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PÓS – GRADUAÇÃO

PROFESSOR: CÉSAR BINDER


NOME: PEDRO GONTIJO CARDOSO

RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO.

Questão 1) § 1º O agravo em recurso especial (AREsp) e o agravo em recurso


extraordinário (ARE) são recursos previstos no inciso VIII do art. 994 do NCPC,
instituído pela lei 13.105, de 16.03.2015. Tal agravo pode ser interposto por quem
teve recurso especial ou extraordinário inadmitido, seja parte, terceiro
prejudicado ou o Ministério Público, conforme NCPC, art. 996, caput e
parágrafo único. Nos termos do § 1º do art. 1.030 do NCPC (incluído pela lei
13.256, de 2016), da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento
no inciso V do mesmo art. 1.030, pelo presidente ou vice-presidente do tribunal
inferior (“tribunal de origem”), caberá agravo ao tribunal da instância superior,
regido pelo art. 1.042 do mesmo diploma legal (um agravo para cada recurso
inadmitido, conforme § 6º do art. 1.042, NCPC). Se a decisão admite o REsp ou
o RE, ela é irrecorrível, por ausência do interesse recursal da parte prejudicada,
já que tais recursos (REsp/RE) passarão, de todo modo, por novo juízo de
admissibilidade quando do ingresso dos autos no tribunal da instância superior.
§ 2º Do caput do art. 1.042 extrai-se que não cabe o agravo em recurso
especial, nem o agravo em recurso extraordinário, quando a decisão que nega
seguimento ao recurso especial ou ao recurso extraordinário estiver fundada
na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou
em julgamento de recursos repetitivos. § 3º No regime anterior, no julgamento
plenário da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento (AI) 760.358,1 firmou-
se o entendimento de que não seria cabível recurso para o STF contra a
aplicação do procedimento da repercussão geral nas instâncias de origem, a
não ser na hipótese em que houvesse expressa negativa da retratação
(CPC/73, art. 543-B, §§ 3º e 4º, incluídos pela lei 11.418, de 2006): “1. Não é cabível
agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do
disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de
repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação
no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está
exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos
autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em
que houver expressa negativa de retratação.. 4. Agravo de instrumento que se
converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem”. Então o
Novo CPC prevê, nas alíneas “a” e “b” do inciso I do art. 1.030, que, após
recebimento da petição do recurso (REsp e/ou RE) pela secretaria do tribunal,
o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze)
dias úteis, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-
presidente do tribunal recorrido, que deverá negar seguimento a recurso
extraordinário que discuta questão constitucional à qual o STF não tenha
reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário
interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do
STF exarado no regime de repercussão geral e a recurso extraordinário ou a
recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com
entendimento do STF ou do STJ, respectivamente, exarado no regime de
julgamento de recursos repetitivos (NCPC, arts. 1.036 a 1.041). Em sendo
negado seguimento ao RE e/ou ao REsp por um desses fundamentos, contra
referida decisão caberá agravo interno para o órgão colegiado do tribunal
inferior, que é recurso intra muros, nos termos do art. 1.021 c/c § 2º do art. 1.030
do NCPC, para realização do distinguishing.

Questão 2) Diante da expressa previsão legal de ser o agravo interno o recurso


cabível, na hipótese do § 2º do art. 1.030, NCPC, não é mais possível qualquer
raciocínio judicial de fungibilidade recursal, pois desapareceu a ambiguidade
que existia na legislação anterior, na qual amparou-se a decisão, de 2015, da
Corte Especial do STJ no AgRg no AREsp 260.033-PR, ao analisar o art. 544 do
CPC/73. Assim, a interposição do agravo do art. 1.042, em lugar do agravo
interno, atualmente, caracterizará erro grosseiro, que impede a aplicação do
princípio da fungibilidade. No STF, após julgamento da Questão de Ordem no
AI 760.358 e da Reclamação 7569, em 19/11/2009, esta passou a ser a data-
limite para a tolerância jurisprudencial. Agravo de instrumento contra decisão
que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,
alínea a, da Constituição da República. 2. O recurso extraordinário foi admitido
parcialmente por "considerar razoável a alegação de ofensa ao art. 192, § 3º,
revogado pela Emenda Constitucional 40/2003", e negou seguimento em relação
a alegada contrariedade ao art. 5º, inc. II e XXXVI, da Constituição da
República sob o fundamento de incidência da Súmula 282 do Supremo Tribunal
Federal 4. Registre-se, inicialmente, ter sido autuado neste Supremo Tribunal em
16.9.2011 o recurso extraordinário admitido parcialmente pelo Tribunal de
origem (RE 657.405), cujos autos foram devolvidos ao Tribunal de origem com
base no art. 543-B Código de Processo Civil, conforme despacho do então
Presidente deste Supremo Tribunal Federal, Ministro Cezar Peluzo. 5. Desse
modo, falta objeto ao agravo de instrumento, pois 'interposto o recurso
extraordinário por mais de um dos fundamentos indicados no art. 102, III, da
Constituição, a admissão apenas por um deles não prejudica o seu
conhecimento por qualquer dos outros" como dispõe as Súmulas 292 e 528 do
STF. Portanto Após ter o recurso de revista negado no segundo grau, a empresa
interpôs o Agravo de Instrumento, que é cabível, na Justiça do Trabalho, contra
decisão que nega seguimento a recursos como o ordinário, o de revista ou o
agravo de petição.

Questão 3) Qualquer que seja o conteúdo da decisão do relator, vale dizer, se,
por exemplo, não conhecer do recurso pela manifesta intempestividade, por
ausência de preparo, ou, ainda, se improvê-lo nos termos do artigo 932, inciso
IV, do Código de Processo Civil, por contrariar súmula do tribunais superiores,
pode ser ela atacada por meio de agravo interno, que deve ser interposto no
prazo de 15 dias (artigo 1.070 do CPC), a partir da intimação do ato decisório
proferido pelo relator. O agravo em recurso especial e em recurso
extraordinário no CPC/15), de acordo com o art. 1042: decisão relativa à
inadmissão de recurso extraordinário intempestivo sobrestado por força de
repercussão geral (art. 1035, §6º) ou sobrestado por força da sistemática de
recurso repetitivo (art. 103,§2º); quando o recurso extraordinário ou especial
tiver seu seguimento negado por errônea aplicação do precedente do STF
e/ou STJ (art. 1040, I) ou, quando, havendo erro na identificação da
repercussão geral, for negado seguimento a recurso extraordinário (Art. .035,
§8º e 1.039, parágrafo único.)”, caberá um agravo para cada respectiva
decisão de inadmissão de recurso especial e extraordinário. Ou seja, a parte
deverá interpor agravo contra a respectiva decisão que inadmitiu o recurso
especial e outro agravo contra a decisão que inadmitiu o recurso
extraordinário. No caso de interposição conjunta de ambos os agravos, os
autos serão remetidos primeiramente ao Superior Tribunal de Justiça. Após
concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça, os autos
serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do agravo a ele
dirigido, salvo se estiver prejudicado em razão do julgamento do primeiro
agravo dirigido ao Superior Tribunal de Justiça.

Questão 4) No âmbito do STJ, por sua vez, quando do julgamento, pela Corte
Especial, da Questão de Ordem no Agravo, firmou-se entendimento de que
“Não cabe agravo de instrumento contra decisão que nega seguimento a
recurso especial com base no art. 543, § 7º, inciso I, do CPC”. Os entendimentos
de STF e STJ, nesses casos, favoráveis ao trancamento do próprio agravo em
REsp ou RE, extraídos do regime processual anterior, agora ainda mais se
justificam, diante da expressa previsão legal de cabimento do agravo interno
na hipótese, no § 2º do art. 1.030 do Novo CPC. Interposto o agravo, o recorrido
será intimado para apresentar suas contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias,
conforme dispõe o art. 1.042, § 3º, do CPC. Após a apresentação, ou não, das
contrarrazões ao agravo, o Presidente ou Vice-Presidente poderá retratar-se e
desfazer a decisão de inadmissibilidade, determinando seja o recurso especial
ou extraordinário encaminhado ao tribunal superior.

Questão 5) O julgamento do agravo em recurso especial ou extraordinário,


realizado pelo relator em decisão monocrática, que não conhecer do agravo,
negar-lhe provimento ou decidir, desde logo, o recurso não admitido na
origem, caberá agravo interno para a turma, no prazo de quinze dias. Caso o
relator conheça do agravo em recurso especial ou extraordinário será
processado, na forma do Regimento interno do Tribunal, sendo julgado pelo
colegiado, admitindo-se a sustentação oral.

Questão 6) O recurso de embargos de divergência é cabível se ambos os


acórdãos tiverem julgado o mérito ou se um dos acórdãos não tiver sido
admitido, mas houver apreciado a controvérsia. Também serve para sanar
desarmonia tanto de direito material quanto de direito processual. Acontece
que os embargos não cabem se a decisão recorrida estiver em conformidade
com a jurisprudência já pacificada do tribunal, justamente porque a função do
recurso é a de pacificar a divergência entre os órgãos fracionários, impondo o
respeito à decisão dos órgãos internos superiores (Seções ou Corte Especial). Já
existindo jurisprudência pacífica, inócuos seriam os embargos de divergência.
Os embargos são cabíveis para a Seção correspondente ao qual se vinculam
as Turmas se a decisão embargada divergir de decisão da outra Turma
vinculada à mesma Seção (exemplo: 1ª e 2ª turmas – competência da 1ª
seção). E, também, se a decisão de uma Turma divergir de decisão de Seção
à qual se vincula a turma. Se a decisão embargada divergir de decisão de
turma vinculada a outra seção ou de decisão de outra Seção ou da Corte
Especial, a competência para os embargos será da Corte Especial.

Questão 7) Há o cabimento dos embargos de divergência em sede recurso


extraordinário, o STF considerou sua existência com suporte em seu regimento
interno, haja vista que com a promulgação da Constituição Federal, em 1988,
e, especialmente com a criação do STJ, foi editada a Lei 8.038/1990 que
implementou sob essa ótica, duas alterações relevantes, a saber: revogou
todos os dispositivos que dispunham a respeito do recurso extraordinário, com
a revogação do art. 546, e, disciplinou no art. 29 o cabimento dos embargos
de divergência no STJ. Portanto seria possível o cabimento de embargos de
divergência contra o acórdão proferido em sede de agravo interno
(regimental). Ou, contrariamente, devem ser interpretados literalmente os
incisos I e II do art. 546 do CPC/1973 que delimitam o cabimento contra decisão
de Turma em recurso especial, ou em recurso extraordinário.

Questão 8) Não é cabível, portanto, contra decisões tomadas em autos de


agravos, na linha da tendência jurisprudencial firmada já à luz do CPC de 19731.
Também não é cabível contra decisões monocráticas e em casos de
competência originária do Tribunal (já que o inciso IV do artigo 1.043 do novo
CPC foi revogado pela lei 13.256/16), do caput do art. 1.042 extrai-se que não
cabe o agravo em recurso especial, nem o agravo em recurso extraordinário,
quando a decisão que nega seguimento ao recurso especial ou ao recurso
extraordinário estiver fundada na aplicação de entendimento firmado em
regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos.

Questão 9) Como já mencionado no caput do art. 1.042 extrai-se que não cabe
o agravo em recurso especial, nem o agravo em recurso extraordinário,
quando a decisão que nega seguimento ao recurso especial ou ao recurso
extraordinário estiver fundada na aplicação de entendimento firmado em
regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. Deve
ser interposto o recurso de agravo interno para apreciação da matéria pelo
órgão colegiado competente do próprio tribunal inferior (“distinguishing
brasileiro”), quando o agravante terá o ônus de demonstrar a inaplicabilidade
do precedente ao caso concreto. § 3º No regime anterior, no julgamento
plenário da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento (AI) 760.358, firmou-
se o entendimento de que não seria cabível recurso para o STF contra a
aplicação do procedimento da repercussão geral nas instâncias de origem, a
não ser na hipótese em que houvesse expressa negativa da retratação
(CPC/73, art. 543-B, §§ 3º e 4º, incluídos pela lei 11.418, de 2006): “1. Não é cabível
agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do
disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de
repercussão geral. 2- Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de
retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal
de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria,
de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará,
nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.
Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido
pelo tribunal de origem”. Porém, o cabimento do Agravo Interno na (quase)
antiga sistemática vem disciplinado em, pelo menos, quatro dispositivos legais:
I) impugnação à decisão monocrática no julgamento de conflito de
competência (art. 120, § único). Porém, a divergência autorizadora dos
embargos pela nova legislação é tão ampla que o recurso é cabível mesmo
que o acórdão paradigma (base da divergência) seja da mesma Turma que
proferiu a decisão embargada, desde que a composição tenha sofrido
alteração substancial (em mais da metade dos seus membros), já que o
colegiado que proferiu uma e outra decisão não pode mais ser visto como o
mesmo. A divergência entre o acórdão a ser objeto dos embargos e o
paradigma (com o qual será feito o cotejo, a comparação) não basta ser
alegada, devendo ser comprovada. Isso para que seja possível a verificação
pelo órgão julgador da existência da divergência. Se a citação for de
repositório oficial onde apenas tenha sido publicada a ementa do julgado
paradigma, a verificação da divergência deve ser possível ser feita pelo
conteúdo da própria ementa. Por outro lado, se juntado ou reproduzido o
inteiro teor do julgado paradigma, a divergência pode estar na
fundamentação da decisão. Ademais, os casos cotejados (paradigma e
recorrido) devem ter partido das mesmas premissas as teses devem ter sido
construídas a partir das mesmas circunstâncias fáticas e jurídicas. Acórdãos que
não tenham partido das mesmas premissas não podem ser cotejados, já que o
objetivo do recurso é pacificar a jurisprudência interna das Cortes. Outra
exigência que deve ser cumprida pelo embargante é a realização do
chamado cotejo analítico. Não basta que seja apontado que um acórdão
divergiu de outro, devendo ser desenvolvida argumentação demonstrativa da
similitude dos casos e dos entendimentos em sentido opostos. Se os embargos
forem desprovidos ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior,
aproveita-se o recurso extraordinário já interposto (não sendo necessária sua
ratificação), pois não houve alteração do julgado anterior (tornando sem
objeto o primeiro recurso extraordinário interposto). Por outro lado, se houver a
reforma da decisão primeira (objeto dos embargos), o recurso extraordinário
interposto perde o objeto e outro deve ser interposto. Portanto o STF dispõe na
súmula 599 que "são incabíveis embargos de divergência de decisão de Turma
em agravo regimental".

Questão 10) Tratado no âmbito da competência do Superior Tribunal de


Justiça, cabe trazer o disposto nas súmulas 315 e 316, in verbis:
STJ - Súmula 315 - Não cabem embargos de divergência no âmbito do agravo
de instrumento que não admite recurso especial.
STJ - Súmula 316 - Cabem embargos de divergência contra acórdão que, em
agravo regimental, decide recurso especial.
Do acima exposto, arrebata-se que não cabem os embargos de divergência,
contra acórdão que não ataca matéria de mérito lançada no recurso especial.
Ou seja: contra decisão proferida em agravo regimental no agravo de
instrumento, quando não há exame meritório do recurso especial, ora
inadmitido na origem, não cabem embargos de divergência. Assim sendo,
caberiam embargos de divergência, contra acórdão nascido em agravo
interno eventualmente interposto, no caso de o Relator, monocraticamente,
julgar o mérito do recurso especial, conforme o art. 932 do NCPC. Dessa forma,
é preciso analisar a gênese do acórdão embargado, no caso de o
jurisdicionado optar pela interposição dos embargos de divergência, no
âmbito do Superior Tribunal de Justiça.

Questão 11) Para que um recurso de embargos seja conhecido por óbice de
súmula de caráter processual, a divergência apresentada não pode ser
genérica: deve indicar que a mesma súmula processual não pode ser óbice ao
conhecimento do recurso, ou seja, demonstrar uma tese especificamente
contrária à decisão.

Questão 12) o legislador preocupou-se em especificar que mesmo decisões de


não conhecimento de recurso podem ser cotejadas com outras de mérito. Isso
porque, notadamente nos casos de não conhecimento por ausência de
violação legal (constitucional ou infraconstitucional), pode haver sido
apreciado o mérito da controvérsia. O recurso é cabível contra decisões
colegiadas em recursos extraordinários e em recursos especiais. Não é cabível,
portanto, contra decisões tomadas em autos de agravos, na linha da
tendência jurisprudencial firmada já à luz do CPC de 19731. Também não é
cabível contra decisões monocráticas e em casos de competência originária
do Tribunal (já que o inciso IV do artigo 1.043 do novo CPC foi revogado pela
lei 13.256/16).

Questão 13) A divergência pode ser julgada por qualquer outro órgão do
tribunal ou turma, sessão, Corte Especial ou pleno, no caso do STJ, e turma ou
pleno no caso do STF. Onde há órgãos com competências materiais diversas,
de se ressaltar que podem ser cotejadas decisões ainda que as competências
dos órgãos julgadores sejam distintas. Não pode ser, todavia, entre um acórdão
e uma decisão monocrática (até porque a decisão monocrática é proferida
por delegação e pode ser reformada pelo colegiado).

Questão 14) A Seção correspondente ao qual se vinculam as Turmas se a


decisão embargada divergir de decisão da outra Turma vinculada à mesma
Seção (exemplo: 1ª e 2ª turmas – competência da 1ª seção). E, também, se a
decisão de uma Turma divergir de decisão de Seção à qual se vincula a turma.
Se a decisão embargada divergir de decisão de turma vinculada a outra seção
ou de decisão de outra Seção ou da Corte Especial, a competência para os
embargos será da Corte Especial.
Questão 15) Se os embargos não forem admitidos pelo relator (quando
intempestivos, contrariarem súmula do tribunal ou não comprovada a
divergência jurisprudencial), cabível agravo regimental para o colegiado, que
independe de pauta (pode ser levado em mesa a qualquer tempo). Ao julgar
o agravo, não sendo caso de desprovimento, o colegiado poderá desde logo
julgar o recurso principal (embargos indeferidos pelo relator) ou apenas mandar
processar os embargos para melhor julgamento. São cabíveis os seguintes
recursos: agravo interno e embargos de divergência. O julgamento dos
embargos de divergência obedecerá ao procedimento estabelecido no
regimento interno do STF ou STJ interrompe o prazo para a interposição do
recurso extraordinário por qualquer das partes. O principal objetivo desse
recurso é eliminar uma divergência interna das Cortes Superiores e, enfim,
afastar um conflito de entendimento na jurisprudência interna de tribunal
superior.

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