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Fernanda (slide 2, 3 e 11 )

Daiana (slide 4 ,10 e 15)

Ana Livia (slide 5 e 9)

Ana paula (slide 6, 12 e 13)

Bruna ( slide 7 e 14)

Daniele ( slide 8, 16 e 17 )

Diarreia viral bovina


Etiologia
O vírus da Diarréia Viral Bovina é um dos principais patógenos de bovinos e causa perdas
econômicas significativas para a pecuária bovina em todo o mundo. O BVDV pertence à família:
Flaviviridae, gênero: Pestivirus, que abriga outros dois vírus antigenicamente relacionados: o
vírus da Peste Suína Clássica e o vírus da Doença da Fronteira, de ovinos. Os pestivírus são
vírus pequenos (40-60nm), envelopados e contêm uma molécula de RNA linear, fita simples,
polaridade positiva, de aproximadamente 12,5kb como genoma. De acordo com a capacidade de
produzir citopatologia em cultivo celular, os isolados de BVDV podem ser classificados em
biótipos citopático [CP] e não-citopático [NCP]. A grande maioria dos vírus de campo são NCP;
amostras CP são isoladas quase que exclusivamente de animais acometidos da Doença das
Mucosas [DM], uma forma clínica severa da infecção.
O agente etiológico, Vírus da Diarréia Viral Bovina. O BVDV é reconhecido como causador de
diversas manifestações clínicas que vão desde infecções subclínicas a infecção aguda altamente
fatal, afetando principalmente o sistema reprodutivo (abortos, má formação, mumificação,
crescimento retardado), sistema respiratório, sistema digestivo, sistema circulatório (leucopenia,
trombocitopenia e síndrome hemorrágica) e sistema tegumentar quando a DM se instala num
animal PI.
Os isolados do BVDV apresentam uma grande variabilidade antigênica, sendo que dois grupos
antigênicos principais já foram identificados: BVDV tipo 1 e BVDV tipo 2.
Os vírus do genótipo BVDV-1 representam a maioria dos vírus vacinais e das cepas de
referência, enquanto os BVDV-2 foram identificados há pouco mais de uma década em surtos de
Diarréia Viral Bovina aguda severa e doença hemorrágica na América do Norte.
A infecção pelo BVDV tem sido associada a uma ampla variedade de manifestações clínicas:
desde infecções inaparentes ou com sinais leves até doença aguda fatal. No entanto, a maioria
das infecções em animais imunocompetentes parece cursar de forma subclínica. Enfermidade
gastroentérica aguda ou crônica, doença respiratória em bezerros, síndrome hemorrágica com
trombocitopenia, patologias cutâneas e imunossupressão estão entre as conseqüências mais
freqüentes da infecção pelo BVDV. Embora identificado originalmente de casos de doença
gastroentérica, e freqüentemente associado com esse tipo de patologia, o BVDV é um vírus
freqüentemente associado com fenômenos reprodutivos.
As consequências clínico-patológicas e epidemiológicas da infecção de fêmeas bovinas prenhes
são marcantes. Em muitos rebanhos onde a infecção é endêmica, falhas reprodutivas
representam os sinais mais evidentes - e por vezes, os únicos - da presença da infecção. A
infecção antes ou após a cobertura ou inseminação artificial pode resultar em perdas reprodutivas
como infertilidade temporária, retorno ao cio, mortalidade embrionária ou fetal, abortos ou
mumificação, malformações fetais ou o nascimento de bezerros fracos e inviáveis.
A infecção fetal entre os dias 40 e 120 de gestação com isolados NCP frequentemente resulta na
produção de bezerros imunotolerantes, persistentemente infectados [PI] com o vírus. Os bezerros
PI geralmente são soronegativos, podem ser clinicamente normais, e excretam o vírus
continuamente em grandes quantidades em secreções e excreções.
Nesses países, que são livres de Febre Aftosa, o BVDV é considerado o agente viral mais
importante de bovinos e tem sido alvo de numerosos estudos e de programas de controle e/ou
erradicação durante décadas.
Transitoriamente infectados: São animais que entram em contato com o vírus e eliminam o
vírus no ambiente por até 15 dias. Em animais não gestantes e com boa imunidade em 70% a
90% dos casos a infecção tem um aspecto subclínico. Nos animais gestantes podem ocorrer os
sintomas reprodutivos descritos acima.
Persistentemente infectados: São animais procedentes de mães que tiveram contato com o
vírus entre 40 a 120 dias de gestação. Nesta fase da gestação o sistema imune não se encontra
completamente desenvolvido podendo desencadear o surgimento de animais imunotolerantes ou
persistentemente infectados (PI). Estes animais são uma fonte importante de transmissão viral
para os animais susceptíveis, pois são eles os responsáveis pela manutenção do vírus no
rebanho. Calcula-se que mais de 95% das infecções pelo vírus da diarréia bovina vírus tenha
origem a partir de animais persistentemente infectados. A presença de animais PI altera
significativamente a dinâmica da infecção na população. A presença destes animais no rebanho
desencadeia uma epidemia de abortos em um determinado momento e, de acordo com o ciclo do
vírus, estes episódios passam a ser mais esporádicos com o passar do tempo. Muitos animais PI,
no entanto, não desenvolvem esta enfermidade e persistem por toda a vida infectada num estado
de viremia constante eliminando continuamente o vírus para o meio ambiente mesmo sem
nenhuma sintomatologia clínica.
As principais vias de eliminação do vírus são: secreções nasais, saliva, sangue, fezes e urina.
O vírus também já foi isolado a partir do sêmen, secreções uterinas e placenta. O vírus é
transmitido de forma horizontal através da ingestão ou inalação de partículas virais, através de
fômites e contato direto com seres humanos. A transmissão vertical pode ocorrer
transplacentariamente.
Em rebanhos onde os animais não tiveram nenhum contato prévio com o vírus, desprovidos de
qualquer tipo de imunização, podem ocorrer surtos esporádicos com altas taxas de aborto após a
infecção inicial.
Sinais Clínicos
Os sinais clínicos tiveram evolução de 3-10 dias e foram semelhantes em todos os surtos.
Depressão e corrimento nasal foram os achados mais frequentes. A temperatura retal variou de
40,0-42,5ºC, mas não foi aferida em todos os casos.
A infecção por este vírus pode manifestar-se de diversas maneiras:
 Sub-clínica: a maior parte das infecções com o BVDV (cerca 70 a 90%), não apresentam sinais
clínicos (febre discreta, leucopenia, produção de anticorpos neutralizantes).
 Aguda: os animais que apresentam esta forma são os imunocompetentes não PI com idade entre
6 a 24 meses, com um período de incubação de 5 a 7 dias, apresentando febre, anorexia,
descarga óculo-nasal, erosões e ulcerações na mucosa oral e diarréia.
 Aguda severa: neste caso há a ocorrência de um alto número de mortes súbitas em todas as
categorias, penumonia, febre e abortos (10 a 20%).
 Síndrome hemorrágica: trombocitopenia, diarréia sanguinolenta, hemorragia na superfície das
mucosas, febre, leucopenia e morte.
 Doença das mucosas (DM): tem manifestação esporádica, afetando menos de 5% do rebanho;
tem um período de incubação de 10 a 14 dias após a exposição à cepa CP. Os sinais
apresentados são febre bifásica, anorexia, taquicardia, polipnéia (respiração ofegante), queda na
produção e diarréia profusa, podendo ser sanguinolenta e fétida; as papilas orais podem
apresentar aspecto rombo, e podem surgir erosões na língua, palato, superfícies bucais e faringe.
Podem também apresentar lesões no espaço interdigital, tetos e vulva e também dermatite
generalizada.
Diagnostico
O diagnóstico pode ser firmado com base no exame clínico e nos achados de necropsia, pois o
diagnóstico definitivo requer de duas a três semanas. As técnicas laboratoriais disponíveis são:
sorologia, isolamento viral e detecção dos antígenos. O vírus pode ser isolado através de
secreções nasais, sangue, fezes, linfonodos e intestinos. O método indireto tem um baixo custo
sendo muito prático. Baseia-se na detecção de anticorpos contra o BVD no soro ou no leite dos
animais. O mesmo informa a titulação. Já o método direto baseia-se na detecção do BVD ou de
seus componentes (proteínas e ácidos nucléicos) e constituem a forma mais objetiva de
diagnóstico da infecção.
O material genético pode ser detectado por PCR, uma técnica sensível e específica.
As proteínas virais podem ser detectadas nos tecidos por anticorpos específicos para a BVD
marcados com uma tinta fluorescente (FATeste) ou uma enzima (imunohistoquímica).
Provavelmente o teste mais conveniente e meticuloso disponível hoje é o de imunohistoquímica,
através de uma biópsia de pele fixada com formalina. Este teste é o mais barato diagnóstico “ante
mortem” para detectar gado persistentemente infectado (PI) quando comparado com isolamento
de vírus.
Diagnostico diferencial
O BVDV deve ser diferenciado de etiologias que causam diarreia, erosões e/ou ulcerações no
tracto gastrointestinal, falhas reprodutivas, efeitos teratogénicos, patologias cutâneas,
subdesenvolvimento e patologias respiratórias. Estas etiologias incluem vários agentes
infecciosos, parasitas e toxinas.
O diagnóstico diferencial para doenças causadoras de diarreia nos animais adultos inclui
salmonelose, disenteria de inverno, doença de Johne, parasitismo gastrointestinal, febre catarral
maligna, intoxicação por arsénio, micotoxicoses e deficiência em cobre. Por sua vez, o
diagnóstico diferencial para doenças que causam lesões orais nos animais inclui a febre catarral
maligna, língua azul, estomatite vesicular, estomatite papular, febre aftosa e peste bovina.
O diagnóstico diferencial da doença bovina com lesões orais e diarreia incluem a infecção aguda
grave da BVD, peste bovina, febre catarral maligna bovina e doença das mucosas. As doenças
caracterizadas por lesões orais e que não apresentam diarreia são a febre aftosa, estomatite
vesicular e estomatite papular bovina. As doenças que provocam diarreia mas que não
apresentam lesões orais são a disenteria de inverno, salmonelose, doença de Johne,
parasitismos e deficiência em cobre.
O diagnóstico diferencial da infecção aguda do BVDV durante o período neonatal inclui outras
causas de diarreia em bovinos jovens, como infecções por rotavírus ou coronavírus,
criptosporidiose, infecção por Escherichia coli, salmonelose e coccidiose. Outras causas de
doenças respiratórias em vitelos também devem ser consideradas, tais como infecção com o
BRSV, Pasteurella spp., Mannheimia spp., Hemophilus spp., Salmonella spp. e Mycoplasma spp..
Os casos de doença das mucosas necessitam de diagnóstico diferencial especialmente da febre
aftosa, visto que fazem parte do complexo de doenças vesiculares e erosivas. Por seu turno, o
diagnóstico diferencial da forma trombocitopénica da infecção aguda pósnatal efectua-se em
relação a outras patologias hemorrágicas, como a intoxicação aguda por Pteridium aquilinum.
Prognóstico e Tratamento
No início do surto o prognóstico é reservado, pois não é possível avaliar a morbilidade, e quando
existem lesões das mucosas e desidratação é desfavorável, pois a evolução é rápida e causa alta
mortalidade. Assim, o prognóstico em casos graves com diarreia aquosa profusa e lesões orais é
desfavorável, podendo ser ponderado o abate do animal.
Os animais com BVD crónica devem ser refugados e destruídos. Nenhum tratamento específico
está disponível para animais que apresentem sinais clínicos da infecção com o BVDV. Os
proprietários devem ser informados que os animais gravemente doentes podem apresentar
doença das mucosas, o que é normalmente fatal. Os objetivos do tratamento em bovinos
suspeitos de infecção aguda são de apoio e prevenção de infecção bacteriana secundária.
São indicados agentes antimicrobianos de largo espectro, fluidoterapia, electrólitos suplementares
e vitaminas. Aos bovinos com evidências clínicas de hemorragia devido à trombocitopenia
podem-se efeituar transfusões de sangue total fresco, não devendo submeter estes animais a
procedimentos cirúrgicos; deve, também, controlar-se a população de insetos para evitar lesões
múltiplas que possam originar hemorragia.
Profilaxia e Controlo
O sucesso do controlo e prevenção do complexo BVD/MD depende da implementação de
programas de saúde adoptados para evitar a introdução de infecção na exploração, identificação
e eliminação de animais PI e vacinação de animais reprodutores.
Por ser ubiquitário, o controlo do BVDV pode efetuar-se tanto a nível do rebanho como a nível
nacional.
Remoção de animais PI: a detecção e eliminação de animais PI são componentes essenciais do
programa de controlo em explorações infectadas. A eliminação destes animais irá diminuir a
disseminação do agente e melhorar a saúde do rebanho. Uma das estratégias mais comuns para
identificar animais PI é a colheita de amostras de soro de todos os animais do rebanho com
idades superiores a 3 meses para isolamento do vírus através da técnica de imunoperoxidase.
Biossegurança: boas práticas de biossegurança são essenciais para o controlo e prevenção da
BVD. A introdução ou adição de animais, especialmente fêmeas prenhes, são a forma mais
comum para que o vírus se introduza em explorações de leite ou carne. A compra de novilhas,
vacas ou touros apresentam menor risco de introdução do BVDV na exploração quando estes
animais são testados de forma a assegurar que não estão persistentemente infectados, e quando
permanecem de quarentena por 30 dias antes da sua introdução na exploração. O período de
quarentena deve ser a base de todos os procedimentos de biossegurança, prevenindo a entrada
de infecções transitórias (agudas). Se forem compradas fêmeas prenhes, o feto deverá ser
tratado como um novo elemento a adicionar. Assim, antes de serem introduzidos no rebanho, a
fêmea gestante deve ser examinada para verificar o estado negativo de infecção persistente e o
vitelo deve ser testado ao nascimento para assegurar que não é PI.
Vacinação: a vacinação é utilizada para reduzir o risco de perdas quando o maneio preventivo
está comprometido. Uma estratégia importante para o controlo da doença é a vacinação de
fêmeas gestantes semanas antes do parto, estimulando a imunidade materna a fornecer proteção
ao vitelo por imunidade passiva, especialmente nos dois primeiros trimestres, correspondendo ao
período em que o feto está mais susceptível aos efeitos do vírus.
A vacinação de animais imunocompetentes que não têm infecções virais persistentes deve
fornecer proteção parcial ou total contra infecções fetais, abortos, nados-mortos, atraso no
crescimento intrauterino, defeitos congénitos e infecções persistentes nos animais acabados de
nascer. A proteção contra a infecção fetal varia, aproximadamente, entre 60% a 100%. Outro
objetivo de um programa vacinal é assegurar que todas as fêmeas gestantes possuam anticorpos
para o vírus antes de ficarem prenhes. A vacinação deverá ser efetuada pelo menos 3 semanas
antes da concepção, de modo a ficarem seropositivas para o BVDV.
Vacina bovela tm
A vacina protege contra os dois tipos de Diarreia Viral Bovina: A BVD Tipo 1 e a BVD Tipo 2. A
primeira é historicamente mais comum na Europa, com pelo menos 16 subtipos identificados.
BovelaTM promete uma revolução na luta contra a BVD no Brasil. “BovelaTM é a única vacina viva
contra a BVD disponível no mercado brasileiro atualmente e conta com a tecnologia exclusiva
L2D (Live Double Deleted – Viva Duplamente Deletada), fator essencial para o controle eficaz
desta doença silenciosa e traiçoeira que causa tantos prejuízos para a pecuária
brasileira.” explica Fernando Dambrós, médico veterinário e gerente de produtos da Boehringer
Ingelheim Saúde Animal.
Para evitar os prejuízos e a formação de animais PI, a vacina deve ser aplicada três semanas
antes da inseminação. “BovelaTM atua durante o período de gestação e pós-parto, melhorando os
indicadores reprodutivos e auxiliando na produtividade do rebanho como um todo, pois reduz a
incidência de pneumonias, descartes e mortalidade de vacas e bezerros”, ressalta Fernando
Dambrós.
Referencias
http://ppgca.evz.ufg.br/up/67/o/Hidelbrando_Ricardo_1c.pdf?1349116879
https://www.apcbrh.com.br/parlpr/diagnostico/bvd-e-ibr
http://www.scielo.br/pdf/pvb/v26n2/a10v26n2
https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/79093
https://www.infoescola.com/medicina-veterinaria/diarreia-viral-bovina/
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/N8s2CiIXa1DWf0q_2013-6-26-10-51-50.pdf
http://www.veterinaria.com.pt/media/DIR_27001/VPC-I-2-e6.pdf
http://www.folharondoniense.com.br/brasil-produtivo/boehringer-ingelheim-saude-animal-lanca-bovela-tm-nova-
aliada-no-combate-diarreia-viral-bovina-bvd/

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