Escola de Teologia das Assembleias de Deus no Brasil - ESTEADEB 1
A Medalha
O texto narra, a ação do próprio autor, que, quando menino, havia
conquistado uma medalha, na escola, como prêmio por ser um exímio leitor. Esse acontecimento, ainda mais para uma criança, gera uma intensa sensação de felicidade e orgulho. Entretanto, achou-se no direito de julgar às pessoas que não tiveram a mesma oportunidade de estudo que ele. Ao chegar em casa ele percebe que não sabe apenas ler melhor do que a velha empregada, como também descobre que uma pessoa bem mais velha do que ele, nem sequer sabia ler. No mesmo instante, corre para o escritório do pai, agora, não somente para dizer que havia ganho a medalha, e que por isso, se achava superior não só aos colegas da classe, como também a empregada da casa. O ponto chave da história, se dá quando o pai, em nenhum momento tira dele o mérito por ter recebido a medalha, mas, com calma e sabedoria, ensina- lhe uma lição que nunca mais ele iria esquecer: o fato de saber algo, não significa saber de tudo. Subtende-se que, a empregada poderia não saber ler, mas que sabia muita coisa na vida que o menino ainda precisava aprender, dentre eles o respeito. Que na vida não sabemos de tudo. Essa lição foi ensinada quando o pai pede para que seu filho leia um determinado livro escrito em chinês, idioma desconhecido do menino. Ao perceber o que fizera com a empregada Maria, o menino sente-se então envergonhado. E enfim, aprende a lição de que toda vez que se sentisse tentado a gabar-se por qualquer coisa que tenha feito, deveria se lembrar do quanto ainda lhe faltava aprender. Afinal, não sabia ler chinês. Isso faz lembrar do paradoxo socrático: “Só sei que nada sei”, onde Sócrates reconhece sua própria ignorância e negava o posto de professor ou grande sabedor de qualquer convencimento. Além do mais, no mundo existe um grande número de pessoas que sabem ler, mas que não sabem interpretar. São os chamados: Analfabetos Funcionais (é a incapacidade que uma pessoa demonstra ao não compreender textos simples. Não desenvolvem habilidades de interpretação de textos).
Língua Portuguesa II – Alunos: Carlos A. Elias e Maria Cristiane B. S. Elias