Você está na página 1de 15

Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Curso de Engenharia Elétrica


Eletrônica de Potência I

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

Ligação Trifásica de Transformadores

Douglas Haas Hilgert


Gabriel Allan Kroetz Bremm
Karen Avozani

Prof. Iuri Castro Figueiro

Santo Ângelo
2018

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
1. INTRODUÇÃO

Transformadores são equipamentos utilizados na transformação de valores de tensão e


corrente, além de serem usados na modificação de impedâncias em circuitos elétricos. Estes
equipamentos possuem mais de um enrolamento, sendo que estas partes são chamadas de
primário e secundário.

Os enrolamentos de três transformadores de fase podem ser ligados em Y ou Δ


da mesma maneira que para três transformadores de fase única. Uma vez que os do
secundário pode ser ligado ou em Y ou Δ independentemente de qual a ligação é usada nas
primárias, tem de haver quatro formas de ligar os enrolamentos de um transformador.

As principais ligações de enrolamentos para transformadores trifásicos são:


estrela - estrela (Y-Y), estrela-delta (Y-∆), delta - estrela (∆-Y), delta-delta (∆-∆).

Pretende – se com esse relatório, apresentar na prática todas essas ligações, coletando
para cada uma delas valores de referência e formas de onda.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

Um Transformador é geralmente constituído por um Núcleo de Ferro e por um par de


Enrolamentos (Bobinas) com diferentes números de espiras, N1 e N2, Figura 1.

O Enrolamento ligado à Fonte de Alimentação de CA é chamado Enrolamento Primário


(Bobina A), e o ligado à Carga é chamado Enrolamento Secundário (Bobina B).

Figura 1. Estrutura Básica de um Transformador. Ref.

(http://macao.communications.museum/por/exhibition/secondfloor/MoreInfo/2_4_2_Tran
sformer.html)

Um transformador é formado basicamente de:

Enrolamento - O enrolamento de um transformador é formado de várias bobinas que em


geral são feitas de cobre eletrolítico e recebem uma camada de verniz sintético como isolante.

Núcleo - esse em geral é feito de um material ferromagnético e o responsável por transferir a


corrente induzida no enrolamento primário para o enrolamento secundário.

Figura 1. Estrutura Básica de um Transformador.

Ref.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
(https://www.google.com.br/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjbmf_p9O
HeAhWBiJAKHTrQBUIQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fwww.ebah.com.br%2Fcontent%2FABAAAfmX
kAL%2Ftrabalho-transformadores&psig=AOvVaw1jEcYKapDPDJTVROvZjCVy&ust=1542766933988326)

2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSFORMADORES:

Tipos de transformadores:
Transformador de corrente:
Transformador de corrente, ou TC, tem por finalidade detectar ou medir a corrente elétrica
que circula em um cabo ou barra de alimentação, e transforma-la em outra corrente de valor
menor, para ser transmitida a um instrumento de medição ou circuito eletrônico. O TC é
muito usado para abaixar a corrente elétrica da rede para alimentar dispositivos eletrônicos
que não suportam grandes níveis de corrente.
Transformadores de potêncial:
O nome transformador de potêncial (ou TP) denota que está máquina muda os valore de
potencia, mas na verdade ela muda os valores de tensão que entram na bobina primária. A
espira primária recebe a tensão primária e conduz uma corrente primária. Por essa corrente ser
alternada, ela gera uma variação no fluxo magnético no seu interior. Esse fluxo é canalizado
pelo núcleo ferromagnético, e na espira secundária, induzindo uma tensão nesta espira. Se não
houver um circuito fechado ligado à espira secundária, uma corrente induzida será
estabelecida.
Transformador de distribuição:
Esse tipo de transformador é empregado principalmente pelas concessionarias distribuidoras
de energia e em usinas geradoras de energia. São usados para distribuir a energia gerada até os
consumidores, com valores diferentes do que o gerado, adequado a cada tipo de consumidor.
Podem ser auto protegidos contra sobrecargas e curto circuitos.
Transformadores de Força:
São usados para geração e distribuição de energia por concessionárias e usinas, e subestações
de distribuição de energia elétrica, e subestações de grandes indústrias, incluindo aplicações
especiais como fornos de indução e a arco, e retificadores.
Transformador elevador e abaixador de tensão:
O valor a qual a tensão será apos sair do transformador está diretamente ligado ao numero de
espiras que cada bobina possui. No caso de um transformador elevador de tensão o número de
espiras da segunda bobina é maior do que o número de espiras da primeira bobina. E no
transformador abaixador, o número de espiras da segunda bobina é menor do que o número de
espiras na primeira bobina.
Número de bobinas:
No caso de transformadores de duas bobinas, é comum chama-las de primárias e secundárias.
Quando há uma terceira bobina, ela se denomina de terciária. Existem também os
transformadores com apenas uma bobina, o chamado autotransformador.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Material do núcleo:

Ferro magnético:
No caso de um transformador com núcleo de ferromagnético, são usadas chapas de aço
laminadas, no geral chapas de aço de silício, para diminuir as perdas por correntes parasitas.
Núcleo de ar:
Os transformadores com núcleo de ar consistem em na localização das bobinas, que ficam em
contato direto com a atmosfera.

Número de fases:

Monofásicos:
Esse tipo de transformador é próprio para alimentação de circuitos de comando ou de uso
industrial. O transformador usado em casas também é o monofásico, ele transforma 127 V em
220 V e 220 V em 127 V.
Trifásico:
Esse é o tipo de transformador que vemos nas ruas, ele recebe a tensão da subestação de
distribuição e em um nível de tensão de 13800 V e transforma em 127 V ou 220 V.
Polifásico:
Possui eficiência relativamente alta, estes transformadores fornecem a tensão para sistemas
que necessitam de mais fases através do sistema trifásico. Esse tipo de transformador varia de
3 a 6 fases. Esses sistemas que necessitam de mais fases são especialmente para retificação de
medida de onda completa devido aos seus componentes.

3. MATERIAIS UTILIZADOS
 Osciloscópio
 Multímetro
 Diodos
 Transformador
 Resistor
 Fonte de Tensão
 Software de Simulação Power Sim

4. PRÁTICA EXPERIMENTAL

EXPERIMENTO 1 - Ligação Trifásica de transformadores.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Efetue a montagem prática de cada ligação mostrada acima e realize medições de tensões
de fase e de linha tanto no lado primário dos transformadores quanto no secundário. Utilize
somente o multímetro digital nesta etapa. Compare com as simulações no PSIM.
a) Ligação Y-∆ (estrela – delta).

Figura 1,2,3 – Ligação prática, simulação, formato de onda. Ref .


Medições: PSIM Laboratório
VFase1 120v
VFase2 208,3v
VLinha1 8,51v
VLinha2 4,90v
Tabela 1 – Comparação entre valores medidos e simulados para ligação Y-∆.

b) Ligação ∆-Y (delta – estrela).

Figura 1,2,3 – Ligação prática, simulação, formato de onda. Ref .


Medições: PSIM Laboratório

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
VFase1 209v
VFase2 209v
VLinha1 25,7v
VLinha2 14,92v
Tabela 1 – Comparação entre valores medidos e simulados para ligação ∆-Y.
c) Ligação ∆ - ∆ (delta – delta).

.
Figura 1,2,3 – Ligação prática, simulação, formato de onda. Ref .
Medições: PSIM Laboratório
VFase1 209v
VFase2 209v
VLinha1 14,77v
VLinha2 8,52v
Tabela 1 – Comparação entre valores medidos e simulados para ligação ∆-∆.
d) Ligação Y - Y (estrela – estrela).

Figura 1,2,3 – Ligação prática, simulação, formato de onda. Ref .

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Medições: PSIM Laboratório
VFase1 120v
VFase2 208,3v
VLinha1 14,6v
VLinha2 8,4v
Tabela 1 – Comparação entre valores medidos e simulados para ligação Y -Y.

EXPERIMENTO 2 – Retificador Trifásico de Ponto Médio com Carga R


Para o desenvolvimento do Experimento 2 considere os trafos ligados em ∆ - Υ, R=1KΩ.

Figura 2 – Retificador Trifásico.

Para o desenvolvimento do Experimento 2, considere as seguintes etapas:


1º Etapa: Simulação
Apresente as formas de onda para VR, VD1, VD2 e VD3. Considere a queda de tensão
no diodo para a simulação.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Figura 12 – Forma de Onda de V12– Fonte: Laboratório ????

2° Etapa: Análise Prática


Registre as formas de onda no osciloscópio para VR, VD1, VD2 e VD3. Apresente no
Display do Osciloscópio valores de tensão média, eficaz e valores de pico.

Figura 12 – Forma de Onda de V12– Fonte: Laboratório ????

Comparativo de valores entre Software de simulação e dados obtidos em laboratório:


Valores: PSIM Laboratório
VR
VD1
VD2
VD3
Tabela 3 – Tabela comparativa entre valores do PSIM e valores medidos.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
EXPERIMENTO 3 - Retificador Trifásico Ponte de Graetz com Carga R.
Para o desenvolvimento do Experimento 3 considere os trafos ligados em ∆ - Υ, R=1KΩ.

Figura 3 – Retificador Trifásico Ponte de Graetz.

1º Etapa: Simulação
Apresente as formas de onda de V1n, V2n,V12 e tensões nos diodos VD1, VD2,VD3.
Considere a queda de tensão no diodo.

2º Etapa: Análise Prática.


Registe as formas de onda no osciloscópio para V1n, V2n, V12, VD1, VD2 e VD3. Apresente
no display do osciloscópio valores de tensão média, eficaz e valores de pico e compare com a
simulação.
V1n e V2n

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Figura

Figura 11 – Forma de Onda de V1n(Amarelo) e V2n(Azul) – Fonte: Laboratório ????

V12:

Figura 12 – Forma de Onda de V12– Fonte: Laboratório ????

VResultante (V1n – V2n):

Figura 12 – Forma de Onda de V1n – V2n – Fonte: Laboratório ????

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
VD1:

Figura 12 – Forma de Onda de VD1– Fonte: Laboratório ????

VD2:

Figura 12 – Forma de Onda de VD2– Fonte: Laboratório ????


VD3:

Figura 12 – Forma de Onda de VD3– Fonte: Laboratório ????

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Comparativo de valores entre Software de simulação e dados obtidos em laboratório:
Valores: PSIM Laboratório
V1n
V2n
V12
VD1
VD2
VD3
Tabela 3 – Tabela comparativa entre valores do PSIM e valores medidos.

5. CONCLUSÃO

Apresentou – se no desenvolvimento do trabalho prático, os tipos de transformadores,


bem como as formas de ligação dos mesmos, evidenciando as diferenças no funcionamento e
aplicações de cada um.

Desenvolveu – se tabelas comparativas entre os resultados obtidos nas simulações, e das


medições do laboratório, apresentando pequenas diferenças entre os resultados obtidos nas
mesmas.

Foi de grande auxilio para o entendimento dos cálculos realizados em sala de aula, bem
como para uma melhor visualização de cada formato de onda para cada tipo de ligação.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
REFERÊNCIAS

BERTINI, L. A. Transformadores: Teorias, Práticas e Dicas (para transformadores de pequena


potência). São Paulo: Eltec Editora, 2003.

COSTA, J. D. Apontamentos de máquinas elétricas. [S.l]: ENIDH, 2010.

SANTOS, M. Materiais ferromagnéticos – visão geral. Disponível em: <


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/materiais-ferromagneticos.htm >. Acesso em: 15 nov.
2018.

https://www.mundodaeletrica.com.br/tipos-de-transformadores/

https://www.electronica-pt.com/transformadores

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Você também pode gostar