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Por outro lado, é imperativo que tais restrições, sobretudo as que respeitam à
liberdade dos cidadãos, sejam feitas apenas em casos de manifesta
necessidade e de modo a salvaguardar valores ou interesses jurídicos de igual
ou maior dignidade e por um período de tempo determinado. (Gouveia, 2005,
p. 11).
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Situação problemática
Objectivo geral
Objectivos específicos:
Estrutura
Nesta senda o nosso trabalho está constituído por três (3) capítulo, onde no
primeiro capítulo vamos fundamentar teoricamente o crime de pedofilia, no
segundo capítulo vamos fmencionar algumas medidads aplicáveis ao pedófilo e
finalmente no terceiro capítulo vamos analisar os dados colhidos em função do
questionário e a entrevista.
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CAPÍTULO-I
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
GENERALIDADES
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O autor ainda nos ensina que em alguns dispositivos, a lei penal estabeleceu
tratamento diferenciado em relação ao menor de 14 anos e ao maior de 14
anos e menor de 18 anos, reconhecendo que em relação aos últimos há de ser
respeitada alguma liberdade sexual.
Assim, não existe uma correlação assimétrica sobre o que a lei considera
criança (menor de 12 anos, por força do artigo 2º do Estatuto da Criança e do
Adolescente) e o que outros autores de diversas áreas consideram como
criança, para uns criança é o menor de 14 anos, para outros não há limites de
idade prevalecendo as características do desenvolvimento de cada indivíduo,
assim, deste ponto de vista, criança é aquele indivíduo que se aparenta
fisicamente como tal e se comporta como tal.
Posto isto, grosso modo é importante salientar que nem todos os pedófilos são
criminosos sexuais contra vulneráveis, assim como nem todos os criminosos
sexuais contra vulneráveis são pedófilos. A pedofilia é, portanto fenómeno que
em si não implica em crime, porém exteriorizá-la, praticá-la, envolver a criança
implica em crime.
O intuito dos artigos retro mencionados é tutelar bens jurídicos tais como a
liberdade e a dignidade sexual do vulnerável. Rogério Greco (2010) adiciona
ainda o desenvolvimento sexual do vulnerável como bem juridicamente
tutelado pelo art. 217-A.
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1.2. Estatuto da criança e do adolescente e crimes sexuais contra
vulneráveis
No mesmo sentido, Dom Luciano Mendes apud Cury (2003), esmiúça tratar-se
a referida lei de um fruto do esforço conjunto de milhares de pessoas e
comunidades empenhadas na defesa e promoção das crianças e adolescentes
do Brasil. [...] Para resgatar diante de Deus, a dignidade do Brasil, onde
milhares de menores ainda hoje são exterminados pelo descaso e pela
crueldade, é preciso, (com amor, promover, desde o primeiro momento, a vida
de toda criança. Commented [P8]: Infelizmente em Angola, ainda não temos um
estatuto semelhante a do Brasil.
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preceptor, empregador da vitima ou de quem, de qualquer outro titulo, tenha
autoridade sobre a vítima, mesmo com seu consentimento.
É medida punitiva em maior grau á quem por hierarquia ou por respeito familiar
tem o poder de submeter a criança ou adolescente caracterizando dupla
perversidade na acção do tipo e pela violação do dever legal e constitucional
de prover e protegê-la criança ao invés de abusá-la seja sexual ou moralmente.
Frise-se que o mero facto de se ter imagens obtidas em grandes sites de busca
como Google, por exemplo, em arquivo de computador ainda que de uso
exclusivo caracteriza o crime, penalizado com reclusão de uma a quatro anos
(artigo 241-B); sendo a pena prevista para o indivíduo que aufere rendimento
com esse material, vendendo ou expondo de quatro a oito anos de reclusão
(artigo 241). Commented [P9]: No Brasil tem sido muito frequente
apreenderem vídeos pornográficos que estavão em posse do
pedófilo.
Importante salientar que a expressão genérica “cena de sexo explícito ou
pornográfica” encontra seu conceito legal no artigo 241-E, tal qual seja:
“qualquer situação que envolva a criança ou o adolescente em actividades
sexuais explicitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma
criança ou adolescentes para fins primordialmente sexuais”. Conceito que
confere a amplitude pretendida pelo Estatuto com fim de punir qualquer
conduta que envolva a criança ou o adolescente num contexto essencialmente
sexual.
Ademais, incorre em pena ainda mais grave (quatro a dez anos e multa) quem
submete criança ou adolescente à prostituição o a exploração sexual – artigo
244-A, caracterizando o profundo repúdio social à esta prática, merecendo
maior punição àquele que explora a criança com finalidade económica através
da prostituição e ainda quem a explore sexualmente de maneira gratuita, que
se pode denominar de a mais detestável e odiosa das possibilidades de
exploração de uma criança ou adolescente, convertendo-se em verdadeira
escravidão sexual, que conforme explicitado nos capítulos anteriores deste
trabalho configura acção traumática á criança.
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CAPÍTULO-2
Rege o Código Penal, através de seu Titulo III denominado “Da Imputabilidade
Penal” as circunstâncias e os critérios que deverão ser usadas no momento de
responsabilizar o indivíduo pelos seus actos no campo processual penal.
Assim, prescreve o Artigo 26º do referido Código que é isento de pena o
agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da acção ou omissão, inteiramente incapaz de
entender o carácter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
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capaz de compreender, tampouco medir os malefícios que com aquela prática
impõe ao menor.
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indivíduo que desse transtorno padece, ainda mais quando falamos em
Sistema Penitenciário Brasileiro, cujas impotências e falhas são de
conhecimento público, não necessitando sequer de escusas ao classificá-lo
nesse trabalho como falho e inadequado á qualquer ser humano, por maiores e
horrendos crimes que tenha cometido, quiçá de um detento tão especial como
o pedófilo.
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Nesse sentido, apontam-se que mais de 90% (noventa por cento) dos
indivíduos pedófilos submetidos á medida da castração química obtiveram
significativa melhora, em compensação, cessando-se as medicações, o índice
de recaídas foi definido pelos ilustres autores como alto. Já as medidas
psicossociais de tratamento e controle, resultam numa melhora de apenas 50%
(cinquenta por cento), enquanto o índice de recaída é definido como baixo a
moderado.
1
TRINDADE, Jorge; BREIER, Ricardo. Pedofilia: aspectos psicológicos e penais. Livraria do
Advogado. Porto Alegre, 2007.Pp. 25-27.
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METODOLOGIA
Objecto de estudo
Tipo de pesquisa
Descritiva
Modelo de pesquisa
2
Cfr. GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: harbra, 1986.
P.200.
3
Cfr. GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: harbra,
1986.P.65.
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Técnicas de colecta de dados
Questionário;
Entrevista.
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CAPÍTULO-3
75*100:115=65,21%
SIM 40 53.3%
NÃO 20 26,7%
+/- 15 20%
Total 75 100%
NÃO 20*100:75=26,7%
+/- 15*100:75=20%
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3-O código penal angolano em vigor prevê e pune o crime de pedofilia?
SIM 45 53.3%
NÃO 23 26,7%
+/- 7 20%
Total 75 100%
1ª Trauma psicológico;
2ª Gravidez indesejada;
3ª Contração de doenças. Commented [P17]: Dentre as várias doenças que podem ser
contraídas, podemos destacar o HIV-SIDA e a Sífilis.
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7-O pedófilo é um doente mental ou é um criminoso? Justifique a tua
resposta.
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DADOS DA ENTREVISTA
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CONCLUSÕES
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BIBLIOGRAFIA
CROCE, Delton; CROCE JR. Delton. Manual de medicina legal. 6. ed. São
Paulo: Saraiva, 2009.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 11. ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2012.
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