Belo Horizonte - MG
MAIO / 2005
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais
Diretor Superintendente
Edson Gonçalves de Sales
Diretor de Comercialização
e Articulação Regional
Matheus Cotta de Carvalho
Estudo Técnico:
Projetos e Consultoria do Agronegócio Cachaça
Eng. Antônio Claret Sales
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APRESENTAÇÃO
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SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................. 5
2 – PERFIL DA INDÚSTRIA DE CACHAÇA EM MINAS GERAIS ........................ 9
3 – ORIENTAÇÃO AOS FUTUROS EMPREENDEDORES ................................. 11
4 – DEFINIÇÃO DO PROJETO ............................................................................ 12
5 – ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA ............................ 13
5.1 - Base do estudo ...................................................................................... 13
5.2 Coeficientes técnicos ............................................................................ 14
5.3 Programa de produção de cachaça e demanda de tonéis de
processamento e envelhecimento ....................................................... 15
5.4 Custo de implantação e manutenção do canavial .............................. 22
Custo agrícola ................................................................................................ 22
5.5 Equipamentos: especificação e orçamento ........................................ 23
5.6 Instalações: especificação e orçamento.............................................. 29
Orçamento das instalações civis ................................................................. 35
5.7 Quadro e despesas de pessoal ............................................................. 36
5.8 - Estrutura e composição do custo industrial ....................................... 38
5.9 Custo dos produtos ............................................................................... 41
5.10 Custo de produtos vendidos e formação de estoque......................... 43
5.11 - Financiamento bancário...................................................................... 45
5.12 Lucros e perdas ..................................................................................... 47
5.13 Usos e fontes ......................................................................................... 50
6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 53
ANEXOS............................................................................................................. 54
Onde se Informar ........................................................................................... 54
Órgãos do Governo e Entidades a Procurar ............................................... 55
Lista de fornecedores e prestadores de serviços ......................... 57
Plantas .......................................................................................................... 63
Em pdf............................................................................................................. 63
Em jpg ............................................................................................................. 69
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1 – INTRODUÇÃO
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b) a criação do Pró-Cachaça (Programa Mineiro de Incentivo à Produção de
Cachaça de Qualidade), colocando como finalidade principal a reestruturação do
agronegócio da Cachaça de Alambique;
Este trabalho tem como principal objetivo prestar informações básicas aos
empreendedores interessados no setor de produção de cachaça de alambique.
Não se constitui, porém, em um manual de produção ou projeto para implantação
da atividade. Para tal, sugere-se que o empreendedor entre em contato com as
instituições responsáveis pela regulamentação do setor, assistência técnica e
consultoria, garantindo perfeita harmonia entre o projeto e as exigências legais da
atividade.
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2 – PERFIL DA INDÚSTRIA DE CACHAÇA EM MINAS GERAIS
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Essas atitudes traduzem-se em um ramo de atividade totalmente desarticulado,
que não é capaz de fazer valer as conquistas de mercado, mesmo com a fama da
Cachaça de Minas. De maneira geral, os produtores não têm poder de negociação
com os fornecedores de equipamentos e serviços, não calculam corretamente os
custos de produção e não melhoraram a qualidade do produto e o visual das
embalagens.
Como resultado deste espírito empreendedor, parte da bebida vem saindo das
embalagens tradicionais (garrafões, cascos de cerveja, etc.), que vêm sendo
substituídas por embalagens mais bonitas, com tampas metálicas rosqueáveis,
caixa tipo boxe, rótulos sofisticados e de melhor aparência, usando os mais
diversos artifícios para agregar valor ao produto. Outro detalhe: estas são
cachaças em que os empreendedores investem em sua elaboração, garantindo a
qualidade final do produto.
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3 – ORIENTAÇÃO AOS FUTUROS EMPREENDEDORES
Antes de decidir pela implantação do projeto, é preciso fazer uma pesquisa das
necessidades e viabilidade do investimento, procurando se inteirar do assunto.
Deve-se levar em consideração os seguintes quesitos:
• conhecer o setor;
• pesquisar literatura;
• classe de mercado que se pretende atingir (A, B, C ou D);
• estimar o custo de produção;
• definir o preço de venda;
• definir o quanto produzir;
• participar de cursos de treinamentos para conhecer melhor a atividade;
• conhecer normas específicas para a produção de cachaça, de acordo com
a Legislação Federal em vigor (Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento).
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4 – DEFINIÇÃO DO PROJETO
• legalização da fábrica;
• legislação sobre produção de cachaça;
• legislação ambiental;
• custo do investimento (equipamentos e instalações);
• fornecedores dos equipamentos;
• existência ou não de financiamento;
• cronograma de implantação da área agrícola;
• treinamento do mestre alambiqueiro.
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5.2 Coeficientes técnicos
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5.3 Programa de produção de cachaça e demanda de tonéis de
processamento e envelhecimento
Por medidas de segurança deve-se trabalhar com 200 tonéis de 200 litros, sendo
que 20 ficam de reserva para eventual excesso de produção ou manutenção. A
cachaça a ser envelhecida precisa passar, primeiro, pelo processo de
estandardização. Para tal, será utilizada parte da capacidade dos tonéis de 10.000
litros. Como a demanda da cachaça nova é de 24.000 litros de capacidade de
armazenamento, é necessário maior número de tonéis. Daí 40.000 litros e não
24.000, que são os 40% da capacidade total da safra (60.000 litros).
Por outro lado, a diferença de custo entre um tonel de 7.000 ou 8.000 litros, para
um de 10.000 litros é tão pequena que não justifica a economia, pois em caso de
aumento de produção ou outro problema que impeça cumprir a programação de
vendas do período, a fábrica não precisará mudar a programação da safra
seguinte para atender a demanda de armazenamento.
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dentro de seu período de utilização industrial ideal, ou seja, quando a mesma
apresenta o seu rendimento máximo em sacarose.
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Planilha 5.1
Programa de produção e demanda de tonéis
3 – Produção da
para
Tonéis de 200
para
Estandardização
Estandardização
envelhecimento
Cachaça Nova
4 - Produção
Safra (Litros)
2 - Trimestre
6 - Entrada
10.000 litros
10.000 litros
10 Entrada
7 - Venda
envelhecer
8 - Saldo
11 Venda
12 Saldo
Cachaça
1 - Ano
9- %
5- %
diária
litros
13
14
15
1 Total 60.000 400 24.000 12.000 12.000 36.000 0 36.000 2 2 180
1
2 30.000 12.000 18.000
3 30.000 40 12.000 6.000 18.000
60
4 6.000
2 Total 60.000 400 24.000 24.000 12.000 36.000 18.000 54.000 2 2 180
1 6.000
2 30.000 12.000 6.000 18.000
3 30.000 40 12.000 6.000 18.000 9.000
60
4 6.000 9.000
3 Total 60.000 400 24.000 24.000 12.000 36.000 36.000 54.000 2 2 180
1 6.000 9.000
2 30.000 12.000 6.000 18.000 9.000
40
3 30.000 12.000 6.000 60 18.000 9.000
4 6.000 9.000
4 Total 60.000 400 24.000 24.000 12.000 36.000 36.000 54.000 2 2 180
1 6.000 9.000
2 30.000 12.000 6.000 18.000 9.000
3 30.000 40 12.000 6.000 18.000 9.000
60
4 6.000 9.000
5 Total 60.000 400 24.000 24.000 12.000 36.000 36.000 54.000 2 1 180
1 6.000 9.000
2 30.000 12.000 6.000 18.000 9.000
3 30.000 40 12.000 6.000 18.000 9.000
60
4 6.000 9.000
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Na região Centro Sul do Brasil, mais precisamente nos estado de São Paulo,
Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro, a
safra da cana-de-açúcar se concentra, normalmente, entre o segundo e o terceiro
trimestres. O período de chuvas se encerra no final do primeiro trimestre e a safra,
para quem opera durante seis meses, geralmente tem inicio em maio e final, em
outubro. Logo, perde-se um mês do segundo trimestre (abril) e avança em um
mês do quarto trimestre (outubro). Outros produtores preferem encerrar a safra no
final de setembro, para logo no início das chuvas promover os tratos culturais nas
soqueiras. No projeto em questão, considera-se um período de seis meses,
independente do início e fim, apenas para efeitos de orientar os empreendedores.
Cada produtor tem que fazer sua programação (início e fim de safra) para cumprir
com seus objetivos, observando sempre a época de maturação do canavial, para
obter o melhor aproveitamento em sacarose, que em conseqüência, resultará
proporcionalmente no máximo de rendimento em cachaça.
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Coluna 5. Diz-se que o percentual de cachaça nova para estandardização e venda
de cada safra é de 40% (24.000 litros).
Coluna 7. Mostra que as vendas serão de 6.000 litros por trimestre, começando a
partir do 3º trimestre da 1ª safra. Cumprindo esta meta, durante os anos
subseqüentes a fábrica estará sempre em dia com o abastecimento do mercado.
Coluna 8. Mostra que no final do 4º trimestre de cada ano ou safra, tem-se 12.000
litros de cachaça nova, armazenada, o que garantirá o abastecimento do mercado
durante o 1º semestre do ano seguinte, mantendo-se uma média de venda mensal
de 2.000 litros.
Coluna 11. Na primeira safra não haverá comercialização, portanto, serão 36.000
litros estocados para envelhecimento. As vendas da cachaça envelhecida serão a
partir do 3º trimestre do segundo ano de funcionamento da fábrica. A partir daí,
tem-se 3.000 litros / mês ou 9.000 litros / trimestre de cachaça envelhecida para
atender o mercado.
Coluna 12. No primeiro ano serão 36.000 litros envelhecendo. Como as vendas
iniciarão a partir do terceiro trimestre do segundo ano de funcionamento da fábrica
(9.000 litros / trimestre), no final de cada ano serão 54.000 litros estocados. Desse
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total, 18.000 litros ficarão para atender o primeiro semestre de cada ano
subseqüente. Neste período os 36.000 litros da safra anterior estarão
envelhecendo por um ano.
Coluna 15. Para o envelhecimento de 1 ano serão necessários 180 tonéis de 200
litros, para atender a venda de 3.000 litros / mês a partir do 3º trimestre do 2º ano
de funcionamento da fábrica. Vinte tonéis ficarão de reserva como margem de
segurança para atender qualquer eventualidade. Os tonéis de reserva não ficarão
vazios.
Toda a produção mensal será recolhida nos quatro tonéis de 10.000 litros
(estandardização). Decorrido o período de estandardização de dois meses, 60%
da cachaça serão destinados aos tonéis de envelhecimento e 40% ao tanque de
processo para envase, conforme esquema de distribuição de cachaça
estandardizada a seguir:
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Figura 5.2
Envelhecimento
(6.000 litros)
Estandardização
mensal
(10.000 litros)
Processamento de Envase mensal de
cachaça branca cachaça branca
(4.000 litros) (4.000 litros)
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5.4 Custo de implantação e manutenção do canavial
Planilha 5.2
Custo agrícola
Preço
Descrição Unid. Quant. Total
Unitário
IMPLANTAÇÃO 2.267,00
Insumos 1.134,00
Mudas Kg 12.000 0.06 720,00
Calcáreo Kg 2.000 0.04 80,00
Adubo Kg 500 0.62 310,00
Formicida Kg 3 8.00 24,00
Serviços 1.133,00
Adubação HTP1 4 30.00 120,00
1ª gradagem Http 2 30.00 60,00
2ª gradagem Http 2 30.00 60,00
Calagem Http 2 30.00 45,00
Sulcação Http 2 30.00 60,00
Adubação DH2 2 8.00 16,00
Distribuição de mudas DH 8 8.00 64,00
Picagem das mudas no sulco DH 2 8.00 16,00
Cobertura dos sulcos DH 5 8.00 40,00
1ª capina DH 15 8.00 120,00
2ª capina DH 10 8.00 80,00
Transporte das mudas Km 400 1.00 400,00
Manutenção dos carreadores DH 7 8.00 52,00
MANUTENÇÃO 392,00
Insumos 0.50 224,00
Adubo Kg 400 8.00 200,00
Formicida Kg 3 24,00
Serviços 8.00 168,00
Enleiamento do palhiço DH 3 8.00 24,00
Adubação DH 2 8.00 16,00
1ª capina DH 8 8.00 64,00
2ª capina DH 8 64,00
COLHEITA 6.00 780,00
Colheita da cana crua T 100 1.00 600,00
Embarque T 100 0.80 100,00
Transporte interno Km 100 80,00
1
Hora trator de pneu: 2 Dia-Homem
Fonte: UFV
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5.5 Equipamentos: especificação e orçamento
• Moenda
Moenda de 8 x 10 polegadas, motor trifásico de 7,5 a 10,0 cv, castelo em chapa
de aço ASTM A-36 a 1045, rolos de ferro fundido, mancais de bronze, com
capacidade de moagem de até 1,1 tonelada/hora (t/h) e extração de caldo de 600
litros / hora (l/h).
• Decantador
Decantador contínuo trapezoidal, em aço inox AISI 304 chapa 1,5 milímetro (mm),
com dimensões de 1.000 milímetros (mm) de comprimento x 300 milímetros (mm)
de largura x 200 milímetros (mm) de profundidade. Com 8 câmeras (tipo forma de
gelo), tendo 3 placas ao fundo, permitindo a passagem do caldo na parte superior,
e 4 placas na parte superior, permitindo passagem do caldo na parte inferior.
Entrada e saída na parte superior de 2 polegadas ou 54,8 mm.
• Bomba lavadora
Lavadora de alta pressão que possa utilizar água quente ou fria.
• Dorna de fermentação
Dornas de fermentação em aço inox AISI 304, chapa 1,5 mm, com fundo e
capacidade total de 1.250 litros cada. Saídas de vinho e saída de fundo de dorna
de 1,5 polegada no centro do cone. Diâmetro de 1.200 mm, altura de 100 mm, pés
de 250 mm. Saída de vinho 200 mm acima do fundo da dorna.
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• Dorna volante
Uma dorna volante em aço inox AISI 304, chapa 1,5 mm de espessura, com fundo
cônico e capacidade total de 1.800 litros. Diâmetro de 1.500 mm, altura de 1.000
mm sem pés, saída de 1,5 polegada no centro do cone.
Observações:
• Compressor de ar
Compressor de ar com depósito para 150 litros e linha de ar comprimido para as
dornas.
• Filtro de água
Filtro com capacidade mínima para filtração de 4.000 litros de água por hora,
dotado de sistema de cartucho ou membrana.
• Bomba centrífuga
Três bombas centrífugas com entrada de 1,5 polegada e saída de 1 polegada,
com sede de aço inox, para bombeamento de líquidos, motor de 1 cv, sendo duas
para cachaça e outra para vinho.
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• Caldeira
Caldeira que utilize bagaço, para produção de 300 quilos de vapor por hora, com
pressão de trabalho de 4 kgf/cm2.
• Pré-aquecedor
Um pré-aquecedor em aço inox AISI 304, chapa de 1,5 mm, com serpentina em
aço inox, diâmetro de 1.350 mm, altura de 1.000 mm, capacidade total de 1.400
litros. Boca de visita de 400 mm, fundo cônico invertido, sem pés, saída lateral no
fundo de 2 polegadas e termômetro de 0 a 150 ºC.
• Alambique
Um alambique com volume total de 1.500 litros, em cobre, chapa 11 (3,04 mm),
com sistema de aquecimento a vapor indireto (serpentina de cobre), dotado de
mostrador circular reto para temperaturas de 25 a 110ºC, isolado termicamente da
panela de cobre por luva de poliamida. Coluna de prato, conectada à panela do
alambique por flanges com furação para parafuso francês, porca-borboleta e
juntas de poliamida. Escotilha de alimentação e inspeção visual dotada de sistema
de fácil abertura. Saída de vinhaça em 2 polegadas dotada de “by-pass” de 1/2 ou
3/4 de polegada, comprimento de 75 cm, para adaptação de mangueira
transparente que funcionará como visor de nível. Sistema de funil e suspiro para
permitir o enchimento das mesmas com solução de hidróxido de cálcio (cal
apagada).
• Tonel de envelhecimento
200 barris de madeira, com capacidade de 200 litros, de carvalho e 4 de 10.000
litros, de jequitibá-rosa.
• Filtro de cachaça
Filtro para cachaça, com capacidade de 360 litros/hora com a respectiva
motobomba.
• Tamponadeira
Uma tamponadeira manual.
• Rotuladora
Uma rotuladora rotativa com sistema de rótulos bobinados, semi-automática.
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• Depósito medidor de cachaça
Um depósito medidor de cachaça com escala em aço inox AISI 304 em chapa de
1,5 mm, visor de mangueira. Fechado com tampa móvel, com duas entradas
laterais na parte superior e uma saída no centro do fundo cônico, ambas de
1polegada. Esse medidor terá pés de 300 mm, diâmetro 120 mm, altura 600 mm
com capacidade para 700 litros.
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Planilha 5.3
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5.6 Instalações: especificação e orçamento
• Galpão de Moagem
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pé direito igual a 4,0 m. Paredes de alvenaria com revestimento liso. Piso
cimentado, liso, antiderrapante, com caimento e coletor de esgoto. Condições
operacionais: coberto, sombreado, limpo, seco, ventilado e bem iluminado. Área
de 25,65 m2 , com largura de 5,70 m e comprimento de 4,50 m.
• Sala de fermentação
Sala com telhado cerâmico ou galvanizado, com forro, ou laje, pé direito igual a
4,0m. Paredes em alvenaria, azulejada ou pintada com tinta lavável até a altura de
2,0m, teladas nos visores com tela fina à prova de insetos. Piso de cerâmica
antiderrapante com inclinação para escoamento de água de limpeza. Entrada
única com porta vai-e-vem com 1,60 m de largura e altura de 2,10 m. Redes de
vapor, de ar comprimido, de água potável, de água de limpeza, de água de
refrigeração, de esgoto, de saída do vinho e de saída de fundo de dorna. Tomada
para compressor de ar. Boa iluminação e ventilação. Área de 31,80 m2 , com 4,48
m de largura e 7,10 m de comprimento.
• Sala de caldeira
Cobertura em telha de cerâmica, piso de cimento e pé direito de 4 metros. Área de
45,65 m2 , sendo 5,50 m de largura e 8,30 m de comprimento, aberta na frente,
fundo e uma lateral.
• Sala de destilação
Tipo galpão, com cobertura de telha de cerâmica ou galvanizada, pé direito igual a
4,0 m. Paredes de alvenaria com revestimento liso. Piso antiderrapante, com
caimento e coletor de esgoto. Condições operacionais: coberto, sombreado, limpo,
seco, ventilado e bem iluminado. Área de 50,15 m², com 6,26 m de largura e 8,0 m
de comprimento.
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• Adega e seção de vendas
Tipo galpão, com cobertura de telha cerâmica, sem forro, pé direito de 5 m,
paredes em alvenaria até o teto. Piso de cimento liso antiderrapante com
inclinação para escoamento de água de limpeza. Entrada com porta de correr.
Sistema de ventilação lateral com elementos vazados na parte mais elevada do
teto. Lâmpadas blindadas e com baixa luminosidade. Rede de água e de esgoto.
Condições operacionais: (1) ausência de vibrações, de luminosidade elevada, de
ventilação excessiva, de sujidades, de insetos, de pássaros, de roedores, de
gases e de vapores tóxicos; (2) temperatura constante na faixa de 20 a 24 ºC.
Área de 180,31 m2 , com 8,90 m de largura e 20,26 m de comprimento.
• Sala de envase
Piso antiderrapante de cerâmica, com inclinação para escoamento de água,
parede azulejada ou com pintura lavável até altura de 2,0 m, pé direito de 4,0 m.
Cobertura metálica com forro de PVC. Área de 26,39 m2, com 4,55 m de largura e
5,80 m de comprimento.
• Depósito de vinhoto
Deverá ter capacidade de armazenamento para no mínimo 5 dias de produção de
vinhoto (12.500 litros). Construído em alvenaria, revestido com fibra de vidro e 4
janelas de visita. Pode-se usar como medidas: largura de 2,5 m, comprimento de
4,0 m e altura de 1,25 m.
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• Banheiros da fábrica
Azulejado, piso antiderrapante, com lavatório, vasos e chuveiros. Área de 9,78 m2,
com largura de 1,90 m e comprimento de 5,15 m.
• Depósito de embalagens
Tipo galpão, com cobertura de telha de cerâmica ou galvanizada, pé direito igual a
4,0 m. Paredes de alvenaria com revestimento liso. Piso antiderrapante, com
caimento e coletor de esgoto. Condições operacionais: coberto, sombreado, limpo,
seco, ventilado e bem iluminado. Área de 82,34 m2, com largura de 8,30 m e
comprimento de 9,92 m.
• Escritório
Sala com telhado cerâmico ou galvanizado, forro de polietileno ou laje, pé direito
de 3,5 m. Paredes em alvenaria, pintada com tinta lavável. Piso antiderrapante de
cerâmica. Rede interna de computador e som. Área de 32,63 m2, com largura de
3,65 m e comprimento de 8,94 m.
• Banheiro da administração
Azulejado, piso antiderrapante, com lavatório, vasos e chuveiros. Área de 3,0 m2,
com largura de 1,45 m e comprimento de 2,07 m.
• Copa
Seção com pé direito de 3,4 m, cobertura de telha de barro ou metálica, parede
lavável ou azulejada, com piso antiderrapante, com rede de água, esgoto e ferro
forrado. Área de 17,84 m2, com largura de 1,45 m e comprimento de 2,07 m.
• Área de circulação
Dentro do complexo da fábrica algumas seções (fermentação, depósito de
embalagens, etc.) devem ficar isoladas. Daí a necessidade das áreas de
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circulação, as quais têm o mesmo acabamento das seções por onde circulam. No
projeto em questão tem-se uma área total de circulação de 58,66 m2, que inclui
varanda do escritório e seção de envelhecimento, circulação entre seções de
fermentação, destilação, laboratório, banheiros e depósitos de embalagens.
• Garagem
Pé direito de 2,50 m, cobertura metálica, piso de cimento grosso. Foi projetada em
posição estratégica, de forma a permitir fazer carregamento de carga em dias de
chuva. Área de 19,80 m2, com 3,0 m de largura e 6,60 m de comprimento.
• Laboratório
Destinado ao acompanhamento da fermentação e análise da cachaça. Pé direito
de 3,0 m, parede lavável, teto com laje, cobertura metálica com rede de água,
esgoto, bancada e pia. Área de 17,18 m2, com 3,96 m de largura e 4,34 m de
comprimento.
• Almoxarifado
Pé direito de 4,0 m parede lisa, com pintura lavável e cobertura metálica sem
forro, largura de 3,96 m e comprimento de 4,34 m.
33
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Notas:
34
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Planilha 5.4
35
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5.7 Quadro e despesas de pessoal
As despesas totais de pessoal somam R$ 54,1 mil por ano, calculadas com base
em valores salariais médios pagos pelas fábricas de cachaça registradas em
Minas Gerais e encargos sociais de 96%.
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Planilha 5.5
Salário mensal
Função Mês/tab Total
Básico Encargos Bruto
Seção de Administração 18.816
Gerente 12 800 768 1.586 18.816
Seção de moagem 7.056
Operador de moagem 6 360 346 706 4.234
Auxiliar de moagem 6 240 230 470 2.822
Seção de destilação 18.816
Alambiqueiro 12600 600 576 1.176 14.112
Seção de envase 14.112
Operador de envase 12 360 346 706 8.467
Auxiliar de envase 12 240 230 470 5.645
Total 54.096
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5.8 - Estrutura e composição do custo industrial
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Planilha 5.6
39
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Planilha 5.6 - Continuação
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5.9 Custo dos produtos
Aos custos industriais são acrescidos os ônus tributários (IPI) e os custos dos
materiais de embalagens de forma diferenciada para cada um dos produtos.
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Planilha 5.7
Custo das cachaças onerado de impostos sobre a produção
(Valores expressos em reais)
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5.10 Custo de produtos vendidos e formação de estoque
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Planilha 5.8
44
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5.11 - Financiamento bancário
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Planilha 5.9
Financiamento do projeto
(Valores expressos em reais)
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5.12 Lucros e perdas
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Planilha 5.10
Lucros e perdas
(Valores expressos em reais)
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Continuação
49
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5.13 Usos e fontes
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Planilha 5.11
Usos e fontes
(Valores expressos em reais)
Período - Anos
Descrição
1 2 3 4 5 6 7
Fontes 487.118,00 620.904,00 620.904,00 620.904,00 620.904,00 620.904,00 620.904,00
Capital Próprio 64.272,00
Financiamentos 321.362,00
Receita Líquida de Vendas 82.286,00 601.711,00 601.711,00 601.711,00 601.711,00 601.711,00 601.711,00
Provisão para Depreciação 19.198,00 19.198,00 19.198,00 19.198,00 19.198,00 19.198,00 19.198,00
Usos 456.339,00 371.936,00 440.526,00 434.902,00 429.939,00 423.655,00 418.031,00
Investimentos 321.543,00
Despesas Operacionais 134.796,00 343.817,00 343.817,00 343.817,00 343.817,00 343.817,00 343.817,00
Encargos de Financiamento 28.119,00 92.392,00 86.768,00 81.085,00 75.521,00 69.897,00
Amortização do Principal 64.273,00 64.273,00 64.273,00 64.273,00 64.273,00
Juros 28.119,00 28.119,00 22.495,00 16.872,00 11.248,00 5.624,00
Saldo do Ano 30.779,00 248.973,00 180.383,00 186.007,00 190.970,00 197.154,00 202.878,00
Saldo Acumulado 30.779,00 218.194,00 398.577,10 584.584,00 775.554,00 972.808,00 1.175.686,00
Obs.: despesas operacionais = despesas operacionais de planilha + despesas de embalagens + despesas de marketing – usos =
investimentos + despesas operacionais + encargos financeiros.
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No oitavo ano, quando se encerra o contrato de financiamento, o caixa do
empreendimento se equilibrará em R$ 272,7 mil, suficiente para pagar o lucro dos
sócios e financiar o estoque de produtos.
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6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Projeto poderia ter um custo mais baixo, caso fosse reduzido o tamanho e / ou
conforto de algumas instalações, bem como adquiridos equipamentos mais simples,
com material de construção de qualidade inferior. Porém, tentou-se mostrar aos
futuros empreendedores que, um projeto funcional requer cuidados especiais que,
inclusive, agregam valor ao produto.
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ANEXOS
Onde se Informar
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Órgãos do Governo e Entidades a Procurar
MA – Ministério da Agricultura
Endereço: Av. Raja Gabaglia, 245 – Cidade Jardim
CEP: 30380-090 – Belo Horizonte – MG
Telefone: (31) 3250-0300
E-mail: cenagri@agricultura.gov.br
Receita Estadual
Endereço: Rua da Bahia, 1816 – Centro
CEP: 30160-011 – Belo Horizonte – MG
Telefone: (31) 3217-6295
Site: www.fazenda.gov.br
Procurar a Secretaria mais próxima da propriedade.
Receita Federal
Endereço: Av. Afonso Pena, 1316 – Centro
CEP: 30130-003 – Belo Horizonte - MG
Telefone: (31) 3218-6000
Site: www.receita.fazenda.gov.br
Procurar a Delegacia mais próxima da propriedade.
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CEP: 30380-000 – Belo Horizonte - MG
Telefone: (31) 3298-6500
Site: www.feam.br
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Lista de fornecedores e prestadores de serviços
Fornecedores de Equipamentos, Prestadores de Serviços e Materiais de Consumo para Produção de Cachaça
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Fornecedores de Equipamentos, Prestadores de Serviços e Materiais de Consumo para Produção de Cachaça
Continuação
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Continuação
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Continuação
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Fornecedores de Equipamentos, Prestadores de Serviços e Materiais de Consumo para Produção de Cachaça
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Fornecedores de Equipamentos, Prestadores de Serviços e Materiais de Consumo para Produção de Cachaça
Continuação
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Plantas
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Plantas
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