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MANUAL CONFORMAÇÃO
Objetivos Gerais:
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MANUAL DE AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DOS CLIENTES
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
1 – CONCEITO DE ACONSELHAMENTO ......................................................................................... 4
1.1 – Perfil e Avaliação das Necessidades dos Clientes ............................................................ 4
1.2 - Aconselhamento na venda................................................................................................ 5
1.2.1 - Venda com aconselhamento e avaliação da adequação ......................................... 5
1.2 - Venda sem aconselhamento ............................................................................................. 8
2 – OBRIGATORIEDADE DE IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL DO CLIENTE ............................................ 9
2.1 – As necessidades dos clientes .......................................................................................... 10
2.2 – As mudanças de perfil dos clientes ao longo dos tempos ............................................. 11
2.3 – Os 7 atributos do novo consumidor 4.0 ......................................................................... 11
3 – OBTENÇÃO DO ACORDO DO CLIENTE ................................................................................... 12
4 – AS RELAÇÕES ENTRE AGENTES, EMPRESAS DE SEGUROS E CLIENTES .................................. 13
5 – OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES ............................................................................... 14
6 - O QUE SE ESPERA NA GESTÃO DE CLIENTES .......................................................................... 14
7 - QUAL O OBJETIVO DE UMA GESTÃO EFICIENTE .................................................................... 16
8 - FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES ..................................................................................................... 16
8.1 - Como tornar um cliente fiel ............................................................................................ 16
8.2 - Quais as vantagens da fidelização................................................................................... 18
8.3 - Que métodos utilizar para manter a fidelização ............................................................. 18
8.4 - Como recuperar clientes ................................................................................................. 19
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MANUAL DE AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DOS CLIENTES
INTRODUÇÃO
O cliente é algo de misterioso. Muito se tem escrito sobre o que os clientes pretendem
mas continua a ser uma incógnita perceber a sua lógica.
Sabemos que os clientes funcionam muitas vezes por impulso, outras por influência,
outras por necessidade e algumas vezes nem sabem muito bem porque adquiriram o
bem ou serviço.
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1 – CONCEITO DE ACONSELHAMENTO
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Nas situações em que um produto de investimento com base em seguros (PIBS) seja
distribuído em conjunto com outros produtos, o mediador de seguros deve avaliar a
adequação global dos produtos (de acordo com o artgo 26º da referida Lei).
Caso o mediador de seguros tenha informado, que entregaria ao cliente uma avaliação
periódica da adequação do produto de investimento com base em seguros
aconselhados, deve emitir uma declaração atualizada sobre o modo como esse
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MANUAL DE AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DOS CLIENTES
Na venda com aconselhamento existem vários métodos que podem ser utilizados,
entre eles o cross-selling ou upselling.
A ideia é que nem sempre vender mais significa ter que conquistar novos negócios!
Para realizar cross-selling e upselling de uma forma correta, o ponto de partida deve
ser sempre o sucesso do cliente.
O que é cross-selling?
O que é upselling?
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O upselling pode traduzir-se num fator qualitativo (aumento de capitais) ou num fator
quantitativo (aumento de nº de coberturas).
No cross-selling é diferente. Pode funcionar muito bem, mas é preciso ter um pouco
mais de atenção. Dependendo do que for oferecido, a venda pode sair tão cara quanto
obter um novo cliente – e portanto pode não fazer sentido.
Consegue definir o seu Custo de Aquisição do Cliente (CAC)? Sabe quanto tempo pode
levar a recuperar um Cliente?
Esta é uma grande questão dos negócios. Quanto mais tempo for necessário para
recuperar o CAC, mais importante é reter os clientes e encontrar outras formas de
aumentar a receita da empresa. É com isso que se mantém a saúde do negócio.
Fazer upselling ou cross-selling é uma estratégia que serve para ambas as coisas.
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incentivar a compra de uma solução que não faz sentido nenhum para ele, apenas com
o propósito de aumentar a sua receita.
Cada um tem um caminho para atingir os melhores resultados possíveis. Deve orientar
o seu cliente até lá, passo a passo, no tempo dele. Não tente apressar a venda e
oferecer um upgrade que ele não tem maturidade (conhecimento, equipa, dinheiro,
clientes) para usar.
A regra é: aguarde até que o cliente esteja preparado! Vai certamente valer a pena.
Se o cliente se sentir pressionado – ou, pior ainda, comprar algo que ele não
necessitava -, vai perder a confiança que depositiva no Mediador/ e ou Produto.
De acordo com o artigo 42º da Lei 7/2019, os mediadores de seguros que distribuam
produtos de investimento com base em seguros sem prestar aconselhamento devem,
ainda,
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O investidor/ cliente deverá ter atenção qual é a descrição detalhada que a instituição
financeira faz dos perfis de investidor.
O investidor deverá ter presente que, nem sempre, a designação atribuída ao perfil de
investidor corresponde ao tipo de investimento ou de instrumento financeiro que o
cliente conhece ou aos riscos que está disposto a assumir.
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CONSERVADOR OU PRUDENTE
EQUILIBRADO OU MODERADO
DINÂMICO
ARROJADO
Trata-se de um investidor que procura produtos com uma rendibilidade mais elevada
quando comparada com a média do mercado, estando disponível para aplicações com
um horizonte temporal relativamente mais curto e a assumir o risco de perda total ou
até superior do capital investido.
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MANUAL DE AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DOS CLIENTES
Surgiu entretanto o consumidor 3.0, com a internet a todo o vapor, surgindo empresas
a todo o momento, abrindo espaço para a concorrência.
Atualmente, o consumidor 4.0, que está ligado às redes sociais e que finalmente
percebeu que o seu futuro nos negócios passa pela internet.
- Ele é socialmente conectado, pois é um utilizador das redes sociais e com isso
consegue pesquisar registos de outros utilizadores e consumidores, convertendo-os
em negócio;
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- Ele é sensível às informações dos outros consumidores obtidas através das redes
sociais e de outras experiências sejam elas positivas sejam negativas;
- Ele gosta de se autopromover, logo gosta de falar sobre si mesmo, de mostrar aos
outros os seus lugares preferidos, os seus restaurantes preferidos as suas conquistas e
aquisições;
- Atuar de acordo com os melhores interesses dos seus clientes, de forma honesta,
correta e profissional;
- Informar, nos termos fixados por lei, dos direitos e deveres que decorrem da
celebração dos contratos de seguro;
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De acordo com o artigo nº24º (Deveres gerais do Mediador de seguros), o artigo nº30º
(Deveres do Mediador de seguros para com os Clientes) e o artigo nº31º (Deveres de
informação especial) da Lei 7/2019, e tendo em conta os deveres de informação e os
deveres especiais de informação, são deveres dos mediadores de seguros, entre
outros:
- Deve ainda informar o cliente sobre o nome da ou das empresas com quem
trabalha no âmbito das exigências e necessidades do citado cliente.
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- A título gratuito;
NOTA: Sempre que o cliente solicite informação em papel, mesmo que já a detenha
em suporte informático, o mediador deverá fornecê-la de modo gratuito.
Ninguém gosta de saber que está a ser estudado. Tem a ver com a questão da
privacidade individual. Nos negócios, estudar as pessoas é decisivo. Perceber como
funcionam e o que precisam no momento. Qual é a estratégia que estão a seguir. O
ideal é contribuir para que essa estratégia resulte. Normalmente, trocam-se opiniões
sobre os negócios e vamo-nos apercebendo como é que as nossas empresas clientes
ou possíveis clientes estão a funcionar.
Ao gerirmos os clientes vamos percebendo qual a sua evolução e para que mercados
estão a pensar crescer. Muitas vezes as empresas são “arrastadas” para outros
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MANUAL DE AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DOS CLIENTES
mercados, fruto da evolução dos seus clientes. Temos que estar muito atentos e
evoluir no sentido dos nossos clientes, caso contrário perdemos o rasto e
naturalmente o negócio. Logo, quanto melhor soubermos fazer a gestão dos nossos
clientes mais possibilidades temos de continuar a fazer negócios. Vão surgir novas
oportunidades, novos clientes e o nosso negócio também evolui.
Para este efeito, é fundamental que conheçamos várias pessoas dentro da estrutura
dos nossos clientes pois permite que em conversas de corredor, nos vamos
apercebendo das movimentações dos mesmos, sem que se apercebam de que os
estamos a estudar.
Perder clientes é perturbador. Por cada cliente que se perde e dependendo do volume
de negócios que mantínhamos com ele, vão ser necessários arranjar dois. Um para
manter o que tínhamos e o outro para poder crescer.
Ter uma carteira pequena de clientes é arriscado mas permite um maior controlo e
possibilidades de apoio. Por outro lado ter uma carteira grande de clientes é bom
mas a possibilidade de controlo é muito mais reduzida fazendo com que a saída de
clientes seja mais facilitada.
Normalmente, o ideal é ter uma carteira média de clientes individuais e por sua vez
uma carteira média de clientes empresa. Tudo também vai depender do tipo de
negócio em que se está envolvido e do crescimento que se pretende.
Como sabemos cada pessoa tem um limite para poder dar satisfação à sua carteira de
clientes. (Ver alínea i) do artigo 24º da Lei 7/2019)
Por exemplo, um agente de seguros que possua uma carteira de 500 clientes
individuais pequenos, tem muito que fazer e permite-lhe um nível de rendimento
bastante aceitável. Contudo, pode não conseguir apoiar convenientemente a sua
carteira, pois terá que visitar 2 clientes diferentes por dia durante um ano para poder
conversar um pouco com cada um deles. Se houver sinistros pelo meio, o que vai
acontecer por certo, não vai ser fácil prestar um apoio desejável aos seus clientes.
Logo, cada pessoa, ou empresa (grupo de pessoas) tem que encontrar o seu limite para
poder dar satisfação plena ao seu negócio. Nesta área, conhecemos agentes que têm
poucos clientes individuais (100), mas cada cliente possui em média 6 contratos. Logo
é o equivalente a ter 600 clientes que possuam apenas um seguro.
Cada cliente também tem uma capacidade máxima de aquisição face ao seu nível de
rendimento. Daí que tem que ser efetuada uma análise cuidada e permanente a cada
cliente que temos para podermos perceber se ainda há espaço para mais negócio ou
se atingiu o seu limite aceitável.
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Tendo em conta o que foi dito anteriormente, temos que o objetivo final de uma
gestão eficiente dos clientes é ter a garantia de continuidade do meu negócio e a sua
possível evolução.
Gestão eficiente, significa que fui ativo, eficaz, competente, positivo, útil e neste
sentido consegui manter o meu negócio ajudando a que outros também o tivessem
conseguido, e que eles próprios o sentiram, o que nem sempre é possível fazer
perceber.
Logo, para além de uma gestão própria eficiente, esta irá proporcionar uma gestão
eficiente para os outros. A coordenação desta gestão, minha e dos outros, é que é
difícil de encontrar.
Na justiça, nos EUA, por exemplo, foi criada uma figura denominada “mediação” que
serve de intermediário entre as partes procurando evitar o julgamento, ou seja de uma
forma mais simples, tenta-se um acordo que seja favorável para as partes sem a
necessidade de envolver um julgamento onde tem que se ouvir testemunhas e uma
complexidade de cumprimentos legais que arrastam em demasia o resultado final
sendo muitas vezes favorável apenas a uma delas.
Sendo assim, com uma gestão eficiente vou conseguir um maior equilíbrio emocional,
que para os negócios é decisivo. EQUILÍBRIO É IGUAL A SATISFAÇÃO.
8 - FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES
Como se pode verificar, por tudo o que foi dito sobre a gestão de clientes, depreende-
se que fidelizar clientes é uma prática bastante difícil.
No caso de clientes individuais, à primeira vista, parece mais fácil, contudo, tendo em
conta que, normalmente, o número de clientes individuais é largamente superior ao
das empresas, a sua fidelização torna-se mais difícil.
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MANUAL DE AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DOS CLIENTES
De uma forma geral, perder um cliente individual não é muito preocupante no total da
carteira, pois o volume de negócios é largamente inferior se fosse uma empresa. Daí
que o tempo despendido com este tipo de clientes é necessariamente inferior e com
isso tornamos mais frágil a nossa relação comercial.
Por outro lado, nem todas as pessoas são capazes de lidar convenientemente com
estes diferentes tipos de clientes, individuais e empresas. Já vimos que a forma de
atuarmos é significativamente diferente o que significa dizer que o ideal é
encontrarmos as pessoas certas para lidarem com cada tipologia de clientes ou então
termos na nossa estrutura pessoas que saibam adaptar-se convenientemente.
Logo, a fidelização de clientes tem muito a ver com a forma como comunicamos. A
empatia que criamos e vamos mantendo ao longo dos nossos permanentes contactos,
os momentos que escolhemos e a rapidez com que o fazemos.
Na maioria dos casos perdem-se negócios porque as nossas respostas não foram dadas
em tempo oportuno. Para se ganhar tempo (nos negócios é fundamental) se tivermos
que apresentar um orçamento, convém colocar perguntas pertinentes para fazer
perceber que afinal o tempo que nos reservaram para apresentação do mesmo é
escasso e com isso ganhar mais umas horas ou dias para o apresentarmos.
Assim, tornar fiel um cliente mexe com muitos fatores, alguns que podemos controlar
mais facilmente e outros de natureza externa que são normalmente impossíveis de
prever.
Portanto, resumidamente, para a fidelização dos clientes existem alguns aspectos que
consideramos fundamentais, a saber:
- Contacto permanente;
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- Comunicar convenientemente;
- Ser verdadeiro.
Logo, ter clientes fiéis é sucesso garantido e isso é uma enorme preciosidade.
Já percebemos que a fidelização está intimamente ligada à confiança. Ora, como nos
tornamos confiáveis?
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Temos obrigatoriamente que apurar as razões certas e não aquelas que pensamos
terem sido. O processo de retoma de clientes é, também ele, um novo processo e tem
que ser tratado de forma ainda mais cuidada.
Muitas vezes, não é apenas uma a razão pela qual o cliente nos troca, mas sim, um
conjunto de anomalias que levaram à perda de confiança.
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