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Papel do estado

Nas outras fases do capitalismo, mercantil e concorrencial, a questão social


era tratada como situação ou da nobreza (caridade, igreja com filantropia) ou
com responsabilidade do sujeito,que tinha que suprir as suas demandas.

Com o capitalismo monopolista, fase imperialista do capitalismo, a questão


social se qualifica e precisa ser respondida de outra maneira, que não só
botando a responsabilidade no individuo.

Essa qualificação da questão social, fez com que o estado atuasse em ações
extra-econômicas, mas com o foco na economia, ou seja, quando o estado
tomou para si o papel de atuar no confronto das expressões da questão social,
o objetivo dele tinha relação com o controle e reprodução da força de trabalho
que seria explorado. Exemplo disso, foi a realização de algumas ações, sob
permissão da burguesia, para ampliar os lucros.

Esse novo papel do estado foi lucrativo, tanto para a burguesia, que
precisava do trabalhador vivo para ser explorado, como para o processo de
organização da classe trabalhadora, que questionava o processo de
exploração e exigia melhores condições de trabalho.

O fato do estado assumir esse papel no enfrentamento da questão social, não


significa que ele tirou a responsabilidade do indivíduo, não significa que ele
continuou atendendo a questão social como um problema social
individualizado, ele assumiu a questão social, mas não a entendeu como um
problema, como uma demanda da sociedade, que é fruto da exploração
capitalista, e sim atendeu os interesses da burguesia.

Dessa forma, ele tirou o caráter sócio- histórico do processo de exploração,


que prova que é esse processo que materializa existência da questão social.
Alem disso, moralizou a questão social, tratando- a numa perspectiva de
continuar responsabilizando o indivíduo e atuando de maneira extremamente
conservadora.

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