Você está na página 1de 31

KARINA SAMPAIO DE CARVALHO

POSSÍVEIS IMPACTOS CAUSADOS PELA


TECNOLOGIA NO INDIVÍDUO EM FORMAÇÃO.

Caraguatatuba /SP

2019
SUMÁRIO:

INTRODUÇÃO ....................................................................................... 04
1- METODOLOGIA .............................................................................. 05
1.1- Formulação das hipóteses da pesquisa ........................................ 04
1.2- Método da pesquisa ...................................................................... 04
1.3- Tipo de pesquisa ........................................................................... 04
1.4- Natureza da pesquisa .................................................................... 04
1.5- Objetivo do método da pesquisa ................................................... 04
1.6- Classificação da pesquisa ............................................................. 04
1.7- Problema ....................................................................................... 04
2- TECNOLOGIA E SOCIEDADE .......................................................... 05
2.1- Da Cultura de Massas à Cultura Digital ...................................... 06
2.2- Tecnologia na educação formal .................................................. 06
2.3- Tecnologia e socialização ........................................................... 06
3- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 09
LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS:

Gráfico 01: ................................................................................................ 30


Gráfico 02: ........................................................................................................ 59
Tabela 01: ......................................................................................................... 60
Gráfico 03: ......................................................................................................... 65
Tabela 02: ......................................................................................................... 67
1

INTRODUÇÃO:

Esta pesquisa visa analisar a influência comportamental que as


tecnologias de informação digital têm oferecido às novas gerações do Brasil,
tendo como foco uma visão psicológica sobre a questão dessa influência, bem
como analisar como se dará o trabalho do psicólogo diante essa evolução
constante na vida da sociedade como um todo.

São diferentes questões que se relacionam à complexa relação entre


tecnologia, sociedade e educação, privilegiando discussões e perspectivas
interdisciplinares. Assim sendo, a proposta do estudo é de oferecer uma
diversidade de discussões que permita um olhar sobre questões de cultura
digital, tecnologias e práticas sociais mediadas por tecnologias.

Para tanto, esta pesquisa utilizou uma metodologia de caráter qualitativo


sobre o artigo e periódicos atualizados e disponíveis que tenham como foco
epistemológico a problemática do tema em estudo. Senso assim, este trabalho
se dividirá em capítulos para um melhor delineamento do estudo, para que seja
sistêmico e objetivo no que se propõe a analisar.

Dessa forma, no primeiro capítulo será descrito o método utilizado, para


que se obtenha um percurso metodológico durante a construção deste
trabalho. No segundo capítulo se dará a fundamentação teórica sobre a
temática.
2

1- METODOLOGIA:

Metodologia é uma ciência, a qual estuda os métodos utilizados no


processo de desenvolvimento da construção do conhecimento, que, conforme
o autor Sérgio Francisco Costa explica, “é uma disciplina que se relaciona com
a epistemologia e consiste em estudar e avaliar os vários modelos disponíveis,
identificando suas limitações ou não no âmbito das implicações de suas
aplicações” 1.

Assim, continuando com o referido autor, compreende-se que método é


o caminho a ser trilhado pelo pesquisador, desde sua inicial elaboração de
suas hipóteses, quanto ao final diante aos resultados conclusivos, ou seja, é
uma sequência de etapas que serão vivenciadas de forma sistematizada na
busca da verdade 2.

1.1- Formulação das hipóteses da pesquisa:

Seguindo nesse sentido, a pesquisa se beneficia do método de


racionalismo crítico, que segundo os autores Alves-Mazzotti e
Gewandsznajder, esse método foi criado pelo filósofo Karl Popper, o qual
ensina que “a busca do conhecimento se inicia com formulações de hipóteses
que procuram resolver problemas e continua com tentativas de refutação

1 COSTA, Sérgio Francisco. Método Científico: os Caminhos da Investigação. São Paulo:


HARBRA. 2001, p. 04.
2 COSTA; 2001, p. 46.
3

dessas hipóteses, através de testes que envolvam observações ou


experimentos” 3.

Dessa forma, as hipóteses para este construto serão:

a) Há constatação de que a realidade tecnológica é um fenômeno


emergente, principalmente na vida das novas gerações,
carecendo assim ser conhecido e estudado pelos profissionais de
Psicologia.
b) É imprescindível que os profissionais de Psicologia conheçam as
interferências desta nova realidade na subjetividade humana,
objetivando pautar sua atuação de forma consistente, responsável
e adequada às mudanças contemporâneas e futuras.

Verifica-se, por tanto, que as hipóteses acima são de caráter plausível,


pois segundo o professor Carlos Fernando Jung leciona que tais hipóteses:

São hipóteses que se inter-relacionam de forma consistente com as


teorias existentes. As hipóteses plausíveis são produto da dedução
lógica do conhecimento científico aceito. As proposições plausíveis
devem possuir fundamento, no entanto, devem apresentar
características que ainda não podem ser totalmente verificadas 4.

Assim, esta pesquisa terá como premissa básica o racionalismo crítico


por falseabilidade, ou seja, a compreensão de que, para uma teoria ser
considerada científica, ela deve ser refutável, isto é, passível de ser
desconfirmada. O raciocínio dessa linha de pensamento é o chamado
hipotético-dedutivo, que discutiremos abaixo no método científico definido.

1.2- Método da pesquisa:

3 ALVES-MAZZOTTI, A. J; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais e


sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 4ª reimpr. 2ª. Ed. de 1999. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning. 2004, p. 15.
4 JUNG, Carlos Fernando. Metodologia Científica e Tecnológica. Edição 2009, p. 14.

Material para Fins Didáticos – Distribuição Gratuita.


4

O método que se pretende utilizar nesse construto é o método hipotético


dedutivo, o qual se fundamentará em uma hipótese sobre como se dá o
fenômeno da tecnologia digital no cotidiano das crianças e jovens do século
XXI do Brasil.

A hipótese deste construto será delimitada por meio da fundamentação


teórica, na observância do desenvolvimento da sociedade, o qual proporcionou
conquistas evolutivas para a sociedade. Sabe-se que os movimentos sociais
históricos demonstraram serem pontos importantes para a continuidade desse
desenvolvimento, haja vista que na antiguidade os filósofos faziam o
compartilhamento do conhecimento em praça pública, por acharem que o
homem não deva permanecer na ignorância.

Sócrates foi um desses filósofos que indagou e surpreendeu a todos


com seus questionamentos, pois seu método, conhecido como ‘método de
maiêutica’, não consistia em enunciar teorias e sim em fazer perguntas,
analisando as respostas de maneira que o próprio ser conseguisse chegar à
verdade ou à contradição, de forma sistêmica. Conforme aduz a autora
Marilena Chaui:

Sócrates apenas perguntava sobre ideias e valores dos quais os


gregos acreditavam e julgavam conhecer, pois suas perguntas
deixavam os interlocutores embaraçados, irritados, e/ou curiosos,
pois, quando tentavam responderão célebre “o que é?” descobriam,
surpresos, que não sabiam responder e que nunca tinham pensado
em suas crenças, seus valores e suas ideias 5.

A maiêutica consiste em fazer perguntas e analisar as respostas de


maneira sistêmica, de modo que se chegue à verdade ou à contradição do
enunciado. Este método busca estimular o pensamento a partir daquilo que
não se conhecem, ou seja, pela ignorância. Daí a famosa frase de Sócrates:
“eu só sei que nada sei”.

Assim, pode-se afirmar que este estudo se apropriou desses


conhecimentos literários pesquisados para entender e justificar a importância
temática. Segundo as autoras Marina de Andrade Marconi e Eva Maria
Lakatos, o método hipotético-dedutivo surgiu na ciência com Sir Karl Raymund

5CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo. Editora Ática S.A. 5ª Edição. 1995, pp. 37-
38.
5

Popper. Elas ainda aduzem que “esse autor foi grande crítico do indutivismo e
propôs um método que visava a superara dualidade entre indutivismo versus
dedutivismo, ou melhor, entre empirismo versus racionalismo, até então
existente na ciência” 6.

Esse método hipotético-dedutivo de Popper veio a propor a superação


do racionalismo e do empirismo puros. Continuando com as autoras referidas,
esse o método pode ser chamado também de “método de tentativas e
eliminação de erros” 7.

De acordo com os autores Pacheco, Pereira e Pereira Filho, o método


dedutivo “é o processo de raciocínio em que se parte de teoria e leis no
predizer a ocorrência de fenômenos específicos do objeto de estudo, ou seja,
do geral para o particular e com o objetivo de explicar o conteúdo das
premissas de pesquisa” 8. A dedução tem como base a teoria dos silogismos,
conforme explica o autor Mattar: “Todo homem é mortal. Sócrates é homem.
Portanto, Sócrates é mortal. Nesse método, partimos do conhecido para o
desconhecido” 9.

Assim, entende-se que esse método hipotético-dedutivo consiste em “se


perceber problemas, lacunas ou contradições no conhecimento prévio ou em
teorias existentes” 10. Depois de formulado o problema desenvolve-se
conjecturas, soluções ou hipóteses, para serem testadas no que Popper
chamava de técnica de falseamento. O falseamento popperiano 11 é o resultado
de uma definição entre o que ainda é aceito como correto cientificamente e o
que já não possui este mesmo crédito.

Como resultado dessa experimentação ou análise, podem-se avaliar as


conjecturas, soluções ou hipóteses, as quais, ainda, podem ser reputas ou
corroboradas. Karl Popper explica que:
6 MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 5ª Ed. V. 04.
São Paulo: Atlas. 2010, p. 73.
7 MARCONI, LAKATOS; 2010, p. 73.
8 PACHECO JÚNIOR, W; PEREIRA, V. L. D. V; PEREIRA FILHO, H. V. Pesquisa científica

sem tropeços: abordagem sistêmica. São Paulo: Editora Atlas. 2007, pp. 78-83.
9 MATTAR, J. Metodologia científica na era da informática. 3ªEd. São Paulo: Saraiva. 2008,

p. 47.
10 MARCONI, LAKATOS; 2010, p. 73.
11 POPPER, K. In search of a better world: Lectures and essays from thirty years. 2ª. ed.

revista e atualizada. London: Routledge, 1994.


6

[...] se tentarmos considerar sua verdade (do princípio da indução)


como decorrente da experiência, surgirão de novo os mesmos
problemas que levaram à sua formulação. Para justificá-lo, teremos
de recorrer a inferências indutivas e, para justificar estas, teremos de
admitir um princípio indutivo de ordem mais elevada, e assim por
diante. [...] a tentativa de alicerçar o princípio da indução na
experiência malogra, pois conduz a uma regressão infinita 12.

O método hipotético-dedutivo, portanto, de acordo com Cruz e Ribeiro,


“se inicia por uma percepção de uma lacuna nos conhecimentos, acerca da
qual se formular hipóteses e, pelo processo de inferência dedutiva, testa a
predição da ocorrência de fenômenos abrangidos pela hipótese” 13. De acordo
com o autor Antônio Carlos Gil:

[...] o raciocínio nesse caso é que o conhecimento relativo a leis e


teorias não é universal, fazendo-se necessário, então, que hipóteses
sejam formuladas e testadas, através do método de dedução, com o
objetivo de mostrar a ‘falseabilidade teórica’ dessas leis e teorias 14.

Sobre o método indutivo, como observam os autores Cruz e Ribeiro:

[...] baseia-se na generalização de propriedades comuns a certo


número de casos, até agora observados, a todas as ocorrências de
fatos similares que se verificarão no futuro. Assim, o grau de
confirmação dos enunciados traduzidos depende das evidências
ocorrentes 15.

Dessa forma, no método indutivo, procede-se de maneira inversa ao


dedutivo, parte-se do particular ou específico para o geral, sendo que é por
meio de evidências encontradas sobre o objeto de estudo que leis e teorias são
então formuladas.

1.3- Tipo de pesquisa:

12 POPPER, K. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix. 2001, p. 29.


13 CRUZ, C; RIBEIRO, U. Metodologia científica: teoria e prática. Rio de Janeiro: Axcel
Books do Brasil. 2003, p. 33.
14 GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5ª ed. São Paulo: Atlas. 2010,

p. 35.
15
CRUZ, RIBEIRO; 2003, p. 34.
7

Este trabalho será desenvolvido se utilizando de uma metodologia do


tipo qualitativa, com caráter do método de revisão literária e referenciando com
as legislações pertinentes à temática, bem como se fundamentando em
conceitos de autores já consagrados. Portanto, a pesquisa em construção se
beneficiará do método de revisão bibliográfica, pois realizou um levantamento
teórico dos conceitos, funções e importância sobre educação psicológica dos
meios tecnológicos na vida contemporânea dessa nova geração digital, se
utilizando de autores atualizados às tendências administrativas e legislativas
dos tempos atuais.

A revisão histórica se dará por meio de artigos e notícia de fácil


disponibilização com o intuito de averiguar a importância que se dá à temática
pesquisada. A pesquisa se classifica como descritiva, pois será descrito a
situação comportamental das crianças e jovens diante do uso das novas
tecnologias e a absorção dos conhecimentos de fácil aceso que essas
tecnologias proporcionam. Segundo o autor Andrade, “nesse tipo de pesquisa,
os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados,
sem que o pesquisador interfira neles” 16.

Em termos da pesquisa descritiva, pode-se dizer que, segundo o autor


Antônio Carlos Gil, ela objetiva “a descrição das características de determinada
população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre
variáveis” 17.

Continuando com o autor Antônio Carlos Gil, seriam exemplos de


pesquisas descritivas aquelas que envolvem o levantamento de opiniões,
atitudes e crenças de uma determinada população, e também as pesquisas
que envolvem o estudo das características de um determinado grupo, como por
exemplo, sua distribuição por sexo, idade, nível de escolaridade, entre outras.
Normalmente, a pesquisa descritiva toma a forma de levantamento.

Segundo os ensinamentos dos autores Alves-Mazzotti e


Gewandsznajder, a pesquisa qualitativa é aquela na qual “a ênfase recai sobre

16 ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico. 7ª ed. São Paulo:


Atlas. 2010, p. 124.
17 GIL; 2010, p. 42.
8

a compreensão das intenções e do significado dos atos humanos” 18. Estes


autores ainda argumentam que “a pesquisa qualitativa tem três características
principais” 19, das quais, completam os autores:

[...] visão holística, abordagem indutiva e investigação naturalística. A


parte do princípio de que a compreensão do significado de um
comportamento ou evento só é possível em função da compreensão
das inter-relações que emergem de um dado contexto. A abordagem
indutiva pode ser definida como aquela em que o pesquisador parte
de observações mais livres, deixando que dimensões e categorias de
interesse emirjam progressivamente durante os processos de coleta e
análise de dados 20.

Com uma abordagem do problema qualitativo, o estudo se utilizou de


literaturas por meio de uma análise por meio do estado da arte. Para o autor
Oliveira, a pesquisa qualitativa “difere da quantitativa pelo fato de não
empregar dados estatísticos como centro do processo de análise de um
problema” 21.

Para o autor Chizzoti a abordagem qualitativa “[...] parte do fundamento


de que há uma interdependência viva entre o sujeito e o objeto, um vínculo
indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito” 22.

1.4- Natureza da pesquisa:

A pesquisa terá a intervenção naturalística, que é aquela em que cujo


pesquisador, no contexto, observa as dedutivas de forma a reduzi-la ao
mínimo. Corroborando nesse contexto, e em conformidade com o autor Günter,
a pesquisa qualitativa tem uma grande flexibilidade e também é adaptabilidade,

18 ALVES-MAZZOTTI, GEWANDSZNAJDER; 2004, p. 146.


19 ALVES-MAZZOTTI, GEWANDSZNAJDER; 2004, p. 131.
20 ALVES-MAZZOTTI, GEWANDSZNAJDER; 2004, p. 131.
21 OLIVEIRA, S. L. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, TCC,

monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2002, p. 116.
22 CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Ed. Cortez. 1995, p.

78.
9

uma vez que “ao invés de utilizar instrumentos e procedimentos padronizados,


[...] considera cada problema objeto de uma pesquisa específica para a qual
são necessários instrumentos e procedimentos específicos” 23.

Dessa forma, a classificação da pesquisa, do ponto de vista de sua


natureza, se resume em uma pesquisa básica, já que se pretende fazer uso do
estudo durante os contatos profissionais na área, sabendo que o trabalho irá
proporcionar tais encontros, o que irá colaborar com a especialização do leitor
em sua carreira. Neste estudo a pesquisa será aplicada pela necessidade de
coletas de dados e com a vivência que esta coleta irá oportunizar para este
construto, pois, segundo o autor Antônio Carlos Gil, a pesquisa aplicada “é
voltada à aquisição de conhecimentos com vistas à aplicação numa situação
de pesquisa específica” 24.

Pela pesquisa ser de natureza básica pura serão analisados os dados


coletados em artigos e notícias atuais, com o objetivo de observar como se fez
e como se fará uma educação igualitária e de fato inclusiva a todos, visando o
futuro digital em ascensão em todos os ramos de atuação nos dias de hoje.
Segundo a autora Sylvia Constant Vergara:

[...] a pesquisa pura é motivada basicamente pela curiosidade


intelectual do pesquisador e situada, sobretudo no nível da
especulação 25.

Completando com os entendimentos do autor Araújo, a pesquisa básica


pura tem como objetivo principal a geração de novos conhecimentos, sem que
haja preocupação com a aplicação prática ou imediata dos resultados 26.

1.5- Objetivo do método da pesquisa:

23 GÜNTER, H. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão?


Psicologia: Teoria e Pesquisa, Vol. 22 nº 02. 2006, p. 204.
24 GIL; 2010, p. 27.
25 VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 2ª ed.

São Paulo: Atlas. 1998, p. 45.


26 ARAÚJO, D. A. C. Pesquisa em educação: a superação do dualismo quantidade-

qualidade. Anais do V SCIENTCULT- Simpósio Científico Cultural, realizado de 17 a 20 de


setembro de 2008, na Unidade Universitária de Paranaíba / UEMS. 2008, p. 24.
10

A pesquisa tem como objetivo de seguir pelo método exploratório,


principalmente em familiarizar o pesquisador com o objeto de estudo,
normalmente, envolvendo um assunto ainda pouco conhecido, para que ele
possa então melhor delimitar o problema e formular as hipóteses e/ou questões
de pesquisa com mais precisão. O autor Antônio Carlos Gil observa que, em
geral, a pesquisa exploratória assume a forma de pesquisa bibliográfica ou de
estudo de caso.

O estudo terá como critérios de exclusão os artigos e/ou notícias


arquivados em línguas estrangeiras, para facilitar o filtro da pesquisa; trabalhos
que não tiverem metodologia bem clara e referências duvidosas, e/ou
desatualizada. As palavras chaves que serão utilizadas serão: educação digital;
influências comportamentais advindas da tecnologia; e o trabalho da psicologia
na era digital.

1.6- Classificação da pesquisa:

Uma pesquisa científica pode ser classificada em ciências formais e


ciências empíricas. De acordo com o autor Mattar, as ciências formais são
aquelas que se denominam de puras, e estas “estudam basicamente os
números e as formas de raciocínio” 27, não se atendo ao estudo do real ou
empírico, e teriam como método principal a demonstração, como no caso da
lógica e da matemática. Já as ciências empíricas, continuando com o autor
referido, são as que “tratam da natureza e do ser humano, e teriam como

27 MATTAR; 2008, p. 31.


11

método de estudo a sensação e a observação” 28, sendo que essas ciências as


naturais e humanas.

Nesse sentido, o autor Antônio Carlos Gil ressalta que:

As pesquisas podem ser classificadas de diferentes maneiras. Mas


para que esta classificação seja coerente, é necessário definir
previamente o critério adotado para classificação. Assim, é possível
estabelecer múltiplos sistemas de classificação e defini-las segundo a
área de conhecimento, a finalidade, o nível de explicação e os
métodos adotados 29.

1.7- Problema:

O instrumento de coleta, bem como a análise dos dados se dará


mediante a utilização da técnica de análise documental a partir das literaturas
que tenham como foco epistemológico a educação digital com foco psicológico
comportamental de crianças e jovens, haja vista a influência que a tecnologia
exerce à essa sociedade moderna e digital. Segundo Andrade, “a pesquisa
documental é aquela baseada em documentos primários e originais referente
ao fenômeno investigado” 30.

O autor Carlos Fernando Jung ressalta que a principal diferença entre a


pesquisa bibliográfica e a documental está:

[...] na natureza das fontes de pesquisa: enquanto que na pesquisa


bibliográfica utilizamos relatos de pesquisas anteriores sobre o
assunto que queremos investigar, ou seja, nos baseamos naquilo que
os autores que escolhemos escreveram sobre esse assunto, na
pesquisa documental, baseamo-nos em documentos originais 31.

O referido autor ressalta que a principal diferença entre a pesquisa


bibliográfica e a documental está:

28 MATTAR; 2008, p. 31.


29 GIL; 2010, p. 25.
30 ANDRADE; 2010, p. 117.
31 JUNG; 2009, p. 59.
12

[...] na natureza das fontes de pesquisa: enquanto que na


pesquisa bibliográfica utilizamos relatos de pesquisas anteriores
sobre o assunto que queremos investigar, ou seja, nos baseamos
naquilo que os autores que escolhemos escreveram sobre esse
assunto, na pesquisa documental, baseamo-nos em documentos
originais 32.

Assim delimitado, esta pesquisa se utilizará das literaturas já


disponíveis, objetivando comparar os entendimentos literários à essa nova
realidade junto ao novo conceito do trabalho da psicologia. Definindo dessa
forma as etapas acima, buscará observar, conforme a sugestão dos autores
Ilse Maria Beuren e Fabiano Mauty Raupp, por uma tipologia de delineamento
de pesquisa agrupadas em três grupos: “quanto aos objetivos, quanto aos
procedimentos e quanto à abordagem do problema” 33.

Os estudos que se propõem a constituir uma história da infância vêm


contribuindo para uma reflexão que problematiza a concepção de criança, a
qual já foi figura secundária, saindo da obscuridade e adquirido, notadamente
na contemporaneidade, cada vez mais visibilidade social. Assim, pretende-se
focar na criança como sendo um sujeito que ativamente se insere no mundo
tecnológico e a partir dele elabora referências pessoais e socioculturais.

Ao se compreender a infância como sendo uma etapa da vida humana


e as crianças como sujeitos em interação constante com o meio em que se
inserem, o problema de pesquisa parte dos seguintes questionamentos: Qual é
a concepção de criança para a sociedade contemporânea? Como ser criança
diante uma sociedade marcada pelas tecnologias? Qual a influência do uso da
tecnologia digital da informação no conhecimento de senso comum que hoje se
tem de criança?

Essas reflexões surgiram a partir da observação de que, desde


pequenas, as crianças demonstram facilidade em conviver com as tecnologias,
as quais são vistas como transformadoras das ações e comportamentos das
crianças

32JUNG; 2009, p. 59.


33 BEUREN, Ilse Maria; RAUPP, Fabiano Mauty. Metodologia da pesquisa aplicável às
ciências sociais. In: BEUREN, Ilsen Maria (org). Como elaborar trabalhos monográficos em
contabilidade: teoria e prática. 3ª ed. São Paulo: Atlas. 2003, p. 78.
13

2- TECNOLOGIA E SOCIEDADE:

Observar na história como a sociedade contemporânea evidencia a


presença da tecnologia nota-se sua influência no comportamento humano e no
saber social. Esse constante desenvolvimento tecnológico envolve globalmente
todos os setores sociais, operando mediador, se impondo também nas
relações das pessoas, modificando as formas comunicativas a media que vão
evoluindo.

Nesse sentido, o autor Vani Moreira Kenski acredita que “as tecnologias
são tão antigas quanto à espécie humana, em que o ser humano, desde que
existe, cria formas para facilitar suas atividades, diminuindo suas fragilidades”
34, e se distinguindo de qualquer outro animal.

Os elementos da natureza como a água, o fogo, fósseis, entre outros,


foram os primeiros recursos tecnológico utilizado pelo homem, contudo, como
decorrer do tempo esses recursos, que eram usados para que eles pudessem
se defender, passaram a ser usados com finalidades de ataques e posses de
território.

Após a Segunda Guerra Mundial, a história relata que houve uma


Guerra Fria, época quando a tecnologia teve um grande avanço devido à
disputa entre os Estados Unidos e a União Soviética, desenvolvendo muitas
inovações tecnológicas para esse tempo histórico de acordo com suas
necessidades. Entende-se, portanto, que a evolução social está diretamente
ligada a esse desenvolvimento tecnológico ocorrido, porém, alterando
gradualmente o comportamento da sociedade.

A nova sociedade tecnológica do século XXI é marcada pelas


Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), que alteram o cotidiano das

34KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 8ª ed.


Campinas (SP): Papirus. 2012, p. 15.
14

pessoas, modifica o seu modo de viver, de trabalhar, de informar e de


comunicar com outras pessoas. Esta transformação influenciou a mudança das
paisagens e a caracterização da atual sociedade capitalista, pois tecnologia
não se restringe apenas aos novos usos de determinados equipamentos e
técnicas. Segundo explica o autor Vani Moreira Kenski que:

A ampliação e a banalização do uso de tecnologia impõem-se


à cultura existente e transformam não apenas o comportamento
individual, mas o de todo o grupo social. A descoberta da roda, por
exemplo, transformou radicalmente as formas de deslocamento,
redefiniu a produção, a comercialização e a estocagem de produtos e
deu origem a inúmeras outras descobertas 35.

Acreditar que tecnologia se remete a qualquer tipo de máquinas e


equipamentos é contraditório ao que a expressão ‘tecnologia’ realmente
significa, haja vista que esta é muito mais do que meramente máquinas e
equipamentos. Corroborando nesse sentido, o autor Vani Moreira Kenski, aduz
que, “o conceito de tecnologias engloba a totalidade de coisas que a
engenhosidade do cérebro humano conseguiu criar em todas com suas formas
de uso e aplicações” 36, o que consta que os vínculos de conhecimento estão
presentes em todos os tipos de relações sociais, pois as tecnologias estão
presentes em todo lugar e em todo momento, realizando uma integração com
as nossas vidas e possibilitando nossa vida cotidiana.

A partir do século XX surgiram as tecnologias digitais, caracterizadas por


um conjunto de tecnologias que trabalham com sistemas binários,
revolucionando a indústria, a economia e a sociedade. Tais tecnologias
crescem de forma desenfreada em todos os âmbitos sociais, fazendo parte
integral da vida humana, principalmente dos que já nascem em um mundo em
que as tecnologias digitais são instrumentos fundamentais, como no século
XXI.

Essas inovações transformaram o perfil comportamental das crianças a


partir de 1990, e, nos tempos atuais, as crianças conseguem fazer várias
coisas ao mesmo tempo, se comportando de forma inquieta, pois possuem
necessidade de serem ativas, participativas e saber interagir com a sociedade
a qual vive.

35 KENSKI; 2012, p. 21.


36 KENSKI; 2012, pp. 22-23.
15

Nesse contexto, a autora Ana Maria Nicolau da Costa aduz que:

As sociedades ocidentais se transformam hoje com uma


velocidade vertiginosa. Enquanto muitos adultos apresentam
dificuldades para acompanhar tais transformações, sentido-se alheios
a um novo mundo que se lhes impõe, os jovens costumam
demonstrar, ao contrário, uma relação bastante íntima com ele. Não
raros, mesmo antes de aprender a ler e a escrever, crianças de
poucos anos de idade já manipulam PC em busca de jogos e outros
atrativos da net. Crescem interagindo com ela e constituindo-se
através desta interação 37.

A autora ainda recorda o pensamento do educador Lev Vygotsky (1984),


o qual propôs a construção do conhecimento e da subjetividade, e ainda
enfatizou sobre “os aspectos internacionais, a presença dos artefatos da
cultura na mediação com o outro e as transformações dos usos da linguagem
no contexto histórico de cada época” 38. Dessa forma, observa-se que o
desenvolvimento humano é multidimensional, contextual e articulado com o
impacto da mudança histórica.

A referida autora ainda aduz sobre as ideias do autor Stuart Hall,


descrevendo sobre o “conceito de identidade descentrado, com o propósito de
realizar uma reflexão fundamentada nas construções identitárias e nas
interações sociais entre os jovens” ·.

2.1- Da Cultura de Massas à Cultura Digital:

Após a criação do microprocessador, os primeiros computadores digitais


eletrônicos operacionais da década de 40, definidos, segundo os autores Asa
Briggs e Peter Burke, como sendo “máquinas gigantescas que operavam como
calculadoras científicas” 39, e que eram de uso restrito para fins militares,

37 COSTA, Ana Maria Nicolau da. Cabeças digitais: o cotidiano na era da informação. Rio
de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo, Loyola. 2006, p.12.
38 COSTA; 2006, p.12.
39 BRIGGS, Asa; BURKE, Peter. Uma história social da mídia. De Gutenberg à internet. 2ª

ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2006, p. 273.
16

perdem esse domínio, expandindo a tecnologia computacional e, de acordo


com o autor Pierre Lévy, “se consolidando como um requisito econômico e
mercadológico” 40. Por estar em constante inovação, houve a criação do
computador pessoal, o qual se incorpora aos meios de comunicação, que,
segundo o referido autor, se funde “com as telecomunicações, a editoração, o
cinema e a televisão” 41, oportunizando, assim, o início dos conteúdos
multimídia e o fenômeno chamado de convergência das mídias.

Segundo os autores Asa Briggs e Peter Burke:

[...] o termo convergência começa a ser utilizado a partir da


década de 1980 para designar o desenvolvimento tecnológico digital,
a interação de texto, números, imagens, sons e diversos elementos
midiáticos, sendo aplicado em seguida especialmente à junção das
indústrias de mídia e telecomunicações. Com essa união, o
compartilhamento de informações e entretenimento passa a fazer
parte de uma nova conjuntura sociocultural, mais ampla e
diversificada, rompendo barreiras culturais antes bem demarcadas 42.

Ao observar a convivência e a convergência das mídias, Lucia Santaella


a divide em “eras culturais”: a cultura oral, a cultura escrita, a cultura impressa,
a cultura de massas, a cultura das mídias e a cultura digital, sendo que cada
uma é dotada de meios e de recursos próprios e inovadores em relação
àqueles do período anterior 43.

Continuando com a autora, esta afirma que “o surgimento de um novo


meio não causa o desaparecimento dos anteriores” 44, ao contrário, vai se
“sobrepondo e se misturando na constituição de uma malha cultural cada vez
mais complexa e densa” 45. Entende-se, dessa forma, que esses novos meio
geram uma rede comunicacional sistêmica, a qual ultrapassa assuntos
tecnológicos, realizando mudanças nos processos de interação social e
cultural.

Os avanços interacionais se evidenciam na passagem da cultura das


massas para a cultura digital, apresentando o panorama das transformações

40 LÉVY, Pierre. Cibercultura. 3ª ed. São Paulo: 34ª Ed. 2011, p. 31.
41 LÉVY; 2011, p. 32.
42 BRIGGS, BURKE; 2006, p. 266.
43 SANTAELLA, Lucia. Por que as comunicações e as artes estão convergindo? São Paulo:

Paulus, 3ª Ed. 2008, pp. 09-10.


44
SANTAELLA; 2008, p. 09.
45 SANTAELLA; 2008, p. 09.
17

por que passam a sociedade, guiada pelo crescimento do ciberespaço, da


interconexão, da criação de comunidades virtuais e da inteligência coletiva.

As formações culturais propostas pelo autor Pierre Lévy também sugere


que:
[...] a primeira grande transformação na ecologia das mídias é
marcada pela passagem das culturas orais para a cultura escrita, fato
que possibilita às sociedades, que antes tinham apenas a memória
humana como suporte de registro de informações, passarem a contar
com recursos externos para inventariar suas narrativas. A partir dessa
mudança, ocorre a primeira "virtualização" do sujeito da enunciação,
o que promove o surgimento de uma nova prática comunicativa, na
qual é possível separar o discurso do enunciador e da situação de
sua produção, bem como introduzir um intervalo entre a emissão e a
recepção da mensagem, tornando-a acessível a qualquer distância
física e temporal, de forma universal 46.

A continuidade essa “linhagem cultural do universal totalizante iniciado


pela escrita” 47 referida pelo autor referido acima, advêm dos meios de
comunicação de massa, haja vista que sua mensagem é disseminada a um
número infinito de receptores, devendo encontrar o “‘denominador comum’
mental de seus destinatários” 48.
O autor concorda com as propostas da autora Lucia Santaella (2008)
sobre as ‘formações culturais’, e ainda sugere que:
[...] a primeira grande transformação na ecologia das mídias é
marcada pela passagem das culturas orais para a cultura escrita, fato
que possibilita às sociedades, que antes tinham apenas a memória
humana como suporte de registro de informações, passarem a contar
com recursos externos para inventariar suas narrativas 49.

É por causa dessa mudança que ocorre a ‘virtualização do sujeito da


enunciação’, promovendo uma nova prática comunicativa, na qual, segundo
aduz o autor Pierre Lévy, “é possível separar o discurso do enunciador e da
situação de sua produção, bem como introduzir um intervalo entre a emissão e
a recepção da mensagem, tornando-a acessível a qualquer distância física e
temporal, de forma universal” 50.

46 LÉVY; 2011, p. 116.


47 LÉVY; 2011, p. 118.
48 LÉVY; 2011, p. 118.
49 LÉVY; 2011, p. 116.
50 LÉVY; 2011, p. 118.
18

Em 1996 o autor José Teixeira Teixeira Coelho Neto já apontava que “a


invenção dos tipos móveis de imprensa, feita por Gutenberg, no século XV,
marca o surgimento dos meios de comunicação de massa ─ ou, pelo menos,
do protótipo desses meios” 51. Contudo, ressalta o autor, isso não significa a
eclosão de uma cultura de massas de imediato.

Este autor continua afirmando que não são os jornais propriamente ditos
que marcam o surgimento da cultura de massas, mas sim os romances de
folhetim, neles publicados, que foram os primeiros responsáveis por difundir
uma arte fácil, servindo de esquemas simplificadores para traçar um quadro da
vida na época, como hoje são feitas das novelas na televisão. Dessa forma,
afirma o autor, “esse seria, sim, um produto típico da cultura de massa, uma
vez que ostentaria um outro traço caracterizador desta: o fato de não ser feito
por aqueles que o consumiam” 52.

A segunda metade do século XIX europeu permitiu ao público o acesso


às produções antes apenas acessíveis a uma elite intelectualizada, como o
teatro de revista (forma simplificada e massificada do teatro), a opereta
(variante popular da ópera), o cartaz (disseminação da pintura) etc.,
estabelecendo, assim, essa cultura de massas da sociedade.

Ao existir concomitantemente em todos os lugares, pessoas, coisas, as


inovações técnicas e tecnológicas têm seus modos de produção, distribuição e
recepção cultural, devido os meios eletrônicos de difusão, como o rádio, o
cinema e a televisão. Fator esse que estremece a divisão da cultura em erudita
e popular, pois segundo lembra a autor a Lucia Santaella:

Ao absorver e digerir, dentro de si, duas formas de cultura, a


cultura de massas tende a dissolver a polaridade entre o popular e o
erudito, anulando suas fronteiras. Disso resultam cruzamentos
culturais em que o tradicional e o moderno, o artesanal e o industrial
mesclam-se em tecidos híbridos e voláteis próprios das culturas
urbanas 53.

Assim, qualquer manifestação cultural eclode de produtos desenvolvidos


para esses novos meios, veiculando por meio da reprodutibilidade técnica,

51 COELHO NETO, José Teixeira. O que é Indústria Cultural. Coleção Primeiros Passos. São
Paulo: Brasiliense, 1996, p. 09.
52 COELHO NETO; 1996, p. 10.
53 SANTAELLA; 2008, p. 52.
19

estabelecendo uma diferenciação clara entre o popular, o erudito e o massivo,


o que muda definitivamente o rumo das relações sociocomunicativas.

Contudo, desde sua origem, os meios de comunicação de massa são


alvo de desaprovação diante esse sucesso alcançado e da possibilidade de
difundir informação e entretenimento de forma mais ampla, o que é observado
na teoria crítica, formulada pela ideologia esquerdista da Escola de Frankfurt.

Segundo explica o autor Theodor Adorno, um dos membros dessa


influente escola:

[...] a produção do que vão denominar indústria cultural é


estética e politicamente debilitante, responsável pela redução da
capacidade de o indivíduo pensar criticamente e, consequentemente,
pela manipulação do público, funcionando como um instrumento
ideológico 54.

Assim, conforme pondera o autor Jesús Martín-Barbero:

[...] aqueles que se atentam unicamente à produção,


criticando-a como uma forma de desviar a percepção da realidade,
percebem, erroneamente, a comunicação como um processo
alienante, no qual só se faz chegar ao receptor uma informação com
um significado já pronto 55.

Conforme seus entendimentos, o referido autor ainda afirma que é


preciso repensar o processo da comunicação, sabendo que a recepção não é
como um ponto de chegada da mensagem, mas o de partida, tornando o
receptor em um produtor de sentidos, focando na comunicação como um meio
de interação e troca.

Assim, esses meios de comunicação de massa contam com um poder


de interação limitado, em comparação ao ciberespaço, porém, popularizam a
coexistência de culturas e desperta para uma discussão do processo
sociocomunicativo, na observância da gama de (inter)relações entre política,
cultura e comunicação, que ressignificam os produtos culturais.

54 ADORNO, Theodor W. A indústria cultural. In: COHN, Gabriel (Org.). Comunicação e


indústria cultural. São Paulo: Ed. Companhia Nacional, 1975, p. 270.
55 MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e

hegemonia. 5ª ed. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2008.


20

Foi a partir do século XX que os receptores deixam a definição de serem


passivos e sujeitos à manipulação pelos meios de comunicação, começam a
ter em suas mãos o poder de escolher o tipo de conteúdo a consumir, diante a
mudança de pensamento e as novas técnicas e tecnologias disponíveis.

2.2- Tecnologia na educação formal:

Com a interação desses novos meio de comunicação, foi estimulado o


surgimento da cibercultura, que, conforme aduz o autor Lemos, se torna a
forma sociocultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a
cultura e as novas tecnologias de base microeletrônicas, pois, “a cibercultura
é a cultura contemporânea marcada pelas tecnologias digitais” 56.

Foi a partir da década de 60, com o desenvolvimento tecnológico, que a


cibercultura surgiu, em meio à relação entre a tecnologia e a modernidade,
dando novas formas de sociabilidade. Dessa forma, segundo a autora Viviane
de Bona, “foram criadas novas relações entre as tecnologias de informação e
comunicação (tecnologias digitais) e o homem” 57. A referida autora ainda
afirma que:

Assim, mudam-se as formas de interação


indivíduo/sociedade, substituindo o corpo a corpo muitas vezes por
som e imagens no formato digital, deixando a critério de cada um a
elaboração de pontos de vista. Afinal, apenas com um clique pode-se
navegar e conhecer lugares, assuntos e etc., que não poderiam ser
vistos ou conhecidos por inúmeras pessoas se não estivesse
disponíveis via instrumentos da Cibercultura, como o computador,
internet, celulares, etc 58.

56 LEMOS, A. Cibercultura. Alguns pontos para compreender a nossa época. In: LEMOS,
A; CUNHA, P. (Orgs). Olhares sobre a cibercultura. Porto Alegre: Sulina. 2003, p. 12.
57 BONA, Viviane de. Tecnologia e infância: ser criança na contemporaneidade. Recife/PE.

2010, p. 39.
58 BONA; 2010, p. 39.
21

Dessa forma, conforme aduz o autor Lemos (2003), a cibercultura se


caracteriza também, e ‘fundamentalmente’, pela apropriação social-midiática da
técnica.

De acordo com os entendimentos da autora Viviane de Bona, é por meio


dessa interação que o indivíduo realiza com essas redes, que surgem as
comunidades virtuais no espaço de fluxos, expondo o cotidiano dos indivíduos
de diferentes idades, “permitindo misturar ambos os mundos, o das crianças e
dos adultos, unificando-se pelo divertimento comum e pela possibilidade de
vivenciar novas experiências sem ser identificado” 59. A autora ainda ressalta
que nesse momento tecnológico em que a sociedade se encontra, há uma
aproximação entre o mundo infantil com o mundo adulto.

Nesse contexto, essas constantes e rápidas transformações da


reorganização de diversos espaços sociais, também reorganizam o espaço
educativo, o que não poderia ser diferente. Ao reconfigurar este espaço em
função da tecnologia, se volta um olhar sobre novas formas de ensinar e de
aprender, para ser mais condizentes com o novo paradigma dessa sociedade
do conhecimento, a qual se caracteriza pelos princípios da diversidade, da
integração e da complexidade. Nesse sentido, a autora Viviane de Bona afirma
que é nesse “espaço reconfigurado encontra-se a criança, que sofre influências
deste contexto na caracterização de sua identidade” 60.

Conforme se têm um desenvolvimento tecnológico, se nota que as


implicações sociais mostram as alterações sofridas nas relações existentes
entre a sociedade e a educação, haja vista a sua interação e as atribuições
relacionadas a este desenvolvimento. Segundo resalta a autora Viviane de
Bona, “qualquer proposta educacional tem subjacente uma proposta de
sociedade”, pois “[...] através da modificação da sociedade, o projeto
educacional da mesma também é transformado” 61. Continuando com a autora,
esta ainda acrescenta que:

59 BONA; 2010, p. 40.


60 BONA; 2010, p. 40.
61 BONA; 2010, p. 40.
22

Assim temos a influência da educação no projeto de sociedade, que por


sua vez se modifica em função das tecnologias. E também uma concepção de
criança que evolui historicamente, sendo modificada pelas influências advindas
deste contexto, tanto social quanto escolar 62.

A sistematização de novas tecnologias foi introduzida na educação do


Brasil a partir dos anos 60. Em um período ideológico o qual gera um modelo
tecnicista, percebendo a sociedade dentro de um sistema harmônico e
funcional, e a escola dentro de uma instituição que se organiza por meio de
técnicas específicas, nota-se essa interação do processo de integração com o
indivíduo neste sistema. Nesse modelo tecnicista de ensino, o objetivo era de
preparar a mão de obra para a crescente industrialização que se esperava no
futuro, para, segundo a autora Viviane de Bona, dar “ênfase aos recursos
tecnológicos na educação como fator de modernização da prática pedagógica”
63.

As autoras Lúcia Amante e Ádila Faria afirmam que as tecnologias são


instrumentos valiosos, porém, de nada servirão se forem usadas com um
pensamento pedagógico limitado e preso à transmissão de conteúdo, sustendo
o falso pressuposto de que o aluno apenas reproduz, sem questionar, entender
ou criar 64.

As autoras ainda advertem que se deve ter muita reflexão e crítica para
sustentar o trabalho da tecnologia nas escolas, caminhando ao lado, mas não
ficando à sua mercê, pois se sabe que as crianças participam ativamente do
processo e do mundo tecnológico, pois essa é uma realidade atual no contexto
contemporâneo em que vivemos.

A questão então, segundo os autores Cariza Maria Alves Borges (et.


al.) seria “qual o sentido que essas crianças dão para esse mundo tecnológico,
e como as relações sociais têm sido estabelecidas a partir dele” 65.

62 BONA; 2010, p. 40.


63 BONA; 2010, p. 40.
64 AMANTE, Lúcia; FARIA, Ádila. Escola e tecnologias digitais na infância. Coleção Agrinho.

2014, p. 273.
65 BORGES, Cariza Maria Alves; ROCHA, Joyce Angélica Pereira; RODRIGUES, Vinicius Dias.

A influência da tecnologia na educação e socialização de crianças contemporâneas.


23

2.3- Tecnologia e socialização:

Segundo a autora Maria Luiza Belloni:

O processo de socialização é dinâmico e de difícil


compreensão, e se desenvolve na infância e adolescência através
dos exercícios e das experiências vividas, não se limitando a uma
simples habilidade oferecida pela família, pela escola e por outras
instituições especializadas 66.

Corroborando nesse contexto, os autores Gilza Maria Leite Dorigoni e


João Carlos da Silva afirmam que:

A sociedade atual, sob a forma de produção industrial, tem


seu apoio na racionalidade instrumental administrada por normas
técnicas operacionais onde tudo é planejado, medido, racionalizado.
Essa sociedade organizada tomou uma proporção que atingiu todas
as áreas da vida do sujeito, penetrando no espaço e no tempo vago
do homem moderno, atingindo-o até mesmo em sua consciência,
sujeita às regras provenientes das exigências técnicas pré-
estabelecidas 67.

O que se observa são essas tecnologias se alastrando na televisão,


parabólicas, cabos óticos, satélites e internet, atingindo praticamente todas as
pessoas que vivem no meio urbano, bem como no meio rural.

De acordo com a autora Maria Regina Clivati Capelo, a


contemporaneidade caracteriza-se, principalmente, por mudanças que ocorrem
nas estruturas produtivas 68. Todos os setores sociais perceberam esse
conhecimento modificando-se em força produtiva, o que estimula um aumento
da capacidade produtiva pelo aceleramento e eficácia dos equipamentos, bem
como pela economia de força de trabalho e de matérias primas.

EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 199, Diciembre de 2014. Acessado
em 27 de outubro de 2019. Disponível no site: http://www.efdeportes.com/.
66 BELLONI, Maria Luiza. Infância, Mídias e Educação: revisitando o conceito de

socialização. Perspectiva, v. 25, nº 01. Florianópolis jan./jun. 2007, p. 57.


67 DORIGONI, Gilza Maria Leite; DA SILVA, João Carlos. Mídia e Educação: o uso das novas

tecnologias no espaço escolar. 2007, p. 09.


68 CAPELO, Maria Regina Clivati. Paradoxos Contemporâneos: desafios aos professores.

V. 03. Nº 02. 2007, p. 45. In: Colloquium Humanarum. 2005.


24

Seguindo com a referida autora, essa foi à primeira de duas


contradições:

[...] a promessa iluminista de que o progresso tecnológico


corresponderia à melhoria da qualidade de vida não se realizou e o que
se vê atualmente é o refino das formas de exclusão social. Já a
segunda contradição, são os efeitos das tecnologias de comunicação e
da informação que sugerem outros conhecimentos de tempo e espaço.
A divisão entre passado, presente e futuro está se desfazendo e o
tempo pode ser compreendido como uma junção dessas
temporalidades 69.

Ao remeter a importância da socialização para o desenvolvimento


humano, a autora Juliane Callegaro Borsa explica que se trata do processo
interativo, no qual “as crianças suprem suas necessidades e assimilam a
cultura ao mesmo tempo em que, mutuamente, a sociedade se desenvolve e
se eterniza” 70.

Neste contexto, a autora ressalta que cabe à escola o papel na


consolidação do processo de socialização, por ser um campo decisivo para o
desenvolvimento cognitivo e social infantil, para que haja “a construção da
identidade da criança, do seu sentimento de pertencer ao mundo, adquirindo
modelos de aprendizagem e a aquisição dos princípios éticos e morais que
norteiam a sociedade” 71.

Nesse sentido, o autor Pedro Miguel Demédio Ferreira ressalta sobre o


papel da tecnologia na socialização de pessoas, uma vez que redes sociais
são fortes parceiras nos contatos atuais:

[...] a comunicação é o pilar que sustenta todas as estruturas


sociais. Redes sociais como o Facebook transformou – para sempre,
a forma de lidar com o social. As informações de diferentes povos,
com diferentes culturas e lugares completamente distintos, chegam,
quase que de forma instantânea a todos que tem acesso a tecnologia
72.

Compreende-se que, no passado, não se imaginava a possibilidade


de diminuir o tempo e o espaço, hoje, porém, de acordo com a autora Maria
Regina Clivati Capelo, isso é possível através dos computadores, que:

69 CAPELO; 2007, p. 46.


70 BORSA, Juliane Callegaro. O papel da escola no processo de socialização infantil.
Psicoglobal-Psicologia.com.pt, v. 142. 2007, p. 01.
71 BORSA; 2007, p. 02.
72 FERREIRA, Pedro Miguel Demédio. Formas de apresentação do eu online: um estudo

facebook versus linkedin. Lisboa: ISCTE-IUL, Dissertação de mestrado. 2012, p. 03.


25

[...] possibilitam um mundo mais próximo e mais rápido.


Sendo assim, trata-se de uma sociedade que vive uma fase de
transição entre um modelo estabelecido, no qual se podia contar com
algumas certezas e, por outro lado, uma sociedade incerta, que não
sabe exatamente como será depois de alguns anos 73.

3- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ADORNO, Theodor W. A indústria cultural. In: COHN, Gabriel (Org.).


Comunicação e indústria cultural. São Paulo: Ed. Companhia Nacional, 1975,
pp. 270-291.

ALVES-MAZZOTTI, A. J; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências


naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 4ª reimpr. 2ª. Ed. de
1999. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2004, pp. 15-146.

AMANTE, Lúcia; FARIA, Ádila. Escola e tecnologias digitais na infância.


Coleção Agrinho. 2014, p. 273. Disponível no site:
http://www.agrinho.com.br/site/wp-content/uploads/2014/09/2_12_Escola-e-
tecnologias-digitais.pdf. Acessado em 27 de outubro de 2019.

ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico. 7ª ed.


São Paulo: Atlas. 2010, pp. 117-124.

ARAÚJO, D. A. C. Pesquisa em educação: a superação do dualismo


quantidade-qualidade. Anais do V SCIENTCULT- Simpósio Científico
Cultural, realizado de 17 a 20 de setembro de 2008, na Unidade Universitária
de Paranaíba / UEMS. 2008, p. 24.

BELLONI, Maria Luiza. Infância, Mídias e Educação: revisitando o conceito


de socialização. Perspectiva, v. 25, nº 01. Florianópolis jan./jun. 2007, p. 57.

73 CAPELO; 2007, p. 47.


26

BEUREN, Ilse Maria; RAUPP, Fabiano Mauty. Metodologia da pesquisa


aplicável às ciências sociais. In: BEUREN, Ilsen Maria (org). Como elaborar
trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. 3ª ed. São Paulo:
Atlas. 2003, p. 78.

BONA, Viviane de. Tecnologia e infância: ser criança na


contemporaneidade. Recife/PE. 2010, pp. 39-41. Disponível no site:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3812. Acessado em 27 de
outubro de 2019.

BORGES, Cariza Maria Alves; ROCHA, Joyce Angélica Pereira; RODRIGUES,


Vinicius Dias. A influência da tecnologia na educação e socialização de
crianças contemporâneas. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires,
Año 19, Nº 199, Diciembre de 2014. Acessado em 27 de outubro de 2019.
Disponível no site: http://www.efdeportes.com/.

BORSA, Juliane Callegaro. O papel da escola no processo de socialização


infantil. Psicoglobal-Psicologia.com.pt, v. 142. 2007, pp. 01-05.

BRIGGS, Asa; BURKE, Peter. Uma história social da mídia. De Gutenberg à


internet. 2ª ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2006, pp. 266-
273.

CAPELO, Maria Regina Clivati. Paradoxos Contemporâneos: desafios aos


professores. V. 03. Nº 02. 2007, pp. 45-50. In: Colloquium Humanarum. 2005.

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo. Editora Ática S.A. 5ª Edição.
1995, pp. 37-38.

CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Ed.


Cortez. 1995, p. 78.

COELHO NETO, José Teixeira. O que é Indústria Cultural. Coleção Primeiros


Passos. São Paulo: Brasiliense, 1996, pp. 09-26.

COSTA, Sérgio Francisco. Método Científico: os Caminhos da Investigação.


São Paulo: HARBRA. 2001, pp. 04-46.
27

COSTA, Ana Maria Nicolau da. Cabeças digitais: o cotidiano na era da


informação. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo, Loyola. 2006, p.12.

CRUZ, C; RIBEIRO, U. Metodologia científica: teoria e prática. Rio de


Janeiro: Axcel Books do Brasil. 2003, pp. 33-34.

DORIGONI, Gilza Maria Leite; DA SILVA, João Carlos. Mídia e Educação: o


uso das novas tecnologias no espaço escolar. 2007, p. 09. Acessado em 27
de outubro de 2019. Disponível no site:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1170-2.

FERREIRA, Pedro Miguel Demédio. Formas de apresentação do eu online:


um estudo facebook versus linkedin. Lisboa: ISCTE-IUL, Dissertação de
mestrado. 2012, p. 03. Disponível no site: https://repositorio.iscte-
iul.pt/bitstream/10071/5166/1/Formas%20de%20Apresenta%C3%A7%C3%A3o
%20do%20Eu%20Online%20-
%20Um%20Estudo%20Facebook%20Versus%20Linkedin%20-
%20Pedro%20Miguel%20Dem%C3%A9dio%20F.pdf. Acessado em 27 de
outubro de 2019.

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5ª ed. São Paulo:
Atlas. 2010, pp. 25-42.

GÜNTER, H. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a


questão? Psicologia: Teoria e Pesquisa, Vol. 22 nº 02. 2006, p. 204.

JUNG, Carlos Fernando. Metodologia Científica e Tecnológica. Edição 2009,


pp. 14-59. Material para Fins Didáticos – Distribuição Gratuita. Disponível no
site: http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor/mod2.pdf. Acessado em 07 de
outubro de 2019.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da


informação. 8ª ed. Campinas (SP): Papirus. 2012, pp. 15-23.

LEITE, Ligia Costa. Tecnologia educacional: Descubra suas possibilidades


na sala de aula. 3ª ed. Petrópolis-RJ: Vozes. 2014.
28

LEMOS, A. Cibercultura. Alguns pontos para compreender a nossa época.


In: LEMOS, A; CUNHA, P. (Orgs). Olhares sobre a cibercultura. Porto Alegre:
Sulina. 2003, p. 12.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. 3ª ed. São Paulo: 34ª Ed. 2011, pp. 31-118.

MATTAR, J. Metodologia científica na era da informática. 3ªEd. São Paulo:


Saraiva. 2008, p. 47.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica.


5ª Ed. V. 04. São Paulo: Atlas. 2010, p. 73.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação,


cultura e hegemonia. 5ª ed. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2008.

PACHECO JÚNIOR, W; PEREIRA, V. L. D. V; PEREIRA FILHO, H. V.


Pesquisa científica sem tropeços: abordagem sistêmica. São Paulo:
Editora Atlas. 2007, pp. 78-83.

POPPER, K. In search of a better world: Lectures and essays from thirty


years. 2ª. ed. revista e atualizada. London: Routledge, 1994.

_____. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix. 2001, p. 29.

SANTAELLA, Lucia. Por que as comunicações e as artes estão


convergindo? São Paulo: Paulus, 3ª Ed. 2008, pp. 09-52. Disponível no site:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4862963/mod_resource/content/0/Por%
20que%20as%20comunicac%CC%A7o%CC%83es%20e%20as%20artes%20e
sta%CC%83o%20convergindo.pdf. Acessado em 27 de outubro de 2019.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em


Administração. 2ª ed. São Paulo: Atlas. 1998, p. 45.

Você também pode gostar