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WIKIPEDIA
LÁZARO, GREMAUD
- O Acordo de Paris inclui objetivos de longo prazo para limitar as emissões de GEE, e é o
primeiro aplicável a todos os países Partes da Convenção do Clima, diferente do PK, que
apenas estabeleceu metas obrigatórias de redução para os países desenvolvidos. Contudo, esse
novo Acordo continua sendo um “negócio inacabado”, por apenas oferecer aspirações para
manter o aumento da temperatura média global em 1,5–2ºC (graus), o que ainda precisará ser
fortalecido em negociações futuras para se ter metas claras e mecanismos para seu
cumprimento. P. 54
- Além disso, avaliar a contribuição do MDL para o desenvolvimento sustentável nos países
em desenvolvimento tem sido um desafio ainda maior, em parte, em virtude da ausência de
uma definição internacionalmente aceita do que é desenvolvimento sustentável (OLHOFF et
al., 2004; RUTHNER et al., 2011), uma vez que pode variar de nação para nação, de acordo
com os critérios de análise de cada país receptor, re-sultando em critérios pouco objetivos e de
difícil verificação. Em alguns casos, até há o equivocado entendimento de que
desenvolvimento sustentável é apenas sinônimo de “crescimento” econômico (SUBBARAO;
LLOYD, 2011). Todavia, o fato de ser um mecanismo de mercado tem levantado muitas críti-
cas, principalmente, tem sido acusado de promover atos de “neoespoliação colonial”
(LOHMANN, 2006), ser concebido para servir às necessidades do capital, fornecendo
reduções de emissões de baixo custo, uma nova forma de aquisição de terras e re-cursos em
países pobres para sustentar o consumo perdulário dos ricos, ou seja, um “colonialismo de
carbono” (NEWELL; PATERSON, 2010). P. 55
- Existe a percepção de que o aproveitamento das riquezas ecológi-cas deve ter como
principal propósito o de nutrir o progresso e alcançar o status de desenvolvimento dos países
chamados desenvolvidos, mesmo que para consegui-lo signifique esgotar e deteriorar os
recursos naturais (GLIGO, 2006). Razão pela qual Celso Furtado alertava, já em 1974, com a
publicação de seu livro O mito do desenvolvimento econômico, para os impactos do processo
econômico no meio físico e na natureza, e para a ideia do desenvolvimento sendo utilizado
uni-camente para legitimar a destruição do meio físico e justificar formas de dependência que
reforçam o caráter predatório do sistema produtivo. Assim, para os países latino--americanos,
essa ideia de desenvolvimento seria um mito, simplesmente irrealizável (FURTADO, 1974) p.
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JOLY ET AL
OLIVEIRA
- conforme se observa com base na Revisão Periódica Universal dentro do sistema de direitos
humanos das Nações Unidas, a efetividade dessa tática para que os países em
desenvolvimento consigam assegurar a liderança dos países desenvolvidos passa por um
intrincado conjunto de relações política que se estabelecem fora da CQMC, o que pode
enfraquecer a posição desses países. Desse modo, o Acordo de Pa-ris, que chega em um
momento cuja unidade do Sul, para reivindicar uma ordem global mais justa, encontra-se
dispersa, tende a institucionalizar essa dispersão. P. 177
RAJAMANI
- Many developing countries advocated it as a way toensure that developed countries did not
take on commitments less rigorous than theirKyoto commitments. It also formed the basis for
Brazil’s‘concentric differentiation’approach that envisioned gradual progression towards
more ambitious type and scaleof commitments over time for all Parties. P. 501
- The Paris Agreement contains ambitious goals, extensiveobligations and rigorous oversight.
Admittedly the goals are aspirational, theobligations largely of conduct, andmuch of the
mechanics of the oversightmechanisms have yet to befleshed out. Further, the Paris
Agreement in a show ofsolidarity with developing countries is alsofirmly anchored in the
CBDR principle,and contains nuanced differentiation tailored to the needs of each Durban
pillar—mitigation, adaptation,finance, capacity building,technology and transparency. P. 513
DIMITROV
- “Developed country Parties shall provide financial resources to assist developing countries”
while “other Parties are encouraged” to provide such support voluntarily (Art. 9). The
accompanying Decision includes a provision that, after entry into force, Parties shall set a new
collective financial goal “from a floor of USD 100 billion per year” (para. 54). The PA also
establishes a market-based mechanism for sustainable development and carbon trading,
proposed by Brazil and strongly supported by Japan and other developed countries, whose
modalities are to be finalized later. Global stocktaking is to take place in 2023 and every five
years thereafter, with comprehensive scope to reconsider mitigation, adaptation and finance
policies. Compliance mechanisms are weak, with a “facilitative” committee whose work is
“non-adversarial and non-punitive” (Art. 15).
CLÉMEÇON
- Brazil has pledged to cut emissions by 37% by 2025, with the ambition to reacha 43%
reduction by 2030. Both targets will be measured against a 2005 baseline.Under the plan,
renewables will make up 45% of the country’s total energy mixby 2030, up from 40% today.
Brazil also plans to increase the share of sustain-able biofuels by 18% and boost the share of
renewables from non-hydropowersources to at least 23% by 2030.The country, which has
been at the center of global efforts to halt widespreadillegal deforestation, also promised to
halt illegal deforestation and reforest 12million hectares of land by 2030. Climate Action
Tracker ranks Brazil’s INDCas one of the most ambitious one, and close to adequate to what
the countryshould adopt in line with the global objectives the Paris Agreement sets out. p. 17
OLIVEIRA – TESE
Um tanto mais cético, George F. Will –um colunista do The Washington Post –lembra que, há
alguns dias atrás, o Reino Unido estava fechando sua última mina de carvão. Um pequeno
evento com enorme significado –lembra o colunista –uma vez que foi o carvão britânico o
motor da Revolução Industrial, responsável por despejar tantas toneladas de dióxido de
carbono na atmosfera desde então. Esse pequeno ato de aparente grande significado, continua
o colunista, não deve ser visto com grande expectativa em relação a uma mudança de postura.
O fechamento da mina não se deve ao abandono do carvão mineral, mas ao declínio de seus
preços internacionais. P. 12
- Não se pode determinar de modo preciso quem sejam esses países emergentes, mas, no
âmbito das mudanças climáticas, o destaque repousa principalmente sobre quatro países:
Brasil, África do Sul, Índia e China. Uma abordagem relativamente comumsobre o eixo
Norte-Sul, principalmente no campo das relações internacionais ambientais, com destaque
para as mudanças climáticas, é que a situação econômica presente destes quatropaíses do Sul
reunidos em coalizões como os BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China), e às vezes
simplesmente nomeados como ‘poderes emergentes’ ou ‘economias emergentes’ desconfigura
a noção de Sul Global, herdeira da noção de Terceiro Mundo. A heterogeneidade
impossibilitaria que esses países negociassem em bloco sob o rótulo de G-77 ou mesmo que
estivessem colocados sob o mesmo rótulo de ‘países em desenvolvimento’. P. 198
- Para outros países, como o Brasil, Índia e China e União Europeia, suas contribuições
podem ser adimplidas simplesmente pela continuidade de suas políticas atuais, abrindo espaço
mesmo para que possam superá-las por meio de políticas adicionais implementadas até 2025
ou 2030. P. 227