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OPERAGGES TRIANGULARES E “FALSAS TRIANGULARES” B A - PORTUGAL Factura 1 B - IRLANDA Bens © - ITALIA Factura2 A € * B, sujeito passivo registado na Irlanda, vende a A, registado em Portugal, determinadas mercadorias e este, por sua vez, revende-as a C, sujeito passivo registado om Italia, Tais mercadorias séo enviadas directamente da Irianda para a Itlia, * Desde que A faca prova de que os bens foram transmitidos a C, ¢ na factura a omitir a este o designe como devedor do imposto n8o ¢ passivel de tributacio a aquisicao intracomunitéria considerada localizada em Portugal. + Apesar de se tratar de uma aqui do no tributada no territério nacional, A deve: + Incluit @ valor da factura que Ihe foi emitida por B no campo 10 da sua declaracio periédica, embora som inscrever o valor do IVA no campo 11, para efeitos de cruzamento de informacdes entre os Estados membros: * Incluir o valor da factura emitida a G no anexo recapitulativo, como uma operacio do tipo 4, embora sem incluir o_seu valor no campo 7 da declaracdo periddica, Esse valor 6 de incluir no campo 8 dessa declaragiio As “falsas” operacées triangulares 42 SITUACAO . Bens D - PorruGaL Factura 1 B - GRA-BRETANHA F - FRANCA °+— —e Factura 2 A empresa portuguesa D nao efectua uma aquisicao intracomunitaria de bens, mas sim uma aquisigso interna dos mesmos a empresa francesa, desde que se verifiquem os seguintes condicionalismos: + Aempresa francesa F seja um sujeito passivo registado em IVA noutro Estado membro; + Aempresa francesa F tenha adquirido os bens para os transmitir 4 empresa portuguesa; * Os bens tenham sido directamente expedidos da Gré-Bretenha com destino a Portugal * A empresa portuguesa seja um sujeito passivo abrangido pelo regime de tributagdo das aquisigces intracomunitarias; * A empresa portuguesa seja, na factura emitida pela empresa francesa, designada como devedor do imposto;, A responsabilidade pela liquidagio do IVA é da empresa portuguesa que, no entanto, devera mencionar ‘@ compra a empresa francesa como uma aquisicao intracomunitéria, com vista a permitir 0 controle da operacio através do sistema de trocas de informacdes existente a nivel comunitério (VIES). 22 SITUACAO G . G - PORTUGAL Bens H - HOLANDA Factura 2 1 GIBRALTAR (pais erceiro) ° ————+ “e Factura 1 H 1 A empresa G, sediada no territ6rio nacional, adquiriu a |, estabelecida em Gibraltar, determinados bens, ‘embora esses bens Ihe sejam enviados directamente por H, estabelecido na Holanda. ‘A empresa |, sediada em Gibraltar, devera adoptar um dos seguintes comportamentos: + Registar-se no territério nacionel, ou aqui nomear representante, comunicando © respective nlimero de identincagao fiscal a H, + Nesta hipstese: + |lefectuaré uma aquisigao intracomunitaria localizada no terrtério nacional ‘+ Seguida de uma transmissdo interna para G, naturalmente sujeita a IVA; Registar-se na Holanda, ou af nomear representante + Nesta hipstese: + | fard uma aquisicao interna de bens na Holanda: ‘A facture emitida por | @ G constitu para este uma aquisigao intracomunitaria de bens; Registar-se noutro qualquer Estado membro, ou neles nomear um representante, + Neste caso: * G ndo fard uma aquisicée intracomunitéria de bens, mas uma aquisigéo interna dos mesmos, por cujo imposto é, no entanto, a responsdvel perante a Administragéo Fiscal + Tudo se passa como na 1° situagéo. 3* SITUACAO J J+ PORTUGAL Bens L - HOLANDA Faetura 1 M ~ SUICA (pais terceiro) eo. _'e Factura 2 Le: M J, estabelecide em Portugal, factura aM determinadas mercadorias, mas, por orcem deste, entroga-as directamente na Holanda; Apesar de J facturar os bens a uma empresa sui¢a, néo poder considerar a operagao isenta de IVA, uma vez que os bens néo saom do territério da Unido Europeia, nio Ihe sendo, por isso, aplicaveis as normas que regulam as exportagoes; A empresa J no efectua, no entanto, uma transmissao intracomunitaria a M, se este nao estiver devidamente registado para ofeitos de IVA num Estado membro; Assim, J deverd incluir na factura emitida a M 0 valor do IVA correspondente aos bens transmitidos, a menos que este adopte um dos seguintes procedimentos: * Proceda ao seu registo em Portugal ou aqui nomeie representante. Nesta hipétese, M fard uma aquisigg0 Sujeita a IVA em Portugal, cujo imposto sera liquidado por J, seguida de uma transmissao intracomunitera isenta para L. Faca o seu registo na Holanda ou ai nomeie representante, Neste caso, J far-ihe-8 uma transmissao intracomunitaria isenta de IVA. Efectue 0 seu registo noutro Estado membro ou nele nomele representante. Nesta situago, estaremos perante uma operacao triangular que J decleraré como uma transmisséo intracomunitaria isenta, inscrevendo o valor da factura na declaragdo periédica (campo) e no anexo recapitulalivo (operagao tipo 1). 4 SITUACAO N ° N - PorruGaL Factura 1 0 - Initia Bens P - SUICA . —— +e Factura 2 ° Pp * Ny sujeito passivo estabelecido em Portugal, factura a O, estabelecido na Italia e ai devidamente ‘dentificado, determinados bens, mas, por ordem deste, coloca-os directamente na Suica. + Uma vez que os bens sao expedidos directamente para um pais terceiro (Suica), terdo de ser submetidos 08 normais procedimentos de exportacdo. * Odébito de Na 0 ¢ isento de IVA, nos termos da alines a) do n° 4 do art. 14° do CIVA. + Aisengao deve ser comprovada nos termos do art. 28° do CIVA, 5° SITUACAO Q . Q - canada Bens R - PoRTUGAL ractura 1 S - FRANCA os Factura 2 R * Q, estabolecido num pais terceiro (Canada), envia mercadorias a R, estabelecido em Portugal, mas factura-as a S, estabelecido noutro Estado membro (Franga), que, por sua vez, as factura a R. +R faz uma importagao de bens, pagando na Alfandega o IVA correspondente a essa operacao, cujo valor tributavel, a determinar nos termos do art. 17° do CIVA, sera apurado tendo por base a factura de § para R + Afactura que S vier a emitira R esté fora do campo de incidéncia do IVA, * Aempresa portuguesa R poderd, nos termos dos arts. 19° a 25° do CIVA, deduzir 0 IVA que vier a pagar pela importagao dos bens adquiridos a S. 6° _SITUACAO Yr . Beit Factura 1 T - ESTADOS UNIDOS DA AMERICA U - HOLANDA V - porTuGat ou ow Ww - suIcA Bens ee oa v * A empresa portuguesa V compra a uma empresa suiga W algodao proveniente da empresa T, sodiada nos Estados Unidos. O algodio ¢ fornecido via Holanda, onde é desanfaldegado pelo representante fiscal da empresa suiga naquele Estado membro. * Apesar de a factura recebida por V ser emitida por uma empresa suica, sdo-he aplicaveis as regras respeitantes as operacées intracomunitérias. * A empresa V efectua uma aquisigao intracomunitaria no territério nacional, que tera de incluir na sua doclaragao periédica (campo 10), onde igualmonte inscrevera 0 IVA a favor do Estado (campo 11) ©, eventualmente, 0 IVA que tiver direito a deduzir (campos 20 a 24) SITUACAQ x . XeY - PORTUGAL Bens, 7 - ALEMANHA Factura 1 o+ . Factura 2 y Z + A empresa X, estabelecida om Portugal, factura toda a sua produco a Z, estabelecida na Alemanha. Parte dessa produgdo 6 facturada a Alemanha,mas os bens em causa séo entregues por X directamente & empresa Y, estabelecida em Portugal, cliente de Z, que, naturalmente, Ihe emite as respectivas facturas. * A operagao descrita ocorre inteiramente no territério nacional, nao Ihe sendo, por isso, aplicaveis as normas do RITI, * A factura emitida por X a Z esta sujeita a IVA, dado tratar-se de uma venda no interior do pais. * A factura emitida por Z a Y é também sujeita a IVA no territério nacional, uma vez que traduz igualmente uma venda efectuada no interior do pais. * Neste caso, Z deveré nomear um representante no torritério nacional, a quem incumbird a liquidacao do IVA devido e a consequente entrega nos cofres do Estado. * Se esse representante nao for nomeado, tera de ser a empresa Y a substituir-se-the em tais obrigagé * IVA que Y vier a liquidar poder, no entanto, ser por si deduzido. 8° SITUACAO ’ Ave BY - PORTUGAL Factura 1 © - suecia Bens es Factura 2 ° c + A’, estabelecida no territério nacional, debita 8’, também aqui estabelecida, e este factura C’, estabelecida na Suécia. Os bens sao colocados por A’ no cais de embarque ¢ vendidos CIF/Suécia. + Avenda do A’ a 8" constitui uma operacao realizada no territério nacional, consequentemente sujeita a IVA e dele nao isenta, * Nao the é aplicavel o art. 14° do RITI nem o art. 14° do CIVA, uma vez que B’ esta estabelecida no territério nacional. + Iguaimente no Ihe 6 aplicvel a isengao regulada pelo art. 6° do Decreto-Lei n° 198/90, de 19 de Junho, uma vez que a operagao subsequente, traduzida na factura de B’ a C’, nao constitui uma exportacao de bens. * Avvenda de B’ a C’ podera beneficiar da isenco provista na alinea a) do art. 14° do RITI, desde que C’ esteja abrangida por um regime de tributagao das aquisicbes intracomunitarias na Suécia e tenha fornecido a B' o respectivo numero de identificagao fiscal. 9? SITUACAO oa . D’ - HOLANDA Factura t E° - PORTUGAL Factura 2 F’- ALEMANHA ° ° E P * Aempresa E'(portuguesa) vende bens a um cliente holandés (D’), mas, por ordem deste, esses bens so directamente expedidos de Portugal para a Alemanha (para a empresa F'). + A venda de E’ a D’ constitui uma transmisséo intracomunitaria registada para efeitos de IVA na Holanda e esteja ai abrangida por um regime de tributacao das aquisicoes intracomunitarias © utilize © respective numero de identificacdo fiscal para efectuar a aquisicao. ¢nta, desde que D’ so encontre ‘+ Assim, a empresa E’ deve incluir 0 valor da referida tranemissio no campo 7 da sua declaracao periédica, & qual deve juntar o anexo recapitulativo das transmiss6es intracomunitarias, onde indicara o iimero de registo para efeitos de IVA do seu cliente holandés, néo obstante enviar os bens para Alemanha,

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