Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Visão
Ser referência para a sociedade pela excelência
dos serviços prestados, por meio da qualificação de seus integrantes.
“Quando nascemos, Deus nos dá uma estrela, alguns conseguem transformá-la em um sol, outros jamais descobrem que ela
existe”
academiadobarropreto.com.br
facebook.com/academiadobarropreto
youtube.com/academiadobarropretooficial
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do
nível inferior, onde haja risco de queda.
Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos
competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis.
Responsabilidades
Cabe ao empregador:
d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo
estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança
aplicáveis;
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção
definidas nesta Norma;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de
riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações
ou omissões no trabalho.
Capacitação e Treinamento
Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e
aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo
programático deve, no mínimo, incluir:
O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das
seguintes situações:
d) mudança de empresa.
Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático
devem atender a situação que o motivou.
Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados
em conjunto com outros treinamentos da empresa.
O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.
O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto,
sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.
Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador
capacitado e autorizado.
Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado
de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua
anuência formal da empresa.
Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades
em altura, garantindo que:
c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de
altura, considerando também os fatores psicossociais.
A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional
do trabalhador.
c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser
eliminado.
Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade.
A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as
condições do local de trabalho já previstas na análise de risco.
Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.
A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:
e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e
individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios
da redução do impacto e dos fatores de queda;
h) o at endimento aos requisitos de segur ança e saúde cont idos nas dem ais normas
regulamentadoras;
i) os riscos adicionais;
j) as condições impeditivas;
m) a forma de supervisão.
ABP – ACADEMIA DO BARRO PRETO
CENTRO DE TREINAMENTO PORTAL DAS ÁGUAS
(41) 3107-1141 / 3398-1404
Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no
respectivo procedimento operacional.
b) as orientações administrativas;
c) o detalhamento da tarefa;
e) as condições impeditivas;
g) as competências e responsabilidades.
Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise
de Risco e na Permissão de Trabalho.
A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da
permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de
forma a permitir sua rastreabilidade.
A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno
de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não
ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.
Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o trabalhador está
exposto, os riscos adicionais.
Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI,
acessórios e sistemas de ancoragem.
a) na aquisição;
O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em
sistema de ancoragem.
Emergência e Salvamento
A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam
o trabalho em altura, em função das características das atividades.
As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar capacitadas a
executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a
atividade a desempenhar.
Glossário
Absorvedor de energia: dispositivo destinado a reduzir o impacto transmitido ao corpo do
trabalhador e sistema de segurança durante a contenção da queda.
Análise de Risco - AR: avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e
medidas de controle.
Atividades rotineiras: atividades habituais, independente da frequência, que fazem parte do
processo de trabalho da empresa.
Cinto de segurança tipo paraquedista: Equipamento de Proteção Individual utilizado para
trabalhos em altura onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral,
acima dos ombros e envolto nas coxas.
Condições impeditivas: situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que
possam colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador.
Os equipamentos auxiliares utilizados devem ser certificados de acordo com normas técnicas
nacionais ou, na ausência dessas, de acordo com normas técnicas internacionais. (Vide prazo para
implementação no Art. 3ª da Portaria MTE n.º 593/2014)
Todo equipamento ou corda que apresente defeito, desgaste, degradação ou deformação deve
ser recusado, inutilizado e descartado.
Quando houver exposições a agentes químicos que possam comprometer a integridade das
cordas ou equipamentos, devem ser adotadas medidas adicionais em conformidade com as
recomendações do fabricante considerando as tabelas de incompatibilidade dos produtos
identificados com as cordas e equipamentos.
a) na aquisição;
b) periodicamente;
Os equipamentos utilizados para acesso por corda devem ser armazenados e mantidos
conforme recomendação do fabricante ou fornecedor.
A equipe de trabalho deve ser capacitada para autorresgate e resgate da própria equipe.
Para cada frente de trabalho deve haver um plano de resgate dos trabalhadores.
Condições impeditivas
Pode ser autorizada a execução de trabalho em altura utilizando acesso por cordas em
condições com ventos superiores a quarenta quilômetros por hora e inferiores a quarenta e seis
quilômetros por hora, desde que atendidos os seguintes requisitos:
b) elaborar Análise de Risco complementar com avaliação dos riscos, suas causas, consequências e
medidas de controle, efetuada por equipe multidisciplinar coordenada por profissional qualificado em
segurança do trabalho ou, na inexistência deste, pelo responsável pelo cumprimento desta norma,
anexada à justificativa, com as medidas de proteção adicionais aplicáveis, assinada por todos os
participantes;
Conceitos Básicos
Perigo
Perigo é situação de ameaça que pode causar danos (materais, máquinas, equipamentos e
meio ambiente) e/ou lesões (pessoas).
Risco
Medida da perda econômica e/ou de danos para a vida humana, resultante da combinação
entre a frequência da ocorrência e a magnitude das perdas ou danos (consequências).
O risco está sempre ligado à factibilidade da ocorrência de um evento não desejado, sendo
função da frequência da ocorrência das hipóteses acidentais e das suas consequências.
O risco também pode ser definido através das seguintes expressões:
combinação de incerteza e de dano;
razão entre o perigo e as medidas de segurança;
combinação entre o evento, a probabilidade e suas consequências.
Análise de Riscos
É a atividade dirigida à elaboração de uma estimativa (qualitativa ou quantitativa) do riscos,
baseada na engenharia de avaliação e técnicas estruturadas para promover a combinação das
frequências e consequências de cenários acidentais.
Avaliação de riscos
É o processo que utiliza os resultados da análise de riscos e os compara com os critérios de
tolerabilidade previamente estabelecidos.
Gerenciamento de Riscos
É a formulação e a execução de medidas e procedimentos técnicos e administrativos que têm
o objetivo de prever, controlar ou reduzir os riscos existentes, objetivando mantê-la operando dentro
dos requerimentos de segurança considerados toleráveis.
Níveis de risco
Catastrófico
Moderado
Desprezível
Crítico
Não Crítico
Geralmente um estudo de análise de riscos pode ser dividido nas seguintes etapas:
1. Caracterização da empresa
2. Identificação de perigos
3. Estimativa de consequências e de vulnerabilidade
4. Estimativa de frequências
5. Estimativa de riscos
6. Avaliação e gerenciamento de riscos
Identificação de perigos
Esta etapa tem o objetivo de identificar os possíveis eventos não desejados que possam levar
a acidentes, possibilitando definir hipóteses acidentais que poderão produzir consequências
significativas.
Portanto, técnicas específicas para a identificação dos perigos devem ser empregadas, entre
as quais podemos mencionar:
Atividade/Operação:
2ª coluna: Risco/perigo
Esta coluna deve conter os riscos/perigos identificados para o módulo de análise em estudo.
De uma forma geral, os riscos/perigos são eventos acidentais que têm potencial para causar danos
aos trabalhadores, ao público ou ao meio ambiente.
4ª coluna: Efeitos
Os possíveis efeitos danosos de cada risco/perigo identificado devem ser listados nesta
coluna.
5ª coluna: Recomendações/observações
Esta coluna deve conter as recomendações de medidas mitigadoras de risco propostas pela
equipe de realização da APR/APP ou quaisquer observações pertinentes ao cenário de acidente em
estudo.
As seguintes técnicas podem ser utilizadas para o cálculo das frequências dos cenários de
acidentes,:
análise histórica dos acidentes, através da pesquisa bibliográfica ou nos bancos de
dados de acidentes;
análise por árvore de falhas (AAF);
análise por árvores de eventos (AAE).
Estimativa de riscos
A estimação de riscos é feita através da combinação das frequências de ocorrência das
hipóteses de acidentes e as suas respectivas consequências. Pode-se expressar o risco de
diferentes formas segundo o objetivo do estudo em questão. Geralmente os riscos são expressos da
seguinte maneira:
Índices de risco;
Risco social;
Risco individual.
Para as atividades com riscos comuns entre eles é elaborado um único procedimento, desde
que não há alteração, ou ainda, desde que a segurança de uma atividade aumente a segurança de
outra.
A partir desse levantamento, é criado o procedimento e a Permissão de Trabalho, da ou das
atividades.
A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno
de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não
ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.
Lembre-se que conforme a NR-35 a Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao
trabalho em altura, considerar:
Condições diretas: são todas as situações que colocam em risco a saúde ou vida do
profissional diretamente. Exemplo: Equipamentos, ferramentas e procedimentos inadequados para o
serviço.
Condições indiretas: são as situações que colocam em risco a saúde ou vida do profissional
indiretamente. Exemplo: Condições climáticas, Iluminação e perigo de desmoronamento.
A NR-35 estabelece que todo trabalho em altura, seja realizado sob supervisão, cuja forma
será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade.
Milhares podem ser as causas de um simples acidente, entretanto todas elas podem ser
agrupadas em duas categorias.
A. Condição Insegura
B. Ato Inseguro
A madeira a ser usada para construção de escadas, rampas e passarelas deve ser de boa
qualidade, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca, sendo
proibido o uso de pintura que encubra imperfeições.
As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulação de pessoas e materiais
devem ser de construção sólida e dotadas de corrimão e rodapé.
A transposição de pisos com diferença de nível superior a 0,40m (quarenta centímetros) deve
ser feita por meio de escadas ou rampas.
É obrigatória a instalação de rampa ou escada provisória de uso coletivo para transposição de
níveis como meio de circulação de trabalhadores.
Escadas.
A escada de abrir deve ser rígida, estável e provida de dispositivos que a mantenham com
abertura constante, devendo ter comprimento máximo de 6,00m (seis metros), quando fechada.
A escada extensível deve ser dotada de dispositivo limitador de curso, colocado no quarto vão
a contar da catraca. Caso não haja o limitador de curso, quando estendida, deve permitir uma
sobreposição de no mínimo 1,00m (um metro).
Rampas e passarelas.
Exemplos de EPC
Conjunto de aterramento
Equipamento destinado à execução de aterramento temporário, visando à
equipotencialização e proteção pessoal contra energização indevida do circuito
em intervenção.
Cone de Sinalização
Sinalização de áreas de trabalho e obras em vias
públicas ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de
pedestres, podendo ser utilizado em conjunto com a fita zebrada,
sinalizador STROBO, bandeirola, etc.
Tapetes de borracha
Acessório utilizado para isolação contra contatos indiretos a
eletricidade e contra escorregões em ambientes escorregadios.
Fita de Sinalização
Utilizada quando da delimitação e isolamento de áreas de
trabalho interna e externamente na sinalização, interdição, balizamento
ou demarcação em geral por indústrias, construtoras, transportes,
órgãos públicos ou empresas que realizam trabalhos externos.
Placas de sinalização
São utilizadas para sinalizar perigo (perigo de vida, etc.) e
situação dos equipamentos, a sinalização tem um papel fundamental
para a segurança no trabalho.
Existem linhas de vida do tipo vertical ou horizontal, instaladas de forma fixa ou temporária e
em relação às quais são ancorados os Equipamentos de Proteção Individual Antiqueda, como
bloqueadores automáticos, mosquetões, cintas e cordas.
Nas linhas de vida verticais encontramos soluções técnicas e fixas do tipo cabo de aço
galvanizado ou inox (preferencial) ou do tipo de calha ou carril de alumínio (mais comum), inox ou
galvanizado.
No que diz respeito às linhas de vida horizontais e fixas, existem mais soluções e que passam
pela instalação de cabo de aço inox ou galvanizado, cabo sintético (novidade) ou calha ou carril de
alumínio, inox ou galvanizado, sendo que aqui deverá existir uma maior preocupação quanto à
seleção do sistema mais apropriado, tendo em conta se pretendemos obter um simples Sistema de
Travamento de Queda ou um Sistema de Posicionamento de Trabalho.
Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais;
Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
Para atender situações de emergência.
Cabe às empresas:
II. Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste capítulo (V)
Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
A observância das instruções expedidas pelo empregador;
Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s fornecidos pela empresa.
Segue alguns exemplos de EPIs, não listaremos todos, pois segundo o ministério do Trabalho
o curso de NR-35, exige somente o conhecimento de Equipamentos de Proteção Individual para
trabalho em altura. Além de existirem diversos EPIs para diversas atividades. Listaremos alguns dos
mais comuns e utilizados, os equipamentos mais utilizados no trabalho em altura veremos na
próxima unidade.
Proteção da Cabeça
Capacetes de proteção
Em atividades com risco de queda e altura superior a 2 m, deve ser usado cinturão tipo pára-
quedista (NR 18.23.3), com ligação obrigatoriamente frontal ou dorsal.
Equipamento destinado à proteção contra queda de pessoas, vale salientar novamente que é
obrigatória sua utilização em trabalhos acima de 2 metros de altura.
Para esse tipo de cinturão, podem ser utilizados trava-quedas instalados em cabos de aço ou
flexível fixados em estruturas a serem escaladas.
Inspeção do Cinturão
Antes de cada uso, o usuário deve certificar-se de que:
Todas as fitas de nylon estejam perfeitas, sem cortes, furos, rupturas, partes queimadas,
desfiamentos, mesmo que parciais.
Todos os pontos de costura estejam perfeitos, sem desfiamentos ou descosturados.
Todos os componentes metálicos estejam sem ferrugem, amassados ou danificados.
Não há suspeita de contaminação por produtos químicos.
OBS: o cinturão deve ser aposentado quando houver constatação de qualquer problema na
inspeção.
Teoricamente, a vida útil do cinturão não pode ser preestabelecida, dependendo muito da
frequência e cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e
luz solar.
Praticamente, para os cinturões de poliéster, adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro
anos após sua fabricação. Em situações bastante severas, o cinturão é aposentado após um ano de
uso ou, ainda, imediatamente após reter uma queda.
Talabartes
Para colocar e ajustar o talabarte, siga os passos conforme as figuras. Verifique todos os
conectores para assegurar-se de que os mesmos estejam fechados e travados antes do uso.
Existem vários tipos e modelos de talabarte, mas de modo geral são divididos em dois,
Talabarte simples e Talabarte Y.
Advertências
O cinturão para-quedista é o único acessório de proteção contra quedas que pode ser usado
em um sistema de retenção de queda. Um sistema de detenção de queda SOMENTE DEVE ser
conectado ao ponto dorsal em anel "D” traseiro ou ao anel “D” frontal se tiver a etiqueta anexa “A” de
detenção de queda. Estes pontos também podem ser utilizados para conectar um sistema de
resgate.
Nunca utilize os anéis “D” laterais para proteção contra quedas ou proteção de escalada. O
anel “D” das laterais de um cinto SOMENTE DEVE ser usado para conectar um sistema de
posicionamento de trabalho e NUNCA para conectar um sistema de proteção contra quedas ou
proteção de escalada. Sempre utilize os dois anéis “D” laterais juntos para aplicações de
posicionamento de trabalho. Ajuste o talabarte de posicionamento de trabalho para que o ponto de
ancoragem seja mantido na altura da cintura ou acima dela. Assegure-se de que o talabarte esteja
firme e que o movimento esteja restrito a uma distância máxima de 0,6m.
Sempre que possível, para engatar um sistema de proteção contra quedas, escolha um ponto
de ancoragem diretamente ACIMA da posição do usuário para minimizar quedas devido a
oscilações. Evite qualquer ponto de força duvidosa. É preferível utilizar ancoragens estruturais
fornecidas para esse fim ou pontos de ancoragem com uma força mínima de 15kN.
O talabarte DEVE ser totalmente inspecionado antes de cada uso para verificar que o mesmo
esteja em condições de uso. Além disso, o talabarte DEVE ser inspecionado uma vez a cada doze
meses por pessoal autorizado pela legislação vigente no país de uso. Examine as fitas do talabarte
para detectar desgastes, cortes, queimaduras, bordas desgastadas, abrasões ou outros danos.
Examine a costura para detectar qualquer ponto puxado, solto ou arrebentado. Verifique a
legitimidade da marca do produto. Não use o talabarte se durante a inspeção for revelada alguma
condição insegura.
Se o talabarte tiver sido sujeito a detenção de queda ou forças impactantes, o mesmo DEVE
ser removido de uso imediatamente e destruído.
Para sistemas de proteção contraquedas os talabartes com comprimento maior que 0,90m
deverão possuir absorvedor de energia.
Manutenção e Armazenamento dos Talabartes
A grande maioria dos talabartes são feitos com tecido de Nylon, Poliéster e cabo de aço inox
ou galvanizado. Todas as ferragens portadoras de carga são manufaturadas em aço ou duralumínio.
Limpe o talabarte com uma solução de água e sabão em pó neutro. Seque as peças de metal
com um pano limpo e pendure o talabarte para secar ao ar livre. Não acelere a secagem com calor.
Armazene o talabarte em lugar limpo, seco, arejado e sem exposição direta à luz solar. Evite
áreas onde o calor, umidade, luz, óleo e outros produtos químicos e seus vapores ou outros
elementos degradantes possam estar presentes.
Antes de utilizar equipamentos que estejam armazenados há muito tempo, deve ser realizada
uma Inspeção Formal por uma pessoa competente.
Transporte o talabarte num pacote para que o proteja de cortes, umidade, produtos químicos
e seus vapores, temperaturas extremas e raios ultravioletas.
Dispositivo trava-quedas
Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços onde exista diferença de
nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo pára-quedista.
São normalmente feitos em aço inoxidável e possuem tripla trava de segurança. Resistem ao
contato com os produtos corrosivos, que normalmente são usados em serviços de limpeza. Efetuam
travamento simultâneo em dois pontos da linha de segurança, aumentando, consequentemente, a
eficiência da frenagem. Todos os equipamentos devem aprovados pelo Ministério do Trabalho
possuindo o numero de CA.
Os dispositivos trava quedas possuem um fácil funcionamento, não necessitando das mãos
para funcionar.
A alça do aparelho, forçada por uma mola, normalmente fica abaixada, mantendo o
equipamento travado no cabo de segurança. Na subida ou descida, o cinturão de segurança mantém
a alça levantada, destrava o aparelho e permite perfeita movimentação. Nas quedas ou descidas
bruscas o equipamento trava-se imediatamente no cabo. O aparelho pode ser colocado ou retirado
imediatamente em qualquer ponto do cabo.
Só deve ser usado trava-queda com cinturão e extensor especificados no CA (NR 6.6.1c). A
não obediência destas exigências acarreta em multa de até 6.000 UFIR's ( mais de seis mil reais) por
trabalhador ( infração código 206.007-8, nível 3).
Os trava-quedas modelos para cabo de aço e para corda de segurança devem ser usados
somente com extensor em aço constituído de, no mínimo, um mosquetão e, no máximo, dois
mosquetões, interligados por corrente com, no máximo, seis elos de diâmetro 6,5 mm.
Não se esqueça: o trava-queda deve ser ligado, obrigatoriamente, à argola das costas
(ligação dorsal) ou às alças do peito (ligação frontal) do cinturão pára-quedista.
Assim como os outros EPIs utilizados no trabalho em altura, cada tipo de equipamento
apresenta sua peculiaridade, sendo que a empresa ou o fabricante do equipamento deve explicar o
correto funcionamento e peculiaridade de cada equipamento utilizado. Não se esqueça de ler o
manual.
Os trava-quedas não devem ter rebites frouxos, peças gastas, tortas ou aparência
duvidosa.
Nota: inutilizar o aparelho que apresentar algum dos problemas acima ou após a retenção de
uma queda.
Todos os tripés e monopés devem resistir à carga estática de 15 kN conforme exigência das
normas NBR 14.626/627/628/629/751, devendo ser comprovado.
TRIPÉ
Tripé para acesso com até 1,1 m de diâmetro
Todo serviço realizado em torres e estruturas exige um planejamento dos seguintes itens:
Tipo da torre ou estrutura, estado dos componentes e resistência dos pontos de ancoragem.
Definição da movimentação visando deslocamento racional, distante de rede elétrica e
garantindo-se resistência mecânica de todos os pontos de ancoragem de, no mínimo, 1500
kg.
Controle médico e qualificação técnica dos trabalhadores para serviço nessa área de alta
periculosidade.
Condições climáticas satisfatórias para liberar trabalho, visto que é proibido com chuva e
vento.
Deve ser usado capacete de segurança com jugular e outros EPIs de acordo com a tarefa.
Definição dos equipamentos onde é conveniente usar ligação frontal do cinturão pára-
Quedista.
Inspeção:
Antes de cada uso, a corda deve ser inteiramente inspecionada.
Inspeção externa: a capa da corda deve estar perfeita, diâmetro constante, sem
cortes, fios partidos, partes queimadas, sem desgastes significativos por abrasão e
sem suspeita de contaminação por produto químico nocivo à sua estrutura.
Importante: havendo problemas em toda a corda, ela deve ser aposentada. Havendo
problemas localizados, ela pode ser cortada e usada.
Manutenção:
A corda de segurança deve ser usada por um único trabalhador, com as cordas devemos
tomar os seguintes cuidados:
Teoricamente, a vida útil da corda não pode ser preestabelecida, dependendo muito da
frequência e cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e
luz solar.
Praticamente, para as cordas de poliamida, adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro
anos após sua fabricação. Em situações bastante severas de trabalho, costuma-se aposentá-la após
um ano de uso.
Um dos fatos já comprovados de suas causas dos acidentes é que, quando um acidente
acontece, vários fatores entraram em ação antes.
Heinrich, em seu livro Industrial AccidentPrevention, sugere que a lesão sofrida por um
trabalhador, no exercício de suas atividades profissionais, obedece a uma sequência de cinco
fatores:
Ambiente Social influência nos hábito das pessoas. É fácil de observar com que facilidade
uma nova moda se espalha e “pega”. Ora a onda é usar cabelos longos, ora usar a cabeça raspada.
Já houve a época da minissaia, das roupas hippies e hoje impera a moda do “cada um na sua”.
Esses exemplos servem para ilustrar quanto o ambiente social afeta o comportamento das pessoas.
Causa Pessoal está relacionada com a bagagem de conhecimentos e habilidades e com as
condições de momento que cada um está atravessando. A probabilidade de envolvimento em
acidentes aumenta quando se está triste ou deprimido, ou quando se vai desempenhar uma tarefa
para a qual não se tem o preparo adequado.
Como vimos uma maneira de evitar os acidentes é controlar os fatores que o antecedem.
Não é possível interferir nas características genéticas de uma pessoa, mas é possível
influenciar sua conduta proporcionando um ambiente social rico em exemplos positivos.
Boa parte dos acidentes com trabalho em altura poderia ser evitada. Quando se fala neste
tipo de risco geralmente as pessoas leigas no assunto lembram da construção civil. Mas até mesmo
uma simples troca de lâmpada pode configurar trabalho em altura.
Os trabalhos em altura são uma das maiores causas de acidentes de trabalho, tanto na
construção civil como em outros ramos de trabalho. Estes acidentes sejam com lesões, afastamentos
ou óbitos, todos são graves como todo e qualquer acidente.
Sejam por falta de informação ou por descumprimento da lei muitas empresas deixam de
fornecer os equipamentos de proteção individual (EPIs), treinamentos e até mesmo não instituem os
programas exigidos pelas Normas Regulamentadoras (PPRA, PCMSO ou PCMAT), não garantindo
aos seus colaboradores um ambiente de trabalho com condições seguras. Os colaboradores por sua
vez acabam se acidentando, até muitas vezes por fatores pessoais que o levam a acreditar que não
irá lhe acontecer nada de errado.
A construção civil é umas das recordistas em acidentes dentro da gama de atividades laborais
no nosso país, apesar das leis e normas técnicas vigentes e a fiscalização, os acidentes continuam
crescentes, devido à falta de mão de obra especializada e de consciência sobre os procedimentos
seguros.
As estatísticas de acidentes demonstram que o trabalho de carregamento em caminhões,
principalmente durante a operação de enlonamento, sem a devida proteção contra quedas, também
é um dos principais responsável por graves acidentes nesta área.
Geralmente as causas dos acidentes no ramo de trabalho em altura ocorrem pela não
utilização dos EPIs, juntamente com:
Deste modo devemos colocar em prática todo o conhecimento técnico para que haja a
prevenção destes acidentes, implantando métodos de trabalho, treinamentos e medidas
preventivas
que proporcionem segurança para todos os trabalhadores.
Todo matérial foi mostrado em sala de aula na aula teórica, logo após a leitura da apostila ou do material em:
Bloco de Polias ou Sistemas de Vantagem Mecânica… será que isso é realmente importante? A resposta é: SIM!
E MUITO!
Chamamos de Vantagem Mecânica um kit geralmente montado com polias e cordas (podendo ser
improvisado com mosquetões no lugar das polias), tendo como função multiplicar a força aplicada, dessa forma
dividindo o peso da carga, ou seja, é como se fosse uma alavanca para suspender algo pesado, difícil de ser
movimentado somente com nossa força.
Em situações onde existe a necessidade de tensionar uma corda para uma tirolesa, içar uma bolsa pesada em
locais de difícil acesso, ajudar um colega a subir a corda, ajudar a si próprio a subir, retirar uma vítima de um poço ou
espaço confinado, ou seja, sempre que tenhamos que aplicar uma força maior que a nossa para
movimentar alguma coisa, o mais inteligente é montar um bloco de polias. Vamos entender como isso funciona :
Vamos considerar que a massa da carga seja 100 Kg. Observe a figura da esquerda: para que a carga suba, a força
aplicada deverá ser superior a 100 kg, pois se aplicarmos exatamente 100 Kg a carga não sai do lugar – vai ficar
“neutra”. Portanto, para que esta comece a subir, precisaremos aplicar uma força de aproximadamente 100,1
Kg. Na figura da direita temos uma polia, que está funcionando como desvio de direção, ou seja, não se
movimenta com a carga.
Conclusão número 1: Polias fixas não oferecem vantagem mecânica, apenas mudança de direção. Na figura
acima temos um sistema 1:1 (lê-se 1 pra 1), ou seja, preciso aplicar uma força superior a do peso da carga para que
essa se movimente.
Vejamos essa outra figura: na da esquerda temos uma polia móvel, ou seja, se movimenta com a carga; na
figura da direita temos a mesma coisa, porém a corda sai da polia de baixo e passa mais uma vez por outra polia
fixa, que faz unicamente o sentido da direção da tração mudar. Nos dois casos temos um sistema 2:1 (lê-se 2 pra
1), ou seja, multiplico a força aplicada por 2 / divido o peso da carga por 2, o que quer dizer a mesma coisa, pois são
inversamente proporcionais. Como o peso da carga é de 100 Kg, nesse caso vou puxar 50 Kg, ou seja, a metade. E
qual das opções é a melhor? Logicamente a da esquerda, pois a corda sai direto da carga, sem passar pela polia de
mudança de direção que aumenta um pouco o atrito; aliás, na verdade ocorre que teremos uma vantagem
mecânica TEÓRICA, que é essa que transforma os 100 Kg em 50 Kg e a vantagem mecânica REAL, ou seja, se
esse sistema for medido por algum equipamento eletrônico (como um Dinamômetro), a carga
pesaria aproximadamente 60 Kg.
Agora pense: qual sistema temos acima? quantos ramais (ou cordas) saem da carga? Parabéns se você
respondeu 3; esse é um Sistema 3:1 (3 pra 1), ou Sistema em “Z”, por causa da letra “Z” que é formada. Ele divide
o peso da carga por 3 ou multiplica a força aplicada por 3, entenda como quiser. O que podemos fazer para deixar
esse bloco mais “limpo”? ao invés de utilizarmos duas polias simples em cima podemos usar uma dupla!
Economizamos um mosquetão, e fica a mesma coisa, conforme figura abaixo:
Continuamos com um sistema 3:1, ou em “Z”, agora mais organizado, liberando um mosquetão, que às vezes,
faz uma falta danada!!!! Se quiser mais um mosquetão livre, prenda o nó Oito Duplo no mesmo mosquetão da polia
inferior.
Conclusão número 3: Sempre que o nó estiver na carga, o sistema será ímpar (1:1, 3:1, 5:1…). Sempre
que o nó estiver na ancoragem, o sistema será par (2:1, 4:1, 6:1…).
Da esquerda para a direita: 2:1, 3:1, 4:1 e 5:1 – perceba que no caso dos Sistemas Simples basta contar
quantas cordas saem da carga para saber a VM (vantagem mecânica) do sistema.
Uma coisa muito importante na hora de decidir qual sistema montar: qual a altura útil do bloco? ou seja,
quantos metros de profundidade (no caso de um poço ou outro espaço confinado) eu consigo alcançar? A resposta
é: depende do sistema montado e da quantidade de corda disponível. Por exemplo: um homem caiu num poço
de 20 metros de profundidade: Será possível efetuar o resgate com uma corda de 50 metros utilizando um sistema
4:1 Estendido? A resposta é não, pois 4 (vantagem mecânica do sistema) x 20 (profundidade do poço)
= 80, ou seja, será necessário um mínimo de 85 metros de corda (80 metros de corda distribuída nas 4 vias do
bloco Estendido mais 5 metros para uso do socorrista). Nesse caso o sistema mais recomendado seria um 2:1,
pois 2 x 20 = 40, ou seja, 40 metros de corda vão ficar distribuídos no bloco de polias, sobrando 10 metros para uso
do socorrista. Veja a figura abaixo:
Conclusão número 4: Tenha certeza de que o bloco de polias irá chegar até a vítima, pois a quantidade de corda
disponível têm que permitir a montagem do sistema escolhido. Na dúvida, monte um Sistema Reduzido (veja logo
abaixo).
Agora pense: se você estiver subindo a vítima e acontece algum incidente, tipo, uma diarreia ou um enxame de
abelhas te atacando, seria possível manter a calma e terminar de subir a vítima antes de soltar a corda e sair
correndo? Difícil… Para não correr esse risco é obrigatório montar algo que faça o bloco travar automaticamente
caso a corda escape da mão do socorrista. Chamamos isso de Captura de Progresso.Essa é a conclusão número
5!!!
A figura abaixo ilustra como o Nó Prussik desempenha importante função com as polias, caso a corda escape
das mãos do socorrista:
Muito bem! estamos bem familiarizados com os Sistemas de Vantagem Mecânica Estendidos, que são os mais
fáceis. Como pode observar, nem sempre eles são a melhor opção, principalmente devido a grande quantidade de
corda necessária. Mas eis que surge uma luz no fim do túnel: Sistemas de Vantagem Mecânica
Reduzidos. Nesse caso, apenas uma corda fica em contato com a carga (vítima) e o bloco de polias fica montado
próximo da ancoragem, reduzindo significativamente a quantidade de corda empregada. Veja os exemplos:
Na figura acima o sistema é reduzido EM LINHA, pois a captura de progresso está ALINHADA com o bloco. É
utilizado quando é possível trabalhar com o tripé ou ponto de ancoragem em altura compatível com o alcance das
mãos do socorrista, que controlará o bloco diretamente acima da boca de visita do espaço confinado. É
recomendado em situações onde o solo é estável e o diâmetro do espaço confinado é menor que a distância
das patas do tripé. Agora, caso o diâmetro seja grande ou a altura do ponto de ancoragem impedir o socorrista de
alcançar a captura de progresso, podemos montar o mesmo sistema, porém com um DESVIO DE
DIREÇÃO, facilitando sua operação e tornando-a mais segura, pois a equipe irá trabalhar distante da boca de visita.
Veja os exemplos:
Observe que nas figuras acima o bloco é reduzido, com a única diferença: será montado com ponto de ancoragem
fora do tripé. AVISO IMPORTANTE: sempre que utilizar tripés tenha total atenção para as ancoragens, pois
deverá haver NO MÍNIMO uma ancoragem contrária ao sentido de tração (chamada de CONTRA-
ANCORAGEM); o ideal seriam três, de forma que o tripé fique totalmente imóvel independente do senti de
tração. Se isso não for observado, o tripé irá tombar!!!
Em um resgate real, no caso dos Sistemas Estendidos, o socorrista desceria até a vítima, efetuaria a
ancoragem dela ao bloco e ambos subiriam juntos e isso poderia ser feito somente com o bloco de polias. Porém,
quando utilizamos Sistemas Reduzidos o papo é outro… agora é obrigatório o uso de um freio para descer o
socorrista e depois o uso do bloco de polias para subir ele e a vítima. Segue abaixo aplicação do Sistema Reduzido
passo a passo:
Esquerda: acesso ao espaço confinado; Direita: subida utilizando sistema 3:1 com recuperação da folga da corda
roxa (corda de segurança) através do freio oito.
Observe que a descida é feita pelo freio oito na corda roxa e a corda amarela apenas passa por dentro de uma das
roldanas da polia dupla (até esse momento sem função); enquanto o socorrista prepara e ancora a vítima a equipe
de solo efetua a trava do oito e monta o bloco. Quando estiverem prontos para subir, efetua-se o desbloqueio do
freio e ambos sobem através da corda amarela, onde o bloco estará montado. A folga da corda roxa deverá ser
recolhida. Em determinado momento a polia inferior encostará na polia superior e não será mais possível subir a
vítima – aí será necessário resetar o sistema, ou seja, descer um pouco a vítima para que fique suspensa pelos
cordins azuis, e levar a polia inferior e os cordins vermelhos mais para baixo e tornar a puxar. Esse processo de
puxar e resetar será feito até que ambos estejam fora do poço. Essa é a grande desvantagem dos sistemas
reduzidos: são mais demorados devido a necessidade de resetar, porém utilizam uma quantidade menor de
corda.
É possível utilizar várias combinações de equipamentos para montar os blocos de polias. Acho,
particularmente, que utilizar bloqueadores mecânicos ao invés de cordins com nó Prussik torna a montagem e uso
mais simples além de reduzir a folga (fator de queda) que pode existir caso os cordins sejam grandes demais.
Vamos agora para nosso último exemplo de sistemas reduzidos – esse eu considero o mais simples, eficiente e
funcional:
Acesso ao espaço confinado através de I´D e subida do socorrista com sistema 5:1.
E se eu não tiver uma placa de ancoragem? Monte tudo em bloco aproveitando o furo inferior da polia dupla.
Acesso ao espaço confinado com ID e subida do socorrista com sistema 5:1 Reduzido em bloco.
O exemplo acima deve ser montado na seguinte ordem: ancore a polia dupla sem passar a corda; prenda o ID
no furo de baixo, instale a corda nele e desça o socorrista; enquanto ele prepara a vítima você abre o mosquetão da
polia e prende uma de suas placas (muito cuidado para não escapar de sua mão – recomendo ancorar a corda para
evitar o risco de queda do bloco dentro do espaço confinado); instale um bloqueador mecânico ou dois cordins na
corda da vítima juntamente com outra polia dupla e efetue a passagem da corda por elas, começando pela polia
inferior (sempre em sentido horário ou anti-horário – cuidado para não cruzar as cordas, pois dificultará a
subida); feche as placas das polias e confira as travas dos mosquetões – pronto! você acaba de montar um bloco
5:1 com ID. Importante: mantenha a alavanca do ID na posição “C” ou “E”, pois se estiver na posição “B” ele não
permitirá a passagem da corda e o bloco ficará travado.
Existem ainda outras duas combinações, não muito comuns, mas que vale a pena conhecermos: os Sistemas
Independentes e os Sistemas Combinados.
Um Bloco de Polias Independente atua sobre a carga, mas não faz parte dela, ou seja, traciona a corda
onde ela está ancorada mas pode ser retirado, depois que a folga gerada for eliminada:
Da esquerda para a direita: 4:1 (2:1 tracionando 2:1), 6:1 ( 2:1 tracionando 3:1) e 9:1 (3:1 tracionando 3:1).
Nos Sistemas Simples a polia móvel está posicionada na carga. Podem ser Estendidos ou Reduzidos.
Quando são montados fora da corda da carga chamamos de Independentes. Para sabermos a VM basta contar
quantas cordas saem da carga.
Nos Sistemas Combinados um sistema simples traciona outro sistema simples. Para sabermos a VM basta
multiplicar um sistema pelo outro.