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RESUMO –TCP

1 - PONTO DE VISTA TÓPICO. Descreva cada uma das tópicas e apresente a definição
de suas instâncias.

R: Primeira tópica – Consciente- se diferencia do inconsciente, é a parte do nosso


aparelho psíquico que tem a noção da realidade do nosso meio ambiente imediato. É
a parte responsável pelo contato com o mundo exterior. Pré-consciente - se encontra
no meio do caminho entre o inconsciente e o consciente, é a parte da mente que
acumula informação suscetível para alcançar a parte consciente. Inconsciente - é
regido o princípio do prazer, descarga energética como forma de encontrar
satisfação/prazer. Não apresenta uma “lógica racional”, não existe modo tempo,
espaço e causalidade no inconsciente, incertezas ou dúvidas. Segunda tópica – ID –
regido pelo principio do prazer é a somatória de todas as pulsões vida+ morte. Ego –
conjunto de funções que permitem a mediação entre o individuo e a realidade assim
como entre o id e o superego. Superego – consciência moral. Representa para o
individuo a própria sociedade
2 - O que diferencia o método catártico do método psicanalítico propriamente dito?

R: O procedimento catártico baseava-se na ampliação da consciência por meio da


hipnose, já o psicanalítico trabalha as resistências e os pensamentos involuntários de
forma consciente através do confronto e fala. Freud acredita que precisamos ter
consciência para que o conteúdo recalcado seja resolvido.

3 - Quais são as diferenças entre a anamnese e a entrevista psicológica?

R: Anamnese – baseia-se no que o individuo sabe sobre si. Entrevista – buscamos


aquilo que o individuo não sabe sobre si, são as informações que recebemos através
do seu comportamento.

4 - “Seria muito mais fácil se pudéssemos evitar o paciente, enquanto exploramos o


reino da psicopatologia; seria muito mais simples se pudéssemos nos limitar a
examinar a química e a fisiologia de seu cérebro e tratar os eventos mentais como
objetos estranhos à nossa experiência imediata, ou como meras variáveis de
fórmulas estatísticas impessoais. [...] Para podermos adentrar na mente de outra
pessoa, devemos mergulhar repetidamente na torrente de suas associações e
sentimentos; nós próprios devemos ser o instrumento que os reverbera.” (John
Nemiah, 1961)

Comente o trecho acima relacionando com a concepção de Bleger de que o


entrevistador é um observador participante.

R: Na entrevista o entrevistador é parte do campo. Em certa medida condiciona os


fenômenos que ele mesmo vai observar.
5- Como Bleger define a noção de enquadramento psicanalítico?

R: Consiste em numa indagação operativa, cujos passos podem ser assim descrito:
observação e acontecimentos e seus detalhes, compreensão dos detalhes e dos
fatos. O enquadramento corresponde a transformar um conjunto de variáveis em
constantes. É uma padronização da situação estímulo do entrevistador (e também do
analisando)

6 - Como podemos entender a noção de contrato em psicanálise? E a que


correspondem os critérios de “mínimo indispensável?

R: O critério de mínimo indispensável, alude às definições relativas a horários,


honorários (incluir a possibilidade de reajustes periódicos, e esclarecer que o
paciente está conquistando um espaço exclusivamente seu e que, por isso, será o
responsável por ele) e o plano de férias.

7- Em que consiste a noção de aliança terapêutica?

R: Consiste em aspectos conscientes e racionais da relação terapêutica na qual não


há distorção e sim colaboração entre paciente e terapeuta. É baseada no ego,
aproveita a experiência passada e dessa forma possibilita a manutenção do
tratamento.

8 - Carla Bruni no documentário “A primeira sessão”, ao comparar a primeira


entrevista realizada com dois analistas diferentes, dá o seguinte depoimento:

“Havia uma certa indiferença e um pouco de tédio [em relação ao primeiro analista].
Dos dois lados, talvez. Mas foi o oposto da primeira consulta com o analista com
quem desde então faço análise. A primeira consulta com esse analista [o atual] foi...
incandescente! E as duas outras primeiras consultas foram um pouco mornas. Assim,
o problema não é só a palavra, não é só o símbolo, mas é preciso que estes estejam
juntos para que funcione, para que a coisa engate... E isso tem a ver com o coração
que bate também...”

A fala da cantora francesa faz referência a que aspecto técnico da terapia


psicanalítica?

R: Ela se refere ou match onde ocorre uma relação transferencial entre terapeuta e
paciente, estabelecendo entre ambos um “encontro”, singular, decorrente das
características próprias e reais de cada um deles, de sorte que pode resultar uma
harmonia produtiva ou uma desarmonia estagnadora no trabalho do par analítico.
9 - Quais são as principais funções do setting?

R: O setting tem uma função bastante ativa e determinante na evolução da análise,


serve de cenário para a reprodução de velhas e novas experiências emocionais.
Funciona como um importante fator terapêutico psicanalítico, pela criação de um
espaço que possibilita ao analisando trazer os seus aspectos infantis no vínculo
transferencial e, ao mesmo tempo, poder usar a sua parte adulta para ajudar o
crescimento daquelas partes infantis. Permite que o analista exerça uma nova
condição de maternagem que seja capaz de produzir a suplementação de falhas e
vazios originais, possibilitando a internalização de uma figura materna
suficientemente boa.

10 - O que significa dizer que o setting pode ser pensado como um “espaço
transicional”?

R: Espaço transicional é o quando a criança se apega a um paninho, bichinho ou


qualquer outro objeto. O setting precisa se tornar um local onde ele sinta que é só
seu e que seja acalentado. O fenômeno transicional está entre a realidade psíquica
interna e o mundo externo.

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