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Jogadores do Flamengo comemoram o título da Libertadores, conquistado após vitória sobre o River Plate — Foto: Martin Mejia/AP
A festa rubro-negra do Flamengo, que recebe hoje a taça de campeão brasileiro e pode terminar o ano
com a conquista do mundo no Catar, após vencer a Libertadores, consagra o entendimento de que força e
capacidade financeira, com boa gestão, alteram o placar. Não garantem título, mas aumentam a chance.
Contudo, com raríssimas exceções, o Brasil está para lá de atrasado no debate sobre profissionalização e
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organização das finanças no futebol. Há assuntos que parecem até proibidos, como se a razão não
pudesse conviver com a paixão quando o tema é a camisa.
Mas, queiram os apaixonados ou não, as finanças dos clubes entrarão de forma definitiva no roteiro
esportivo em 2020. E, junto com o equilíbrio das contas, o debate sobre clubes se transformarem em
empresas ou criarem companhias exclusivas para o futebol, atraindo investidores, está na ordem do dia.
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O vitorioso clube da Gávea passou por uma troca importante de gestão há seis anos e reduziu a dívida de
R$ 750 milhões a R$ 460 milhões. Dessa forma, conseguiu investir R$ 190 milhões no ano passado, vindo
de um piso de R$ 22 milhões em 2014, quando a nova administração fez secar a torneira para dar conta
dos compromissos. Dos números, ninguém foge.
Ainda neste ano, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve anunciar um programa ratings para
avaliar a situação econômica de cada clube. Conhecido como Fair Play Financeiro, o modelo de fiscalização
já é aplicado pela União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) e visa cultivar a responsabilidade
financeira, para promover um ambiente saudável. (Veja mais em Clubes terão rating financeiro
acompanhado pela CBF).
A discussão também vem rapidamente ganhando corpo no Congresso Nacional — embora com
participação tímida ou quase nula dos protagonistas, os clubes. Há dois projetos de lei em marcha que
tentam criar caminhos para que cada time possa equilibrar suas contas, viabilizar uma mudança de tipo
social para empresa com avanços em governança. Os textos têm orientações diversas e, cada qual, um
padrinho político peso-pesado em Brasília.
O debate precisa dar conta de duas fragilidades para mudar o panorama do esporte mais popular do país
—e, por isso, com maior potencial econômico. Sem dúvida, a gestão financeira, foco da discussão,
problema que coloca clubes tradicionais como o Botafogo à beira do abismo, é um deles. Mas não é
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suficiente. A estrutura política dos clubes, que remonta ao período do futebol amador do século XX em
muitos casos, está na berlinda. Resolver a governança, portanto, está nesse mesmo pacote.
Hoje, a isenção que os clubes possuem para impostos corporativos — por serem associações sem fins
lucrativos — e a falta de visão de negócios dos dirigentes são unanimemente apontados como os dois
grandes entraves para a adesão ao modelo empresarial. E a falta de percepção coletiva dos clubes, que
seguem rivais fora dos campos, o motivo para a discussão não ser mais rápida e eficiente para os próprios.
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Deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) é relator do projeto de lei do clube-empresa — Foto: Ruy Baron/Valor
No Congresso, o projeto que parece mais avançado no momento é o relatado pelo deputado Pedro Paulo
(DEM-RJ), que tinha votação em plenário prevista para ontem (sem resultado até o fechamento desta
edição). Mas, nem de longe, agrada a todos. Exceto os clubes que o veem como uma tábua de salvação —
como os de situação financeira calamitosa —, a avaliação é que a proposta vai criar uma diferença
significativa e artificial entre os clubes. O pilar do projeto é criar incentivos para que os clubes abandonem a
forma associativa e se transformem em empresas.
Críticos da proposta argumentam que um novo Refis (o último perdão de dívidas é de 2015) é um prêmio a
clubes que não cumprem as obrigações, na contramão do exemplo do Flamengo, que ficou anos sem
títulos de expressão até reorganizar a casa. O projeto do deputado também enfrenta resistências do
Ministério da Economia.
Um segundo projeto de lei, que conta com a simpatia do governo, está no Senado. Registrado pelo senador
Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a proposta de lei prevê a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), que
abre caminho para a criação do Novo Mercado do Futebol e tenta formar um ambiente seguro para atrair
investidores. O modelo se inspira no que a bolsa fez, só que pela via da autorregulação, com a criação de
um segmento especial de governança, na tentativa de restabelecer a confiança dos investidores no
mercado de ações brasileiro.
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Jose Francisco Mansur e Rodrigo Monteiro de Castro são os autores do projeto de lei da Sociedade Anônima do Futebol — Foto: Silvia Zamboni/Valor
O texto desse projeto é dos advogados Rodrigo Monteiro de Castro e José Francisco Mansur, que há cinco
anos se dedicam a criar formas de aproximar o futebol de investidores privados. Especializado em
legislação societária, Monteiro de Castro explicou ao Valor que a SAF permitirá que os clubes ofereçam um
ambiente estável para atrair investimentos — seja na forma de sociedade ou de emissão de dívida. O
esforço do senador Pacheco tem apoio de Afif Domingos, secretário do ministro da Economia Paulo
Guedes e designado por ele a cuidar do tema.
O conteúdo focado em economia tem conquistado apoio De participantes do mercado de capitais atentos
ao momento em que a paixão se tornará oportunidade — dado o potencial do Brasil como mercado
consumidor e fonte de talentos.
“Se houver uma legislação segura, que traga também governança, eu sou comprador”, afirmou Marcos
Duarte, sócio fundador da gestora Polo Capital, usando a expressão máxima do mundo financeiro para
demonstrar interesse de investimento. “Há um indústria bilionária de investidores especializados lá fora.
Estamos perdendo tudo isso”.
A gestora carioca foi pioneira em produtos financeiros quando lançou, em 2012, um fundo de recebíveis
dos direitos pagos pela TV Globo pelo Campeonato Brasileiro, como forma de antecipar receita aos clubes.
A carteira vem sendo renovada ano a ano e já mobilizou entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões nesse
período. Duarte conhece de perto o drama da má gestão dos clubes. Na visão dele, só a profissionalização,
com uma gestão empresarial, pode salvar o futebol nacional.
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Rodolfo Richter, presidente do banco Brasil Plural, também acompanha o desenvolvimento do tema com
interesse. “Existindo produtos robustos disponíveis, há muita gente para investir e muita coisa para
explorar”, afirmou. Por produtos, entende-se desde títulos de dívida até ações e outras estruturas.
Enquanto o faturamento da UEFA, entidade máxima do futebol na Europa, foi de 2,8 bilhões de euros no
ano passado, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) teve receita equivalente a 140 milhões de euros. O
Brasil, exportador de pé de obra, respondeu por aproximadamente 10% das transações com jogadores do
mundo no último ano.
Tamanho em perspectiva
Faturamento das entidades - em US$ bilhões
Entre os clubes brasileiros, o Flamengo está na liderança. Se levar o Mundial de Clubes, em dezembro,
poderá ver a receita chegar perto de R$ 950 milhões, bem acima dos R$ 595 milhões do ano passado. O
rubro-negro deve ser o primeiro time bilionário do Brasil. Ainda assim, mesmo com uma das maiores
torcidas do planeta, com 40 milhões de pessoas, o volume é uma fração dos mais de 750 milhões de euros
(o equivalente a R$ 3,5 bilhões) de faturamento que o Real Madrid, maior campeão de clubes da Europa,
teve em 2018.
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Manchester
3 3 090 São Paulo 459
United
A situação flamenguista contrasta com a média dos times brasileiros. “Pelo menos metade dos clubes da
Série A do futebol têm problemas financeiros graves”, enfatizou César Grafietti, consultor do Itaú BBA e
maior especialista em finanças do futebol, em entrevista ao Valor.
“Só virar empresa não é garantia de solução. Mas a experiência demonstra que a combinação de métricas
de controle, como o Fair Play Financeiro, e adoção do modelo de empresa é o melhor caminho. O Brasil
tem times que não conseguem se resolver sem dinheiro novo. Nem 30 anos de Fair Play Financeiro dariam
jeito”, disse o consultor em evento recente sobre o assunto, realizado pelo site “No Ângulo”, no Museu do
Futebol, na capital paulista.
O projeto da SAF tem como finalidade maior permitir que os clubes encontrem uma forma de ser mais
atrativos para investidores. “São as garantias da Lei das S.A. com uma régua mais alta de governança e
transparência de acionistas, que são questões importantes para dar segurança nesse segmento dada as
enormes desconfianças”, afirmou Monteiro de Castro.
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Senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) assina projeto de criação da Sociedade Anônima do Futebol — Foto: Roque de Sá/Agência Senado
O modelo estabelece em lei parâmetros mínimos para tentar blindar dar independência à gestão, além de
exigir abertura de dados dos sócios até a pessoa física. Por sua vez, como donos ou minoritários, os clubes
teriam direitos políticos preservados para questões-chaves (como manutenção do escudo) e garantia de
dividendos, o que ajudaria a custear o clube social, que ficaria desvinculado das operações do futebol.
“Tudo isso se traduz em previsibilidade e confiança”, na visão do senador Pacheco, responsável pela
iniciativa.
Richter, do Brasil Plural, destacou que o caminho da SAF é voluntário e isso é essencial. “É a mesma coisa
que a bolsa fez ao não banir as ações preferenciais quando criou o Novo Mercado, onde são aceitas
empresas apenas com ações ordinárias.”
A bolsa anunciou o Novo Mercado em 2000. A primeira adesão ocorreu somente dois anos depois quando
todos já duvidavam do sucesso da medida. Hoje, 140 das 328 empresas com ações listadas na B3 estão
nesse segmento especial. A criação desse espaço diferenciado, junto com a reforma da Lei das S.A. em
2001 e a regulamentação para ofertas públicas de ações, foi determinante para a revitalização do mercado
brasileiro.
Mesmo clubes com balanço em dia, como o Palmeiras, são criticados por problemas de governança. No
alviverde, o excesso de papéis exercidos por Leila Pereira, da financeira Crefisa, patrocinadora do time, é
questionado. Cotada para disputar a presidência do clube em 2021, a empresária é ao mesmo tempo
credora, patrocinadora do clube e da torcida organizada.
Entre especialistas dedicados ao futebol, parece consenso que um perdão de dívidas só adiaria a crise.
Para defensores da transformação em empresas, o choque de capitalismo poderia oferecer uma solução
para aprimorar a governança, garantindo segurança jurídica a potenciais investidores.
Fanático pelo São Paulo Futebol Clube, que já foi considerado um exemplo de gestão e amarga uma seca
de títulos desde 2012, o empresário Abilio Diniz viu frustrados os planos de ajudar na mudança da
administração do tricolor paulista. Ele chegou a bancar uma auditoria da PwC para apontar alternativas
para o clube, que ainda é extremamente dependente da venda extraordinária de jogadores para fechar as
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contas. Mas divergências políticas abortaram o projeto e provocaram a desistência de Abilio, que foi
criticado por financiar uma torcida organizada e acabou se afastando do conselho consultivo do São Paulo.
“Não acreditava que aquela direção fosse ter sucesso na implementação das
recomendações. Desejei sucesso a eles e me afastei pois não queria fazer
críticas e tumultuar a situação”, afirmou o Abilio ao Valor, por meio de sua
assessoria.
Na avaliação dele, o Flamengo é um exemplo de que uma boa gestão ganha jogo. A transformação dos
clubes em empresas, acrescentou, já deveria estar mais avançada. “Antes tarde do que nunca. E não basta
só atuar em Brasília para aprovar uma lei. É preciso atuar junto aos clubes, onde velhas práticas e velhos
grupos se atrelam ao poder”, disse o empresário.
Por ora, os clubes que seguiram esse caminho são de menor porte, como o Botafogo de Ribeirão Preto,
que é comandado desde o ano passado por um grupo de investidores liderados por Adalberto Baptista, da
farmacêutica Aché. Reunidos na Trex Holding, injetaram R$ 8 milhões no clube e assumiram 40% do
capital.
“Resolvemos enfrentar a questão tributária. É um ponto negativo do nosso movimento estratégico, mas
apostamos em gestão para que a produtividade nos dê vantagem no longo prazo”, afirmou o advogado
Gustavo Oliveira, membro do conselho de administração do Botafogo e filho de Sócrates, ídolo histórico do
clube do interior paulista.
Na avaliação de Oliveira, que no passado foi dirigente do São Paulo e do Santos, o ambiente político é
danoso para os clubes. “É mais fácil fazer na empresa porque você afasta o ambiente político, embora
possa haver alguma sociedade entre clube e investidor, que tenha a gestão [modelo do Botafogo]”,
sustentou.
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Cesar Gra etti, Itaú BBA: A maioria dos clubes está em situação nanceira grave — Foto: Luis Ushirobira/Valor
Exemplo de boa gestão, o Flamengo não alterou sua estrutura e nem entende que a transformação em
empresa seria necessária, a menos que exista um projeto específico de captação de recursos. A avaliação
interna é que o clube está coeso o suficiente para não perder a responsabilidade financeira como norte,
mesmo que o grupo político de Rodolfo Landim, atual presidente, seja derrotado.
Mas não é só a busca de oportunidades por agentes de mercado e a atuação da CBF, impulsionada por
determinações da própria Federação Internacional do Futebol (FIFA), que trazem o debate sobre o tipo
societário dos clubes. A realidade das contas é o fator de maior pressão. Enquanto a receita corrigida dos
clubes da Série A subiu pouco mais de R$ 4,2 bilhões para R$ 5,2 bilhões, de 2013 a 2018, a dívida efetiva
dos clubes avançou muito mais rápido, de R$ 5 bilhões para R$ 6,8 bilhões. “A dívida não é o problema. É o
sintoma da má gestão. Como as contas dos clubes não fecham, eles tomam dívida para cobrir o déficit”,
explicou Grafietti, responsável pelo levantamento.
5 000
4 000
3 000
2 000
1 000
Fonte: Fonte: Estudo Itaú BBA (Cesar Grafietti). * receita corrigida e valores consolidados da Série A
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A questão gera um problema que se retro-alimenta. A estratégia recorrente para resolver os problemas é
vender jogadores. A formação do atleta começa no Brasil, mas é lá fora que o profissional termina de
desenvolver seu potencial.
A geração de caixa, medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização financeira
(Ebitda), dos times da Série A deixa claro o que a venda de jogadores representa. O Ebitda dos clubes em
2018 foi R$ 1,1 bilhão. Mas o resultado recorrente, excluídas essas transações, foi de apenas R$ 37 milhões.
Se Flamengo e Palmeiras, times de melhor gestão, forem retirados do cálculo, o número é negativo.
Na visão de Pedro Paulo, é essa situação que exige medidas diretas, daí sistemas e regimes diferenciados
para as dívidas (Confira os detalhes na versão do site). Ele rejeita a classificação recorrente ao seu projeto
como “assistencialista”, por prever facilidades a quem aderir ao modelo de empresa.
Dívidas efetivas*
Valor devido pelos clubes - R$ milhões
8 000
6 000
4 000
2 000
Dívida onerosa líquida: dívidas com custos elevados, como bancos, terceiros não-financeiros, coligadas.
Dívidas operacionais: dívidas que fazem parte do dia-a-dia (operação), como salários, encargos, valores a pagar
outros clubes e agentes.
Impostos: são valores de impostos renegociadas nos diioversos âmbisto, como Profut, Ato Trabalhista e PERT
Fonte: Estudo Itaú BBA (Cesar Grafietti). *valores consolidados da Série A
No futuro, os projetos não podem coexistir e deve haver alguma consolidação durante a tramitação no
Congresso. A reportagem ouviu diversos clubes sobre o tema e a percepção é que o assunto está distante
da pauta do dia de muitos ainda.
Com as contas equilibradas e segurança jurídica, não são poucos os que apostam que os times brasileiros
podem ser empresas de capital aberto com ações listadas na bolsa. O texto dos advogados Monteiro de
Castro e Mansur tenta deixar o caminho pavimentado nessa direção. No mundo, os maiores expoentes
dos times de capital aberto são Juventus e Roma, na Itália, Manchester United, na Inglaterra, Ajax, na
Holanda, e Porto, em Portugal.
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O jurista especialista em direito societário Nelson Eizirik avaliou que a proposta da SAF tem toda condição
de criar a estabilidade necessária, pois terá tramitação pelo Congresso. Com críticas pontuais ao texto,
acredita que o projeto abrange os principais desafios que dificultam a adoção do modelo empresarial pelos
clubes.
1 200
1 000
800
600
400
200
−200
Elias Albarello, diretor executivo financeiro do São Paulo, acredita que, de fato, esse é o futuro. E que seria
saudável para os times essa evolução. Contudo, defende que a mudança seja gradual. Na visão do
executivo, é importante, antes de tudo, que os clubes se adaptem ao Fair Play Financeiro. O modelo
empresarial, de capital aberto ou não, seria um passo posterior à conquista do equilíbrio de contas,
avaliou. O São Paulo já fez um estudo para segregar o futebol e se transformar em empresa, mas o
conselho ainda não avaliou essa questão.
Grafietti, do Itaú BBA, estima que o custo médio da dívida privada dos grandes clubes esteja em CDI mais
7% ao ano. “Varia conforme a situação das contas. É sempre alto, podendo estar entre CDI mais 5% ao ano
até CDI mais 15%”, disse.
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27/11/2019 05:01 — Em Legislação
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