLEO DIESEL


Água pode aparecer no tanque a partir alguma água. Considerando, no
do recebimento de um novo estoque entanto, que a quantidade de umidade
de óleo diesel, seja na forma de água contida no ar é pequena e que a água
livre, dispersa, em emulsão e/ou que ficará capturada no tanque a
solúvel. Quando o óleo diesel se partir da condensação será somente
apresenta turvo é porque contém uma parcela da umidade do ar, não
gotas de água muito pequenas. Elas seria razoável esperar uma grande
não sedimentam e dão aspecto turvo quantidade de água depositada no fun-
ao combustível. Até uma muito do do tanque resultante da umidade
pequena contaminação do óleo diesel do ar. Outros fatores envolvidos na
com substância surfactante (sabões ou condensação de água do ar são as
detergentes) tem o poder de fazer diferenças de temperatura e pressões
com que gotas de água muito parciais entre o meio ambiente
pequenas fiquem dispersas no óleo, externo ao tanque e esses mesmos
causando turvação no combustível. parâmetros no interior do tanque.
Mesmo o grau de secagem que o óleo
Água surge continuamente nos diesel tenha alcançado na refinaria
estoques de óleo diesel, noite e dia, a poderá mascarar parcialmente o
partir da condensação da umidade do efeito da condensação da umidade do
ar que entra no tanque pelo bocal de ar, isto é, se o óleo diesel estiver
“respiração”. Desde uma refinaria até muito seco ele absorverá total ou
o cliente consumidor, o óleo diesel parcialmente a água originada da
passa por 4 a 8 tanques e todos esses umidade do ar.
tanques têm a possibilidade de conter

12 - PREJUÍZO CAUSADO PELA ÁGUA


em equipamentos da cadeia de
Água no fundo do tanque de óleo
distribuição de combustíveis.
diesel tem o potencial de criar
atividade microbiana, que degrada o
combustível, gera borras e satura
elementos filtrantes mais
rapidamente, além de prejudicar o
funcionamento da bomba injetora ou
bico injetor do motor diesel. A água
contribui ainda para causar corrosão

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Figura 3: Corrosão em componente de bomba de


combustível causada por água. Cortesia da Bosch do Brasil

13 - INTERFACE ÁGUA-ÓLEO DIESEL COM CRESCIMENTO


MICROBIANO

Água presente no tanque provoca uma sobrenadando em camada de água.


série de transtornos, como o Esta é uma amostra de combustível
crescimento de microrganismos que se retirado do fundo de um tanque sujo.
alimentam do óleo diesel.

Esses microrganismos (fungos e


bactérias) só são visíveis ao
microscópio e se desenvolvem entre a
água e o combustível. À medida que se
multiplicam, começa a surgir uma
massa marrom ou preta, conhecida
como “borra”. Localizada na divisa
entre o diesel e a água, ou depositada
no fundo do tanque, a borra causa
entupimento de telas, filtros e
corrosão.
Figura 4: Béquer com borra de óleo diesel e água
A Fig. 4 traz um béquer de laboratório
contendo borras de óleo diesel

14 – QUANDO DRENAR ÁGUA (NO MÍNIMO)

A drenagem no tanque de óleo diesel  Algumas horas depois de receber


deve ser feita: um novo carregamento;
 Imediatamente antes de iniciar o
 Antes do recebimento de novo bombeamento do combustível;
carregamento;  Diariamente, pela manhã.

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OBS: Para os devidos fins, o nível de


água deve ser medido antes de iniciar
uma drenagem.

15 – DRENANDO ÁGUA NO TANQUE DE SUPERFÍCIE


CILÍNDRICO-VERTICAL

 Influência da geometria do fundo


do tanque:

Declividade para a periferia ->


bom para drenagem!
Declividade para o centro ->
excelente para drenagem!!

 Bacias de drenagem e dreno


sifonado – Fig. 5 e 6

16 – LIMPEZA DO TANQUE
A abertura de um tanque de refinaria o esvaziamento do tanque é
da Petrobras ou de um terminal da necessário manter os seus bocais
Transpetro é recomendada a cada dois abertos e fazer uma ventilação
anos, idealmente, para remoção de forçada ou tiragem forçada dos
borras e sedimentos. Essa operação vapores do combustível
requer que o tanque fique fora de remanescentes dentro do tanque.
serviço por 3 a 15 dias, a depender do Somente depois de concluída essa
tamanho do tanque e dos meios etapa e assegurado que a atmosfera no
utilizados na limpeza. Depois de feito interior do tanque tenha deixado de

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acusar explosividade, é que a limpeza detergente na operação de limpeza.


propriamente dita poderá ser iniciada. Alguns especialistas propõem o uso de
E, ainda assim, frequentemente a água levemente adicionada de
entrada de pessoal no tanque somente hipoclorito de sódio (água sanitária),
será autorizada mediante o uso de devido a sua ação bactericida.
máscara de ar mandado, com
suprimento de ar adequadamente No final da limpeza, o fundo do tanque
pressurizado e devidamente filtrado, deverá ficar seco antes de receber o
vindo por mangueira de fora do óleo diesel. A pintura interna do
tanque. Para tanques de pequeno tanque precisa ser mantida em bom
diâmetro há casos de limpeza feita estado.
através da boca de visita do costado
do tanque. Um operador portando uma O procedimento de limpeza de tanque
mangueira com água pressurizada tanto de base primária de uma
dirige o jato de água contra a chapa distribuidora como de um posto de ser-
de fundo do tanque, arrastando a viço, juntamente com a destinação
sujeira para a bacia de drenagem. A dos resíduos resultantes, deve seguir
sujeira então acumulada na bacia de as determinações específicas de cada
drenagem exigirá, no entanto, a órgão estadual de regulação do meio-
entrada de pessoal para sua remoção. ambiente.
Não é recomendado o uso de

17 – CRISTAL DE PARAFINA
É importante saber distinguir cristais presença de cristais de parafina. Os
de parafina no óleo diesel da turbidez cristais surgem porque as moléculas de
resultante da presença de água. Para parafina de mais alto ponto de fusão
fazer essa distinção deve ser levada presentes no combustível teriam
em conta a temperatura do ponto de passado do estado líquido para o
entupimento de filtro a frio (CFPP) do estado sólido devido à temperatura
óleo diesel. Seu valor é expresso em estar menor que a sua temperatura de
graus Celsius e faz parte do certificado fusão. Essa é uma importante razão
de ensaio fornecido na origem pela para que estoques de óleo diesel
Petrobras. No caso de o óleo diesel adquiridos durante os meses mais
ficar submetido a uma temperatura quentes do ano não sejam mantidos
ambiente menor que a temperatura de estocados para serem consumidos du-
CFPP e esse óleo diesel dentro do rante as épocas mais frias do ano. Isso
tanque ou dentro do sistema de se explica porque a temperatura de
combustível do motor atingir essa CFPP do óleo diesel produzido durante
temperatura ambiente, uma turvação os meses quentes é bem maior do que
poderá acontecer. Essa turvação tem as temperaturas desse parâmetro do
grande chance de ser resultante da óleo diesel produzido durante os

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meses de baixa temperatura propriedade de um óleo diesel


ambiente. E deve ser notado também produzido para consumo na região sul
que a temperatura de CFPP de um óleo do País. Os cristais de parafina podem
diesel produzido para consumo nas causar rápida saturação de um
regiões norte e nordeste do Brasil é elemento filtrante, assim como
sempre maior que a mesma qualquer outra sujeira.

18 – DESTINO DAS INTERFACES DE ÓLEO DIESEL


Sempre que possível devem ser combustível de maior teor de enxofre
utilizadas linhas e bombas exclusivas – o S-1800 ou S-500.
para os diferentes tipos de óleo diesel.
Quando esses sistemas não estiverem Também a cor vermelha do óleo Diesel
disponíveis, a interface resultante do S-500 assimila essa interface, o que
contato do óleo Diesel S-1800 ou S-500 não ocorreria se ela fosse destinada ao
com o S-10 deve ser destinada ao óleo Diesel S-10.

19 – LUBRICIDADE

A lubricidade do óleo diesel é definida O hidrorrefino (hidrotratamento


como a habilidade do combustível de profundo / hidrocraqueamento)
evitar a fricção e o desgaste entre consiste numa rota bastante utilizada
superfícies metálicas em movimento para a produção de combustíveis com
relativo sob carga e está relacionada baixo enxofre e tende a reduzir
com sua composição química. Os também a maioria dos compostos
compostos polares (sulfurados, polares que conferem lubricidade
nitrogenados e oxigenados) propor- natural ao óleo diesel, podendo
cionam boas características resultar em combustível com baixa
lubrificantes ao produto. Além das lubricidade. Esse fato é indesejável
características necessárias para porque pode causar desgaste
apresentar um bom desempenho como prematuro das bombas e componentes
combustível, o óleo diesel deve tam- dos sistemas de injeção de
bém apresentar características que combustível, reduzindo o tempo
lhe confiram um bom desempenho normal de vida das bombas e injetores
como lubrificante, porque em devido ao insuficiente poder de
determinadas partes dos sistemas de lubrificação do combustível.
injeção, como por exemplo, com-
ponentes internos de bombas rotativas O óleo diesel com baixo enxofre (< 50
e injetores, ele atua também como ppm) tende a apresentar baixa
lubrificante. lubricidade, em função do hidrotrata-
mento severo que remove também
compostos polares, promotores

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naturais dessa propriedade. Na correção da sua lubricidade (desgaste


produção de óleo diesel com baixo a 60 ºC <<< 460 μm, medido pelo
enxofre, o esquema de refino não é a ensaio HFRR a 60 ºC – figura 7) e que,
única variável determinante das no caso brasileiro, é mandatória a
características lubrificantes do adição de biodiesel ao óleo diesel
produto final. O tipo de petróleo usado automotivo. Portanto, não é
também influencia a lubricidade do necessária a correção da lubricidade
produto obtido, o que pode exigir do óleo diesel automotivo na refinaria
alterações no esquema de produção produtora, a partir do uso de aditivos
para que problemas com relação à promotores de lubricidade.
lubricidade do óleo diesel sejam
contornados. Os aditivos melhoradores
de lubricidade consistem em misturas
de ácidos graxos ou de ésteres e têm
atuação comprovada na restituição do
poder lubrificante do óleo diesel.

Outra forma de correção dessa


característica consiste na
incorporação de biodiesel ao óleo
diesel. Destaca-se que a adição de 2%
vol. de biodiesel ao óleo diesel com o
Figura 7: Método HFRR a 60 C (ISO 12156) - Exemplos de
baixo enxofre é suficiente para Cicatriz de Desgaste

20 – BIODIESEL

O óleo diesel automotivo atualmente adição de biodiesel é obrigatória pela


consiste em uma mistura de óleo legislação vigente.
mineral e de biodiesel. O biodiesel
puro e o óleo diesel A não podem ser O teor de biodiesel é definido pelo
comercializados diretamente ao CNPE - Conselho Nacional de Política
consumidor final, apenas a mistura de Energética. A Lei Nº 13.263 de 23 de
diesel com biodiesel (óleo Diesel B). A março de 2016 estabelece o seguinte:

......

Art. 1o - A Lei nº 13.033, de 24 de ao óleo diesel vendido ao consumidor


setembro de 2014, passa a vigorar com final, em qualquer parte do território
as seguintes alterações: nacional:

“Art. 1º - São estabelecidos os I - 8% (oito por cento), em até doze


seguintes percentuais de adição meses - grifo nosso - após a data de
obrigatória, em volume, de biodiesel promulgação desta Lei;

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II - 9% (nove por cento), em até vinte Parágrafo único. Realizados os testes


e quatro meses - grifo nosso - após a previstos no caput deste artigo, é o
data de promulgação desta Lei; Conselho Nacional de Política
Energética - CNPE autorizado a elevar
III - 10% (dez por cento), em até trinta a mistura obrigatória de biodiesel ao
e seis meses - grifo nosso - após a data óleo diesel em até 15% (quinze por
de promulgação desta Lei. cento), em volume, em todo o
território nacional. ”
“Art. 1º-A: Após a realização, em até
doze meses contados da promulgação “Art. 1º-C: São facultados a adição
desta Lei, de testes e ensaios em voluntária de biodiesel ao óleo diesel
motores que validem a utilização da em quantidade superior ao percentual
mistura, é autorizada a adição de até obrigatório e o uso voluntário da
10% (dez por cento), em volume, de mistura no transporte público, no
biodiesel ao óleo diesel vendido ao transporte ferroviário, na navegação
consumidor final, em qualquer parte interior, em equipamentos e veículos
do território nacional, observado o destinados à extração mineral e à
disposto no inciso XI do art. 2º da Lei geração de energia elétrica, em
nº 9.478, de 6 de agosto de 1997.” tratores e nos demais aparelhos
automotores destinados a puxar ou
“Art. 1º-B: Após a realização, em até arrastar maquinaria agrícola ou a
trinta e seis meses contados da executar trabalhos agrícolas,
promulgação desta Lei, de testes e observado o disposto no inciso XI do
ensaios em motores que validem a art. 2º da Lei nº 9.478, de 6 de agosto
utilização da mistura, é autorizada a de 1997.”
adição de até 15% (quinze por cento),
em volume, de biodiesel ao óleo diesel
vendido ao consumidor final, em
qualquer parte do território nacional,
observado o disposto no inciso XI do
art. 2º da Lei nº 9.478, de 6 de agosto
de 1997.

21 – MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DA MISTURA

O manuseio do biodiesel e de suas (degradação por ação de


misturas exige cuidados ainda mais microrganismos), bem como menor
rigorosos do que os dispensados ao estabilidade à oxidação.
diesel mineral, uma vez que o
biodiesel apresenta maiores Os cuidados, ou boas práticas, que
higroscopicidade (propensão a devem ser aplicados a mistura como
absorver água) e biodegradabilidade procedimentos rotineiros, devem ser

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adotados com maior frequência pode aumentar a sua durabilidade, ou


conforme recomendado na Norma seja, em condições de uso por mais
Brasileira ABNT 15.512. tempo. Alguns metais são
incompatíveis com o diesel comercial
A degradação por envelhecimento (ou e agem como catalisadores,
oxidação) e a contaminação acelerando o processo de oxidação,
microbiológica ou por água são as não devendo, portanto, estar em
principais preocupações. Esses contato com o combustível. São eles:
problemas podem levar à formação de cobre, bronze, chumbo, estanho e
depósitos (precipitação de produtos zinco. As ligas de latão também devem
da degradação do combustível no ser evitadas, pois são compostas de
sistema de injeção); crescimento cobre e zinco. Também a presença de
microbiano, devido à presença de água deve ser evitada ao máximo e
água nos tanques, que pode dar deve ser motivo de verificações
origem a uma borra (degradação constantes. Face a elevada
microbiológica) e a formação de resina higroscopicidade do biodiesel, ocorre
(entupimento e restrição ao naturalmente uma maior absorção de
movimento de peças móveis); água do que no diesel puro. Sua
formação de ácidos (corrosão) e presença pode desencadear uma série
formação de sabões (entupimento de de problemas, seja pelo contato com
filtros de combustível e formação de os componentes do sistema de
depósitos nos injetores). combustível, seja pela falha de
desempenho do motor ou ainda por
Portanto, é importante que se preste favorecer o desenvolvimento
atenção redobrada aos cuidados com a potencial de microrganismos. A ação
transferência e armazenagem do da água, isoladamente, desencadeia
combustível citadas anteriormente, processos de corrosão que
especialmente no que se refere à comprometem, com muita rapidez, o
limpeza e drenagem de água dos sistema de injeção. A água é o maior
tanques. Em toda a cadeia de problema do combustível
distribuição, transporte e
armazenamento, a drenagem, a A degradação do combustível pode
limpeza e a troca de filtros são levar à formação de borras e
primordiais para a qualidade final do sedimentos, aumento na viscosidade e
combustível. consequente entupimento de filtros. O
combustível com essas características
Os combustíveis tendem a oxidar-se e não deve ser usado.
sofrer um processo de degradação
porque há presença de oxigênio nos Não existe um “prazo de validade” do
espaços vazios dos tanques. Assim, diesel comercial. As condições de
manter o tanque cheio ou guardar o armazenamento têm grande influência
combustível em tambores selados na estabilidade do óleo diesel. A

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experiência mostra que, movimentado


e armazenado conforme as
recomendações, não são observados
problemas dentro de um prazo médio
de, pelo menos, 30 dias.

22 – AÇÕES EM CASO DE EMERGÊNCIA

Medidas de primeiros socorros médica imediatamente, levando a


Ficha de Informação de Segurança de
a) Inalação Produto Químico (FISPQ), sempre que
Remover a vítima para local arejado. possível.
Se a vítima não estiver respirando,
d) Ingestão
aplicar respiração artificial. Se a
vítima estiver respirando, mas com Não provocar vômito. Se a vítima
dificuldade, administrar oxigênio a estiver consciente, lavar a sua boca
uma vazão de 10 a 15 litros / minuto. com água limpa em abundância e fazê-
Procurar assistência médica la ingerir água. Procurar assistência
imediatamente, levando a Ficha de médica imediatamente, levando a
Informação de Segurança de Produto Ficha de Informação de Segurança de
Químico (FISPQ), sempre que possível. Produto Químico (FISPQ), sempre que
possível.
b) Contato com a pele
e) Notas para o médico
Retirar imediatamente roupas e
sapatos contaminados. Lavar a pele Em caso de contato com a pele e/ou
com água em abundância, por pelo com os olhos não friccione as partes
menos 20 minutos, preferencialmente atingidas.
sob chuveiro de emergência. Procurar
Medidas de combate a incêndio
assistência médica imediatamente,
levando Ficha de Informação de a) Meios de extinção apropriados
Segurança de Produto Químico
(FISPQ), sempre que possível. Espuma para hidrocarbonetos, pó
químico e dióxido de carbono (CO2).
c) Contato com os olhos
b) Métodos especiais
Lavar os olhos com água em
abundância, por pelo menos 20 Resfriar tanques e containers expostos
minutos, mantendo as pálpebras ao fogo com água, assegurando que a
separadas. Usar de preferência um água não espalhe o diesel para áreas
lavador de olhos. Procurar assistência maiores. Remover os recipientes da
área de fogo, se isto puder ser feito

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sem risco. Assegurar que há sempre fechado. Conservar o produto


um caminho para escape do fogo. recuperado para posterior eliminação.

c) Proteção dos bombeiros • Neutralização -> Absorver com terra


ou outro material absorvente.
Em ambientes fechados, usar
equipamento de resgate com • Disposição -> Não dispor em lixo
suprimento de ar. comum. Não descartar no sistema de
esgoto ou em cursos d’água. Confinar,
Medidas de controle para se possível, para posterior
derramamento ou vazamento recuperação ou descarte. A disposição
a) Precauções pessoais final desse material deverá ser
acompanhada por especialista e de
• Remoção de fontes de ignição -> acordo com a legislação ambiental
eliminar todas as fontes de ignição, vigente.
impedir centelhas, fagulhas, chamas e
não fumar na área de risco. Isolar o Nota: Contatar o órgão ambiental
vazamento de todas as fontes de local, no caso de vazamento ou
ignição. contaminação de águas superficiais,
mananciais ou solos.
• Controle de poeira -> não se aplica
(produto líquido). Informações toxicológicas

b) Precauções ao meio ambiente a) Toxicidade aguda

Estancar o vazamento se isso puder ser • Contato com a pele -> Névoa de
feito sem risco. Não direcionar o óleo -> DL50 (coelho) > 5 g/kg.
material espalhado para quaisquer • Ingestão -> Névoa de óleo -> DL50
sistemas de drenagem pública. Evitar (rato) > 5 g/kg.
a possibilidade de contaminação de
águas superficiais ou mananciais. • Sintomas -> Por inalação pode
Restringir o vazamento à menor área causar irritação das vias aéreas
possível. O arraste com água deve superiores, dor de cabeça, náuseas e
levar em conta o tratamento posterior tonteiras.
da água contaminada. Evitar fazer
b) Efeitos locais
esse arraste.
• Inalação -> Irritação das vias aéreas
superiores. Podem ocorrer dor de
c) Métodos para limpeza cabeça, náuseas e tonteiras.

• Recuperação -> Recolher o produto • Contato com a pele -> Contatos


em recipiente de emergência, ocasionais podem causar lesões
devidamente etiquetado e bem irritantes.

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• Contato com os olhos -> Irritação c) Toxicidade crônica


com vermelhidão das conjuntivas.
• Contato com a pele -> Contatos
• Ingestão -> Pode causar pneumonia repetidos e prolongados podem causar
química por aspiração durante o dermatite.
vômito.

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Tabela I - Especificação do óleo diesel BX a B30


LIMITE
CARACTERÍSTICA UNIDADE S1800 não MÉTODO
S10 S500
rodoviário
Aspecto (1) LII (2) Visual
Cor (3) Vermelho (4) (5) Visual
NBR 14483
Cor ASTM, máx. 3 ASTM D6045
ASTM D1500
NBR 7148
NBR 14065
817,8 a ASTM D1298
Massa Específica (20ºC) (6) kg/m3 817,8 a 875,5 822,4 a 886,0
865,0 ASTM D4052
NBR 15983
ASTM D 7042
NBR 10441
ASTM D445
Viscosidade a 40ºC (7) mm²/s 1,9 a 4,1 2,0 a 5,0 ASTM D7279
NBR 15983
ASTM D 7042
NBR 15568
EN 14078
Teor de Biodiesel, % vol. % volume (8) ASTM D7861
ASTM D7371
(9)
ASTM D5453
ASTM D2622
10 - ASTM D7039
ASTM D7220
Enxofre, máx. mg/kg
(9)
ASTM D2622
- 500 1800 ASTM D5453
ASTM D7039
Destilação/10% vol. min. NBR 9619 (9)
ºC 180 Anotar
(10) ASTM D86 (9)
245,0 a
Destilação/50% vol. (10) ºC 245,0 a 310,0 ASTM D1160
295,0
Destilação/85% vol. (10) ºC Anotar
Destilação/90% vol. (10) ºC Anotar
Destilação/95% vol. (10) ºC Anotar
NBR 7974
NBR 14598
Ponto de fulgor, ºC, mín. ºC 38 ASTM D56
ASTM D93
ASTM D3828
NBR
Ponto de entupimento de
ºC (11) 14747ASTM
filtro a frio, máx.
D6371
Resíduo de Carbono - 10% NBR 14318
%massa 0,25
amostra, máx. ASTM D524
NBR 9842
Cinzas, máx. %massa 0,01
ASTM D482
NBR 14359
Corrosividade ao cobre 1
ASTM D130
ASTM D6304
Teor de água, máx. mg/kg 200 500
EN ISO 12937
Água e sedimentos, máx. % vol - 0,05 ASTM D2709
Estabilidade à oxidação,
h 20 EN15751
mín.
Contaminação total, máx.
mg/kg 24 Anotar EN12662
(12)
mg NBR 14248
Número de Acidez, máx. 0,3
KOH/g ASTM D664
Condutividade elétrica, mín. Anotar ASTM D2624
pS/m 25 25
(13) (14) ASTM D4308
ASTM D613
Número de cetano ou
ASTM D6890
número de cetano derivado - 48 46 42
ASTM D7170
(NCD), mín.
ASTM D7668

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(1) Em caso de disputa ou para efeito de fiscalização, nas autuações por não conformidade no
Aspecto, deverão ser realizadas as análises de teor de água e contaminação total, para o óleo
diesel BX a B30 (S10 ) e teor de água e água e sedimentos para o óleo diesel BX a B30 (S500), e
somente teor de água no óleo diesel BX a B30 (S1800). O Aspecto será considerado não conforme
caso ao menos um desses parâmetros esteja fora de especificação.

(2) Límpido e isento de impurezas, com anotação da temperatura de ensaio.


(3) Incolor a amarelada, podendo apresentar-se ligeiramente alterada para as tonalidades marrom
e alaranjada devido à coloração do biodiesel.
(4) O corante vermelho deverá ser especificado conforme a Resolução ANP nº 50/2013, ou outra que
venha substituí-la.
(5) Coloração de amarelo a alaranjado, podendo apresentar-se ligeiramente alterado para a
tonalidade marrom devido à coloração do biodiesel.
(6) As normas NBR 14065 e ASTM D4052 devem ser utilizadas como referência.
(7) As normas ASTM D445 e NBR 10441 devem ser utilizadas como referência.
(8) Será admitida variação de ± 0,5% em volume para misturas de óleo diesel com teor de biodiesel
inferior a 20% e variação de ± 1,0% em volume para óleo diesel B20 a B30. A norma EN 14078 deve
ser utilizada como referência.
(9) Aplicável somente para mistura de óleo diesel A com até 20% de biodiesel.
(10) Para óleo diesel BX a B20, somente os métodos NBR 9619 e ASTM D86 devem ser utilizados. O
método ASTM D1160 deve ser utilizado para óleo diesel B21 a B30, sendo neste caso os limites
"anotar" para as temperaturas de 10% e 50% recuperados.
(11) Limites conforme Tabela II.
(12) Deverá ser utilizada somente a versão da norma de 1998 ou 2008 (EN 12662:1998 ou EN
12662:2008)
(13) Limite requerido no momento e na temperatura do carregamento/bombeio do combustível pelo
distribuidor.
(14) Caso a condutividade elétrica medida seja inferior a 25 (pS/m) deverá ser dado destaque do
resultado no certificado da qualidade para que o distribuidor seja alertado quanto à adoção de
medidas de segurança.

Tabela II - Ponto de Entupimento de Filtro a Frio.

LIMITE MÁXIMO, ºC
UNIDADES DA FEDERAÇÃO
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
SP - MG - MS 12 12 12 7 3 3 3 3 7 9 9 12
GO/DF - MT - ES - RJ 12 12 12 10 5 5 5 8 8 10 12 12
PR - SC - RS 10 10 7 7 0 0 0 0 0 7 7 10

Fonte: http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll/leg/resolucoes_anp/2016/junho/ranp%2030%20-
%202016.xml?f=templates$fn=document-frameset.htm$q=%5Band%3Adiesel%20s10%5D%20$x=server$3.0#LPHit1

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Característica Especificação Método

Aspecto Líquido Visual

Color Index Solvente Red -

Cor Vermelho intenso Visual

Massa Específica a 20ºC, kg/m³ 990 a 1020 Picnômetro

Absorvância, 520 a 540 nm 0,600 - 0,650 (*)

(*) A Absorvância deve ser determinada em uma solução volumétrica de 20 mg/l do corante em
tolueno P.A., medida em célula de caminho ótico de 1 cm, na faixa especificada para o comprimento
de onda.
O aditivo antiestático deverá ser misturado ao corante vermelho em proporção tal que garanta a
mínima condutividade elétrica ao óleo diesel exigida pela especificação.

Fonte: http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=anp:10.1048/enu

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Para contatar o SAC Petrobras, o cliente pode


utilizar o telefone 0800 728 9001 ou enviar um
e-mail para sac@petrobras.com.br

Elaborado por:
Gerência Geral de Marketing – Marketign e Comercialização
Gerência de Desenvolvimento de Produtos

Versão maio/2019

Nota: referência adicional: “Cartilha Biodiesel CT AEA v18 de 04.10.2017”

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