Você está na página 1de 162

Espírito Santo

CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção

Elétrica
Metrologia - Noções Básicas
Espírito Santo

Metrologia Noções Básicas - Elétrica

© SENAI - ES, 1997

Trabalho realizado em parceria SENAI / CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão)

Coordenação Geral Luís Cláudio Magnago Andrade (SENAI)


Marcos Drews Morgado Horta (CST)

Supervisão Alberto Farias Gavini Filho (SENAI)


Rosalvo Marcos Trazzi (CST)

Elaboração Carlos Roberto Sebastião (SENAI)

Aprovação José Geraldo de Carvalho (CST)


José Ramon Martinez Pontes (CST)
Tarcilio Deorce da Rocha (CST)
Wenceslau de Oliveira (CST)

Editoração Ricardo José da Silva (SENAI)

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


DAE - Divisão de Assistência às Empresas
Departamento Regional do Espírito Santo
Av. Nossa Senhora da Penha, 2053
Bairro Santa Luíza - Vitória - ES.
CEP 29045-401 - Caixa Postal 683
Telefone: (27) 3325-0255
Telefax: (27) 3227-9017

CST - Companhia Siderúrgica de Tubarão


AHD - Divisão de Desenvolvimento de Recursos Humanos
AV. Brigadeiro Eduardo Gomes, n° 930, Jardim Limoeiro - Serra - ES.
CEP 29163-970
Telefone: (27) 3348-1333
Espírito Santo

Sumário

Medidas de Comprimento ...................................................... 04


Medidas de Superfície ...................................................... 10
Perímetro .............................................................................. 13
Calculo de Áreas..................................................................16
Figuras Espaciais - Volume.............................................. 23
Teorema de Pitágoras.......................................................... 35

Sistema Métrico Decimal.......................................................... 37


• Introdução.......................................................................... 37
• Exercícios .......................................................................... 39

Medidas Complexas ............................................................. 42


• Medidas de Tempo........................................................ 42
• Exercícios.......................................................................... 45
Metrologia ............................................................................. 47
• Normas Gerais................................................................. 51
• Unidades Dimensionais
Lineares............................................................................. 53

Unidades de Massa................................................................ 57
Unidades de Pressão......................................................... 58
Unidades de Temperatura.....................................................59
Rotação.................................................................................. 60
Termômerto............................................................................ 61
Tacômetro.............................................................................. 69

Régua Graduada......................................................................71
Paquímetro............................................................................. 80
• Princípios do Nônio........................................................... 81
• Sistema Inglês Ordinário................................................ 90
• Sistema Métrico Decimal...................................,,,,,,,,,,... 97
Esquadro...................................................................................109

Medição Angular.................................................................. 110


• Goniômetro........................................................................ 114

Manômetro.................................................................................121

• Transformações de Unidades......................................... 135


Potência.....................................................................................159
Espírito Santo

_________________________________________________________________________________________________

Medidas de Comprimento

Conceito de Medida

Medir uma grandeza é compara-la com outra da mesma espécie


tomada como unidade.

EXEMPLO
Consideremos dois pontos quaisquer de uma reta r, os quais
representaremos pelas letras A e B.

A B

A parte de reta compreendida entre os pontos A e B é chamada


segmento de reta.
Para medir o segmento de reta AB , escolhemos um segmento
unitário u que será a unidade de medida.

EXEMPLO

A B
1º AB = 3u

A B
1º AB = 5u

_________________________________________________________________________________________________

CST
4 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo

_________________________________________________________________________________________________

Qualquer segmento pode ser escolhido para unidade de


comprimento. Porém se cada pessoa pudesse escolher
livremente uma unidade de comprimento para medir um
segmento AB , este apresentaria diferentes medidas,
dependendo da unidade usada.
Assim, existe a necessidade de se escolher uma unidade
padrão de comprimento, isto é, uma unidade de comprimento
que seja conhecida e aceita por todas as pessoas.

Medidas de Comprimento

A unidade padrão de comprimento é o metro.


O metro é o comprimento assinalado sobre uma barra metálica
depositada no Museu Internacional de Pesos e Medidas, na
cidade de Sévres (França).
O metro com seus múltiplos forma o Sistema Métrico Decimal
que é apresentado no seguinte quadro:

MÚLTIPLOS SUBMÚLTIPLOS
Unidade Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Símbolo KM hm dam m dm cm mm
Valor 1.000 m 100 m 10 m 1m 0,1 m 0,01 0,001 m

Leitura de Comprimentos

Cada unidade de comprimento é igual a 10 vezes a unidade


imediatamente inferior:

1Km = 10 hm 1hm = 10 dam 1 dam = 10 m

1m = 10 dm 1dm = 10 cm 1 cm = 10mm

Em consequência, cada unidade de comprimento é igual a 0,1


da unidade imediatamente superior:

1hm = 0,1 km 1dam = 0,1 hm 1m = 0,1 dam

1dm = 0,1 m 1 cm = 0,1 dm 1mm = 0,1 cm

_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 5
Espírito Santo

_________________________________________________________________________________________________

A leitura e a escrita de um número que exprime uma medida de


comprimento (número seguido do nome da unidade) é feita de
modo idêntico aos números decimais.
Veja como você deve ler alguns comprimentos:
1 décimo de metro ou
0,1m
1 decímetro

vinte e cinco centésimos de metro ou


0,25m
vinte e cinco centímetros

seis inteiros e trinta e sete centésimos


6,37m de metro ou
63,7 decímetros

Mudanças de Unidade

Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior,


devemos fazer uma multiplicação por 10, ou seja, devemos
deslocar a vírgula um algarismo para a direita.
EXEMPLOS
3,72 dam = (3,72 x 10)m = 37,2 m
5,89 dam = (5,89 x 10)m = 58,9 m

Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior,


devemos fazer uma divisão por 10, ou seja, devemos deslocar a
vírgula de um algarismo para a esquerda.
EXEMPLOS
389,2 cm = (389,2 : 10) dm = 38,92 dm
8,75 m = ( 8,75 :10) dam = 0,875 dam

Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar


sucessivamente uma das regras anteriores.
EXEMPLOS
a) Km para m
3,584 Km = 35,84 hm = 358,4 dam = 3.584 m
b) dm para hm
87,5 dm = 8,75 m = 0,875 dam = 0,0875 hm

_________________________________________________________________________________________________

CST
6 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo

_________________________________________________________________________________________________

Exercícios - Medidas de Comprimento

1) Escreva a medida mais adequada quando você quer medir:

a) O comprimento da sala de aula;


b) A distância entre Vitória e Rio de Janeiro;
c) A largura de um livro;
d) A folga de virabrequim.

2) Escreva as medidas:

a) 8 hectômetros e 9 decâmetros;
b) 3 metros e 2 milímetros;
c) 27 metros e 5 milímetros;
d) 1 metro e 17 centímetros;
e) 15 decímetros e 1 milímetro.

3) Transforme cada medida apresentada para a unidade


indicada:

a) 527 m = .............................................. cm
b) 0,783 m = .............................................. mm
c) 34,5 dam = .............................................. cm
d) 0,8 m = .............................................. mm
e) 22,03 m = .............................................. dm

4) Reduza para a unidade indicada:

a) 5 m = ................................................ dm
b) 6 m = ................................................ cm
c) 7 m = ................................................ mm
d) 9 dm = ................................................ cm
e) 12 dm = ................................................ mm
f) 18 cm = ................................................ mm
g) 0,872 m = ................................................ mm

_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 7
Espírito Santo

_________________________________________________________________________________________________

5) Como se lêem as medidas:

a) 38,65 m = ..............................................
b) 1,50 m = ..............................................
c) 13,08 Km = ..............................................
d) 2,37 hm = ..............................................
e) 9,728 m = ..............................................

6) Marque as afirmativas com V ou F:

a) ( ) A unidade 100 vezes menor que o metro é o


centímetro.
b) ( ) O metro é a medida usada para medir
comprimento.
c) ( ) A abreviatura de decâmetro é dm.
d) ( ) 1 m = 10 cm.
e) ( ) 1000 mm corresponde a 1 metro.
f) ( ) As medidas de comprimento variam de 10 em
10.

7) Com base na tabela, represente:

Km hm dam m dm cm mm
a)
b)
c)
d)
e)

a) oito hectômetros e cinco metros.


b) doze decâmetros e sete centímetros.
c) cinquenta e um metros e nove milímetros.
d) vinte e cinco hectômetros e dezenove decímetros.
e) dois metros e cinco milímetros.

_________________________________________________________________________________________________

CST
8 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo

_________________________________________________________________________________________________

8) Descubra as medidas representadas no quadro e a seguir,


escreva por extenso:

Km hm dam m dm cm mm
a) 1 0, 0 3
b) 4, 5
c) 2, 1 6
d) 3, 0 0 7
e) 1 6, 0 5

a) .........................................................................................
b) .........................................................................................
c) .........................................................................................
d) .........................................................................................
e) .........................................................................................

9) Resolva os problemas com toda a atenção:

a) Júlio tem 1,72 m de altura e Paulo tem 1,58 m. Qual a


diferença da altura dos dois meninos?
b) Alice quer colocar o rodapé na sala. A sala tem forma
retangular com medidas iguais 3,5 m e 4,2 m. Quantos
metros de rodapé serão colocados nesta sala?
c) Um vendedor tinha uma peça de tecido com 6,5 m.
Ontem, vendeu 2,4 m deste tecido a uma freguesa e
hoje vendeu mais 1,3 m da mesma fazenda. Quantos
metros sobraram?
d) Uma barra de ferro com 8 m será repartida em 32
pedaços do mesmo tamanho. Quanto medirá cada
padeço?
e) Um lote de forma quadrada será cercado com 3 voltas
de arame. Quantos metros de arame serão gastos, se
o lado do lote tem 22,5 m?

_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 9
Espírito Santo

_________________________________________________________________________________________________

Medidas de Superfície

A medida de uma superfície chama-se área. O metro quadrado


2
(m ) é a unidade fundamental das medidas de superfície.
Dividimos o retângulo à esquerda em quadrados de 1 metro de
lado.

1m2 1m

3m 1m

1m

5m 1m 1m 1m 1m 1m

2
Então o retângulo tem 15m de área.

Conclusão:
Podemos encontrar a área do retângulo multiplicando a medida
da base pela medida da altura.

Múltiplos e Submúltiplos do m 2

Para medir superfícies, além do metro quadrado, podemos usar


ainda os:
2 2
1000000 m = 1 km (quilômetro quadrado)
2 2
• Múltiplos 10000 m = 1 hm (hectômetro quadrado)
2 2
100 m = 1 dam (decâmetro quadrado)

2 2
1m = 100 dm (decímetro quadrado)
2 2
• Submúltiplos 1m = 10000 cm (centímetro quadrado)
2 2
1m = 1000000 mm (milímetro quadrado)

_________________________________________________________________________________________________

CST
10 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo

_________________________________________________________________________________________________

Mudanças de Unidade

Cada unidade de superfície é 100 vezes maior que a unidade


imediatamente inferior.

2 casas 2 casas 2 casas 2 casas 2 casas 2 casas

km 2 hm 2 dam
2
m2 dm 2 cm 2 mm2

A mudança de unidade se faz com o deslocamento da vírgula a


direita ou para a esquerda.

EXEMPLOS:

2
a) Transformar 73,58 dam em metros quadrado:
2 2 2
73,58 dam = (73,58 x 100) m = 7358 m
Na prática, deslocamos a vírgula duas casas para a direita.

2
b) Transformar 0,54623 hm em metros quadrados:
2 2 2
0,54623 hm = (0,54623 x 10000) m = 5462,3 m
Na prática, deslocamos a vírgula quatro casas para a direita.

2
c) Transformar 18,57 dm em metros quadrados:
2 2 2
18,57 dm = (18,57 : 100) m = 0,1857 m
Na prática, deslocamos a vírgula duas casas para a esquerda.

_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 11
Espírito Santo

_________________________________________________________________________________________________

Exercícios - Medidas de Superfície


2
1) Transforme em m :

2 2
a) 7 km e) 87,20 dm
2 2
b) 8 dam f) 44,93 cm
2 2
c) 6,41 km g) 0,0095 hm
2 2
d) 5,3 hm h) 524,16 cm

2) Faça a conversão de:

2 2 2 2
a) 15 m em dm e) 0,07 dm em cm
2 2 2 2
b) 30 hm em km f) 581,4 m em dm
2 2 2 2
c) 0,83 cm em mm g) 739 dam em km
2 2 2 2
d) 3200 mm em cm h) 0,65 m em hm

Tabela para facilitar os exercícios:

MÚLTIPLOS SUBMÚLTIPLOS
Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

_________________________________________________________________________________________________

CST
12 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 13
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
CST
14 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 15
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
CST
16 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 17
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
CST
18 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 19
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
CST
20 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 21
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
CST
22 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 23
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
CST
24 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 25
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
CST
26 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 27
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
CST
28 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 29
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
CST
30 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 31
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
CST
32 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 33
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
CST
34 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

originando-se o material “Alclad”.


__________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 35
Espírito Santo
__________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________
CST
36 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Sistema Métrico Decimal - Medidas de Massa

Introdução

O que, de modo comum, chamamos peso de um corpo é, na


realidade matemática e física, a massa do corpo.
Sabemos que o peso de um corpo varia conforme o local em
que se encontra esse corpo (a ação da gravidade varia de local
para local da Terra), enquanto a massa do corpo é constante.
Vamos estudar, portanto, as medidas de massa.

O Quilograma e o Grama

A unidade fundamental (e legal) para as medidas de massa dos


corpos é o quilograma, que se abrevia kg.
3
O quilograma é a massa aproximada de 1 dm de água
destilada à temperatura de 4ºC.
Porém, de modo prático, usamos como unidade principal o
grama (g), que é a milésima parte do quilograma.
Vejamos a tabela de múltiplos e submúltiplos do grama.

Múltiplos u.f. Submúltiplos


quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama

kg hg dag g dg cg mg
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001g

10 10 10 10 10 10

kg hg dag g dg cg mg

Cada unidade de massa é 10 vezes maior que a unidade


imediatamente inferior, isto é, as sucessivas unidades de massa
variam de 10 em 10.

_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 37
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Transformação de Unidades

Observe o exemplo e faça as transformações:


a) 2 kg = (2 x 1.000) g = 2.000 g
b) 6 g = (.................................) cg = ............................ cg
c) 1.600 g = (...............................) kg = ............................ kg
d) 35.000 mg = (.............................) g = ......................... g
e) 2,35 kg = (.............................) hg = ........................... hg
f) 16,2 dg = (.............................) g = .......................... g

Unidades Especiais

Além das unidades vistas anteriormente, temos unidades


especiais:

a tonelada ( t ) = 1.000 kg
= servem para medir grandes massas.
o megaton 1.000 t ou 1.000.000 kg

o quilate = 0,2 g → serve para medir pedras e metais preciosos

Relação Importante

Considerando as definições de litro e de quilograma, pode-se


estabelecer para a água destilada à temperatura de 4ºC o
seguinte quadro:

volume capacidade massa


3
1 dm = = 1 gk

_________________________________________________________________________________________________

CST
38 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Exercícios

1) Você deve completar as sentenças seguintes:

a) Um tanque está inteiramente cheio e contém um volume


3
de 12m de água pura. Qual o peso (massa) de água
nesse tanque:
3 3
12 m = ( ......................................) dm = .......................... kg.

3
b) Uma caixa tem um volume de 1.650 cm . Qual o peso
máximo de água pura que pode conter ?
3 3
1.650 cm = ( ......................................) dm = .......................... kg.

c) Uma caixa d’água está totalmente cheia de água pura.


Sua capacidade é 35.000 λ. Qual o peso ?
35.000 λ = ...................................... kg.

d) O peso (massa) de água pura contida num recipiente é


6.000 kg. Qual o volume de água pura desse recipiente?
3 3 3
6.000 kg = ........................... dm = ( ........................... ) m = ................. m .

e) A massa de uma pedra preciosa é 18 quilates. A


quantos g corresponde ?
18 quilates = ..................... x ..................... = ........................ g.

10 λ = .......................... dm = .............................. kg
3
f)
(de água pura).

2) Transformar para a unidade imediatamente inferior:

a) 3 t
b) 12 dag
c) 2,5 kg
d) 3,41 g
e) 2,5 t

_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 39
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

3) Transformar para a unidade imediatamente superior:

a) 50 g
b) 6.500 kg
c) 38,5 dg
d) 285 hg
e) 120 mg

4) Transformar em kg.

a) 1,5 t
b) 28 hg
c) 9.600 g
d) 42 t
e) 12.500 g

5) Transformar em g:

a) 3,2 kg
b) 2 t
1
c) kg
4
d) 1.300 mg
e) 61 quilates
1
f) kg
2
g) 4,5 hg
h) 24 quilates
i) 0,75 kg
j) 142,5 cg

6) Resolver os seguintes problemas:


3
a) Um carro tanque, inteiramente cheio, transporte 12 m
de água pura. Qual é o peso (massa) da água
transportada ?
b) As medidas de um reservatório são 7 m; 5 m e 4 m.
Estando inteiramente cheio esse reservatório com água
pura, qual é o peso (massa) dessa água ?
_________________________________________________________________________________________________

CST
40 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

c) Uma caixa cúbica tem 0,5 m de aresta (internamente).


Que peso (massa) máximo de água pura pode conter ?
d) Um reservatório tem uma capacidade para 20.000 λ.
Qual o peso (massa) de água pura que esse
reservatório pode conter quando inteiramente cheio ?
e) A massa de um diamante é 324,5 quilates. Qual o peso
(massa) desse diamante em g ?

_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 41
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Medidas não decimais

Medidas Complexas

Existem medidas que podem ser escritas em várias unidades,


como:
5 horas 20 minutos 10 segundos.
22 graus 30 minutos.
2 anos 3 meses 20 dias.
Essas medidas são chamadas medidas complexas e, entre
elas, estudaremos as medidas de tempo (as medidas de
ângulo serão estudadas na 7ª série).

Medidas de Tempo

No quadro abaixo, menos as unidades de medida de tempo.

Unidades Símbolo Valores

ano comercial a 360 dias

mês comercial me 30 dias

dia d 24 horas Observamos que as unidades


de tempo não têm, entre si,
hora h 60 minutos relações decimais.

minuto min 60 segundos

segundo s -

Além das unidades constantes do quadro, são também usuais


as unidades:
Semana (7 d); Quinzena (15 d); Bimestre (2 me); Trimestre
(3 me);

_________________________________________________________________________________________________

CST
42 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Transformação de medida complexa em medida


simples

Seja transformar 2h 20min 12s em segundos.


2 X 60 = 120 min 140 X 60 = 8.400 s
20 min 12 s
140 min 8.412 s

Então: 2h 20min 12s = 8.412s.

Exercícios:

1) Observando o exemplo dado, transforme:

a) 1h 40min = ................................................... min.


b) 3h 10min 20s = ............................................. s.
c) 2d 10h = ....................................................... h.
d) 4me 20d = .................................................... d.
e) 1a 6me 10d = ............................................... d.

Transformação de medida simples em medida


complexa

Seja transformar 820 dias em anos, meses e dias.


820 d 30 27 me 12
220 27 me 2a
10 d

_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 43
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Exercício:

1) Observando o exemplo dado, transforme:

a) 350 min a h → ............... h ............... min


b) 81.020 s a h → ............... h ............... min ............ s
c) 80 h a d → ............... d ............... h
d) 135 d a me → ............... me ............ d
e) 940 d a a → ............... a ............... me ............. d

Operações com medida complexas

1. Adição
1º exemplo: 2h 10min 20s + 3h 40min 15s 2º exemplo: 3h 40min + 6h 35min
2h 10min 20s 3h 40min
3h 40min 15s 6h 35min
5h 50min 35s 9h 75min fazendo a
10h 15min transformação

2. Subtração com medidas complexas

1º exemplo: 5h 40min - 2h 20min 30s 2º exemplo: 5me - 2me 20d

5h 40min 5h 39min 60s 5me 4me 30d


- 2h 20min 30s - 2h 20min 30s - 2me 20d - 2me 20d
3h 19min 30s 2me 20d

_________________________________________________________________________________________________

CST
44 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Exercícios:

1) Observando os exemplos calcule:

a) 1h 20min 10s + 2h 10min 40s = ........... h ............ min ............. s


b) 2h 40min 50s + 1h 35min 30s = ......... h ......... min ........ s = ........ h ........ min .........
s
c) 3d 18h + 2d 12h = ........... d ........... h = ............. d ............ h
d) 2me 20d + 3me 15d = ............. me .............. d = ............... me ............... d
e) 1a 9me 25d + 1a 6me 15d = ........... a .......... me ......... d = ......... a ......... e ......... d.

2) Observando os exemplos calcule:

a) 3h 40min 50s - 1h 10min 20s = ............ h ............ min ............ s


b) 5h 25min 10s - 2h 14min 50s = ............ h ............ min ............ s
c) 3d - 1d 20h = ................. d ................... h
d) 4h - 1h 30min = ........................ h ...................... min
e) 6 me - 2me 20d = .................... me ..................... d
f) 4 a 8m 10d - 2a 6m 20d = ................. a .................. me ............... d

3. Multiplicação e divisão de medida complexa por número


inteiro

1º exemplo: (1h 20min 18s) x 4 2º exemplo: (25h 27min 20s) : 2

1h 20min 18s 25h 27min 20s 2


x 4 05 60min + 60s 12h 43min 40s
4h 80min 72s fazendo a 1s 87min 80s
4h 81min 12s transformação 07 00
5h 21min 1min

_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 45
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Exercícios:

1) Observando os exemplos dados, calcule:

a) (2h 10min 20s) x 2 = ............... h .............. min ............... s


b) (10h 35min 50s) : 5 = ............... h .............. min .............. s
c) (1h 25min 30s) x 3 = ............ h ........... min ........... s = ........... h .......... min ..........
s
d) (4h 15min) : 3 = ............ h ............. min
e) (1me 20d) x 2 = ............. me ............ d = ............ me ............. d
f) (3 e 5me 10d) : 2 = .............. a ............ me ............... d

_________________________________________________________________________________________________

CST
46 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Conceito - Finalidade do controle medição - Método – Instrumento e Operador


- Laboratório de Metrologia

Metrologia

A metrologia aplica-se a todas as grandezas determinadas e, em


particular, às dimensões lineares e angulares das peças
mecânicas. Nenhum processo de usinagem permite que se
obtenha rigorosamente uma dimensão prefixada. Por essa razão,
é necessário conhecer a grandeza do erro tolerável, antes de se
escolherem os meios de fabricação e controle convenientes.

Finalidade do Controle

O controle não tem por fim somente reter ou rejeitar os produtos


fabricados fora das normas; destina-se, antes, a orientar a
fabricação, evitando erros. Representa, por conseguinte, um fator
importante na redução das despesas gerais e no acréscimo da
produtividade.
Um controle eficaz deve ser total, isto é, deve ser exercido em
todos os estágios de transformação da matéria, integrando-se nas
operações depois de cada fase de usinagem.
Todas as operações de controle dimensional são realizadas por
meio de aparelhos e instrumentos; devem-se, portanto, controlar
não somente as peças fabricadas, mas também os aparelhos e
instrumentos verificadores:
• de desgastes, nos verificadores com dimensões fixas;
• de regulagem, nos verificadores com dimensões variáveis;
Isto se aplica também às ferramentas, aos acessórios e às
máquinas-ferramentas utilizadas na fabricação.

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 47
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Medição

O conceito de medir traz, em si, uma idéia de comparação. Como


só se podem comparar “coisas” da mesma espécie, cabe
apresentar para a medição a seguinte definição, que, como as
demais, está sujeita a contestações:
“Medir é comparar uma dada grandeza com outra da
mesma espécie, tomada como unidade”.
Uma contestação que pode ser feita é aquela que se refere à
medição de temperatura, pois, nesse caso, não se comparam
grandezas, mas, sim, estados.
A expressão “medida de temperatura”, embora consagrada,
parece trazer em si alguma inexatidão: além de não ser grandeza,
ela não resiste também à condição de soma e subtração, que
pode ser considerada implícita na própria definição de medir.
Quando se diz que um determinado comprimento tem dois
metros, pode-se afirmar que ele é a metade de outro de quatro
metros; entretanto, não se pode afirmar que a temperatura de
quarenta graus centígrados é duas vezes maior que uma de vinte
graus, e nem a metade de outra de oitenta.
Portanto, para se medir um comprimento, deve-se primeiramente
escolher outro que sirva como unidade e verificar quantas vezes a
unidade cabe dentro do comprimento por medir. Uma superfície
só pode ser medida com unidade de superfície; um volume, com
unidade volume; uma velocidade, com unidade de velocidade;
uma pressão, com unidade de pressão, etc.

Unidade
Entende-se por unidade um determinado valor em função do qual
outros valores são enunciados. Usando-se a unidade METRO,
pode-se dizer, por exemplo, qual é o comprimento de um
corredor. A unidade é fixada por definição e independe do
prevalecimento de condições físicas como temperatura, grau
higroscópico (umidade), pressão, etc.

Padrão
O padrão é a materialização da unidade; é influenciada por
condições físicas, podendo-se mesmo dizer que é a
materialização da unidade, somente sob condições específicas. O
metro-padrão, por exemplo, tem o comprimento de um metro,
somente quando está a uma determinada temperatura, a uma
determinada pressão e suportado, também, de um modo definido.
É óbvio que a mudança de qualquer uma dessas condições
alterará o comprimento original.
Método, Instrumento e Operador

___________________________________________________________________________________________________
CST
48 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Um dos mais significativos índices de progresso, em todos os


ramos da atividade humana, é a perfeição dos processos
metrológicos que neles se empregam. Principalmente no domínio
da técnica, a Metrologia é de importância transcendental.
O sucessivo aumento de produção e a melhoria de qualidade
requerem um ininterrupto desenvolvimento e aperfeiçoamento na
técnica de medição; quanto maiores são as necessidades de
aparatos, ferramentas de medição e elementos capazes.
Na tomada de quaisquer medidas, devem ser considerados três
elementos fundamentais: o método, o instrumento e o operador.

Método
a) Medição Direta
Consiste em avaliar a grandeza por medir, por comparação direta
com instrumentos, aparelhos e máquinas de medir.
Esse método é, por exemplo, empregado na confecção de peças-
protótipos, isto é, peças originais utilizadas como referência, ou,
ainda, quando o número de peças por executar for relativamente
pequeno.

b) Medição Indireta por Comparação


Medir por comparação é determinar a grandeza de uma peça com
relação a outra, de padrão ou dimensão aproximada; daí a
expressão: medição indireta.
Os aparelhos utilizados são chamados indicadores ou
comparadores-amplificadores, os quais, para facilitarem a
leitura, amplificam as diferenças constatadas, por meio de
processos mecânicos ou físicos (amplificação mecânica, ótica,
pneumática, etc.).

Instrumentos de Medição
A exatidão relativas das medidas depende, evidentemente, da
qualidade dos instrumentos de medição empregados. Assim, a
tomada de um comprimento com um metro defeituoso dará
resultado duvidoso, sujeito a contestações. Portanto, para a
tomada de uma medida, é indispensável que o instrumento esteja
aferido e que a sua aproximação permita avaliar a grandeza em
causa, com a precisão exigida.

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 49
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Operador
O operador é, talvez, dos três, o elemento mais importante. É ele
a parte inteligente na apreciação das medidas. De sua habilidade
depende, em grande parte, a precisão conseguida. Um bom
operador, servindo-se de instrumentos relativamente débeis,
consegue melhores resultados do que um operador inábil com
excelentes instrumentos.
Deve, pois, o operador, conhecer perfeitamente os instrumentos
que utiliza, ter iniciativa para adaptar às circunstâncias o método
mais aconselhável e possuir conhecimentos suficientes para
interpretar os resultados encontrados.

Laboratório de Metrologia

Nos casos de medição de peças muito precisas, torna-se


necessário uma climatização do local; esse local deve satisfazer
às seguintes exigências:
1 - temperatura constante;
2 - grau higrométrico correto;
3 - ausência de vibrações e oscilações;
4 - espaço suficiente;
5 - boa iluminação e limpeza.

1 - Temperatura, Umidade, Vibração e Espaço


A Conferência Internacional do Ex-Comite I.S.A. fixou em 20ºC a
temperatura de aferição dos instrumentos destinados a verificar as
dimensões ou formas.
Em conseqüência, o laboratório deverá ser mantido dentro dessa
temperatura, sendo tolerável à variação de mais ou menos 1ºC;
para isso, faz-se necessária a instalação de reguladores
automáticos. A umidade relativa do ar não deverá ultrapassar
55%; é aconselhável instalar um higrostato (aparelho regulador de
umidade); na falta deste, usa-se o CLORETO DE CÁLCIO
INDUSTRIAL, cuja propriedade química retira cerca de 15% da
umidade relativa do ar.
Para se protegerem as máquinas e aparelhos contra vibração do
prédio, forra-se a mesa com tapete de borracha, com espessura
de 15 a 20mm, e sobre este se coloca chapa de aço, de 6mm.
No laboratório, o espaço deve ser suficiente para acomodar em
armários todos os instrumentos e, ainda, proporcionar bem-estar a
todos que nele trabalham.

___________________________________________________________________________________________________
CST
50 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

2 - Iluminação e Limpeza
A iluminação deve ser uniforme, constante e disposta de maneira
que evite ofuscamento. Nenhum dispositivo de precisão deve
estar exposto ao pó, para que não haja desgastes e para que as
partes óticas não fiquem prejudicadas por constantes limpezas. O
local de trabalho deverá ser o mais limpo e organizado possível,
evitando-se que as peças fiquem umas sobre as outras.

Normas Gerais de Medição

Medição é uma operação simples, porém só poderá ser bem


efetuada por aqueles que se preparam para tal fim.
O aprendizado de medição deverá ser acompanhado por um
treinamento, quando o aluno será orientado segundo as normas
gerais de medição.

Normas gerais de medição:


1- Tranqüilidade.
2- Limpeza.
3- Cuidado.
4- Paciência.
5- Senso de responsabilidade.
6- Sensibilidade.
7- Finalidade da posição medida.
8- Instrumento adequado.
9- Domínio sobre o instrumento.

Recomendações

Os instrumentos de medição são utilizados para determinar


grandezas. A grandeza pode ser determinada por comparação e
por leitura em escala ou régua graduada.
É dever de todos os profissionais zelar pelo bom estado dos
instrumentos de medição, mantendo-se assim por maior tempo
sua real precisão.

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 51
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Evite: 1 - choques, queda, arranhões, oxidação e sujeita;


2 - misturar instrumentos;
3 - cargas excessivas no uso, medir provocando atrito
entre a peça e o instrumento;
4 - medir peças cuja temperatura, quer pela usinagem
quer por exposição a uma fonte de calor, esteja fora
da temperatura de referência;
5 - medir peças sem importância com instrumentos
caros.

Cuidados: 1 - USE proteção de madeira, borracha ou feltro,


para apoiar os instrumentos.
2 - DEIXE a peça adquirir a temperatura ambiente,
antes de tocá-la com o instrumento de
medição.

___________________________________________________________________________________________________
CST
52 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Unidades Dimensionais Lineares

Unidades Dimensionais

As unidades de medidas dimensionais representam valores de


referência, que permitem:
• expressar as dimensões de objetos (realização de
leituras de desenhos mecânicos);
• confeccionar e, em seguida, controlar as dimensões
desses objetos (utilização de aparelhos e instrumentos
de medida).
Exemplo: A altura da torre EIFFEL é de 300 metros; a
espessura de uma folha de papel para
cigarros é de 30 micrômetros.
• A torre EIFFEL e a folha de papel são objetos.
• A altura e a espessura são grandezas.
• 300 metros e 30 micrômetros são unidades.

Unidades Dimensionais Lineares

Sistema Métrico Decimal


Histórico: O metro, unidade fundamental do sistema métrico,
criado na França em 1795, é praticamente igual à
décima milionésima parte do quarto do meridiano
terrestre (fig.1); esse valor, escolhido por apresentar
caráter mundial, foi dotado, em 20 de maio de 1875,
como unidade oficial de medidas por dezoito nações.

Observação: A 26 de junho de 1862, a lei imperial nº 1.157


adotava, no Brasil, o sistema métrico decimal.

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 53
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Fig.1
AB = ¼ do meridiano

Definição do Metro
O metro é definido por meio da radiação correspondente à
transição entre os níveis “2 p 10” e “5 d 5” do átomo de criptônio
86 e é igual, por convenção, a 1.650.763,73 vezes o comprimento
dessa onda no vácuo.
O “2 p 10” e “5 d 5” representa a radiação por usar na raia-
vermelho-laranja do criptônio 86. Seu comprimento de onda é de
0.6057 micrômetros.
1 650 763,73
comprimento de onda

2P10 - 5d5 trans.

KRYPTON 86 1 metro
[Lamp]

Linha laranja-vermelha
do espectro de Kr 86

Metro Padrão Universal


O metro-padrão universal é a distância
materializada pela gravação de dois traços
no plano neutro de uma barra de liga
bastante estável, composta de 90% de
platina e 10% de irídio, cuja secção, de
máxima rigidez, tem a forma de um X
(fig.2).

Fig.2

___________________________________________________________________________________________________
CST
54 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Múltiplos e Submúltiplos do Metro


12
Terâmetro - Tm - 10 - 1 000 000 000 000m
9
Gigâmetro - Gm - 10 - 1 000 000 000m
6
Megâmetro - Mm - 10 - 1 000 000m
3
Quilômetro - Km - 10 - 1 000m
2
Hectômetro - Hm - 10 - 100m
1
Decâmetro - Dam - 10 - 10m
METRO (unidade) - m - 1m
-1
decímetro - dm - 10 - 0,1m
-2
centímetro - cm - 10 - 0,01m
-3
milímetro - mm - 10 - 0,001m
- µm
-6
micrômetro - 10 - 0,000 001m
-9
nanômetro - nm - 10 - 0,000 000 001m
-12
picômetro - pm - 10 - 0,000 000 000 001m
-15
femtômetro - fm - 10 - 0,000 000 000 000 001m
-18
attômetro - am - 10 - 0,000 000 000 000 000 001m

Unidades Não Oficiais

Sistemas Inglês e Americano


Os países anglo-saxãos utilizam um sistema de medidas baseado
na farda imperial (yard) e seus derivados não decimais, em
particular a polegada inglesa (inch), equivalente a 25,399 956mm
à temperatura de 0ºC.
Os americanos adotam a polegada milesimal, cujo valor foi fixado
em 25,400 050mm à temperatura de 16 2/3ºC.
Em razão da influência anglo-saxônica na fabricação mecânica,
emprega-se freqüentemente, para as medidas industriais, à
temperatura de 20ºC, a polegada de 25,4mm.
Observação: Muito embora a polegada extinguiu-se, na Inglaterra,
em 1975, será aplicada em nosso curso, em virtude
do grande número de máquinas e aparelhos
utilizados pelas indústrias no Brasil que obedecem a
esses sistemas.

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 55
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Unidades de Comprimento
m µm mm cm dm km
6 3 2 -3
1m = 1 10 10 10 10 10
-6 -3 -4 -5 -9
1 µm = 10 1 10 10 10 10
-3 3 -1 -2 -6
1 mm = 10 10 1 10 10 10
-2 4 -1 -5
1 cm = 10 10 10 1 10 10
-1 5 2 -4
1 dm = 10 10 10 10 1 10
3 9 6 -5 4
1 km = 10 10 10 10 10 1
Unidades de Comprimento (Cont.)
mm µm nm Å pm mÅ
3 6 7 9 10
1 mm = 1 10 10 10 10 10
-3 3 4 6 7
1 µm = 10 1 10 10 10 10
-6 -3 -1 3 4
1 nm = 10 10 1 10 10 10
-7 -4 2 3
1Å = 10 10 10 1 10 10
-9 -6 -3
1 pm = 10 10 10 10 1 10
-10 -7 -6 -5 -1
1 mÅ = 10 10 10 10 10 1
Å = Ångström | 1 mÅ = 1 UX (Unidade X ou Röntgen)

Outras Grandezas

Área
Área ou superfície é o produto de dois comprimentos.
O metro quadrado é a unidade SI da área, e o seu símbolo
é m2.
Unidades de Área
µm
2 2 2 2 2 2
m mm cm dm km
2 12 6 4 2 -6
1m = 1 10 10 10 10 10
-12 -2 -8 -10 -18
1 µm
2
= 10 1 10 10 10 10
2 -6 6 -2 -4 -12
1 mm = 10 10 1 10 10 10
2 -4 8 2 -2 -10
1 cm = 10 10 10 1 10 10
2 -2 10 4 2 -8
1 dm = 10 10 10 10 1 10
2 6 18 12 10 8
1 km = 10 10 10 10 10 1

Volume
Volume é produto de três comrprimentos (comprimento, largura e
altura).
O metro cúbico é a unidade SI da volume, e o seu símbolo
é m3.
Unidades de Volume
3 3 3 3 1) 3
m mm cm dm km
3 9 6 3 9
1m = 1 10 10 10 10
3 -9 -3 -6 -18
1 mm = 10 1 10 10 10
3 -6 3 -3 -15
1 cm = 10 10 1 10 10
3 -3 -6 3 -12
1 dm = 10 10 10 1 10
3 9 18 15 12
1 km = 10 10 10 10 1
1) 3
1 dm = 1 l (Litro)
___________________________________________________________________________________________________
CST
56 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Massa
O kilograma é a unidade SI de massa, com o símbolo kg.
O correto em português é escrever quilograma, entretanto
trataremos a unidade de massa como kilograma por coerência
gráfica (kg).
O kilograma tem as seguintes características ímpares:
a) Única unidade de base com prefixo (kilo = mil)
b) Única unidade de base definida por um artefato escolhido em
1889.
c) Praticamente sua definição não sofreu nenhuma modificação
ou revisão.

O padrão primário da unidade de massa é o protótipo


internacional do kilograma do BIPM. Este protótipo é um cilindro
de platina (90%) - irídio (10%), com diâmetro e atura iguais a
39mm.

Tamanho aproximado do kilograma


protótipo de platina-irídio

Unidades de Massa
kg mg g dt t = Mg
6 3 -2 -3
1 kg = 1 10 10 10 10
-6 -3 -8 -9
1 mg = 10 1 10 10 10
-3 3 -5 -6
1g = 10 10 1 10 10
2 8 5 -1
1 dt = 10 10 10 1 10
3 9 6
1 t = 1 Mg = 10 10 10 10 1

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 57
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Pressão
Na área industrial trabalhamos com três conceitos de pressão:
Pressão Atmosférica ou Barométrica - É a pressão do ar e da
atmosfera vizinha.
Pressão Relativa ou Manométrica - É a pressão tomada em
relação à pressão atmosférica. Pode assumir valores negativos
(vácuo) ou positivos (acima da pressão atmosférica).
Pressão Absoluta - É a pressão tomada em relação ao vácuo
completo ou pressão zero. Portanto só pode assumir valores
positivos.
O Pascal é a unidade SI de pressão, e o seu símbolo é Pa.
Um Pascal é a pressão de uma força de 1 Newton exercida numa
superfície de 1 metro quadrado.
Relações entre Unidades de Pressão

P = F/A P - pressão F - Força A - Área


2
Kgf/cm ..... : quilograma força por centímetro quadrado
2
lbs/pol ..... : líbras por polegada ao quadrado
BAR.......... : BAR
Pol Hg ...... : polegada de mercúrio
Pol H2O .... : polegada de água
ATM.......... : atmosfera
mmHg....... : milímetros de coluna de mercúrio
mmH2O .... : milímetros de coluna d’água
Kpa........... : quilopascal

2 2
Kg/cm lbs/pol BAR Pol Hg Pol H2O ATM mmHg mmH2O Kpa
2
Kg/cm 1 14,233 0,9807 28,96 393,83 0,9678 735,58 10003 98,07
2
1bs/pol 0,0703 1 0,0689 2,036 27,689 0,068 51,71 70329 6,895
BAR 1,0197 14,504 1 29,53 401,6 0,98692 750,06 10200 100
Pol Hg 0,0345 0,4911 0,03386 1 13,599 0,0334 25,399 345,40 3,3863
Pol H2O 0,0025 0,03611 0,00249 0,07353 1 0,00245 1,8677 25,399 0,24901
ATM 1,0332 14,696 1,0133 29,923 406,933 1 760,05 10335 101,332
mmHg 0,00135 0,01933 0,00133 0,03937 0,5354 0,00131 1 13,598 0,13332
mmH2O 0,00009 0,00142 0,00009 0,00289 0,03937 0,00009 0,07363 1 0,0098
9 8
Kpa 0,01019 0,1450 0,01 0,29529 4,0158 0,00986 7,50056 101,998 1

Temperatura
O Kelvin é unidade SI de temperatura, e o seu símbolo é K.
O Kelvin é definido como a fração 1/273,15 da temperatura
termodinâmica do ponto tríplice da água (equilíbrio simultâneo das
fases sólida, líquida e gasosa).
Na prática utiliza-se o grau Celsius (ºC).
Existem também as escalas Rankine e Fahrenheit.

___________________________________________________________________________________________________
CST
58 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Unidade de Temperatura
K ºC ºF Rank
Ponto de ebulição (Água) 373,15 100 212 671,67

Ponto de
Solidificação 273,15 0 32 491,67

Zero Absoluto 0 -273,15 -459,67 0

5
TK = 273,15 + tC = TR
9
TR = 459,67 + tF = 1,8 TK
5
tC = (tF - 32) = TK - 273,15
9
tF = 1,8 tC + 32 = TR - 459,67

TK, TR, tC e tF são os valores numéricos de uma temperatura nas


escalas: Kelvin; Rankine; Celsius e Fahrenheit.

Força
Força é uma grandeza vetorial, derivada do produto da massa
pela aceleração, ou seja, quando se aplica uma força F em um
corpo de massa m, ele se move com uma aceleração a, então:

F=m.a

O Newton é a unidade SI de força, e o seu símbolo é N.


Unidades de Peso
2)
N kN MN kp dina
-3 -6 5
1N = 1 10 10 0,102 10
3 -3 3 8
1 kN = 10 1 10 0,102.10 10
6 3 6 11
1 MN = 10 10 1 0,102.10 10
-3 -6 5
1 kp = 9,81 9,81.10 9,81.10 1 9,81.10
-5 -8 -11 -5
1 dina = 10 10 10 0,102.10 1
2) 2
1N = 1 kg m/s

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 59
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Rotação
A velocidade de rotação é dada em RPM (número de rotações
por minuto).
Comparação de Unid. Anglo-Americana com as Métr. - Unid. de Compr.
pol pé jarda mm m km
1 pol = 1 0,08333 0,02778 25,4 0,0254 -
1 pé = 12 1 0,3333 304,8 0,3048 -
1 jarda = 36 3 1 914,4 0,9144 -
-6 -6 -6
1 mm = 0,03937 3281.10 1094.10 1 0,001 10
1m = 39,37 3,281 1,094 1000 1 0,001
94 6
1 km = 39370 3281 10 10 1000 1
Unidades de Área
2 2 2 2 2 2
pol pé jarda cm dm m
2
1 pol = 1 - - 6,452 0,06452 -
2
1 pé = 144 1 0,1111 929 9,29 0,0929
2
1 jarda = 1296 9 1 8361 83,61 0,8361
2
1 cm = 0,155 - - 1 0,01 0,0001
2
1 dm = 15,5 0,1076 0,01196 100 1 0,01
2
1m = 1550 10,76 1,196 10000 100 1
Unidades de Volume
3 3 3 3 3 3
pol pé jarda cm dm m
3
1 pol = 1 - - 16,39 0,01639 -
3
1 pé = 1728 1 0,037 28320 28,32 0,0283
3
1 jarda = 46656 27 1 765400 - -
3 -8 -6 -6
1 cm = 0,06102 3531.10 1,31.10 1 0,001 10
3
1 dm = 61,02 0,03531 0,00131 1000 1 0,001
3 6
1m = 61023 3531 130,7 10 1000 1
Unidades de Massa
dracma oz lb g kg Mg
1 dracma = 1 0,0625 0,003906 1,772 0,00177 -
1 onça = 16 1 0,0625 28,35 0,02835 -
1 lb = 256 16 1 453,6 0,4536 -
-6
1g = 0,5644 0,03527 0,002205 1 0,001 10
1 kg = 564,4 35,27 2,205 1000 1 0,001
3 6
1 Mg = 564,4.10 35270 2205 10 1000 1
Outras Unidades
1 milha inglesa = 1609 m
1 milha marítima internacional = 1852 m
1 milha geográfica = 7420 m
1 légua brasileira (3000 braças) = 6600 m
1 milha brasileira (1000 braças) = 2200 m
3
1 galão imperial (Ingl.) = 4,546 dm
3
1 galão Americano (EUA) = 3,785 dm
1 braça (2 varas) = 2,20 m
1 vara (5 palmos) = 1,10 m
1 passo geométrico (5 pés) = 1,65 m
2
1 alqueire paulista = 24200 m
2
1 alqueire mineiro = 48400 m
1 short ton (US) = 0,9072 Mg
1 long ton (GB, US) = 1,0160 Mg
3 3 3
1 Btu/pé = 9,547 kcal/m = 39 964 N m/m
1 Btu/lb = 0,556 kcal/kg = 2 327 N m/kg
2 2 2
1 lb/pé = 4,882 kp/m = 47,8924 N/m
2 2 2
1 lb/pol (= 1 psi) = 0,0703 kp/cm = 0,6896 N/cm

___________________________________________________________________________________________________
CST
60 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Termômetro

Introdução
A temperatura é talvez a variável mais importante nos processos
industriais, e sua medição e controle, embora difíceis, são vitais
para a qualidade do produto e a segurança não só do
equipamento como também do homem. Não é difícil de se
chegar a esta conclusão, basta verificar que todas
características físico-químicas de qualquer substância
alteram-se de forma bem definida em função de temperatura.
Assim sendo, uma determinada substância pode ter suas
dimensões, seu estado físico (sólido, líquido, gasoso), sua
densidade, sua condutividade, etc, alteradas pela mudança de
seu estado térmico. Então, qualquer que seja o tipo de
processo, a temperatura afeta diretamente o seu
comportamento, provocando por exemplo:
ritmo maior ou menor na produção, mudança na qualidade do
produto, aumento ou diminuição na segurança do equipamento
e/ou do pessoal, maior ou menor consumo de energia, e por
conseguinte um maior ou menor custo de produção.

Conceito de Temperatura
Ainda que a temperatura seja uma propriedade bastante
familiar, é difícil encontrar-se uma definição exata para ela.
Estamos acostumados à noção de “temperatura” antes de mais
nada pela sensação de calor ou frio quando tocamos um objeto.
Além disso, aprendemos logo, por experiência, que ao
colocarmos um corpo quente em contato com um corpo frio, o
corpo quente se resfria e o corpo frio se aquece. Se esses
corpos permanecem em contato por um determinado tempo,
eles parecerão ter o mesmo grau de aquecimento ou
resfriamento. Entretanto, sabemos que essa sensação não é
bastante segura. Algumas vezes os corpos frios podem parecer
quentes e os corpos de materiais diferentes, que estão na
mesma temperatura, parecem estar a temperaturas diferentes.
Isto porque a temperatura é uma propriedade de matéria que
está relacionada com o movimento dos átomos de uma
_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 61
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

substância. Normalmente estes átomos possuem uma


determinada energia cinética que se traduz na forma de
vibração ou deslocamento (para os líquidos e gases).
Quanto mais rápido o movimento das moléculas mais quente se
encontra o corpo, e quanto mais lento o movimento, mais frio se
apresenta o corpo. Esta condição pode ser descrita como um
potencial térmico ou como uma energia efetiva da substância
(energia cinética).
Baseado nisto podemos definir a temperatura como sendo “A
propriedade de matéria que reflete a média de energia cinética
de um corpo”.
Na prática a temperatura é representada em uma escala
numérica, onde, quanto maior o seu valor, maior é a energia
cinética média dos átomos do corpo em questão.

Escalas de Temperatura
Desde o início da termometria, os cientistas, pesquisadores e
fabricantes de termômetro sentiam dificuldades para atribuir
valores de forma padronizada à temperatura por meio de
escalas reproduzíveis. Essa dificuldade fez com que se
buscasse pontos nos quais se pudesse reproduzir de forma
definida os valores medidos. Muitas escalas baseadas em
pontos diferentes foram desenvolvidas ao longo do tempo.
Dentre elas as mais importantes foram a FAHREINHEIT, a
CELSIUS, a RANKINE e a KELVIN.
A escala FAHREINHEIT é, ainda, utilizada nos Estados Unidos
e em parte da Europa.
Porém, a tendência é de se usar exclusivamente nos processos
industriais de todo o mundo a escala de CELSIUS.
A escala RANKINE e a escala KELVIN que são escalas
absolutas, são as mais usadas nos meios científicos sendo que
atualmente usa-se quase exclusivamente a escala KELVIN.

Escala de Celsius
A escala CELSIUS é definida como sendo o intervalo de
temperatura unitário igual a 1 KELVIN, uma escala de
temperatura em que o ponto 0 (zero) coincida com 273,15 K.
A identificação de uma temperatura na escala CELSIUS é feita
o
com o símbolo “C” colocado após o número; exemplo 245,36 C.
A escala CELSIUS tem como valor 0ºC (zero) o ponto de fusão
do gelo e como valor 100ºC o ponto de ebulição da água sendo
estes pontos tomados na condição de pressão igual a 1 atm.

__________________________________________________________________________________________________

CST
62 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

É uma escala relativa obtida através da escala KELVIN, sendo


esta relação definida pela equação 5.1.

° C = K − 27315
, ( 5 .1)
Escala Fahreinheit
A escala Fahreinheit é definida como sendo o intervalo de
temperatura unitário igual a 1 grau RANKINE, numa escala em
o
que o ponto zero coincide com 459,67 R.
A identificação de uma temperatura na escala FAHREINHEIT é
o
feita com o símbolo “ F” colocado após o número ; exemplo:
o
23,40 F.
A escala FAHREINHEIT tem como ponto de fusão do gelo o
o o
valor 32 F e como ponto de ebulição da água o valor 212 F,
sendo estes pontos tomados na condição de pressão igual a 1
atm. Esta escala é também relativa, obtida pela escala
RANKINE, sendo esta definida pela equação 5.2.

° F = ° R − 459,67 (5 . 2)

Escala Kelvin (Temperatura Termodinâmica)


Esta escala possui a mesma divisão da escala CELSIUS, isto é,
um (1) grau KELVIN corresponde a um (1) grau de CELSIUS,
porém, seu zero inicia no ponto de temperatura mais baixo
possível, 273,15 graus abaixo de zero da escala CELSIUS. A
representação é feita com o símbolo “K”, colocado após o
número:

K = 27315
, + °C (5 . 3)

Escala Rankine
Assim como a escala KELVIN, a escala RANKINE é uma escala
absoluta tendo como zero absoluto, o valor 0 (zero), porém ao
ponto de fusão e ao ponto de ebulição da água foram dados os
valores de 491,67 e 671,67, respectivamente.

° R = ° F − 459,67 (5 . 4 )

_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 63
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Conversão de Escalas
A figura abaixo compara as principais escalas de temperatura.

Conversão entre as escalas de temperatura


Colacando em um mesmo ambiente cinco termômetros: um
CELSIUS, um FAHRENHEIT, um REAUNMUR, um KELVIN e
um RANKINE.
As diferentes leituras representam, em escalas diversas, uma
mesma temperatura. A equação 5.5, nos permite relacionar a
leitura de uma escala para outra, de uma mesma temperatura.

F − 32 K − 273 R − 492
(5.5)
C Re
= = = =
5 9 4 5 9

__________________________________________________________________________________________________

CST
64 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Exemplos de conversão de escalas numa mesma


temperatura
Exemplo 1:
o
Exprimir, em graus Fahrenheit, a temperatura de -10 C
No caso C = -10 e queremos determinar F.
Sabemos que:
C F − 32 − 10 F − 32
= ∴ =
5 9 5 9

∴ F − 32 = − 18
F = − 18 + 32
∴ F = 14

Logo,
o
a temperatura dada corresponde a 14 F.

Exemplo 2:
A que temperatura a leitura fornecida pela escala FAHRENHEIT
é o dobro da fornecida pela escala CELSIUS?

No caso F = 2C

C F − 32 C 2 C − 32
= ∴ =
5 9 5 9

9 C = 10 C − 160 ∴ C = 160

Logo,
o o
a temperatura pedida é 120 F (ou 320 C).

_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 65
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Medidores de Temperatura
A temperatura não pode ser determinada diretamente, mas deve
ser deduzida a partir de seus efeitos elétricos ou físicos
produzidos sobre uma substância, cujas características são
conhecidas. Os medidores de temperatura são construídos
baseados nesses efeitos.
Podemos dividir os medidores de temperatura em dois grandes
grupos conforme a tabela abaixo:

1o grupo (Contato Direto)


− Termômetro à dilatação
• de líquido
• de sólido

− Termômetro à pressão
• de líquido
• de gás
• de vapor

− Termômetro a par termoelétrico

− Termômetro à resitência elétrica.

2o grupo (Contato Indireto)


− Pirômetro óptico

− Pirômetro fotoelétrico

− Pirômetro de radiação

O primeiro grupo abrange os medidores nos quais o elemento


sensível está em contato direto com o material cuja temperatura
se deseja medir. Já no segundo grupo estão os medidores nos
quais o elemento sensível não está em contato direto com o
material cuja temperatura se deseja medir.
A aplicação dos diversos tipos apresentados depende em cada
caso de fatores técnicos econômicos.

__________________________________________________________________________________________________

CST
66 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

A tabela 5.1, indica a faixa de aplicação de alguns termômetros,


para medição de temperatura.
Tabela 5.1

1. A área total de cada retângulo representa a faixa mínima de


medição do instrumento.
2. A área hachurada de cada retângulo representa a faixa
normal de temperatura.

_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 67
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Exercícios:

1) Converta 70º Celsius para Fahrenheit:

2) Converta 41º Fahrenheit para Celsius:

3) Converta 20º Fahrenheit para Celsius:

4) Converta 50º Celsius para Fahrenheit:

5) Dois termômetros, um graduado na escala Celsius e o outro


na escala Fahrenheit, fornecem a mesma leitura para a
temperatura de um gás. Determine o valor dessa
temperatura.

__________________________________________________________________________________________________

CST
68 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Tacômetro

Instrumento usado para medir velocidade, especialmente as de


rotação de um motor ou de um eixo. (paquímetro conta voltas.)

Aplicação de um Tacômetro para a


Seção de um Tacômetro de força centrífoga determinação de uma velocidade Periférica

__________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 69
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Tacômetro Digital sem Contato


Tacômetro Digital de Contato

Tacômetro Digital com e sem Contato Tacômetro de Painel

_________________________________________________________________________________________________

CST
70 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Régua Graduada - Tipos e Usos - Graduações da Escala

O mais elementar instrumento de medição utilizado nas oficinas é


a régua graduada (escala). É usada para medidas lineares,
quando não há exigência de grande precisão. Para que seja
completa e tenha caráter universal, deverá ter graduações do
sistema métrico e do sistema inglês (fig.1).

Sistema Métrico
1m
Graduação em milímetros (mm). 1mm =
1000
Sistema Inglês
1
Graduação em polegadas (“). 1” = jarda
36
A escala ou régua graduada é construída de aço, tendo sua
graduação inicial situada na extremidade esquerda. É fabricada
em diversos comprimentos:
6” (152,4 mm), 12” (304,8 mm).

Fig.1

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 71
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

A régua graduada apresenta-se em vários tipos, conforme


mostram as figuras 2, 3 e 4.

Régua de encosto interno Fig.2

Régua de profundidade Fig.3

Régua de dois encosto (usada pelo ferreiro) Fig.4

O uso da régua graduada torna-se freqüente nas oficinas,


conforme mostram as figuras 5, 6, 7, 8 e 9.

Medição de comprimento
com face de referência Fig.5

Medição de comprimento sem


encosto de referência Fig.6

___________________________________________________________________________________________________
CST
72 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Medição de profundidade de rasgo

Fig.7

Medição de comprimento com face


interna de referência. Fig.8

Fig.9

Medição de comprimento com apoio em um plano

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 73
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Características da boa Régua Graduada


1 - Ser, de preferência, de aço inoxidável.
2 - Ter graduação uniforme.
3 - Apresentar traços bem finos, profundos e salientados em
preto.

Conservação
1 - Evitar quedas e contato com ferramentas de trabalho.
2 - Evitar flexioná-la ou torcê-la, para que não se empene ou
quebre.
3 - Limpe-o após o uso, para remover o suor e a sujeira.
4 - Aplique-lhe ligeira camada de óleo fino, antes de guardá-la.

Graduações da Escala - Sistema Inglês Ordinário

(“) polegada - 1” = uma polegada


Representações (IN) polegada - 1 IN = uma polegada
da
polegada (INCH) palavra inglesa que significa
polegada

0 1”

Intervalo referente a 1”(ampliada) Fig.10

As graduações da escala são feitas dividindo-se a polegada em 2,


4, 8 e 16 partes iguais, existindo em alguns casos escalas com 32
divisões (figuras 11, 12, 13, 14 e 15).

1
0 2 1”

1 1
Dividindo 1” por 2, teremos: 1:2 = 1 x = Fig.11
2 2

___________________________________________________________________________________________________
CST
74 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

1 1 3
0 4 2 4 1”

1 1
Dividindo 1” por 4, teremos: 1:4 = 1 x = Fig.12
4 4

1
A distância entre traços = . Somado as frações, teremos:
4
1 1 2/ (2) 1 1 1 1 3
+ = = ; + + =
4 4 4/ (2) 2 4 4 4 4

Observação: Operando com frações ordinárias, sempre que o


resultado é numerador par, devemos simplificar a
fração.

1 1 2 2/ (2) 1
Exemplo: + = , Simplificando, teremos: =
4 4 4 4/ (2) 2

1
0 2 1”
1 1 3 5 3 7
8 4 8 8 4 8

1 1
Dividindo 1” por 8, teremos: 1:8 = 1 x = Fig.13
8 8

1
A distância entre traços = . Somando as frações, teremos:
8
1 1 2/ (2) 1 1 1 1 3
+ = = ; + + =
8 8 8/ (2) 4 8 8 8 8

1 1 1 1 2/ (2) 2/ (2) 1
+ + + = = =
8 8 8 8 8/ (2) 4/ (2) 2
Prosseguindo a soma, encontraremos o valor de cada traço
(fig.13).

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 75
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

1
0 1”
2
1 1 3 1 5 3 7 9 5 11 3 13 7 15
16 8 16 4 16 8 16 16 8 16 4 16 8 16

1 1
Dividindo 1” por 16, teremos: 1:16 = 1 x = Fig.14
16 16

1
A distância entre traços = . Somando as frações, teremos:
16

1 1 2/ (2) 1 1 1 1 3
+ = = ; + + =
16 16 / / ( 2)
16 8 16 16 16 16

Prosseguindo a soma, encontramos o valor de cada traço (fig.


14).

0 1”

1
1 3
16
32 32

I I I I I I I I I I I I I I I I

1 1
Dividindo 1” por 32, teremos: 1:32 = 1 x = Fig.15
32 32

1
A distância entre traços = . Somando as frações, teremos:
32

1 1 2/ (2) 1 1 1 1 3
+ = = ; + + = .
32 32 / /
32 (2) 16 32 32 32 32

Prosseguindo a soma, encontramos o valor de cada traço (Fig.


15).

___________________________________________________________________________________________________
CST
76 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Graduações da Escala - Sistema Métrico Decimal

1 METRO ................. = 10 DECÍMETROS


1m ..................... = 10 dm
1 DECÍMETRO......... = 10 CENTÍMETROS
1 dm ..................... = 10 cm
1 CENTÍMETRO ...... = 10 MILÍMETROS
1 cm ..................... = 10 mm

0 1cm

Intervalo referente a 1cm (ampliada) Fig.16

A graduação da escala consiste em dividir 1cm em 10 partes


iguais (fig.17).

0 1cm

1cm : 10 = 1mm Fig.17


A distância entre traços = 1mm

0 1cm

Fig.18

Na figura 18, no sentido da seta, podemos ler 13 mm.

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 77
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Exercício de Leitura (Régua Graduada)

RESPOSTAS
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

Obs.: Reduza todas as frações à forma mais simples.

___________________________________________________________________________________________________
CST
78 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

RESPOSTAS
15 16 17 18 19 20

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 79
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Paquímetro - Princípio do Vernier - Tipos e Usos - Erros de


Medição e Leitura

Paquímetro

Utilizado para a medição de peças, quando a quantidade não


justifica um instrumental específico e a precisão requerida não
1′′
desce a menos de 0,02mm,
128

Fig.1

É um instrumento finamente acabado, com as superfícies planas e


polidas. O cursor é ajustado à régua, de modo que permita a sua
livre movimentação com um mínimo de folga. Geralmente é
construído de aço inoxidável, e suas graduações referem-se a
20ºC. A escala é graduada em milímetro e polegadas, podendo a
polegada ser fracionária ou milesimal. O cursor é provido de uma
escala, chamada nônio ou vernier, que se desloca em frente às
escalas da régua e indica o valor da dimensão tomada.

___________________________________________________________________________________________________
CST
80 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Princípio do Nônio

A escala do cursor, chamada Nônio (designação dada pelos


portugueses em homenagem a Pedro Nunes, a quem é atribuída
sua invenção) ou Vernier (denominação dada pelos franceses em
homenagem a Pierre Vernier, que eles afirmam ser o inventor),
consiste na divisão do valor N de uma escala graduada fixa por
N.1 (nº de divisões) de uma escala graduada móvel (fig.2).

Fig.2

Tomando o comprimento total do nônio, que é igual a 9mm (fig.2),


e dividindo pelo nº de divisões do mesmo (10 divisões),
concluímos que cada intervalo da divisão do nônio mede 0,9mm
(fig.3).

9mm ÷ 10 = 0,9mm

Fig.3

Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa em uma


divisão do nônio (fig.4), concluímos que cada divisão do nônio é
menor 0,1mm do que cada divisão da escala fixa. Essa diferença
é também a aproximação máxima fornecida pelo instrumento.

1mm - 0,9mm = 0,1mm

Fig.4

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 81
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Assim sendo, se fizermos coincidir o 1º traço do nônio com o da


escala fixa, o paquímetro estará aberto em 0,1mm (fig.5),
coincidindo o 2º traço com 0,2mm (fig.6), o 3º traço com 0,3mm
(fig.7) e assim sucessivamente.

Fig.5 Fig.6

Fig.7

Cálculo de Aproximação (Sensibilidade)


Para se calcular a aproximação (também chamada sensibilidade)
dos paquímetros, dividi-se o menor valor da escala principal
(escala fixa), pelo número de divisões da escala móvel (nônio).
A aproximação se obtém, pois, com a fórmula:

e
a= a = aproximação
n
e - menor valor da escala principal (Fixa)
n - número de divisões do nônio (Vernier)

Exemplo: (fig.8)
e = 1mm
n = 20 divisões
1mm
a = =
20
0,05mm

Fig.8

___________________________________________________________________________________________________
CST
82 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Observação: O cálculo de aproximação obtido pela divisão do


menor valor da escala principal pelo número de
divisões do nônio, é aplicado a todo e qualquer
instrumento de medição possuidor de nônio, tais
como: paquímetro, micrômetro, goniômetro, etc.

ERROS DE LEITURA - São causados por dois fatores:


a) paralaxe;
b) pressão de medição.
Paralaxe
O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas, tem
uma espessura mínima a. Assim, os traços do nônio TN são
mais elevados que os traços da régua TM (fig.9)

Fig.9

Colocando-se o paquímetro perpendicularmente a nossa vista e


estando superpostos os traços TN e TM, cada olho projeta o traço
TN em posições opostas (fig.10)

Fig.10

A maioria das pessoas possuem maior acuidade visual em um dos


olhos, o que provoca erro de leitura.
Recomenda-se a leitura feita com um só olho, apesar das
dificuldades em encontrar-se a posição certa.

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 83
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Pressão de Medição
É a pressão necessária para se vencer o atrito do cursor sobre a
régua, mais a pressão de contato com a peça por medir. Em
virtude do jogo do cursor sobre a régua, que e compensado pela
mola F (fig.11), a pressão pode resultar numa inclinação do cursor
em relação à perpendicular à régua (fig.12). Por outro lado, um
cursor muito duro elimina completamente a sensibilidade do
operador, o que pode ocasionar grandes erros. Deve o operador
regular a mola, adaptando o instrumento à sua mão.

Fig.11 Fig.12

Erros de Medição
Estão classificados em erros de influências objetivas e de
influências subjetivas.

a) DE INFLUÊNCIAS OBJETIVAS:
São aqueles motivados pelo instrumento
• erros de planidade;
• erros de paralelismo;
• erros da divisão da régua;
• erros da divisão do nônio;
• erros da colocação em zero.

b) DE INFLUÊNCIAS SUBJETIVAS:
São aqueles causados pelo operador (erros de
leitura).

Observação: Os fabricantes de instrumentos de medição


fornecem tabelas de erros admissíveis, obedecendo
às normas existentes, de acordo com a aproximação
do instrumento

Dos diversos tipos de paquímetros existentes, mostramos alguns


exemplos (figuras 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19 e 20):
___________________________________________________________________________________________________
CST
84 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Medição interna
Fig.13

Medição externa
Fig.14

Medição de profundidade Paquímetro de profundidade

Fig.15 Fig.16

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 85
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Paquímetro com bicos,


para medição em posição
profunda.

Fig.17

Paquímetro de altura equipado com


relógio comparador

Fig.19

Paquímetro de altura

Fig.18

Paquímetro de nônio duplo para medição de


espessura de dentro de engrenagem.

Fig.19

___________________________________________________________________________________________________
CST
86 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Medir Diâmetros Externos

Medir diâmetro externo e uma operação freqüentemente realizada


pelo Inspetor de Medição, a qual deve ser feita corretamente, a
fim de se obter uma medida precisa e sem se danificar o
instrumento de medição.

Processo de Execução
1º) Passo: POSICIONE O PADRÃO.

a. Observe o número do padrão (fig.1).


b. Apoie o padrão sobre a mesa, com a face numerada para
baixo ao lado esquerdo da folha de tarefa (fig.2).

Fig.2
Fig.1

2º) Passo: SEGURE O PAQUÍMETRO.

Observação: Utilize a mão direita (fig.3).

Fig.3

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 87
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

3º) Passo: FAÇA A LIMPEZA DOS ENCOSTOS.

Observação: Utilize uma folha de papel limpo.


a. Desloque o cursor do paquímetro.
b. Coloque a folha de papel entre os encostos.
c. Feche o paquímetro até que a folha de papel fique presa entre
os encostos.
d. Desloque a folha de papel para baixo.

4º) Passo: FAÇA A PRIMEIRA MEDIDA.

a. Desloque o cursor, até que o encosto apresente uma abertura


maior que a primeira medida por fazer no padrão.
b. Encoste o centro do encosto fixo em uma das extremidades
do diâmetro por medir (fig.4).

Fig.4

c. Feche o paquímetro suavemente, até que o encosto móvel


toque a outra extremidade do diâmetro.
d. Exerça uma pressão suficiente para manter a peça
ligeiramente presa entre os encostos.
e. Posicione os encostos do paquímetro na peça, de maneira
que estejam no plano de medição

___________________________________________________________________________________________________
CST
88 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

f. Utilize a mão esquerda, para melhor sentir o plano de


medição (fig.5).

Fig.5

g. Faça a leitura da medida.


h. Abra o paquímetro e retire-o da peça, sem que os encostos a
toquem.
i. Registre a medida feita na folha de tarefa, no local indicado,
de acordo com o número do padrão.

5º) Passo: COMPLETE A MEDIÇÃO DOS


DEMAIS DIÂMETROS.

a. Repita todos os subpassos do 4º Passo.

6º) Passo: FAÇA A MEDIÇÃO DOS DEMAIS PADRÕES.

a. Troque o padrão por outro de número diferente.

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 89
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Paquímetro - Sistema Inglês Ordinário

Para efetuarmos leitura de medidas em um paquímetro do


sistema inglês ordinário, faz-se necessário conhecermos bem
todos os valores dos traços da escala (fig.1).
NÔNIO
0 8

1′′ 3 ′′ 5 ′′ 7 ′′ 9 ′′ 11′′ 13′′ 15 ′′ 1′′ 3′′


1 1
16 16 16 16 16 16 16 16 16 16
1′′ 1′′ 3 ′′ 1′′ 5 ′′ 3 ′′ 7 ′′ 1 1′′ 1′′
1 1
8 4 8 2 8 4 8 8 4

0 Escala Fixa
1′′
Valor de cada traço da escala fixa = Fig.1
16

Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o


traço zero do nônio coincida com o primeiro traço da escala fixa, a
leitura da medida será 1/16" (fig.2), no segundo traço, 1/8" (fig.3),
no décimo traço, 5/8" (fig.4).
0 0

1′′
16
1′′
8
0 0
Fig.2 Fig.3

5 ′′
0 8

Fig.4
Uso do Vernier (Nônio)

___________________________________________________________________________________________________
CST
90 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Através do nônio podemos registrar no paquímetro várias outras


frações da polegada, e o primeiro passo será conhecer qual a
aproximação (sensibilidade) do instrumento.
e
a= a = 1/16 : 8 = 1/16 x 1/8 = 1/128”
n
e = 1/16” a = 1/128”
n = 8 divisões
Sabendo que o nônio possui 8 divisões, sendo a aproximação do
paquímetro 1/128”, podemos conhecer o valor dos demais traços
(fig.5).
0 8
1′′ 1′′ 3 ′′
64 32 64
1′′ 3′′ 5 ′′ 7′′
128 128 128 128

Fig.5
Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa e uma
divisão do nônio (fig.6), concluímos que cada divisão do nônio é
menor 1/128" do que cada divisão da escala fixa.
NÔNIO
0 8
1′′
128

Fig.6
1′′
16

0 Escala Fixa

Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o


primeiro traço do nônio coincida com o da escala fixa, a leitura da
medida será 1/128" (fig.7), o segundo traço 1/64" (fig.8) o terceiro
traço 3/128" (fig.9), o quarto traço 1/32", e assim sucessivamente.
0 0 0
1′′
64
1′′ 3 ′′
128 128

0 0 0

Fig.7 Fig.8 Fig.9

Observação: Para a colocação de medidas, assim como para


leituras de medidas feitas em paquímetro do sistema

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 91
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Inglês ordinário, utilizaremos os seguintes


processos:

Processo para a Colocação de Medidas


1º) Exemplo: Colocar no paquímetro a medida 33/128".
Divide-se o numerador da fração pelo ultimo algarismo do
denominador.
33 ÷ 33 8
128 1 4

O quociente encontrado na divisão será o número de traços por


deslocar na escala fixa pelo zero do nônio (4 traços). O resto
encontrado na divisão será a concordância do nônio, utilizando-se
o denominador da fração pedida (128), (fig. 10).
0

33′′
128

Fig.10

2º) Exemplo: Colocar no paquímetro a medida 45/64" (fig. 11).


0

45 ′′
64
0 1

Fig.11

45 ÷ 45 4
64 05 11 número de traços a
1 deslocar pelo zero do
nônio na escala fixa.
concordância do nônio
utilizando o denominador
da fração pedida.

___________________________________________________________________________________________________
CST
92 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Processo para a Leitura de Medidas


1º) Exemplo: Ler a medida da figura 12.
0

49′′
=
128

Fig.12

Multiplica-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo


zero do nônio, pelo último algarismo do denominador da
concordância do nônio. O resultado da multiplicação soma-se com
o numerador, repetindo-se o denominador da concordância .
+
1 49 ′′
6 =
128 128
x

2º) Exemplo: Ler a medida da figura 13.


0

49′′
128
0 1

Fig.13

+
1 37 ′′
9 =
64 64
x

Número de traços da Concordância Leitura da


escala fixa ultrapassados do nônio. medida.
pelo zero do nônio

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 93
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

3º) Exemplo: Ler a medida da figura 14.


0

0 1

Fig.14

+
1 13 ′′
6 =
32 32
x

Número de traços da Concordância Leitura da


escala fixa ultrapassados do nônio. medida.
pelo zero do nônio

4º) Exemplo: Ler a medida da figura 15.


0 8

0 1” 2”

Fig.15

Observação: Em medidas como as do exemplo da figura 15,


abandonamos a parte inteira e fazemos a contagem
dos traços, como se iniciássemos a operação. Ao
final da aplicação do processo, incluímos a parte
inteira antes da fração encontrada.

+
7 39 ′′ 39 ′′
4 = → 1
128 128 128
x

___________________________________________________________________________________________________
CST
94 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Exercício de Leitura (Paquímetro, Sistema Inglês Ordinário)

1 5 9 13
2 6 10 14
3 7 11
4 8 12

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 95
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Exercício de Diâmetros Externos

INSTRUMENTO:
APROXIMAÇÃO DO INSTRUMENTO:
EXAMINANDO: Cilindro-padrão.

PADRÃO - Nº 1 PADRÃO - Nº 2 PADRÃO - Nº 3 PADRÃO - Nº 4


MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS
ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID
1 1 1 1
2 2 2 2
3 3 3 3
5 5 5 5
6 6 6 6
7 7 7 7

PADRÃO - Nº 5 PADRÃO - Nº 6 PADRÃO - Nº 7 PADRÃO - Nº 8


MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS
ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID
1 1 1 1
2 2 2 2
3 3 3 3
5 5 5 5
6 6 6 6
7 7 7 7

___________________________________________________________________________________________________
CST
96 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Paquímetro - Sistema Métrico Decimal

Leitura da Escala Fixa

Escala Fixa

NÔNIO
Fig.1

Valor de cada traço da escala fixa = 1mm Fig.1

Valor de cada traço da escala fixa = 1mm (fig.1)


Daí concluímos que, se deslocarmos o cursor do paquímetro até
que o zero do nônio coincida com o primeiro traço da escala fixa,
a leitura da medida será 1mm (fig.2), no segundo traço 2mm
(fig.3), no terceiro traço 3mm (fig.4), no décimo sétimo traço
17mm (fig.5), e assim sucessivamente.

Fig.2 Fig.3

Fig.4 Fig.5

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 97
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Uso do Vernier (Nônio)


De acordo com a procedência do paquímetro e o seu tipo,
observamos diferentes aproximações, isto é, o nônio com número
de divisões diferentes: 10, 20 e 50 divisões (fig.6).
Escala Fixa

Fig.6 NÔNIO

Cálculo de Aproximação

e
a=
n
ESCALA

1mm
a=
50 NÔNIO

a = 0,02mm
e = 1 mm Fig.7

n = 50 divisões
Cada divisão do nônio é menor 0,02mm do que cada divisão da
escala (fig.7).
Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço
do nônio coincida com o da escala, a medida será 0,02mm (fig.8),
o segundo traço 0,04mm (fig.9), o terceiro traço 0,06mm (fig.10),
o decimo sexto 0,32mm (fig.11).

Fig.8 Fig.9 Fig.10

Fig.11

___________________________________________________________________________________________________
CST
98 Compamhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Leitura de Medidas
Conta-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo
zero do nônio (10mm) e, a seguir, faz-se a leitura da concordância
do nônio (0,08mm). A medida será 10,08mm (fig.12).

Fig.12

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 99
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Exercício - Leitura do Paquímetro (milímetro)

1 4 7 10
2 5 8 11
3 6 9 12

___________________________________________________________________________________________________
CST
100 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Medição de Diâmetros Externos

INSTRUMENTO:
APROXIMAÇÃO DO INSTRUMENTO:
EXAMINANDO: Cilindro-padrão.

PADRÃO - Nº 1 PADRÃO - Nº 2 PADRÃO - Nº 3 PADRÃO - Nº 4


MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS
ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID
1 1 1 1
2 2 2 2
3 3 3 3
5 5 5 5
6 6 6 6
7 7 7 7

PADRÃO - Nº 5 PADRÃO - Nº 6 PADRÃO - Nº 7 PADRÃO - Nº 8


MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS
ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID
1 1 1 1
2 2 2 2
3 3 3 3
5 5 5 5
6 6 6 6
7 7 7 7

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 101
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Exercício de Leitura Paquímetro


(Sistema Métrico Decimal)

1 4 7 10
2 5 8 11
3 6 9 12
___________________________________________________________________________________________________
CST
102 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Medição de Diâmetros Externos

INSTRUMENTO:
APROXIMAÇÃO DO INSTRUMENTO:
EXAMINANDO: Cilindro-padrão.

PADRÃO - Nº 1 PADRÃO - Nº 2 PADRÃO - Nº 3 PADRÃO - Nº 4


MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS
ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID
1 1 1 1
2 2 2 2
3 3 3 3
5 5 5 5
6 6 6 6
7 7 7 7

PADRÃO - Nº 5 PADRÃO - Nº 6 PADRÃO - Nº 7 PADRÃO - Nº 8


MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS
ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID
1 1 1 1
2 2 2 2
3 3 3 3
5 5 5 5
6 6 6 6
7 7 7 7

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 103
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Paquímetro - Sistema Inglês Decimal

Graduação da Escala Fixa


Para conhecermos o valor de cada divisão da escala fixa, basta
dividirmos o comprimento de 1" pelo número de divisões
existentes (fig. 1).
1” = 1000 milésimos

Fig.1

Conforme mostra a figura 1, no intervalo de 1" temos 40 divisões.


Operando a divisão, teremos: 1" : 40 = 0,025"
Valor de cada traço da escala = 0,025" (fig. 2).

1,00 40
200 0,025
00

Fig.2

___________________________________________________________________________________________________
CST
104 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o zero do nônio


coincida com o primeiro traço da escala. a leitura será 0,025"
(fig.3), no segundo traço 0,050" (fig. 4), no terceiro traço 0,075"
(fig.5), no décimo traço 0,250" (fig. 6), e assim sucessivamente.

Fig.3 Fig.4

Fig.5 Fig.6

Uso do Vernier (Nônio)


0 primeiro passo será calcular a aproximação do paquímetro.
Sabendo-se que o menor valor da escala fixa é 0,025" e que o
0,025,,
nônio (fig. 7) possui 25 divisões, teremos: a = = 0,001”
25
ESCALA

NÔNIO
Fig.7

Cada divisão do nônio é menor 0,001" do que duas divisões da


escala (fig. 8).

Fig.8

Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço


do nônio coincida com o da escala, a leitura será 0,001” (fig.9), o

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 105
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

segundo traço 0,002" (fig.10), o terceiro traço 0,003” (fig.11), o


decimo segundo traço 0,012" (fig.12).

Fig.9 Fig.10

Fig.11 Fig.12

Leitura de Medidas
Para se efetuar leitura de medidas com paquímetro do sistema
Inglês decimal, procede-se da seguinte forma: observa-se a que
quantidade de milésimos corresponde o traço da escala fixa,
ultrapassado pelo zero do nônio (fig.13) 0,150".
A seguir, observa-se a concordância do nônio (fig.13) 0,009".
Somando-se os valores 0,150" + 0,009", a leitura da medida será
0,159".

Fig.13

Exemplo: (fig.14): A leitura da medida é = 1,129”.

Fig.14 1.125
0.004
1.129

___________________________________________________________________________________________________
CST
106 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Exercício de Leitura Paquímetro


(Sistema Inglês Decimal)

1 4 7 10
2 5 8 11
3 6 9 12

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 107
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Medição de Diâmetros Externos

INSTRUMENTO:
APROXIMAÇÃO DO INSTRUMENTO:
EXAMINANDO: Cilindro-padrão.

PADRÃO - Nº 1 PADRÃO - Nº 2 PADRÃO - Nº 3 PADRÃO - Nº 4


MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS
ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID
1 1 1 1
2 2 2 2
3 3 3 3
5 5 5 5
6 6 6 6
7 7 7 7

PADRÃO - Nº 5 PADRÃO - Nº 6 PADRÃO - Nº 7 PADRÃO - Nº 8


MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS MEDIDAS
ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID ORD. LEITURA UNID
1 1 1 1
2 2 2 2
3 3 3 3
5 5 5 5
6 6 6 6
7 7 7 7

___________________________________________________________________________________________________
CST
108 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Esquadros

São ferramentas utilizadas para montagens e na traçagem quando necessitamos obter um


ângulo de 90° ou 45°.
Tem aplicação nos mais variados serviços como: atividades de manutenção mecânica e
elétrica, serralheria, marcenarias e outros.
Existem vários modelos de esquadros para as mais diversas aplicações:

Esquadro profissional simples

Graduado em cm e polegadas e o comprimento da escala varia de 152 a 305mm ou 6¨a 12¨.

Esquadro profissional combinado de alta precisão

Usado em serviços de precisão como usinagens, perpendicularismo, nivelamentos e outros.


Graduado em cm e polegadas e o comprimento da escala é de 305mm ou 12¨.

_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 109
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Medição Angular

Unidades de Medição Angular


A técnica da medição não visa somente a descobrir o valor de
trajetos, de distâncias, ou de diâmetros, mas se ocupa também da
medição dos ângulos.

Sistema Sexagesimal
Sabe-se que o sistema que divide o círculo em 360 graus, e o
grau em minutos e segundos, é chamado sistema sexagesimal. É
este o sistema freqüentemente utilizado em mecânica. A unidade
do ângulo é o grau. 0 grau se divide em 60 minutos, e o minuto se
divide em 60 segundos. Os símbolos usados são: grau (º), minuto
(') e segundo (").

Exemplo: 54º31'12" lê-se: 54 graus, 31 minutos e 12 segundos.

Sistema Centesimal
No sistema centesimal, o círculo e dividido em 400 grados,
enquanto que o grado e dividido em 100 novos minutos e o minuto
em 100 novos segundos. Os símbolos usados são: grados (g),
novos minutos (c), novos segundos (cc).

Exemplo: 27,4583g = 27g 45c 83cc lê-se: 27 grados, 45 novos minutos, e 83 novos
segundos.

___________________________________________________________________________________________________
CST
110 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Ângulos: Reto, Agudo, Obtuso e Raso


Ângulo reto: A unidade legal é o ângulo formado por duas retas
que se cortam perpendicularmente, formando ângulos adjacentes
iguais (fig.1). Esse valor, chamado ângulo reto (90°), é sub
dividido de acordo com os sistemas existentes.

Fig.1

Ângulo agudo: é aquele cuja abertura é menor do que a do


ângulo reto (fig.2).

Fig.2

Ângulo obtuso: é aquele cuja abertura é maior do que a do


ângulo reto (fig.3).

Fig.3

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 111
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Ângulo raso: é aquele cuja abertura mede 180º (fig.4).

Fig.4

Ângulos Complementares e Suplementares


Ângulos complementares: são aqueles cuja coma é igual a um
ângulo reto (fig.5).

Fig.5

Ângulos suplementares: são aqueles cuja soma é igual a um


ângulo raso (fig.6).

Fig.6

Observação: Para somarmos ou subtrairmos graus, devemos


colocar as unidade iguais sob as outras.
Exemplo: 90º - 25º 12' =

A primeira operação por fazer e converter 90º em graus e


minutos. Sabendo que 1º = 60’, teremos:

90º = 89º 60' 89º 60’


89º 60' - 25º 12' = 64º 48' - 25º 12’
64º 48’

___________________________________________________________________________________________________
CST
112 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Devemos operar da mesma forma, quando temos as unidades


graus, minutos e segundos.

Exemplo: 90º - 10º 15' 20" =

Convertendo 90º em graus, minutos e segundos, teremos: 90º =


89º 59' 60"
89º 59' 60" - 10º 15' 20" = 79º 44' 40"

89º 59’ 60”


- 10º 15’ 20”
79º 44’ 40”

Soma dos Ângulos Internos dos Triângulos


Sabendo que a soma dos ângulos internos de todo e qualquer
triângulo é igual a 180º (figuras 7 e 8), podemos resolver alguns
problemas de medição angular, conforme mostra o exemplo
abaixo.

Triângulo retângulo escaleno


Triângulo octângulo equilátero
Fig.7
Fig.8


Exemplo: Qual o valor do ângulo C da peça abaixo?
∃ + B∃ + C
A ∃ = 180 O
∃ = 180 O − ( A
C ∃ + B∃) =
∃ = 180 O − 130 O
C
∃ = 50 O
C

A∃ = 70 O

B∃ = 60 O

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 113
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Goniômetro

O goniômetro é um Instrumento que serve para medir ou verificar


ângulos.
Na figura 1, temos um goniômetro de precisão. O disco graduado
e o esquadro formam uma só peça, apresentando quatro
graduações de 0º a 90º. O articulador gira com o disco do vernier,
e, em sua extremidade, há um ressalto adaptável à régua.

___________________________________________________________________________________________________
CST
114 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Tipos e Usos

Para usos comuns, em casos de medidas angulares que não


exigem extremo rigor, o instrumento indicado é o goniômetro
simples (transferidor de grau) (figuras 2, 3 e 4).

Fig.2

Fig.3

Fig.4

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 115
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

As figuras de 5 a 9 dão exemplos de diferentes medições de


ângulos de peças ou ferramentas, mostrando várias posições da
lâmina.

Fig.6
Fig.5

Fig.7

Fig.9

Fig.8

___________________________________________________________________________________________________
CST
116 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Divisão Angular
Em todo tipo de goniômetro, o ângulo reto (90º) apresenta 90
divisões. Daí concluímos que cada divisão equivale a 1º (um
grau). Na figura 10, observamos a divisão do disco graduado do
goniômetro.

Fig.10
Leitura do Goniômetro
Lêem-se os graus inteiros na graduação do disco com o traço
zero do nônio (fig.11). O sentido da leitura tanto pode ser da
direita para a esquerda, como da esquerda para a direita (fig.12).

Fig.11

Fig.12

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamtento Regional do Espírito Santo 117
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Utilização do Nônio
Nos goniômetros de precisão, o vernier (nônio) apresenta 12
divisões à direita, e à esquerda do zero do nônio (fig.13). Se o
sentido da leitura for à direita, usa-se o nônio da direita; se for à
esquerda, usa-se o nônio da esquerda.

DISCO GRADUADO

NÔNIO
Fig.13

Cálculo de Aproximação
a = aproximação
e = menor valor do disco graduado = 1º
n = número de divisões do nônio = 12 divisões.

e
a=
n
1O 60 ′
a= = = 5’
12 12

Cada divisão do nônio é menor 5' do que duas divisões do disco


graduado.

___________________________________________________________________________________________________
CST
118 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Se fizermos coincidir o primeiro traço do nônio, a leitura será 0º


5’ (fig.14); o segundo traço, a leitura será 0º 10’ (fig.15); o
nono traço, a leitura será 0º 45’ (fig.16).

Fig.14

Fig.15

Fig.16

Conhecendo-se o disco graduado e o nônio do goniômetro, pode-


se fazer a leitura de qualquer medida (fig.17).

Leitura = 29º 25’

Fig.17

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 119
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Exercício de Leitura - (Goniômetro)

1 4 7 10
2 5 8 11
3 6 9 12

___________________________________________________________________________________________________
CST
120 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Instrumentos Medidores de Pressão

Classificação dos sistemas de Medição de Pressão e


Vácuo

Se faz necessário em uma indústria como a nossa e em muitas


outras, a medição e o controle de pressão.
De modo que temos 3 grupos de instrumentos com os quais
podemos medir essa pressão:
1. Mecânico;
2. Elétrico;
3. Por ionização.
Veremos inicialmente os instrumentos mecânicos mais simples:

Mecânicos
Coluna
Tubo em U
Mc Leod
Barômetro
Cuba
Campânulas invertidas

Elásticas
Bourdon, espiral e hélice
Fole
Diafragma

Elétricas
Strain Gage
Resistência
Equilíbrio de forças
Capacitação

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 121
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Por Ionização
Cátodo aquecido

Manômetro de tubo U
Considerado pelo seu funcionamento simples bem como sua
construção, temos nesse medidor de pressão uma eficiência
considerável, embora possamos dizer que é um instrumento
medidor dos mais baratos.

Construção e funcionamento
Consiste em um tubo de vidro de diâmetro interno nunca inferior a
5mm dobrado em forma de U, contendo geralmente H2O ou Hg
(água ou Mercúrio). As pressões são aplicadas em ambos os
tubos e produzem uma diferença entre as alturas das colunas,
indicando assim o diferencial de pressão. Pode ser usada para
medir pressão relativa, vácuo ou pressão absoluta, desde que se
deixe um dos lados para a pressão atmosférica ou evacuado.

P = h.w
P = Pressão
h = altura da diferença de pressão lida na escala
w = peso específico do líquido usado no manômetro

___________________________________________________________________________________________________
CST
122 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Manômetro Mc Leod
É usado para medir baixas pressões absolutas, isto é alto vácuo.
O mercúrio força o gás para capilar de medição, após o
manômetro ter sido girado de 90ºC. O nível de mercúrio no capilar
é lido numa escala que indica diretamente a pressão absoluta do
gás.

Barômetro
Este é um tipo especial de manômetro para medirmos pressão
absoluta, mais propriamente projetado para medir pressão
atmosférica.
O medidor é constituído de um tubo de vidro fechado em uma
extremidade e cheio de Hg (Mercúrio). Emborca-se o tubo em
uma cuba com mercúrio. A pressão atmosférica será dada pela
altura da coluna de mercúrio medida a partir do nível de mercúrio
na cuba.
área sob vácuo

Mercúrio (Hg)
pressão
Atmosférica

Barômetro Cuba

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 123
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Manômetro de Cisterna
Nestes manômetros um ramo do tubo U é substituído por uma
cuba larga conforme figura abaixo. Estando a cuba e o ramo com
mercúrio, a diferença entre as pressões P1 e P2, acha-se indicada
em uma escala colocada junto ao ramo. Devido a que o nível
inicial e final não são iguais, o erro é desprezível quando o
diâmetro da cuba for muito superior ao diâmetro do tubo lateral.
Se não for assim a altura indicada deve ser multiplicada por um
fator de correção que relacione as áreas da cuba e do tubo.
Para maior precisão na medição de pressões baixas utilizam-se
manômetros de tubos inclinados; assim, uma pequena diferença
no nível de mercúrio da cuba apresenta uma grande mudança na
posição do mercúrio no tubo inclinado.

Manômetro de Cisterna

1 d2
P = L . w (1 + . sen)
D2
1 d2
P = h . w (1 + )
D2
a - Tubo vertical
a - Tubo inclinado

Campânulas invertidas
Este manômetro é composto de um sistema semelhante a uma
balança na qual os pratos são substituídos por campânulas
invertidas que são parcialmente submersas em óleo.
As pressões são admitidas no interior de ambas as campânulas
que se movem pela diferença entre suas pressões. Um ponteiro
ligado ao braço da balança indica a pressão diferencial medida.

___________________________________________________________________________________________________
CST
124 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Selo de óleo

Pressão do processo Pressão atmosférica

Elásticas
Bourdon, Espiral e Hélice
Bourdon
Por ser este o manômetro mais usado na indústria daremos sua
construção e seu funcionamento bem como seus ajustes mais
detalhadamente. Também algumas particularidades serão
observadas neste item.
Manômetro de Bourdon em C, consiste de um tubo metálico
(Bourdon) de paredes finas, achatado para formar uma secção
elíptica e recurvado para formar um segmento de circulo. Uma
extremidade acha-se adaptada para a ligação com a fonte de
pressão, a outra está selada e pode-se movimentar livremente. A
pressão do tubo atua sobre a secção elíptica, forçando-a a
assumir a forma circular ao mesmo tempo que o tubo recurvado
tende a desenrolar. Por serem estes movimentos muito pequenos
são amplificados por uma coroa e um pinhão, o suficiente para
girar o eixo de um ponteiro em redor de uma escala graduada
calibrada em unidades de pressão. Um fator bastante importante
nesses aparelhos é a elasticidade do material de que é feito o
Bourdon. Geralmente emprega-se ligas de cobre e níquel por
terem baixo coeficientes de Dilatação pelo calor. O aço inox
também é utilizado, mas uma variação de temperatura de 50ºC
pode causar 2% de erro.

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 125
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Espiral
Estes manômetros utilizam um tubo de Bourdon achatado
formando uma espiral com diversas voltas, com a pressão
aplicada à extremidade aberta, a espiral tende a desenrolar
transmitindo um movimento bastante grande a extremidade livre.
Por meio de uma ligação simples o movimento é transferido ao
braço de um ponteiro, não havendo necessidade de coroa e de
pinhão como no caso anterior.

PRESSÃO DO
PROCESSO

Bordon em espiral

Hélice
É um manômetro similar ao tipo espiral, sendo que o tubo
achatado de Bourdon é enrolado em forma de hélice, com quatro
a cinco voltas completas. A extremidade presa ao ponteiro
movimenta o mesmo ao ser admitida uma pressão. O Bourdon
helicoidal é usado para registradores de temperatura e pressões.

Bordon helicoidal

Manômetro de Fole
Também chamados safonas ou, em Inglês Belows.

___________________________________________________________________________________________________
CST
126 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Foles com Mola oposta


O instrumento possui uma sanfona (fole) metálica e uma mola
envolvida por uma câmara também de metal que é conectada a
fonte de pressão.

A pressão agindo pelo lado de fora do fole maior, comprime-o e


move a sua extremidade livre contra a oposição da mola, uma
haste ligada aos foles através de um disco transmite esse
movimento ao braço de um ponteiro indicador ou registrador.

Foles com mola

Foles opostos
Este tipo de elemento é usado para medir pressão absoluta. O
instrumento possui duas safonas em oposição, em uma só
unidade. Um dispositivo conecta as duas safonas em série a um
ponteiro indicador ou registrador, um dos foles, aquele que é
utilizado como referência, está fechado e sob vácuo quase
perfeito, o outro está ligado a fonte de pressão.

Manômetro em foles opostos para a medida de pressão absoluta

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 127
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Manômetros de diafragmas
Metálicos, estes diafragmas são feitos de uma chapa metálica lisa
ou enrugada ligadas a um ponteiro por meio de uma haste. O
movimento de deflexão do diafragma, causado pela pressão,
posiciona um ponteiro indicador ao longo de uma escala
graduada, os diafragmas são construídos de bronze fosforoso,
cobre, berílio, latão, aço inoxidável e Monel.

DIAFRAGMA SIMPLES ONDULADO

CAPSULA DE DIAFRAGMA CAPSULA DE DIAFRAGMA


CONVEXA ENCAIXADA

a) Vários tipos de diafragma;


b) Manômetro com diafragma.

Manômetros de diafragmas

___________________________________________________________________________________________________
CST
128 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Não metálicos, são fabricados em couro, teflon, neopceno e


polietileno, são empregados para pressões baixas e geralmente
uma mola opõe-se ao movimento do diafragma, cuja deflexão é
diretamente proporcional a pressão aplicada.

Outro exemplo de manômetro com diafragma

Elétricos
Estes medidores medem as pressões observando-se as variações
de resistências, capacitâncias indutâncias ou relutâncias. Essas
variações são produzidas por um elemento elástico de pressão,
geralmente um fole, diafragma ou um tubo de Bourdon. As
figuras que se seguem servem para ilustrar o princípio de
funcionamento desses medidores.

Strain-Gage ( Medidores de Tensão )


Temos na figura um transdutor de pressão com strain-gage.
Funcionamento: pressão do processo causa uma enlongação ou
diminuição nos Strain-gages aumentando ou
diminuindo sua resistência que é medida por
uma ponte de Wheatstone.

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 129
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Transdutor de pressão com “Strain-Gage”

Resistência
Sensor de pressão potenciométrico. A pressão do processo
aciona o elemento elástico que move o ponteiro de um
potenciômetro de precisão ligado a um divisor de tensão ou
circuito de ponte. Note que neste usa-se o fole como elemento
sensor.

Sensor de pressão potenciométrico

___________________________________________________________________________________________________
CST
130 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Transmissor eletrônico de pressão por equilíbrio de forças


O elemento de pressão sendo fletido, exerce uma força sobre o
braço através de uma mola. Este braço, com um pedaço de
ferrite na ponta, varia a indutância da solenóide do oscilador
ligado a ele, que por sua vez, agindo como um potenciômetro,
varia a corrente de saída proporcionalmente. Essa corrente
realimenta a bobina que produz uma força igual e contrária sobre
o braço para equilibrar a força produzida pela pressão do
processo.

Transdutor com potenciômetro

Transmissor magnético por equilíbrio de forças

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 131
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Capacitância
Transdutor de pressão capacitivo, nesse instrumento a variação
de pressão do processo desloca o diafragma que modifica a
capacitância do capacitor proporcionalmente. Essas variações de
capacitância (geralmente medida por um circuito de ponte) produz
uma variação, proporcional na corrente de saída do transdutor.

Transdutor de pressão capacitiva

Por Ionização

Medidores de vácuo por ionização


Estes medidores utilizam o fenômeno da ionização (do gás cuja
pressão se quer medir). Os ions quando os elétrons produzidos
pelo cAtodo aquecido colidem com as moléculas do gás. A
quantidade de Ions, e portanto, a corrente elétrica formada varia
linearmente com a pressão (vácuo) do gás.
Medindo-se a corrente de anodo teremos uma medida de vácuo
no interior do tubo.

Medidor de vácuo por ionização

___________________________________________________________________________________________________
CST
132 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Particularidades
Damos aqui alguns medidores de pressão bem como suas
respectivas faixas de trabalho, considerando-as máximas e
mínimas:

Diafragmas Metálicos
Atuação Mínima (pressão) 0 a 5 mm CA
(vácuo) 0 a -5 mm CA

Atuação Máxima (pressão) 0 a 400 PSI


(vácuo) 0 a -76 Cm Hg

Span mínimo 5 mm CA

Foles
Atuação Mínima (pressão) 0 a 130 mm CA
(vácuo) 0 a -130 mm CA

Atuação Máxima (pressão) 0 a 800 PSI


(vácuo) 0 a -76 cm Hg

Span mínimo 130 mm CA

Tubos de Bourdon
Atuação Mínima (pressão) 0 a 12 PSI
(vácuo) 0 a -76 cm Hg

Atuação Máxima (pressão) 0 a 100.000 PSI


(vácuo) -0-
Span mínimo 12 PSI

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 133
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Testes em Manômetros
Para efetuarmos testes em Manômetros temos a balança de peso
estático ou ainda conhecido como “Aferidor de Manômetro”, o qual
damos abaixo seu desenho.
O funcionamento é simples: instalamos no testador o manômetro
a ser aferido, enroscando-o na sua conexão. Em seguida
colocamos os pesos estáticos que são calculados de acordo com
a faixa do manômetro a ser aferido. Feito isto, acionamos a
manivela que irá comprimir o óleo para dentro do Bourdon do
manômetro e também na parte inferior do pistão onde estão
colocados os pesos estáticos. Quando o peso se movimentar
para cima isto quer dizer que atingimos a pressão calculada.
Logo, basta apenas verificarmos a indicação do manômetro
aferido, e se a indicação está correta ou não. Ainda podemos
adaptar através de uma conexão um manômetro padrão para que
esta aferição seja efetuada com o menor erro possível.

___________________________________________________________________________________________________
CST
134 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Transformação de Medidas

No decorrer do curso, serão introduzidos vários tipos de


transformação de medidas, os quais serão mencionados de
acordo com a aprendizagem dos diversos temas de unidades de
medidas.

1ª) TRANSFORMAÇÃO
Transformar polegada em milímetro.

1º CASO - Transformar polegadas inteiras em milímetros.


Para se transformar polegada inteira em milímetros,
multiplica-se 25,4mm, pela quantidade de polegadas
por transformar.

Ex.: Transformar 3" em milímetros


25,4 x 3 = 76,2mm 25,4
x 3
76,2

2º CASO - Transformar fração da polegada em milímetro.


Quando o número for fracionário, multiplica-se
25,4mm pelo numerador da fração e divide-se o
resultado pelo denominador.

Ex.: Transformar 5/8" em milímetros. 25,4


x 5
127,0 8
25,4 × 5 47 15,875
= 15,875mm
8 70
60
40
0

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 135
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

3º CASO - Transformar polegada inteira e fracionária em


milímetro.
Quando o número for misto, inicialmente se transforma
o número misto em uma fração imprópria e, a seguir,
opera-se como no 2º Caso.

3 ′′
Ex.: Transformar 1 em milímetros.
4
3 4 × 1+ 3 7
1 = =
4 4 4

7 25,4 × 7
= = 44,45mm
4 4

2ª) TRANSFORMAÇÃO
Transformar milímetro em polegada.
Para se transformar milímetro em polegada, divide-se a
quantidade de milímetros por 25,4 e multiplica-se o resultado pela
divisão (escala) de 128, aproxima-se o resultado para o inteiro
mais próximo, dando-se para denominador a mesma divisão
tomada, e, a seguir, simplifica-se a fração ao menor numerador.

Ex.: Transformar 9,525mm em polegadas.


(9,525 ÷ 25,4)128 =
0,375 × 128
=
48
128 128 128

48 24 12 6 3
simplificando a fração teremos: = = = =
128 64 32 16 8

0,375
x 128
3000
750
375
48,000

___________________________________________________________________________________________________
CST
136 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Aplicando outro Processo


Multiplica-se a quantidade de milímetros pela constante 5,04,
dando-se como denominador à parte inteira do resultado da
multiplicação a menor fração da polegada, simplificando-se a
fração, quando necessário.

Ex.: Transformar 9,525mm em polegadas.

9,525 × 5,04 48
=
128 128

48 24 12 6 3
Simplificando a fração teremos: = = = =
128 64 32 16 8

9,525
x 5,04
38100
477250
48,10600

Após a aprendizagem de mais um sistema de unidade de


medidas, aumentaremos nossa relação de transformação de
medidas.

3ª) TRANSFORMAÇÃO
Transformar sistema inglês ordinário em decimal.
Para se transformar sistema inglês ordinário em decimal, divide-se
o numerador da fração pelo denominador.

Ex.: Transformar 7/8" em decimal.

7” = 0,875 7,000 8
8 60 0,875
40
0

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 137
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

4ª) TRANSFORMAÇÃO
Transformar sistema inglês decimal em ordinário.
Para se transformar sistema inglês decimal em ordinário,
multiplica-se valor em decimal por uma das divisões da polegada,
dando-se para denominador a mesma divisão tomada,
simplificando-se a fração, quando necessário.

Ex.: Transformar 0,3125" em sistema inglês ordinário.

0,3125,, × 128 40
=
128 128

40 20 10 5,,
Simplificando a fração teremos: = = =
128 64 32 16

0,3125
x 128
25000
6250
3125
40,0000

Com os dois tipos de transformações de medidas apresentados


nesta folha, completamos o total dos seis mais freqüentemente
utilizados pelo Inspetor de Medição.

5ª TRANSFORMAÇÃO
Transformar polegada decimal em milímetro.
Para se transformar polegada decimal em milímetro, multiplica-se
o valor em decimal da polegada por 25,4.

Exemplo - Transformar 0,875" em milímetro.


0,875" x 25,4 = 22,225mm

0,875
x 25,4
3500
4375
1750
22,2250
6ª) TRANSFORMAÇÃO
___________________________________________________________________________________________________
CST
138 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Transformar milímetro em polegada decimal.


Para se transformar milímetro em polegada decimal, podemos
utilizar dois processos:
1º Processo: Divide-se o valor em milímetro por 25,4.

Exemplo: Transformar 3,175mm em polegada decimal.

3,175 ÷ 25,4 = 0,125”

3,1750 25,400
063500 0,125
127000
00000

2º Processo: Multiplica-se o valor em milímetro pela constante


0,03937".

Observação: A constante 0,03937" corresponde à quantidade de


milésimos de polegada contida em 1 milímetro.

1mm = 0,03937

Exemplo: Transformar 3,175mm em polegada decimal.

3,175 x 0,03937 = 0,125


3,175
x 0,03937
22225
9525
28575
9521
0,12499975 ≅ 0,125”

Observação: A diferença do resultado entre o 1º e 2º processo,


conforme mostram os exemplos acima, passa a ser
desprezível, considerando-se ambos os processos
corretos.

Exercício de Transformação de Medidas

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 139
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

1) Transforme em Milímetros: Cálculo

5/32” =

5/16” =

1/128” =

1 1/5” =

2) Transforme em Polegada Cálculo


Ordinária:

1,5875mm =

19,05mm =

25,00mm =

___________________________________________________________________________________________________
CST
140 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

3) Transforme em Polegada Cálculo


Decimal:

5/64” =

3/16” =

1/2” =

1 7/8” =

4) Transforme em Polegada Cálculo


Ordinária:

0,125” =

0,4375” =

1,375” =

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 141
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

5) Transforme em Polegada Cálculo


Decimal:

6,35mm =

11,1125mm =

60,325mm =

79,375mm =

6) Transforme em Milímetros: Cálculo

0,0625” =

0,001” =

1,500” =

2,625” =

___________________________________________________________________________________________________
CST
142 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Metrologia - Avaliação

1) Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita.

( ) ºC 1 - Área
( ) Psi 2 - Volume
2
( ) Kgf/cm 3 - Massa
( ) rpm 4 - Pressão
2
( ) m 5 - Força
( ) ºF 6 - Rotação
( ) m 7 - Temperatura
3
( ) m 8 - Linear
( ) Kg
( ) N

a) ( ) 7, 7, 4, 6, 1, 4, 8, 2, 3, 5
b) ( ) 7, 7, 4, 6, 1, 4, 8, 2, 3, 1
c) ( ) 7, 4, 4, 6, 1, 7, 8, 2, 3, 5
d) ( ) 7, 4, 4, 6, 1, 7, 8, 2, 3, 1

2) Dos equipamentos relacionamentos abaixo, qual apresenta a


maior aproximação.

a) ( ) Paquímetro Sistema Inglês Ordinário (1/28’).


b) ( ) Paquímetro Sistema Inglês Decimal (0,001’).
c) ( ) Paquímetro Sistema Métrico Decimal (0,02mm).
d) ( ) Micrômetro Sistema Métrico Decimal (0,01mm).

___________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 143
Espírito Santo
___________________________________________________________________________________________________

Faça as leituras das questões ( 3 a 10 ), marque com um X o


resultado correspondente.

3) Régua graduada - Sistema Inglês Ordinário.

a) ( ) 1 3/16”
b) ( ) 6/16”
c) ( ) 1 3/8”
d) ( ) 1 7/16”

4) Paquímetro - Sistema Métrico Decimal.

a) ( ) 15,32mm
b) ( ) 15,34mm
c) ( ) 16,10mm
d) ( ) 15,10mm

5) Paquímetro - Sistema Inglês Ordinário.

a) ( ) 1 9/64”
b) ( ) 1 1/2”
c) ( ) 1 17/128”
d) ( ) 1 11/64”

___________________________________________________________________________________________________
CST
144 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

TORQUE

Um momento,
por favor

O
utro domingo! Novo passeio de carro. Des-
sa vez foi o pneu que furou. O pai se esforça, tentando, sem sucesso, girar o
parafuso da roda. Um dos filhos então diz: “Um momento, por favor!” Vai até o
porta-malas, pega um cano longo, coloca-o na extremidade da chave, e fala para
o pai: “Tente agora!” E o pai, surpreso, consegue retirar os parafusos, fazendo até
menos esforço do que anteriormente.

Figura 1 Figura 2
Como pode ter acontecido isso? Bem, em Física, existe uma grandeza que
está associada à capacidade de uma força girar um objeto. Essa grandeza é
chamada de momento da força ou, ainda, torquetorque.
Mas, o que vem a ser momento (ou torque) de uma força? De que grandezas
ele depende? No dia-a-dia, temos inúmeros exemplos nos quais essa noção está
envolvida: alavancas, ferramentas, máquinas, automóveis. Veja a Figura 3.
Quando tentamos girar a porca com uma chave, utilizando uma força de mesmo
valor, será mais fácil conseguirmos se a força estiver aplicada no ponto A do que
se estiver aplicada no ponto B. A porca vai girar em torno de seu centro. Quanto
maior for a distância desse ponto ao ponto onde a força é aplicada, maior vai ser
a facilidade de girarmos a porca com a chave.

Figura 3 Figura 4
_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 145
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

A U L A Analise bem a Figura 4. Ela representa uma porta vista de cima. Duas pessoas
empurram a porta, uma tentando fechá-la e a outra tentando abri-la. A pessoa B
tenta fazer com que a porta gire, em torno da dobradiça, da mesma maneira como
fazem os ponteiros de um relógio (sentido horário), enquanto que a pessoa A
procura fazer com que a porta gire no sentido contrário ao que fazem os ponteiros
de um relógio (sentido anti-horário). Não vai ser, necessariamente, a pessoa que
faz mais força que vai vencer a parada. As distâncias entre os pontos onde são
aplicadas as forças e a dobradiça da porta também entram no jogo.

Então, quando quisermos analisar a capacidade de uma força girar um


corpo, devemos considerar, ao mesmo tempo, duas grandezas: o valor da força
e a distância entre a força e o ponto em torno do qual o corpo gira. A grandeza
que representa essa capacidade de uma força girar um corpo como já dissemos,
é o momento da força ou torque. Se chamarmos de M o momento, podemos
definir, inicialmente, o valor dessa grandeza como:
M=F·d

onde M representa o valor do momento da força, F representa o valor da força


e d representa o valor da distância da força ao centro de giro.

B
Figura 5

Observe a situação da Figura 5, em que dois garotos estão sentados numa


gangorra. O menino mais gordo tem massa de 60 kg, e o mais magro de 40 kg
Assim, eles exercerão respectivamente, sobre a gangorra, forças de 60 kgf e
40 kgf. Essas forças poderão fazer com que a gangorra gire, em torno do apoio,
no sentido horário, no sentido anti-horário, ou ainda não gire (se os momentos
das forças forem iguais). Vamos calcular os momentos dessas forças com relação
ao ponto O .
MA = 60 kgf · 1 m = 60 kgf · m
MB = 40 kgf · 1,5 m = 60 kgf · m

Então, os momentos das duas forças são iguais e a gangorra não vai girar.
Podemos dizer que a distância maior do garoto mais magro compensa, em
termos de girar a gangorra, o maior peso do menino mais gordo.

Vamos, finalmente, considerar


uma última grandeza que está associ-
ada ao momento de uma força. Obser-
B
ve a Figura 6.
_________________________________________________________________________________________________
Figura 6
CST
146 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
Temos duas forças de valores FA = FB, que estão à mesma distância do ponto
O, dA = dB, contudo, essas ρduas forças não têm a mesma capacidade de girar a
barra.
ρ
Isso porque a força FA tem direção perpendicular
ρ à barra, enquanto que
FB não. Se usarmos as componentes de FB , poderemos entender melhor a
situação.

A Figura 7 mostra
ρ as duas compo-
nentes da força FB . Uma delas tem a
direção da barra e a outra é perpendi-
cular à barra.
Figura 7

Quem pode produzir uma rotação na barra é a força perpendicular àρbarra.


A outra componente, apenas puxa a barra. Nesseρcaso, então, a força FA tem
maior capacidade de girar a barra do que a força . Assim, a força que tem o
maior momento é aquela que atua perpendicular à barra. Chegamos, por fim à
uma definição final do valor do torque ou momento de uma força (Figura 8):

M = F · d · sen α

Veja que, quando o ângulo α é 90º, o valor do momento é máximo pois


sen α = 1. Nessa situação, a força e a barra são perpendiculares.

Vejamos mais um exemplo do uso do conceito de momento.

Uma pessoa tenta deslocar uma pedra com auxílio de uma alavanca de 1 m.
Para isso, ela apóia a alavanca sobre uma pedra menor, a 20 cm da pedra grande
(veja a Figura 9). Se a pessoa exercer uma força de 40 kgf perpendicularmente
sobre a alavanca, qual a força que vai agir sobre a pedra maior?

Figura 9

A alavanca vai girar em torno do ponto O , que serve de apoio para ela. O
momento da força aplicada pela pessoa deve ser igual ao que a outra extremida-
de da barra vai exercer sobre a pedra. Então teremos:

F · 0,2 m = 40 kgf · 0,8 m


40kgf · 0, 8m
F= = 160 kgf
0, 2m
________________________________________________________________________________________________
SENAI
Departamento Regional do Espirito Santo 147
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__
Então a alavanca vai exercer, sobre a pedra, uma força quatro vezes maior do
que a que está sendo aplicada. Assim, com alavancas muito grandes, podemos
levantar pesos também muito grandes, exercendo pouca força.

Figura 10

Observe a Figura 10, respectivamente um poço no qual existe uma manivela


com um cilindro de madeira e um detalhe dessa manivela. No cilindro de
madeira, está enrolada uma corda que tem, em sua extremidade, o balde para
retirar água do poço. O balde, por intermédio da corda, vai exercer uma força no
cilindro. Essa força, por sua vez, vai ter um momento com relação ao eixo do
cilindro.
Quando alguém exerce uma força na manivela, surge também um momento
dessa força com relação ao mesmo eixo. Ora, o tamanho da manivela é maior que
o raio do cilindro onde está apoiada a corda; então, para girar a manivela, a
pessoa vai precisar de uma força menor do que o peso do balde cheio de água.
Essa é uma outra aplicação do conceito de momento na qual se mostra que às
vezes pode-se elevar um peso se utilizando uma força menor que esse peso.

Finalmente em equilíbrio

Duas pessoas puxam uma


caixa como mostra a Figura 11.
As cordas, pelas quais a caixa
está sendo puxada, estão nos
centros das laterais da caixa.
As forças têm o mesmo valor, Figura 11
mesma direção e sentidos con-
trários. A caixa não vai se mo-
ver. Mas será que é sempre
assim? Sempre que as forças
forem iguais, de mesma dire-
ção e de sentido contrário a
caixa fica paradinha?
Vamos supor que as cor-
das estivessem amarradas nas
pontas da caixa, como aparece Figura 12
na Figura 12.
Mais uma vez, vamos considerar que as forças são iguais, de mesma
direção e sentidos contrários. Porém, nessa situação, a caixa nem sempre vai
ficar paradinha. Ela poderá girar! São os momentos das forças que farão a
caixa girar.
_________________________________________________________________________________________________

CST
148 Companhia Siderurgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
Mas, se a soma das forças for zero e a soma dos momentos também
também, a caixa A U L A
estará em equilíbrio. Ela não vai girar nem se deslocar.
Condições de equilíbrio de um corpo
Para que um corpo sujeito a forças permaneça em equilíbrio, é necessário:
1. que a soma de todas as forças que agem sobre o corpo seja nula;
2. que a soma dos momentos dessas forças com relação a um ponto
seja nula.
Vamos estudar alguns casos que envolvem o equilíbrio de corpos.

Penduram-se numa barra muito leve (de peso desprezível, como em geral se
diz em Física), três bolas iguais que têm, cada uma, um peso de 1 newton (1 N).
Elas são presas em pregos que estão a uma distância de 10 cm uns dos outros,
como mostra a Figura 13. A barra está presa no teto. Pergunta-se:
a) Onde deveremos colocar uma quarta
bola, igual às primeiras, para que a barra
fique em equilíbrio?
b) Qual a força exercida sobre o fio que
prende a barra ao teto?

Figura 13

Para que o conjunto fique em equilíbrio, a soma de todas as forças aplicadas


na barra
ρ ρ ρ
deve
ρ
ser igual a zero. Na Figura 13, estão representadas quatro forças:
F, F1 , F2 e F3 . Vamos supor que as forças dirigidas para cima sejam positivas e
as dirigidas para baixo sejam negativas. Então, com relação aos valores das
forças, teremos:
F - F 1 - F2 - F 3 = 0
F -1N - 2N - 1N = 0
F = 4N
Então, sobre o fio que suporta a barra, teremos uma força de 4 N. Isso já era
esperado pois, se cada bola pesa 1 N e o fio é quem mantém as quatro bolas, ele
deverá estar agüentando uma força de 4 N. O peso da barra não entra, pois
supusemos que é desprezível.
Agora, para que a barra não gire, a soma dos momentos das forcas deve ser
também igual a zero. Vamos chamar de M, M 1, M2 e M3 os valores dos
momentos das forças e escolher que o sentido de rotação horário é positivo.
Quem faz a barra girar no sentido horário é a força F 3. A força F não faz a barra
girar, pois está aplicada no ponto de suspensão e as outras duas tendem a fazer
a barra girar no sentido anti-horário. Então teremos:
F 3 · d3 - F 2 · d 2 - F 1 · d 1 = 0
1 N · d3 - 2 N · 0,1 m - 1 N · 0,3 m = 0
d3 = 0,5 m
Dessa maneira, a bola deverá ser colocada a uma distância de 50 cm do ponto
de suspensão da barra.
_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espirito Santo 149
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

A U L A

Observe a Figura 14: um sarrafo com peso de 16 N, apoiado em dois blocos


A e B. Quais são os valores das forças que os apoios exercem sobre a barra?

Para a resolução desse problema, vamos usar um conceito importante - o


centro de gravidade
gravidade.

O centro de gravidade de um corpo é o ponto de aplicação da força peso, ou


seja, como se todo peso do corpo estivesse concentrado naquele ponto. Se o corpo
for homogêneo, como o caso da barra do problema, o centro de gravidade é o
centro geométrico da barra. As Figuras 15, 16, 17 e 18 mostram a posição
aproximada de alguns centros de gravidade.

P
P
P P

Figura 15 Figura 16 Figura 17 Figura 18


Numa esfera, como num cubo, ele está no centro da esfera. Na chave, ele fica
mais perto da parte que gira a porca. Num homem, ele se situa aproximadamente
na altura do umbigo, mas na parte interna de seu corpo.
Vamos aos cálculos. Suponhamos que as forças representadas na Figura 14
que estiverem para cima são positivas e as que estiverem para baixo, negativas.
Então, vamos ter:
F1 + F2 - 16 = 0
Vamos calcular os momentos das forças com relação ao ponto A. Poderíamos
calcular também com relação ao centro de gravidade ou, ainda, com relação ao
ponto B, que os resultados seriam os mesmos. Vamos considerar que o sentido
horário é o sentido positivo.
ρ
ρρ O momento da força F1 com relaçãoρao ponto A é zero, pois a distância da força
FP1 ao ponto A é zero. O momento de F2 é negativo,ρ pois faria com que a barra
girasse no sentido anti-horário. O momento de P é positivo, pois ρ faria com que a
barra girasse no sentido horário. As distâncias do peso e da força F1 ao ponto A são,
respectivamente, 25 cm (0,25 m) e 40 cm (0,4 m), então, a soma dos momentos
dessas forças com relação ao ponto A vai ficar:

16 N · 0,25 m - F2 · 0,40 m = 0 então,


4 N ×m
F2= =10N
0, 40 m
ρ ρ
Sabendo-se o valor de F2 , podemos calcular F1

F1 + 10 - 16 = 0
_________________________________________________________________________________________________
F1 = 6 N
CST
150 Companhia Siderurgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

Uma balança tem um peso próprio de


2 kgf. A distância entre o prato da balança Figura 19
e o suporte é 20 cm. Coloca-se um peixe no
prato. O peixe é equilibrado por um peso
de 0,5 kgf colocado a 40 cm do suporte.
Qual é o peso do peixe? Qual a força
exercida pelo peixeiro para segurar a ba-
lança? (Figuras 19 e 20.)
Inicialmente, o momento do prato da
balança é compensado pelo momento do
travessão da balança, pois a balança vazia
está em equilíbrio (Figura 19). Quando o
peixe e o contrapeso são colocados, para
que haja equilíbrio, o momento do peso de
um deve compensar o do outro (Figura
20). Então:
Figura 20
Mp = Mc
Chamando-se de Pp o peso do peixe, de Pc o do contrapeso, de dp a distância
do prato (onde está o peixe) e de dc a distância do contrapeso, teremos:
Pp · d p = P c · d c
Pp · 0,2 m = 0,5 kgf · 0,4 m
0,5 kgf × 0, 4 m
Pp = = 1 kgf
0, 2 m ρ ρ
As forças que
ρ
agem são: o peso do peixe Pp , o peso da balança PB , e o peso
do contrapeso PC atuando para baixo. Quem equilibra essas forças é o peixeiro,
segurando na argola. Então ele vai exercer uma força de:
2 kgf (da balança) + 1 kgf ( do peixe ) + 0,5 kgf ( do contrapeso ) = 3,5 kgf

Uma prateleira de 2 kg, que pode girar em torno de um


ponto O fixo na parede, tem a outra extremidade também
presa à parede por uma corda que forma, com a mesma, um
ângulo de 60º. A corda está fixa a 40 cm do ponto O (Figura
21). Um bloco de 10 kg está apoiado nessa prateleira a uma
distância de 10 cm da parede. Qual a força que o conjunto
vai exercer sobre a corda? Vamos supor que os momentos das
forças que fariam a prateleira girar em torno do ponto O, no
sentido horário, fossem positivos. Tais forças seriam o peso da
prateleira e o peso do bloco, que valem, respectivamente, 2 kgf
e 10 kgf. O momento da força que age sobre a corda faria a
prateleira girar no sentido anti-horário, e seria, então, negativo.
Chamando-se de Mp, MB e Mc esses momentos, teríamos:
Figura 21
M p + M B + Mc = 0

Então, 2 kgf · 0,1 m + 10 kgf · 0,1 m - F · 0,4 m · sen 60º = 0

2 kgf × 0,1 m + 10 kgf × 0,1 m


F= @ 4 kgf
SENAI 0, 4 m × 0,866
Departamento Regional do Espirito Santo 151
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
Nesta aula você aprendeu:
· que se chama momento a grandeza associada à capacidade de uma força
girar um corpo;
· que, para um corpo estar em equilíbrio, a soma de todas as forças nele
aplicadas deve ser nula e a soma dos momentos das forças com relação
a um ponto também.

Exercício 1 F

ρ
Calcule os momentos da força F de 100 N, com relação ao centro da porca que
a chave tenta girar, quando essa força é aplicada em pontos situados
respectivamente a 15 cm e 45 cm, do centro da porca.

Exercício 2

60 N
0,5 m
30°
O

Uma barra pode girar em torno de um ponto O. Aplica-se, na mesma uma


força de 60 N como está representado na figura abaixo. Qual vai ser o
momento dessa força com relação ao ponto O ?

Exercício 3

Uma caixa com massa de 8 kg está apoiada sobre uma barra de peso
desprezível e comprimento 1,20 m, que, por sua vez, está sobre um suporte,
como mostra a figura acima. Qual a força F , que devemos fazer, do outro lado
da barra, para equilibrar a caixa?

CST
152 Companhia Siderurgica de Tubarão
Espírito Santo
_______________________________________________________________________________________________________

A U L A

TRABALHO

R oberto já não subia mais as escadas, só


usava o elevador. Afinal ele não comia mais chocolate, não tinha mais energia
sobrando para subir centenas de andares. Mas uma coisa ainda o intrigava.
Como Maristela tinha feito aqueles cálculos? Como alguém pode achar resulta-
dos numéricos tão precisos a partir de um conceito que, segundo falou a própria
Maristela, nem os físicos sabiam direito o que era?
A resposta a essas perguntas começa a ser dada nesta aula. Já vimos que as
grandezas fundamentais da Física podem ser medidas diretamente por meio da
criação de padrões adequados. É o caso do comprimento, da massa e do tempo.
Outras grandezas derivadas não têm padrões próprios, mas podem ser medidas
com auxílio dos padrões criados para as grandezas fundamentais. É o caso da
área, do volume, da velocidade, da aceleração, da força etc. É o caso também da
energia, mas com uma característica a mais: a medida da energia tem, como
ponto de partida, uma outra grandeza física, o trabalho
trabalho. Se energia é a capacida-
de de realizar trabalho, mede-se a energia de um corpo pelo trabalho que ele
realiza
realiza. Mas o que é trabalho? Como se mede o trabalho realizado por um corpo?

Conceito de trabalho

O avô de Roberto, um sitiante, ficou alguns dias no apartamento do neto e


estranhou que aquela vizinha passasse a noite toda com a luz acesa.
“Ela não dorme?”, quis saber o desconfiado lavrador.
“É que ela fica até tarde trabalhando sentada na frente do computador”,
explicou Roberto.
“Trabalhar sentado é novidade, pra mim isso não é trabalho, não cansa!”,
sentenciou o lavrador.
De fato, segundo a Física, Maristela não trabalhava, ou melhor, não realizava
trabalho
trabalho. O conceito de trabalho, em Física, é parecido com o do lavrador: sem
força não há trabalho. Mas só a existência de força ainda não basta; é preciso que
ela produza ou atue ao longo de um deslocamento. O trabalho poderá então ser
medido pelo produto da força pelo deslocamento:

Trabalho = força · deslocamento


_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espirito Santo 153
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
Mas por que essa relação? Por que produto e não soma, por exemplo? A U L A
Porque são grandezas que se compensam, isto é, se nós aumentamos uma,
podemos diminuir a outra, na mesma proporção. Veja a Figura 1.

d
f
d
D
f
D
P
P
Figura 1
ρ ρ
Na alavanca, uma força menor ( f ) pode mover um peso maior ( P ) porque
o deslocamento (d) da força menor é maior que o deslocamento (D) do peso. O
mesmo ocorre no plano inclinado. É possível ρ elevar por uma altura (D) o
ρ ρ
caixote de peso ( P ) fazendo uma ρ força ( f ) menor que ( P ) porque, por intermé-
dio do plano inclinado, a força ( f ) atua ao longo de um deslocamento (d) maior
que (D)... Em ambos os casos é válida a relação:

F·d=P·D

Em outras palavras, éé possível


possível fazer
fazer uma
uma força
força menor
menor desde
desde que
que se
se
compense com
compense com um
um deslocamento
deslocamento maior
maior A energia consumida é a mesma em
maior.
ambos os casos, pois o trabalho realizado é o mesmo. Essa definição de trabalho,
no entanto, não prevê todas as situações possíveis. Veja a situação ilustrada na
Figura 2: o bloco está se movendo ao longo do deslocamento (d) sob a ação
simultânea de várias forças. Será que todas realizam o mesmo trabalho? Como
calcular o trabalho de cada uma das forças?

Trabalho de uma força constante

F3 Como você pode ver na Figura 2, há


F5 F2 forças que favorecem o deslocamento d
ρ ρ
( F 1 e F 2), outras que não influem direta-
F6 F1 ρ ρ ρ
d mente ( F 3 e F 4) e outras que se opõem ( F 5
ρ
e F 6). Essas relações estão ligadas ao
F4 Figura 2 ângulo formado entre a força e o deslo-
camento. Se esse ângulo está compreen-
dido entre 0º e 90º, a força favorece o deslocamento, realiza um trabalho positivo.
Se for igual a 90º, ela não influirá no deslocamento, e seu trabalho será nulo
nulo. Se
o ângulo estiver compreendido entre 90º e 180º, ela dificultará ou se oporá ao
deslocamento, isto é, realizará um trabalho negativo
negativo. Além disso, apenas nos
casos em que o ângulo é 0º ou 180º, a força atua integralmente a favor ou contra
o deslocamento; nos demais casos, só uma parcela da força influi. Essa parcela
é a componente da força na direção do deslocamento. Todas essas característi-
cas devem aparecer na definição de trabalho de uma força. Por isso, além do
produto força ´ deslocamento
deslocamento, aparece a grandeza trigonométrica cos a (co-
seno de a, ângulo entre a força e o deslocamento). A definição do trabalho de uma
força F, que representamos por tF é, portanto,
tF = F · d · cos a
CST
154 Companhia Siderurgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
No SI, como a força é dada em newtons (N) e o deslocamento em metros (m),
o trabalho será dado em N · m, unidade que recebe o nome de joule (J), em
homenagem a James Prescott Joule, físico inglês do século XIX. Assim:
1 joule é o trabalho realizado por uma força de 1 newton que atua
na mesma direção e sentido de um deslocamento de 1 metro.

Como exemplo do cálculo do trabalho de uma força, vamos voltar à Figura


2 e calcular o trabalho das forças F1 (t1), F2 (t2), F3 (t3), F4 (t4), F5 (t5) e F6 (t6), ao longo
do deslocamento d.
Suponha que todas as forças sejam iguais e valham 10 N e o deslocamento
seja de 5 m. Em relação aos ângulos, temos:
l O ângulo entre F1 e d é a1 = 0º; F1 tem a mesma direção e sentido do
deslocamento..
l Vamos supor que o ângulo entre F 2 e d seja a2 = 37º.
l Os ângulos entre F3 e d e entre F4 e d são a3 = 90º e a4 = 90º; F3 e F4 são
perpendiculares ao deslocamento.
l Vamos supor que o ângulo entre F5 e d seja a5 = 120º.
l O ângulo entre F6 e d é a6 = 180º, porque F6 tem a mesma direção e sentido
oposto ao deslocamento.
Observação: Você pode obter os valores do co-seno desses ângulos com uma
calculadora ou consultando uma tabela de senos e co-senos.
Podemos agora calcular o trabalho de cada força:
l t1 = F1 ´ d ´ cos a1 Figura 3.
F1
t1 = 10 ´ 5 ´ cos 0º Trabalho de F1
t1 = 50 ´ 1,0 = 50 J d

l t2 = F2 ´ d ´ cos a2 Figura 4. F2

t2 = 10 ´ 5 ´ cos 37º Trabalho de F2


t2 = 50 ´ 0,8 = 40 J

l t3 = F3 ´ d ´ cos a3 Figura 5.
t3 = 10 ´ 5 ´ cos 90º Trabalho de F3
t3 = 50 ´ 0 = 0

l t4 = F4 ´ d ´ cos a4 Figura 6.
t4 = 10 ´ 5 ´ cos 90º Trabalho de F4
t4 = 50 ´ 0 = 0

l t5 = F5 ´ d ´ cos a5 Figura 7.
t5 = 10 ´ 5 ´ cos 120º Trabalho de F5
t5 = 50 ´ - 0,5 = -25 J

lt6 = F6 ´ d ´ cos a6 Figura 8.


t6 = 10 ´ 5 ´ cos 180º Trabalho de F6
t6 = 50 ´ - 1,0 = - 50 J
_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espirito Santo 155
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
Observe que o valor do co-seno do ângulo corrige o valor do trabalho, em A U L A
cada caso. Se o trabalho fosse calculado apenas pelo produto F · d, obteríamos
sempre o mesmo valor e o mesmo sinal, o que não corresponderia à realidade.
É importante notar ainda que, se todas essas forças atuarem ao mesmo tempo, o
trabalho resultante dessas forças, tR, será a soma algébrica do trabalho de cada
uma. Assim, teremos:

tR = t1 + t2 + t3 + t4 + t5 + t6
tR = 50 + 40 + 0 + 0 + (- 25) + (- 50)
tR = 15 J

Trabalho e energia cinética

Agora que já sabemos calcular o trabalho de uma força constante, é possível


encontrar uma expressão matemática para a energia cinética. O raciocínio é
simples. Suponha que um corpo está em repouso sobre um plano horizontal sem
atrito (veja a Figura 9).
tFF Como ele está em repouso, não
W
tem energia cinética. Sobre esse
corpo passa
ρ a atuar uma força cons-
F F tante F , paralela ao plano, que o
desloca na mesma direção e senti-
EC = 0 t F do da força. Depois de um desloca-
EC = W
Figura 9
mento d , esse corpo está com uma
determinada velocidade v. Adqui-
re, portanto, uma energia cinética, E C . Como só essa força realiza trabalho, essa
energia cinética é fruto do trabalho dessa força (há mais duas forças atuando
sobre o corpo, o peso e a reação do plano, mas são perpendiculares ao desloca-
mento e, portanto, não realizam trabalho). Pode-se, então, determinar a energia
cinética desse corpo, pelo trabalho realizado por essa força, ou seja:
tF = EC
Temos, então:
tF = F · d · cos 0º
Mas, pela segunda lei de Newton, F = m · a. Temos, portanto:
tF = m · a · d · 1,0 (I)
Usando a equação de Torricelli, que é obtida quando eliminamos o tempo
das funções horárias da posição e da velocidade no MRUV.
2 2
v = v0 + 2 · a · d
Podemos determinar a velocidade do bloco ao final do deslocamento d.
Como ele parte do repouso, v0 = 0, a expressão se simplifica:
2
v =2·a·d
Pode-se obter daí o valor do produto a · d:
v2
a·d=
2
Substituindo esse valor de a · d na expressão (I), obtemos:
v2
tF = m ·
2
_________________________________________________________________________________________________

CST
156 Companhia Siderurgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

A U L A Essa expressão, m ´ v22 , é , portanto, a energia cinética ECfinal adquirida pelo


corpo em função do trabalho da força F( F(tF) . Escrevendo essa expressão de uma
forma mais elegante, define-se energia cinética de um corpo de massa m com
velocidade v como:
1 2
EC = mv
2
Como a energia cinética é igual ao trabalho realizado pela força, a sua
unidade de medida deve ser a mesma unidade de trabalho. Logo, a unidade de
energia no SI também é o joule.
Vamos voltar à Figura 3 e supor que o corpo não estava inicialmente em
repouso, ou seja, vo ¹ 0. Isso significa que, quando a força F foi aplicada, o corpo
repouso
já tinha uma energia cinética inicial, Einicial. Para saber o trabalho dessa força ao
final do deslocamento d, devemos descontar a energia cinética final, EC, dessa
energia cinética inicial, Einicial. Nesse caso, o trabalho da força F é igual ao que o
corpo ganha a mais de energia cinética, o que pode ser calculado pela variação
da energia cinética que ele sofre, ou seja:
tF = ECfinal - ECinicial
Se houver mais forças atuando sobre o corpo, cada uma delas vai realizar um
trabalho. Nesse caso, como vimos no exemplo 1, o trabalho resultante, tR, de
todas essas forças é a soma algébrica do trabalho de cada força. Esse trabalho
resultante é o responsável pela variação da energia cinética do corpo. Podemos,
então, escrever:
tR = ECfinal - ECinicial
Representado por DEC , que significa variação da energia cinética
cinética, a diferen-
ça ECfinal - ECinicial, temos:
tR = DEC
Essas duas últimas relações expressam matematicamente o teorema da
energia cinética
cinética, uma valiosa ferramenta para a interpretação, compreensão e
resolução de problemas de Física, cujo enunciado é:

O trabalho resultante ((tR) de todas as forças que atuam sobre um


corpo num deslocamento d é igual à variação da energia cinética
desse corpo ((DEE C) nesse deslocamento.

Um automóvel com massa de 800 kg tem velocidade de 36 km/h quando é


acelerado e, depois de percorrer um determinado deslocamento, está com
velocidade de 108 km/h. Determinar:
a) Sua energia cinética inicial, Einicial:
Como a energia é medida em joules, unidade do SI, precisamos transformar
a velocidade em metros por segundo. Portanto, como já vimos anteriormente,
vo = 36 km/h = 10 m/s. Basta agora determinar o valor de Einicial:
1 2
Einicial = mvoinicial
2

1 2
Einicial= · 800 · 10 = 40.000 J
SENAI
2
Departamento Regional do Espirito Santo 157
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
__
b) A energia cinética final, ECfinal. Sabendo-se que v = 108 km/h = 30 m/s, A U L A
temos:
1 2
ECfinal = mv
2

1 2
ECfinal = · 800 · 30 = 360.000 J
2
c) Qual o trabalho da força resultante que atua sobre o automóvel.
Aplicando o teorema da energia cinética, temos:

tR = DEC = ECfinal - ECinicial


tR = 360.000 - 40.000 = 320.000 J

Observe que esse valor não corresponde ao trabalho do motor. Se a estrada


for plana, horizontal, ou predominarem as subidas, o trabalho do motor certa-
mente será maior. Ele deverá vencer também as forças de atrito e resistência do
ar e, se houver subida, a componente tangencial do peso do automóvel. Todas
essas forças realizam um trabalho negativo. Se houver descida, o trabalho do
motor pode ser menor, porque, nesse caso, o peso do automóvel também vai
realizar trabalho positivo.

Uma bala com 20 g de massa atinge uma parede com velocidade de 600 m/s
e penetra, horizontalmente, 12 cm. Determine o valor médio da força de resistên-
cia exercida pela parede, para frear a bala.
Para determinar o valor médio da
força de resistência R exercida pela
parede sobre a bala, é preciso calcular
o trabalho que ela realiza, tR. Isso pode
ser feito pelo teorema da energia
cinética, que permite calcular o traba-
lho da parede pela variação da energia
cinética da bala:

t (parede) = DEC (bala)


tR = ECfinal - ECinicial
Figura 10

Como a bala pára ao final da penetração, ECfinal = 0, basta, portanto,


calcular ECinicial.
1 2
ECinicial = mvo
2
Lembrando que m = 20 g = 0,02 kg e vo = 600 m/s, temos:
1
ECinicial = · 0,02 · 6002 = 3.600 J.
2
Voltando a expressão do teorema da energia cinética, temos:
tR = ECfinal - ECinicial

tR = 0 - 3.600 = - 3.600 J
CST
10 Companhia Siderurgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

A U L A Para determinar o valor médio da força de resistência, voltemos à definição


de trabalho de uma força, lembrando que, aqui FResultante = R:
tR = R · d · cos a
Sabendo que o deslocamento da bala dentro da parede é d = 12 cm = 0,12 m,
e a = 180º, pois a força exercida pela parede se opõe ao deslocamento, temos:
-3.600 = R · 0,12 · cos 180º
-3.600 = R · 0,12 · (-1,0)
Logo:
R = 3.600 ¸ 0,12 = 30.000 N

Observação:
Dizemos que esse é o valor médio da força exercida pela parede sobre a bala
porque essa força não é constante, ela varia ao longo do deslocamento.

Potência

Já vimos que, sob o ponto de vista da Física, sem força não há trabalho, mas
ainda não respondemos a pergunta que dá titulo à nossa aula: o trabalho cansa?
A resposta, é claro, só pode ser “depende”. Depende do trabalho, da força que
se faz e do deslocamento em que ela atua.
Mas há um fator a mais que ainda não entrou na discussão. Suponha que o
nosso amigo Roberto, na esperança de compensar o chocolate que comia,
resolvesse subir as escadas do seu prédio correndo. Será que desse jeito ele não
iria gastar mais calorias?
A resposta agora é mais complicada. Fisicamente, o trabalho que ele realiza
é o mesmo: transportar o próprio corpo do térreo ao andar em que mora. Mas
nem ele nem seu organismo aceitam essa idéia com facilidade. Seu coração bateu
muito mais rápido, sua respiração tornou-se ofegante, ele suou e se cansou muito
mais. Internamente, o seu organismo consumiu muito mais energia, embora o
trabalho externo tenha sido o mesmo. Isso ocorreu porque o tempo para a
realização desse trabalho foi menor. Em outras palavras, a potência desenvolvi-
da pelo organismo foi maior.
Você notou que estamos apresentando uma nova grandeza física muito
importante nos dias de hoje, pois relaciona o trabalho (t), realizado por uma
máquina, com o intervalo de tempo (Dt) gasto em realizá-lo: a potência ((P). Essa
grandeza é definida pela expressão:
t
P=
Dt
Observe que, para um mesmo trabalho t, quanto menor for o intervalo de
tempo em que ele é realizado, que é o denominador da fração, maior será a
potência e vice-versa. A unidade de potência no SI é o watt (W), em homenagem
a James Watt, um engenheiro escocês que deu uma notável contribuição ao
desenvolvimento das máquinas a vapor no século XVIII. Assim,

1 watt é a potência desenvolvida por uma máquina


que realiza um trabalho de 1 joule em 1 segundo.
_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espirito Santo 159
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________
Como a potência é uma das grandezas físicas mais utilizadas na nossa vida A U L A
diária, é comum encontrá-la expressa em múltiplos ou submúltiplos ou unida-
des práticas. Veja a seguir uma pequena lista dessas unidades e a relação delas
com o watt:
1,0 quilowatt (kW) = 1.000 W
1,0 miliwatt (mW) = 0,001W
1,0 cv (cavalo-vapor) = 735,5 W
1,0 hp (horse-power) = 746 W

Além dessas unidades, há ainda uma unidade prática de energia, com a qual
temos um desagradável contato mensal, por intermédio da conta de energia
elétrica: o quilowatt-hora
quilowatt-hora, cujo símbolo é kWh. A definição dessa unidade parte
da definição de potência. Se a potência é dada por
t
P= ,
Dt
então, o trabalho pode ser calculado pela relação:
t = P · Dt
Isso significa que podemos medir o trabalho realizado por uma máquina e,
portanto, a energia que ela consome, multiplicando-se a sua potência pelo tempo
que ela fica funcionando. Se a potência é dada em watts e o tempo em segundos,
o trabalho (ou a energia) será dado em joules. Essa unidade, no entanto, não é
muito prática, principalmente para aparelhos elétricos. Por isso, costuma-se
utilizar o quilowatt como unidade de potência e a hora como unidade de tempo,
obtendo-se o quilowatt-hora como a correspondente unidade de trabalho (ou
energia). Como essa é uma unidade prática (não pertence ao SI), é preciso saber
a sua relação com o joule que, como vimos, é a unidade de trabalho e energia
desse sistema. Teremos então:

1,0 kWh = 1,0 kW · 1,0 h = 1.000 W · 3.600 s = 3.600.000 W ·s = 3.600.000 J

Imagine se o nosso amigo Roberto, ao invés de subir escadas, resolvesse


correr numa estrada horizontal, em linha reta, com velocidade constante. Será
que ele iria consumir energia? Se a velocidade é constante, a energia cinética não
varia. Como o trabalho é igual à variação da energia cinética, ele não realiza
trabalho, logo não consome energia, certo? Errado!
Na realidade, como vimos, o trabalho da força resultante é igual à variação
da energia cinética. Quando alguém corre com velocidade constante, em linha
reta, a força resultante é nula, mas a pessoa faz força para frente, pelo atrito de
seus pés com o solo. Realiza, portanto, um trabalho positivo. No entanto, essa
força é equilibrada pela resistência do ar que realiza um trabalho negativo. Por
essa razão, a energia cinética não varia - o trabalho da força que a pessoa realiza
para correr é consumido integralmente pelo trabalho da resistência do ar.
Nesse caso particular, é fácil calcular o trabalho que a pessoa realiza e,
conseqüentemente, a energia que ela consome, por intermédio da potência
desenvolvida. Por definição, o trabalho da força exercida é tF = Fd cos a. Como
a força atua na direção e sentido do deslocamento a = 0º e cos a = 1,0. Então o
trabalho da força é apenas tF = Fd.
t
Lembrando que a potência é P = , temos:
Dt
F ×d
P=
Dt
_________________________________________________________________________________________________

CST
160 Companhia Siderurgica de Tubarão
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

A U L A Mas d/D t é a velocidade v da pessoa, logo, a potência pode ser expressa por:
P=F·v
É bom lembrar que essa expressão é válida para qualquer corpo, mas só
quando a velocidade é constante
constante, ou seja, quando ele tem movimento retilíneo
uniforme.

Um automóvel desenvolve uma potência de 80 cv quando em trajetória


retilínea com velocidade constante de 108 km/h. Qual a intensidade da força de
resistência do ar?
Como o movimento é retilíneo uniforme, a força de resistência do ar é igual à
força exercida pelo automóvel. Além disso, vale a expressão da potência num MRU
(P = F · v) Para aplicá-la, basta transformar as unidades dadas em unidades do SI:
P = 80 cv = 80 · 735,5 = 58.840 W
v = 108 km/h = 30 m/s
Então, temos:

P = F · v Þ 58.840 = F · 30 Þ F = 58.840 ¸ 30 = 1.961 N (aproximadamente)

Rendimento

Sabemos que há carros que consomem menos combustível do que outros, ou


que até o mesmo carro, quando regulado, pode consumir menos. Da mesma
forma, uma lâmpada fluorescente ilumina mais que uma lâmpada comum, de
mesma potência. Isso vale também para o organismo humano. Há pessoas que
engordam, mesmo comendo pouco, e outras que comem muito e não engordam.
Em outras palavras, há máquinas que aproveitam melhor o combustível que
consomem. Dizemos que essas máquinas têm um rendimento maior. Define-se
o rendimento (r) de uma máquina pela razão entre a potência útil (PU), que ela
fornece e a potência total
total, (Pt), que ela consome, ou seja:
P
r = U
PT
Pode-se escrever essa mesma expressão na forma de porcentagem. Teremos
então:
P
r = U × 100%
PT
É fácil ver que, se uma máquina fosse perfeita, o que não existe, ela teria
rendimento r = 1,0 ou r = 100%, porque a potência útil seria igual à potência total:
ela aproveitaria tudo o que consome. Isso não acontece porque toda máquina
gasta parte da energia que recebe para seu próprio funcionamento. Além disso,
sempre há perdas. É impossível, por exemplo, eliminar completamente o atrito,
que acaba se transformando em calor. E o calor gerado por atrito raramente é o
objetivo de uma máquina. Ele é, em geral, um efeito indesejável, mas inevitável.
Por essa razão, o rendimento de qualquer máquina será sempre um valor menor
que 1,0 ou que 100%.
_________________________________________________________________________________________________

SENAI
Departamento Regional do Espirito santo 161
Espírito Santo
_________________________________________________________________________________________________

A U L A

Vamos voltar ao Exemplo 2. Suponha que o sistema mecânico daquele


automóvel, naquela situação, tenha um rendimento de 0,25 ou 25% e que o tempo 14
gasto para acelerar de 36 km/h para 108 km/h tenha sido de 10 s. Qual a potência
total que ele consome, em cavalos-vapor?

Lembremos a resposta do segundo Passo-a-passo. O trabalho resultante


sobre o carro é:
tR = 320.000 J

Que trabalho é esse? Sendo o trabalho resultante, é o trabalho útil


útil, aquele
que a gente aproveita. Dele pode-se calcular a potência útil
útil, mas não a potência
total. Como dissemos lá na resolução do Exemplo 2, o trabalho total que ele
consome (que tira da energia fornecida pelo combustível) é certamente muito
maior. Além do trabalho útil, ele esquenta, faz barulho, vence os atritos e a
resistência do ar.
Vamos, então, calcular primeiro a potência útil. Como a potência é dada por
P = t/Dt , a potência útil será calculada por essa expressão, desde que o trabalho,
(t), seja o trabalho útil. O trabalho útil, como comentamos é tR = 320.000 J e o
intervalo de tempo é Dt = 10 s. Logo:
32.000 J
PU = PU = = 3.200 W
10 s
Como o rendimento r = 0,25, temos:
PU 3.200 J 3.200 J
r= Þ 0,25 = Þ PT = Þ PT = 12.800 W
PT PT 0, 25
Para transformar esse valor em cavalos-vapor, basta dividir por 735,5 W, que
equivale à potência de 1 cv. Temos, então:

PT = 12.800 ¸ 735,5 = 17,4 cv (aproximadamente)

Você pôde ver, nesta aula, que é possível calcular a energia de um corpo pelo
trabalho que ele realiza. E que, para os físicos, só existe trabalho quando há força
e deslocamento, portanto, o trabalho quase sempre cansa. Chegamos, também,
a uma ligação muito importante que relaciona trabalho e energia cinética,
t = DEC. Vimos que a potência de uma máquina pode ser calculada pela razão
entre o trabalho que ela realiza e o tempo gasto em realizá-lo. Que a potência útil
é sempre menor que a potência total e a razão entre elas, sempre menor que a
unidade, é o seu rendimento. Mas ainda ficamos devendo. Não sabemos como
Maristela fez aquele cálculo que tirou o sono do nosso amigo Roberto. Mas
estamos mais perto. Você lembra que ali o problema estava na altura que ele
subia e no chocolate que comia. É preciso relacionar, então, trabalho com subida
ou, falando mais bonito, deslocamento vertical. Esse, no entanto, é o assunto da
próxima aula.

_________________________________________________________________________________________________

CST
162 Companhia Siderurgica de Tubarão

Você também pode gostar