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1- O Direito Privado tem como objeto de atuação as relações particulares entre os

indivíduos no espaço de liberdade, tendo como ênfase questões econômicas, quaisquer


sejam os interesses. Nesse âmbito, o Estado surge apenas como aplicador do Direito,
regulando o Direito Privado, contudo, não tendo um papel preponderante.
Por outro lado, o Direito Público guia as relações e atuação do Estado com a sociedade
civil. A distinção entre o Direito Público e Privado consiste na ideia que, enquanto o
Público trata a matéria de interesse geral da sociedade, o Privado atua em situações em
relações jurídicas particulares. Tal diferenciação ocorreu com o propósito de
proporcionar ao Direito Público meios mais adequados para a realização de seu fim e,
ao direito privado, maneiras de diminuir generalizações não pertinentes ao seu local de
ação.

2- A classificação das leis no Direito Privado contemporâneo segue cinco critérios:


hierarquia, origem, aplicabilidade, aplicação e força obrigatória. Na ordem hierárquica
das leis, há, como principal a Constituição Federal, suas emendas e tratados
internacionais. Em seguida, têm-se as leis ordinárias e complementares e, por último as
normas reguladoras. No âmbito da origem legislativa, há uma tripartição pública
vigente no Brasil, onde as leis podem ser federais, estaduais ou municipais, em que cada
uma tem competências próprias de atuação regulada pela Constituição Federal, como
consta no art. 23. da CF. Além disso, no âmbito da aplicabilidade, há normas
autoaplicáveis – aplicação imediata - ou não autoaplicáveis, como o art. 5. da CF e o
art. 155 da CF, respectivamente. No que se diz a aplicação, existem as leis rígidas, que
não abrem espaço interpretativo, e as leis elásticas, as quais possuem conceitos que
permitem contribuição interpretativa da lei. Por último, classifica-se as leis em relação a
sua força obrigatória, em que há as normas obrigatórias e as normas supletivas, as quais
só atuam quando há a parte não exerce sua autonomia, a lei suplementa.

3- Os quatro pilares do Direito Privado contemporâneo são: família, propriedade, contrato


e personalidade. No que se refere a família, consta as questões reprodutivas,
perpetuação humana, legalidade dos direitos da família. Sobre a propriedade, o direito
discorre acerca dos direitos da propriedade e conservação. Em relação aos contratos,
eles regem a circulação de bens. Por fim, a personalidade trata sobre as liberdades
individuais e fundamentais. Para a ciência jurídica atual, tem-se a importância da
repersonalização da pessoa humana, devido aos acontecimentos do século XX, que
fizeram o Direito despertar e se referir a dignidade e proteção humana e não se
referindo somente a aspectos patrimoniais.

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