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Missão

Proteção de vidas, patrimônio e meio ambiente.

Visão
Ser referência para a sociedade pela excelência
dos serviços prestados, por meio da qualificação de seus integrantes.

EDIÇÃO: DESENVOLVIDA PARA TUPY JOINVILLE.

Colaboração: Academia do Barro Preto, Fabiano R. dos Anjos, Valdir P. de Oliveira.


Arte: Fabiano R. dos Anjos
Formatação: Fabiano R. dos Anjos
Capa: Fabiano R. dos Anjos
Pesquisa: Fabiano R. dos Anjos
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Coordenação e diagramação: .BPC BR / Slide Share / Fabiano R. dos Anjos


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“Quando nascemos, Deus nos dá uma estrela, alguns conseguem transformá-la em um sol, outros jamais descobrem que ela
existe”

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Curso NR-35 – Trabalho em Altura


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Exija a certificação da ABP ao concluir o Curso de NR-35
O curso de NR-35 da ABP tem como finalidade educar para prática de Segurança do
Trabalho em Altura, bem como estabelecer os procedimentos necessários para a realização deste
trabalho, visando garantir a segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente
com esta atividade.
Todos nós sabemos da necessidade de se implantar uma estrutura voltada a prevenção
capaz de nortear os riscos de acidentes nas atividades do trabalho em Altura. Neste sentido,
procuramos direcionar nossa metodologia, recursos didáticos, etc., em atendimento ao currículo
básico para o curso de Trabalho em altura da Norma Regulamentadora, NR – 35.
Ao longo dos tempos, a experiência tem mostrado que a preparação prévia do indivíduo
contribui sensivelmente para a melhoria do seu desempenho. No que diz respeito a segurança, os
esclarecimentos ao trabalhador quanto as possíveis condições inseguras dos ambientes de trabalho
e dos procedimentos seguros que deverá adotar é fundamental para o sucesso de Programa
Prevencionista, por estes motivos é fundamental regulamentar os serviços em locais elevados,
estabelecendo padrões mínimos de segurança, bem como cumprir exigências legais, visando
garantir a segurança física do trabalhador.
Com a aplicação do curso de Trabalho em Altura, buscamos promover a combinação
indivíduo – cargo - segurança, alicerçando no treinamento, a implantação de conceitos e medidas de
prevenção de acidentes no trabalho em Altura. Porém é fundamental que o profissional e o
responsável junto com o trabalhador pela atividade façam sempre uma minuciosa análise das
condições dos trabalhos que serão realizados, tomando as medidas necessárias para que ocorram
com total segurança para o profissional e terceiros.
.

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bjetivo e Campo de Aplicação

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em


altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do
nível inferior, onde haja risco de queda.

Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos
competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis.

Responsabilidades

Cabe ao empregador:

a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;

b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de


Trabalho - PT;

c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;

d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo
estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança
aplicáveis;

e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção


estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;

f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;

g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção
definidas nesta Norma;

h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;

i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;

j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;

k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.

Cabe aos trabalhadores:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os


procedimentos expedidos pelo empregador;

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b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;

c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de
riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;

d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações
ou omissões no trabalho.

Capacitação e Treinamento

O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à realização de


trabalho em altura.

Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e
aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo
programático deve, no mínimo, incluir:

a) Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;

b) Análise de Risco e condições impeditivas;

c) Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;

d) Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e


limitação de uso;

e) Acidentes típicos em trabalhos em altura;

f) Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros


socorros.

O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das
seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;

b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;

c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;

d) mudança de empresa.

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O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme
conteúdo programático definido pelo empregador.

Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático
devem atender a situação que o motivou.

Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados
em conjunto com outros treinamentos da empresa.

A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.

O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.

O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto,
sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.

Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador,


conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação
dos instrutores e assinatura do responsável.
O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.

A capacitação deve ser consignada no registro do empregado.

Planejamento, Organização e Execução

Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador
capacitado e autorizado.

Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado
de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua
anuência formal da empresa.

Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades
em altura, garantindo que:

a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico


de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;

b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação;

c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de
altura, considerando também os fatores psicossociais.

A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional
do trabalhador.

A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da


autorização de cada trabalhador para trabalho em altura.

No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia:

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b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do
trabalho de outra forma;

c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser
eliminado.

Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade.
A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as
condições do local de trabalho já previstas na análise de risco.
Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.
A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:

a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;

b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;

c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;

d) as condições meteorológicas adversas;

e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e
individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios
da redução do impacto e dos fatores de queda;

f) o risco de queda de materiais e ferramentas;

g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;

h) o at endimento aos requisitos de segur ança e saúde cont idos nas dem ais normas
regulamentadoras;

i) os riscos adicionais;

j) as condições impeditivas;

k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir


o tempo da suspensão inerte do trabalhador;

l) a necessidade de sistema de comunicação;

m) a forma de supervisão.
ABP – ACADEMIA DO BARRO PRETO
CENTRO DE TREINAMENTO PORTAL DAS ÁGUAS
(41) 3107-1141 / 3398-1404

Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no
respectivo procedimento operacional.

Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem


conter, no mínimo:

a) as diretrizes e requisitos da tarefa;

b) as orientações administrativas;

c) o detalhamento da tarefa;

d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;

e) as condições impeditivas;

f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;

g) as competências e responsabilidades.

As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas


mediante Permissão de Trabalho.

Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise
de Risco e na Permissão de Trabalho.

A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da
permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de
forma a permitir sua rastreabilidade.

A Permissão de Trabalho deve conter:

a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;

b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;

c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.

A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno
de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não
ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.

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Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas deAncoragem

Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem


ser especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos
mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda.

Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o trabalhador está
exposto, os riscos adicionais.

Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e


sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura, recusando-se os que apresentem
defeitos ou deformações.

Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI,
acessórios e sistemas de ancoragem.

Deve ser registrado o resultado das inspeções:

a) na aquisição;

b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem forem recusados.

Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação,


deformações ou sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando
sua restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas
internacionais.

O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em
sistema de ancoragem.

O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela Análise de Risco.

O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o


período de exposição ao risco de queda.

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O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do
trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de
ocorrência, minimize as chances do trabalhador colidir com estrutura inferior.

É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações:

a) fator de queda for maior que 1;

b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m.

35.5.4 Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências:

a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;

b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;

c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.

Emergência e Salvamento

O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para


trabalho em altura.

A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam
o trabalho em altura, em função das características das atividades.

O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as


respostas a emergências.

As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar do


plano de emergência da empresa.

As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar capacitadas a
executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a
atividade a desempenhar.

Glossário
Absorvedor de energia: dispositivo destinado a reduzir o impacto transmitido ao corpo do
trabalhador e sistema de segurança durante a contenção da queda.
Análise de Risco - AR: avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e
medidas de controle.
Atividades rotineiras: atividades habituais, independente da frequência, que fazem parte do
processo de trabalho da empresa.
Cinto de segurança tipo paraquedista: Equipamento de Proteção Individual utilizado para
trabalhos em altura onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral,
acima dos ombros e envolto nas coxas.
Condições impeditivas: situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que
possam colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador.

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Equipamentos auxiliares: equipamentos utilizados nos trabalhos de acesso por corda que
completam o cinturão tipo paraquedista, talabarte, trava quedas e corda, tais como: conectores,
bloqueadores, anéis de cintas têxteis, polias, descensores, ascensores, dentre outros. (Inserido pela
Portaria MTE n.º 593, de 28 de abril de 2014).
Fator de queda: razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o
comprimento do equipamento que irá detê-lo.
Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção das
medidas de proteção, para segurança das pessoas, cujo controle não é possível implementar de
forma antecipada.
Operação Assistida: atividade realizada sob supervisão permanente de profissional com
conhecimentos para avaliar os riscos nas atividades e implantar medidas para controlar, minimizar ou
neutralizar tais riscos.
Permissão de Trabalho - PT: documento escrito contendo conjunto de medidas de controle
visando o desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate.
Ponto de ancoragem: ponto destinado a suportar carga de pessoas para a conexão de
dispositivos de segurança, tais como cordas, cabos de aço, trava-queda e talabartes.
Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente qualificado e com registro no
competente conselho de classe.
Riscos adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no
trabalho em altura, específicos de cada ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam
afetar a segurança e a saúde no trabalho.
Sistemas de ancoragem: componentes definitivos ou temporários, dimensionados para
suportar impactos de queda, aos quais o trabalhador possa conectar seu Equipamento de Proteção
Individual, diretamente ou através de outro dispositivo, de modo a que permaneça conectado em
caso de perda de equilíbrio, desfalecimento ou queda.
Suspensão inerte: situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de
segurança, até o momento do socorro.
Talabarte: dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para
sustentar, posicionar e/ou limitar a movimentação do trabalhador.
Trabalhador qualificado: trabalhador que comprove conclusão de curso específico para sua
atividade em instituição reconhecida pelo sistema oficial de ensino.
Trava-queda: dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em
operações com movimentação vertical ou horizontal, quando conectado com cinturão de segurança
para proteção contra quedas.

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As cordas utilizadas devem atender aos requisitos das normas técnicas nacionais.

Os equipamentos auxiliares utilizados devem ser certificados de acordo com normas técnicas
nacionais ou, na ausência dessas, de acordo com normas técnicas internacionais. (Vide prazo para
implementação no Art. 3ª da Portaria MTE n.º 593/2014)

Na inexistência de normas técnicas internacionais, a certificação por normas estrangeiras pode


ser aceita desde que atendidos aos requisitos previstos na norma europeia (EN).

Os equipamentos e cordas devem ser inspecionados nas seguintes situações:

a) antes da sua utilização;

b) periodicamente, com periodicidade mínima de seis meses.

Em função do tipo de utilização ou exposição a agentes agressivos, o intervalo entre as


inspeções deve ser reduzido.

As inspeções devem atender às recomendações do fabricante e aos critérios estabelecidos na


Análise de Risco ou no Procedimento Operacional.

Todo equipamento ou corda que apresente defeito, desgaste, degradação ou deformação deve
ser recusado, inutilizado e descartado.

A Análise de Risco deve considerar as interferências externas que possam comprometer a


integridade dos equipamentos e cordas.

Quando houver exposições a agentes químicos que possam comprometer a integridade das
cordas ou equipamentos, devem ser adotadas medidas adicionais em conformidade com as
recomendações do fabricante considerando as tabelas de incompatibilidade dos produtos
identificados com as cordas e equipamentos.

Nas atividades nas proximidades de sistemas energizados ou com possibilidade de


energização, devem ser adotadas medidas adicionais.

As inspeções devem ser registradas:

a) na aquisição;

b) periodicamente;

c) quando os equipamentos ou cordas forem recusados.

Os equipamentos utilizados para acesso por corda devem ser armazenados e mantidos
conforme recomendação do fabricante ou fornecedor.
A equipe de trabalho deve ser capacitada para autorresgate e resgate da própria equipe.

Para cada frente de trabalho deve haver um plano de resgate dos trabalhadores.

Condições impeditivas

Além das condições impeditivas identificadas na Análise de Risco, como estabelece na


NR-35, o trabalho de acesso por corda deve ser interrompido imediatamente
em caso de ventos superiores a quarenta quilômetros por hora.

Pode ser autorizada a execução de trabalho em altura utilizando acesso por cordas em
condições com ventos superiores a quarenta quilômetros por hora e inferiores a quarenta e seis
quilômetros por hora, desde que atendidos os seguintes requisitos:

a) justificar a impossibilidade do adiamento dos serviços mediante documento assinado pelo


responsável pela execução dos serviços;

b) elaborar Análise de Risco complementar com avaliação dos riscos, suas causas, consequências e
medidas de controle, efetuada por equipe multidisciplinar coordenada por profissional qualificado em
segurança do trabalho ou, na inexistência deste, pelo responsável pelo cumprimento desta norma,
anexada à justificativa, com as medidas de proteção adicionais aplicáveis, assinada por todos os
participantes;

c) implantar medidas adicionais de segurança que possibilitem a realização das atividades;

d) ser realizada mediante operação assistida pelo supervisor das atividades.

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ANÁLISE DE RISCOS
Os acidentes são materializações dos riscos associados a atividades, procedimentos,
projetos, máquinas e equipamentos.
Para reduzir a frequência de acidentes, é preciso avaliar e controlar os riscos e responder as
seguintes perguntas.

 Que pode acontecer errado?


 Quais são as causas básicas dos eventos não desejados?
 Quais são as consequências?

A análise de riscos constitui-se em um conjunto de métodos e técnicas que aplicados a uma


atividade proposta ou existente identificam e avaliam qualitativa e quantitativamente os riscos que
essa atividade representa para a população vizinha, ao meio ambiente e à própria empresa.
As utilizações de técnicas e de métodos específicos para a análise de riscos ocupam cada
vez mais o espaço nos programas sobre segurança e gerenciamento ambiental das indústrias, como
evidência da preocupação destas, dos governos e de toda a sociedade com respeito aos temas
relacionados à segurança o meio ambiente.

Os principais resultados de uma análise de riscos são:

 Identificação de cenários de acidentes;


 Suas frequências esperadas de ocorrência;
 Magnitude das possíveis consequências.

Deve incluir as medidas de prevenção de acidentes e as medidas para controle das


consequências de acidentes para os trabalhadores e para as pessoas que vivem ou trabalham
próximo à instalação ou para o meio ambiente.

Conceitos Básicos

Perigo
Perigo é situação de ameaça que pode causar danos (materais, máquinas, equipamentos e
meio ambiente) e/ou lesões (pessoas).

Risco
Medida da perda econômica e/ou de danos para a vida humana, resultante da combinação
entre a frequência da ocorrência e a magnitude das perdas ou danos (consequências).
O risco está sempre ligado à factibilidade da ocorrência de um evento não desejado, sendo
função da frequência da ocorrência das hipóteses acidentais e das suas consequências.
O risco também pode ser definido através das seguintes expressões:
 combinação de incerteza e de dano;
 razão entre o perigo e as medidas de segurança;
 combinação entre o evento, a probabilidade e suas consequências.

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A experiência demonstra que geralmente os grandes acidentes são causados por eventos
pouco frequentes, mas que causam danos importantes.
Os riscos à segurança e saúde dos trabalhadores dependendo do setor elevados, podendo
levar a lesões de grande gravidade e são específicos a cada tipo de atividade.

Análise de Riscos
É a atividade dirigida à elaboração de uma estimativa (qualitativa ou quantitativa) do riscos,
baseada na engenharia de avaliação e técnicas estruturadas para promover a combinação das
frequências e consequências de cenários acidentais.

Avaliação de riscos
É o processo que utiliza os resultados da análise de riscos e os compara com os critérios de
tolerabilidade previamente estabelecidos.

Gerenciamento de Riscos
É a formulação e a execução de medidas e procedimentos técnicos e administrativos que têm
o objetivo de prever, controlar ou reduzir os riscos existentes, objetivando mantê-la operando dentro
dos requerimentos de segurança considerados toleráveis.

Níveis de risco
 Catastrófico
 Moderado
 Desprezível
 Crítico
 Não Crítico

3.2 Desenvolvimento de estudos de análise de riscos

Geralmente um estudo de análise de riscos pode ser dividido nas seguintes etapas:
1. Caracterização da empresa
2. Identificação de perigos
3. Estimativa de consequências e de vulnerabilidade
4. Estimativa de frequências
5. Estimativa de riscos
6. Avaliação e gerenciamento de riscos

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Caracterização da empresa

A caracterização da empresa e da região tem as seguintes finalidades:

 identificar aspectos comuns que possam interferir na instalação ou no ambiente;


 o enfoque operacional e de segurança;
 estabelecer uma relação direita entre a empresa e a região da influência.

Espera-se os seguintes resultados práticos:

 obtenção de um diagnóstico das interfaces existentes entre a empresa, objeto de


análise e o local;
 caracterização dos aspectos importantes que sustentarão o estudo de análise de
riscos, por meio da definição de métodos, normas ou necessidades específicas;
 ajuda para determinar a amplitude do estudo.

Identificação de perigos
Esta etapa tem o objetivo de identificar os possíveis eventos não desejados que possam levar
a acidentes, possibilitando definir hipóteses acidentais que poderão produzir consequências
significativas.
Portanto, técnicas específicas para a identificação dos perigos devem ser empregadas, entre
as quais podemos mencionar:

 Listas de verificação (Checklists);


 Análise "E se…?"
 Análise Preliminar de Perigos (APP);
 Análise de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE);
 Estudo de Perigos e Operabilidade.

Informações para a realização ou entender uma APR/APP


A realização da análise é feita através do preenchimento de uma planilha de APR/APP para
cada módulo de análise. A planilha utilizada nesta APP, mostrada a seguir, contém 5 colunas, as
quais devem ser preenchidas conforme a descrição apresentada a seguir.

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS OU PERIGOS (APR/APP)

Atividade/Operação:

Referência: Data: / / Revisão:

ETAPA RISCO/PERIGO MODE DE DETECÇÃO EFEITO RECOMENDAÇÕES / CONTROLE

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1ª coluna: Etapa
Esta coluna deve descrever, suscintamente, as diversas etapas da atividade/operação.

2ª coluna: Risco/perigo
Esta coluna deve conter os riscos/perigos identificados para o módulo de análise em estudo.
De uma forma geral, os riscos/perigos são eventos acidentais que têm potencial para causar danos
aos trabalhadores, ao público ou ao meio ambiente.

3ª coluna: Modos de detecção


Os modos disponíveis na instalação para a detecção do risco/perigo identificado na segunda
coluna devem ser relacionados nesta coluna. A detecção da ocorrência do risco/perigo tanto pode
ser realizada através da instrumentação (alarmes de pressão, de temperatura, etc.) como através da
percepção humana (visual, odor, etc.).

4ª coluna: Efeitos
Os possíveis efeitos danosos de cada risco/perigo identificado devem ser listados nesta
coluna.

5ª coluna: Recomendações/observações
Esta coluna deve conter as recomendações de medidas mitigadoras de risco propostas pela
equipe de realização da APR/APP ou quaisquer observações pertinentes ao cenário de acidente em
estudo.

Análise Preliminar de Risco (APR)

• Trata-se de uma técnica de análise prévia de riscos.


• Análise Preliminar de Risco é uma visão do trabalho a ser executado, que permite a
identificação dos riscos envolvidos em cada passo da tarefa, e ainda propicia condição
para evita-los ou conviver com eles em segurança.
• Por se tratar de uma técnica aplicável à todas as atividades, a técnica de Análise
Preliminar de Risco é o fato de promover e estimular o trabalho em equipe e a
responsabilidade solidária.

Outro modelo de Planilha de APR.

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Estimativa de consequências e de vulnerabilidade
Tendo por base as hipóteses acidentais formuladas na etapa anterior, estuda-se as suas
possíveis consequências, medindo os impactos e danos causados por elas.
Deverão ser utilizados modelos de cálculos que representem os possíveis efeitos resultantes
dos tipos de acidentes.
Em seguida deverão ser estimadas as possíveis consequências dos cenários produzidos
pelas hipóteses de acidentes. Os resultados desta estimativa deverão servir de base para a análise
de vulnerabilidade nos lugares estudados. Normalmente essa análise é feita considerando danos às
pessoas expostas.

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Estimativa de frequências
Para fazer estudos quantitativos de análise de riscos é necessária a estimativa das
frequências das hipóteses acidentais decorrentes das falhas nos equipamentos. Da mesma maneira,
a estimativa de probabilidade de erros do homem deve ser quantificada nesta etapa. Esses dados
normalmente são difíceis de serem estimados já que há poucos estudos abordando confiabilidade
humana.

As seguintes técnicas podem ser utilizadas para o cálculo das frequências dos cenários de
acidentes,:
 análise histórica dos acidentes, através da pesquisa bibliográfica ou nos bancos de
dados de acidentes;
 análise por árvore de falhas (AAF);
 análise por árvores de eventos (AAE).

Em determinados estudos, os fatores externos da empresa podem contribuir para o risco.


Nesses casos, também deve ser considerada a probabilidade ou a frequência do acontecimento de
eventos não desejáveis causados por terceiros ou por agentes externos.
Um fator que deve ser considerado na análise é o erro humano durante a realização de uma
determinada operação, principalmente erros de manutenção, devido aos quais acontecem cerca de
60% a 80% dos acidentes maiores em que o erro humano está envolvido.

Estimativa de riscos
A estimação de riscos é feita através da combinação das frequências de ocorrência das
hipóteses de acidentes e as suas respectivas consequências. Pode-se expressar o risco de
diferentes formas segundo o objetivo do estudo em questão. Geralmente os riscos são expressos da
seguinte maneira:

 Índices de risco;
 Risco social;
 Risco individual.

3.2.6 Avaliação e gerenciamento de riscos


Nesta etapa os riscos estimados deverão ser avaliados, de maneira a definir medidas e
procedimentos que serão executados com o objetivo de reduzi-los ou gerenciá-los, tendo-se por
base critérios de aceitabilidade de riscos previamente definidos.

Procedimentos para Trabalhos em Altura

A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou


processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando a identificar os riscos potenciais
e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.

Para a elaboração dos procedimentos devemos analisar da seguinte forma:

a. Qual atividade será executada?


b. Qual o tempo necessário para executar a atividade?
c. Qual o número de pessoas necessárias para a execução da atividade?
d. Quais os riscos que essa atividade apresenta?
e. Onde essa atividade será executada?
f. Quais os riscos que esse local oferece?

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g. Quais as máquinas e equipamentos que serão utilizados?
h. Quais as ferramentas serão utilizadas para a execução das atividades?
i. Quais os riscos existentes na utilização das máquinas, equipamentos e ferramentas?
j. Quais são as Medidas de Segurança para eliminar e/ou controlar os riscos?
k. Quais os EPI e/ou os EPC que utilizarão para exercer a atividade?
l. As pessoas estão capacitadas para atividade em altura?
m. Todo trabalhador possui ASO para trabalho em altura?

Para as atividades com riscos comuns entre eles é elaborado um único procedimento, desde
que não há alteração, ou ainda, desde que a segurança de uma atividade aumente a segurança de
outra.
A partir desse levantamento, é criado o procedimento e a Permissão de Trabalho, da ou das
atividades.

Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem


conter, no mínimo:

a) as diretrizes e requisitos da tarefa;


b) as orientações administrativas;
c) o detalhamento da tarefa;
d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;
e) as condições impeditivas; f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;
g) as competências e responsabilidades.

As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas


mediante Permissão de Trabalho.
Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise
de Risco e na Permissão de Trabalho.
Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da
permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de
forma a permitir sua rastreabilidade.

A Permissão de Trabalho deve conter:

a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;


b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.

A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno
de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não
ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.

Lembre-se que conforme a NR-35 a Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao
trabalho em altura, considerar:

a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;


b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;

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d) as condições meteorológicas adversas;
e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção
coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos
fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;
f) o risco de queda de materiais e ferramentas;
g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas
regulamentadoras;
i) os riscos adicionais;
j) as condições impeditivas;
k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a
reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
l) a necessidade de sistema de comunicação;
m) a forma de supervisão.

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Toda a condição que ocasione riscos à saúde e vida dos profissionais, não sendo essas
sanadas pelos EPIs ou EPCs, são consideradas condições impeditivas para o serviço. Em alguns
casos os próprios equipamentos de segurança apresentam irregularidades, surgindo assim uma
condição impeditiva para o serviço.
Os trabalhos em altura, ou em suas proximidades devem ser suspensos de imediato na
iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo.
Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que
constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras
pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas
cabíveis.
Direito de Recusa é um instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma
atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua segurança e
saúde ou de outras pessoas. Trata-se de uma ratificação do direito de recusa, previsto no artigo 13
da Convenção 155 da OIT e promulgada pelo Decreto 1.254 de29 de setembro de 1994, com
indicações de que essa providência de recusar-se a expor sua saúde e integridade física deva
resultar em medidas corretivas, indicando a responsabilidade dos níveis hierárquicos superiores para
as providências necessárias. Ressalte-se que esta atitude está associada à obrigação da
comunicação imediata conforme estabelece a norma regulamentar.
O profissional deve sempre buscar zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas
que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
O responsável pela execução do serviço também deve suspender as atividades quando
verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não
seja possível.

As situações ou condições de risco podem ser diretas ou indiretas:

Condições diretas: são todas as situações que colocam em risco a saúde ou vida do
profissional diretamente. Exemplo: Equipamentos, ferramentas e procedimentos inadequados para o
serviço.

Condições indiretas: são as situações que colocam em risco a saúde ou vida do profissional
indiretamente. Exemplo: Condições climáticas, Iluminação e perigo de desmoronamento.

A NR-35 estabelece que todo trabalho em altura, seja realizado sob supervisão, cuja forma
será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade.

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5 RISCOS POTENCIAIS
Muitos estabelecimentos mantêm trabalhadores envolvidos com trabalhos em altura que
não tiveram capacitação formal, e muitas vezes, desconhecem ou subestimam os riscos inerentes a
estas atividades.
Os autorizados a trabalhar em altura devem ter atenção em suas ações ou omissões que
impliquem em negligência, imprudência ou imperícia, zelando tanto pela sua segurança e saúde
como pela de outras pessoas que possam ser afetadas, podendo ter de responder civil e
criminalmente.
A maioria dos acidentes do trabalho se deve a quedas de alturas elevadas, onde ocorre
graves acidentes ou até a mesmo a morte do trabalhador. Segundo estudos a principal causa de
acidentes de trabalho mortais é a queda em altura. Sendo que em média de todos os acidentes de
trabalho ocorridos no ano, 30% correspondem às quedas.
Quando não provocam à morte do trabalhador as quedas podem provocar escoriações,
fraturas, torções, hematomas, luxações entre outros, que também são acidentes que podem levar
a graves situações ou impossibilidade do profissional voltar as suas atividades.
O risco de queda existe em vários ramos de atividades, devemos intervir nestas situações
de risco regularizando o processo e tornando os trabalhos mais seguros, tomando medidas
preventivas em todos os trabalhos realizados com risco de queda visando à segurança dos
trabalhadores e terceiros.
Acidentes por queda de altura ocorrem principalmente em:
• Obras da construção civil;
• Serviços de manutenção e limpeza em fachadas;
• Serviços de manutenção em telhados;
• Pontes rolantes;
• Montagem de estruturas diversas;
• Serviços em ônibus e caminhões;
• Depósitos de materiais;
• Serviços em linha de transmissão e postes elétricos;
• Trabalhos de manutenção em torres;
• Serviços diversos em locais com aberturas em pisos e paredes sem proteção, etc.

Milhares podem ser as causas de um simples acidente, entretanto todas elas podem ser
agrupadas em duas categorias.
A. Condição Insegura
B. Ato Inseguro

Condições Inseguras – são aquelas que compreendem a segurança do trabalhador estando


no ambiente. São as falhas, os defeitos, irregularidades técnicas e carência de dispositivos de
segurança que pões em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas e a própria segurança
das instalações e equipamentos.

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Problemas de iluminação, ruídos e trepidações em excesso, falta de protetores em partes
móveis de máquinas e nos pontos de operação, falta de limpeza e de ordem, passagens obstruídas,
pisos escorregadios ou esburacados, escadas entre pavimentos sem proteções, condições sanitárias
insatisfatórias, ventilação deficiente ou imprópria, ferramentas desarrumadas, ferramentas
defeituosas, substâncias altamente inflamáveis em quantidade excessivas na área de produção, má
distribuição de máquinas e equipamentos, condutores de eletricidade com revestimento estragado,
roupas muito largas, colares, anéis, cabelos soltos em operações com máquinas de engrenagens
móveis, calçados impróprio, trânsito perigoso de material rodante, calor excessivo, resíduos
inflamáveis acumulados, equipamentos de extinção de fogo (se estão desimpedidos, se podem ser
facilmente apanhados, se estão em situação de perfeito funcionamento).

Atos Inseguros – É a maneira como as pessoas se expõem, consciente ou


inconscientemente, a riscos de acidentes. São esses os atos responsáveis por muitos dos acidentes
de trabalho e que estão presentes na maioria dos casos em que há alguém ferido.
Atos imprudentes, inutilização, desmontagem ou desativação de proteções de máquinas,
recusa de utilização de equipamento individual de proteção, operação de máquinas e equipamentos
sem habilitação e sem treino, operação de máquinas em velocidade excessiva, brincadeira, posição
defeituosa no trabalho, levantamento de cargas com utilização defeituosa dos músculos, transporte
manual de cargas sem ter visão do caminho, permanência debaixo de guindastes e de cargas que
podem cair, correr por entre máquinas ou em corredores e escadas, alterar o uso de ferramentas,
atirar ferramentas ou materiais para os companheiros e muitos outros.

Uma "condição insegura" normalmente é o resultado do "ato inseguro" de alguém ao longo


do desencadeamento do acidente.

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6 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Para entendermos melhor sobre as medidas de prevenção e controle, iremos buscar alguns
conceitos e obrigações estabelecidas pelo MTE através de outras normas regulamentares que foram
e são muito utilizadas como norteadoras no trabalho em altura. Vale salientar que o curso de NR-35
é um curso voltado para vários profissionais que irão trabalhar em diversas áreas deste trabalho, por
este motivo iremos tratar dos principais trabalhos realizados em altura.

Escadas, Rampas e Passarelas

A madeira a ser usada para construção de escadas, rampas e passarelas deve ser de boa
qualidade, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca, sendo
proibido o uso de pintura que encubra imperfeições.
As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulação de pessoas e materiais
devem ser de construção sólida e dotadas de corrimão e rodapé.
A transposição de pisos com diferença de nível superior a 0,40m (quarenta centímetros) deve
ser feita por meio de escadas ou rampas.
É obrigatória a instalação de rampa ou escada provisória de uso coletivo para transposição de
níveis como meio de circulação de trabalhadores.

Escadas.

As escadas provisórias de uso coletivo devem ser dimensionadas em função do fluxo de


trabalhadores, respeitando-se a largura mínima de 0,80 (oitenta centímetros), devendo ter pelo
menos a cada 2,90m (dois metros e noventa centímetros) de altura um patamar intermediário.
Os patamares intermediários devem ter largura e comprimento, no mínimo, iguais à largura da
escada.
A escada de mão deve ter seu uso restrito para acessos provisórios e serviços de pequeno
porte.
As escadas de mão poderão ter até 7,00m (sete metros) de extensão e o espaçamento entre
os degraus deve ser uniforme, variando entre 0,25m (vinte e cinco centímetros) a 0,30m (trinta
centímetros).
É proibido o uso de escada de mão com montante único.

É proibido colocar escada de mão:

a) nas proximidades de portas ou áreas de circulação;


b) onde houver risco de queda de objetos ou materiais;
c) nas proximidades de aberturas e vãos.

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A escada de mão deve:

a) ultrapassar em 1,00m (um metro) o piso superior;


b) ser fixada nos pisos inferior e superior ou ser dotada de dispositivo que impeça o seu
escorregamento;
c) ser dotada de degraus antiderrapantes;
d) ser apoiada em piso resistente.

É proibido o uso de escada de mão junto a redes e equipamentos elétricos desprotegidos.

A escada de abrir deve ser rígida, estável e provida de dispositivos que a mantenham com
abertura constante, devendo ter comprimento máximo de 6,00m (seis metros), quando fechada.

A escada extensível deve ser dotada de dispositivo limitador de curso, colocado no quarto vão
a contar da catraca. Caso não haja o limitador de curso, quando estendida, deve permitir uma
sobreposição de no mínimo 1,00m (um metro).

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A escada fixa, tipo marinheiro, com 6,00 (seis metros) ou mais de altura, deve ser provida de
gaiola protetora a partir de 2,00m (dois metros) acima da base até 1,00m (um metro) acima da última
superfície de trabalho.
Para cada lance de 9,00m (nove metros), deve existir um patamar intermediário de descanso,
protegido por guarda-corpo e rodapé.

Rampas e passarelas.

As rampas e passarelas provisórias devem ser construídas e mantidas em perfeitas condições


de uso e segurança.
As rampas provisórias devem ser fixadas no piso inferior e superior, não ultrapassando 30º
(trinta graus) de inclinação em relação ao piso.
Nas rampas provisórias, com inclinação superior a 18º (dezoito graus), devem ser fixadas
peças transversais, espaçadas em 0,40m (quarenta centímetros), no máximo, para apoio dos pés.
As rampas provisórias usadas para trânsito de caminhões devem ter largura mínima de 4,00m
(quatro metros) e ser fixadas em suas extremidades.
Não devem existir ressaltos entre o piso da passarela e o piso do terreno.
Os apoios das extremidades das passarelas devem ser dimensionados em função do
comprimento total das mesmas e das cargas a que estarão submetidas.

Medidas de proteção contra quedas de altura


É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou
de projeção e materiais.
As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente.

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Ancoragem

Os pontos de ancoragem devem:

a) estar dispostos de modo a atender todo o perímetro da edificação;


b) suportar uma carga pontual de 1.200 Kgf (mil e duzentos quilogramas-força);
c) constar do projeto estrutural da edificação;
d) ser constituídos de material resistente às intempéries, como aço inoxidável ou material de
características equivalentes.

Os pontos de ancoragem de equipamentos e dos cabos de segurança devem ser


independentes.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC
Equipamento de Proteção Coletiva – EPC é todo dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel
de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores
usuários e terceiros. São utilizados para proteção de segurança enquanto um grupo de pessoas
realiza determinada tarefa ou atividade.
Essas medidas visam à proteção não só de trabalhadores envolvidos com a atividade
principal que será executada e que gerou o risco, como também à proteção de outros funcionários
que possam executar atividades paralelas nas redondezas ou até de passantes, cujo percurso pode
levá-los à exposição ao risco existente.

Exemplos de EPC

Conjunto de aterramento
Equipamento destinado à execução de aterramento temporário, visando à
equipotencialização e proteção pessoal contra energização indevida do circuito
em intervenção.

Cone de Sinalização
Sinalização de áreas de trabalho e obras em vias
públicas ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de
pedestres, podendo ser utilizado em conjunto com a fita zebrada,
sinalizador STROBO, bandeirola, etc.

Tapetes de borracha
Acessório utilizado para isolação contra contatos indiretos a
eletricidade e contra escorregões em ambientes escorregadios.

Fita de Sinalização
Utilizada quando da delimitação e isolamento de áreas de
trabalho interna e externamente na sinalização, interdição, balizamento
ou demarcação em geral por indústrias, construtoras, transportes,
órgãos públicos ou empresas que realizam trabalhos externos.

Correntes para sinalização em ABS


Utilizada quando da delimitação e isolamento de áreas de
trabalho interna e externamente na sinalização, interdição, balizamento
ou demarcação em geral. Excelente para uso externo, não perdendo a
cor ou descascando com a ação de mal tempo.

Grade Metálica Dobrável


Isolamento e sinalização de áreas de trabalho, poços de
inspeção, entrada de galerias subterrâneas e situações semelhantes.

Placas de sinalização
São utilizadas para sinalizar perigo (perigo de vida, etc.) e
situação dos equipamentos, a sinalização tem um papel fundamental
para a segurança no trabalho.

Curso NR-35 – Trabalho em Altura


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Linha de Vida

Genericamente, podemos identificar as linhas de vida como Sistemas Coletivos contra


Quedas em Altura e que, possibilita a sua utilização por um, dois ou mais trabalhadores.

Existem linhas de vida do tipo vertical ou horizontal, instaladas de forma fixa ou temporária e
em relação às quais são ancorados os Equipamentos de Proteção Individual Antiqueda, como
bloqueadores automáticos, mosquetões, cintas e cordas.
Nas linhas de vida verticais encontramos soluções técnicas e fixas do tipo cabo de aço
galvanizado ou inox (preferencial) ou do tipo de calha ou carril de alumínio (mais comum), inox ou
galvanizado.
No que diz respeito às linhas de vida horizontais e fixas, existem mais soluções e que passam
pela instalação de cabo de aço inox ou galvanizado, cabo sintético (novidade) ou calha ou carril de
alumínio, inox ou galvanizado, sendo que aqui deverá existir uma maior preocupação quanto à
seleção do sistema mais apropriado, tendo em conta se pretendemos obter um simples Sistema de
Travamento de Queda ou um Sistema de Posicionamento de Trabalho.

Curso NR-35 – Trabalho em Altura


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EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Conforme a NR-6 Equipamento de Proteção Individual – EPI é todo dispositivo de uso
individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.
Nos trabalhos quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou
insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados EPIs específicos e adequados às
atividades desenvolvidas.
Todo EPI deve possuir um Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho
e Emprego.
O emprego do Equipamento Individual é uma determinação legal, contida na Norma
Regulamentadora n.º 6 da Portaria MTb 3214/78, que visa disciplinar as condições em que o mesmo
deve ser empregado na proteção do trabalhador.
A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

 Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais;
 Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
 Para atender situações de emergência.

A utilização de cada EPI depende do trabalho a ser realizado.

Curso NR-35 – Trabalho em Altura


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Quanto ao EPI cabe ao empregador:

 Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;


 Exigir o seu uso;
 Fornecer ao empregado somente EPI’s aprovados pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
 Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação
 Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
 Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
 Comunicar ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) qualquer irregularidade
observada.
 Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou
sistema eletrônico
Conforme o Art. 157 da CLT

Cabe às empresas:

I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

II. Instruir o empregado, através de ordens de serviço, quanto às precauções a serem


tomadas no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças profissionais.

Quanto ao EPI cabe ao empregado:

 Utilizar apenas para a finalidade a que se destina;


 Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
 Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Conforme o Art. 158 da CLT

Cabe aos empregados:

I. Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço


expedidas pelo empregador.

II. Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste capítulo (V)
Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
A observância das instruções expedidas pelo empregador;
Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s fornecidos pela empresa.

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Exemplos de EPIs

Segue alguns exemplos de EPIs, não listaremos todos, pois segundo o ministério do Trabalho
o curso de NR-35, exige somente o conhecimento de Equipamentos de Proteção Individual para
trabalho em altura. Além de existirem diversos EPIs para diversas atividades. Listaremos alguns dos
mais comuns e utilizados, os equipamentos mais utilizados no trabalho em altura veremos na
próxima unidade.

Proteção dos Olhos e Face


Óculos de segurança
Equipamento destinado à proteção contra elementos que
venham a prejudicar a visão. Proteção dos olhos contra impactos
mecânicos, partículas volantes e raios ultravioletas.
A higienização dos óculos é lavar com água e sabão neutro e
secar com papel absorvente. (O papel não poderá ser friccionado na
lente para não riscá-la.)

Proteção da Cabeça

Capacetes de proteção

Utilizado para proteção da cabeça do trabalhador contra agentes metereológicos (trabalho a


céu aberto) e trabalho em local confinado, impactos provenientes de queda ou projeção de objetos,
queimaduras, choque elétrico e irradiação solar.
Capacete de proteção tipo aba frontal com viseira
Utilizado para proteção da cabeça e face, em trabalho onde
haja risco de explosões com projeção de partículas e queimaduras
provocadas por abertura de arco voltaico (eletricidade).

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SELEÇÃO, INSPEÇÃO, CONSERVAÇÃO E LIMITAÇÃO DE USO DOS EPIs

9.1 Cinturão de segurança tipo pára-quedista

Em atividades com risco de queda e altura superior a 2 m, deve ser usado cinturão tipo pára-
quedista (NR 18.23.3), com ligação obrigatoriamente frontal ou dorsal.

Equipamento destinado à proteção contra queda de pessoas, vale salientar novamente que é
obrigatória sua utilização em trabalhos acima de 2 metros de altura.
Para esse tipo de cinturão, podem ser utilizados trava-quedas instalados em cabos de aço ou
flexível fixados em estruturas a serem escaladas.

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Geralmente os cinturões possuem tamanho único, com 5 ajustes das fitas primárias e fita
secundária para fechamento peitoral. Oferece total conforto, inclusive no agachamento, sem o
necessário reajuste dos cinturões com apenas duas fivelas. Pode ser usado com talabarte simples
em poliéster (ligação frontal ou dorsal) ou talabarte Y em poliéster. Há alguns modelos que possui
argolas nos ombros para trabalho e/ou resgate em espaço confinado com o Suporte de Ombros.

Existem vários modelos de Cinturões de Segurança, cada modelo dependerá do fabricante.


Lembramos que o setor de segurança ou um técnico de segurança da sua empresa deve instruí-lo
na colocação do tipo do cinto que irás utilizar para o seu trabalho.

Inspeção do Cinturão
Antes de cada uso, o usuário deve certificar-se de que:
Todas as fitas de nylon estejam perfeitas, sem cortes, furos, rupturas, partes queimadas,
desfiamentos, mesmo que parciais.
Todos os pontos de costura estejam perfeitos, sem desfiamentos ou descosturados.
Todos os componentes metálicos estejam sem ferrugem, amassados ou danificados.
Não há suspeita de contaminação por produtos químicos.
OBS: o cinturão deve ser aposentado quando houver constatação de qualquer problema na
inspeção.

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Manutenção do Cinturão
O cinturão de segurança deve ser usado por um único trabalhador que é responsável pelos
seguintes cuidados:
Armazená-lo: em local seco, à sombra, sem contato com piso de cimento, fontes de calor,
produtos químicos, abrasivos ou cortantes.
Lavá-lo: com sabão neutro, água com temperatura até 30° e escova de cerdas macias
(plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.
Aposentá-lo: os cinturões são fabricados em poliéster e envelhecem naturalmente em contato
com o ar, mesmo sem serem utilizados.

Teoricamente, a vida útil do cinturão não pode ser preestabelecida, dependendo muito da
frequência e cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e
luz solar.

Praticamente, para os cinturões de poliéster, adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro
anos após sua fabricação. Em situações bastante severas, o cinturão é aposentado após um ano de
uso ou, ainda, imediatamente após reter uma queda.

Talabartes

O talabarte é parte de um sistema de detenção de queda quando usado com um absorvedor


de energia aprovado e fixado às conexões de detenção de queda do cinto para-quedista. O talabarte
consiste numa corda, cinto ou cabo e ganchos que se fecham e bloqueiam automaticamente. Os
talabartes com absorvedores de energia integral são desenvolvidos para dissipar a força numa
queda.

Para colocar e ajustar o talabarte, siga os passos conforme as figuras. Verifique todos os
conectores para assegurar-se de que os mesmos estejam fechados e travados antes do uso.

Existem vários tipos e modelos de talabarte, mas de modo geral são divididos em dois,
Talabarte simples e Talabarte Y.

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Verifique regularmente se os elementos estão presos e/ou ajustados durante o uso.

O comprimento total de um talabarte de segurança integral com absorvedor de energia


deverá ser de no máximo 2 metros, já incluindo os seus conectores.

Veja alguns modelos e tipos de Talabarte:

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Todos os componentes conectados ao talabarte DEVEM ser compatíveis. Utilize APENAS
componentes aprovados. As instruções e advertências dos componentes utilizados com o talabarte
DEVEM ser seguidas.

Os talabartes duplos com absorvedor de energia permitem conexão contínua, enquanto o


usuário se movimenta de um local para outro.

Advertências

O cinturão para-quedista é o único acessório de proteção contra quedas que pode ser usado
em um sistema de retenção de queda. Um sistema de detenção de queda SOMENTE DEVE ser
conectado ao ponto dorsal em anel "D” traseiro ou ao anel “D” frontal se tiver a etiqueta anexa “A” de
detenção de queda. Estes pontos também podem ser utilizados para conectar um sistema de
resgate.

Nunca utilize os anéis “D” laterais para proteção contra quedas ou proteção de escalada. O
anel “D” das laterais de um cinto SOMENTE DEVE ser usado para conectar um sistema de
posicionamento de trabalho e NUNCA para conectar um sistema de proteção contra quedas ou
proteção de escalada. Sempre utilize os dois anéis “D” laterais juntos para aplicações de
posicionamento de trabalho. Ajuste o talabarte de posicionamento de trabalho para que o ponto de
ancoragem seja mantido na altura da cintura ou acima dela. Assegure-se de que o talabarte esteja
firme e que o movimento esteja restrito a uma distância máxima de 0,6m.

Sempre que possível, para engatar um sistema de proteção contra quedas, escolha um ponto
de ancoragem diretamente ACIMA da posição do usuário para minimizar quedas devido a
oscilações. Evite qualquer ponto de força duvidosa. É preferível utilizar ancoragens estruturais
fornecidas para esse fim ou pontos de ancoragem com uma força mínima de 15kN.

O comprimento total de um talabarte de segurança integral com absorvedor de energia


deverá ser de no máximo 2 metros, já incluindo os seus conectores.

O talabarte DEVE ser totalmente inspecionado antes de cada uso para verificar que o mesmo
esteja em condições de uso. Além disso, o talabarte DEVE ser inspecionado uma vez a cada doze
meses por pessoal autorizado pela legislação vigente no país de uso. Examine as fitas do talabarte
para detectar desgastes, cortes, queimaduras, bordas desgastadas, abrasões ou outros danos.

Examine a costura para detectar qualquer ponto puxado, solto ou arrebentado. Verifique a
legitimidade da marca do produto. Não use o talabarte se durante a inspeção for revelada alguma
condição insegura.

NÃO modifique ou tente consertar o talabarte.

Se o talabarte tiver sido sujeito a detenção de queda ou forças impactantes, o mesmo DEVE
ser removido de uso imediatamente e destruído.

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Para segurança do usuário é essencial que no caso de produto revendido fora do país de
origem, o revendedor forneça instruções e informações adicionais relevantes sobre o uso,
manutenção, verificação periódica e reparo, no idioma do país onde o produto vai ser usado.

A não observação desses avisos podem causar ferimentos graves ou morte.

O prazo de validade do talabarte deve ser determinado em função do uso, manutenção,


conservação e armazenamento do mesmo. Ou seja, a pessoa competente e responsável pelas
inspeções anuais recomendadas determinará o momento para seu efetivo descarte.

Proteja o equipamento durante o transporte preferencialmente mantendo-o guardado em


sacolas próprias para melhor acondicionamento e durabilidade do mesmo.

Para sistemas de proteção contraquedas os talabartes com comprimento maior que 0,90m
deverão possuir absorvedor de energia.
Manutenção e Armazenamento dos Talabartes
A grande maioria dos talabartes são feitos com tecido de Nylon, Poliéster e cabo de aço inox
ou galvanizado. Todas as ferragens portadoras de carga são manufaturadas em aço ou duralumínio.

Limpe o talabarte com uma solução de água e sabão em pó neutro. Seque as peças de metal
com um pano limpo e pendure o talabarte para secar ao ar livre. Não acelere a secagem com calor.

O acúmulo excessivo de sujeira, tinta ou outro material estranho pode impedir o


funcionamento adequado do talabarte, e em casos mais graves, desgastar o tecido. Questões
referentes a condições e limpeza do talabarte devem ser direcionadas ao fabricante.

Equipamentos danificados ou que necessitem de manutenção devem ser marcados como


“SEM CONDIÇÕES DE USO” e retirados de serviço. Manutenção corretiva (exceto limpeza) e
reparos, como substituição de elementos, devem ser realizados pelo fabricante. Não tente fazer
reparos.

Armazene o talabarte em lugar limpo, seco, arejado e sem exposição direta à luz solar. Evite
áreas onde o calor, umidade, luz, óleo e outros produtos químicos e seus vapores ou outros
elementos degradantes possam estar presentes.

Equipamentos danificados ou que necessitem de manutenção não devem ser armazenados


na mesma área que equipamentos utilizáveis.

Equipamentos muito sujos, molhados ou contaminados devem ser submetidos à manutenção


apropriada (por exemplo, secos e limpos) antes de serem guardados.

Antes de utilizar equipamentos que estejam armazenados há muito tempo, deve ser realizada
uma Inspeção Formal por uma pessoa competente.

Transporte o talabarte num pacote para que o proteja de cortes, umidade, produtos químicos
e seus vapores, temperaturas extremas e raios ultravioletas.

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Trava – quedas : Aplicações

1 Segura movimentação em escadas móveis, para limpeza, manutenção de luminárias,


exautores e equipamentos industriais.
2. Segura movimentação em andaimes tubulares.
3. Segura movimentação em escadas de marinheiro.

Dispositivo trava-quedas

Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços onde exista diferença de
nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo pára-quedista.

São normalmente feitos em aço inoxidável e possuem tripla trava de segurança. Resistem ao
contato com os produtos corrosivos, que normalmente são usados em serviços de limpeza. Efetuam
travamento simultâneo em dois pontos da linha de segurança, aumentando, consequentemente, a
eficiência da frenagem. Todos os equipamentos devem aprovados pelo Ministério do Trabalho
possuindo o numero de CA.

Os dispositivos trava quedas possuem um fácil funcionamento, não necessitando das mãos
para funcionar.

A alça do aparelho, forçada por uma mola, normalmente fica abaixada, mantendo o
equipamento travado no cabo de segurança. Na subida ou descida, o cinturão de segurança mantém
a alça levantada, destrava o aparelho e permite perfeita movimentação. Nas quedas ou descidas
bruscas o equipamento trava-se imediatamente no cabo. O aparelho pode ser colocado ou retirado
imediatamente em qualquer ponto do cabo.

O trava-queda guiado é indicado para movimentação em linhas verticais de qualquer


comprimento.

Uso Dos Trava-Quedas


Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços onde exista diferença de
nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo pára-quedista.

Só deve ser usado trava-queda com cinturão e extensor especificados no CA (NR 6.6.1c). A
não obediência destas exigências acarreta em multa de até 6.000 UFIR's ( mais de seis mil reais) por
trabalhador ( infração código 206.007-8, nível 3).

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O cabo de aço ou corda de segurança deve estar ancorado superiormente em ponto que
resista a, no mínimo, 15 kN.

Os trava-quedas modelos para cabo de aço e para corda de segurança devem ser usados
somente com extensor em aço constituído de, no mínimo, um mosquetão e, no máximo, dois
mosquetões, interligados por corrente com, no máximo, seis elos de diâmetro 6,5 mm.

Não se esqueça: o trava-queda deve ser ligado, obrigatoriamente, à argola das costas
(ligação dorsal) ou às alças do peito (ligação frontal) do cinturão pára-quedista.

Assim como os outros EPIs utilizados no trabalho em altura, cada tipo de equipamento
apresenta sua peculiaridade, sendo que a empresa ou o fabricante do equipamento deve explicar o
correto funcionamento e peculiaridade de cada equipamento utilizado. Não se esqueça de ler o
manual.

Inspeção dos Trava-Quedas

Antes de cada uso, inspecionar:

 Os trava-quedas não devem ter rebites frouxos, peças gastas, tortas ou aparência
duvidosa.

Nota: inutilizar o aparelho que apresentar algum dos problemas acima ou após a retenção de
uma queda.

 Os trava-quedas, sem o mosquetão, devem apresentar perfeita mobilidade das


alavancas, isto é, movendo-se as alavancas para cima, elas devem retornar
totalmente e rapidamente à sua posição original.

Nota: havendo problema de mobilidade, verificar orientação em Manutenção.

Não esqueça de fazer a inspeção no cabo de aço, corda e cinturão.

Deve ser usado obrigatoriamente com o cinturão de segurança tipo pára-quedista.


Geralmente possui 2,5 m de fita de nylon retrátil e dois mosquetões de aço inox, abertura 20 mm.
Peso: 0,8 kg. Possui fita retrátil com indicador de queda (alerta visual que informa que o aparelho já
reteve uma queda e deve ser descartado).

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Critérios para Escolher o Suporte de Ancoragem Externo:

Todos os tripés e monopés devem resistir à carga estática de 15 kN conforme exigência das
normas NBR 14.626/627/628/629/751, devendo ser comprovado.

TRIPÉ
Tripé para acesso com até 1,1 m de diâmetro

Geralmente produzido em resistente liga de alumínio, altura regulável de 1,1 a 2,3 m,


distância entre pernas de 1,1 a 1,7 m. Possui duas roldanas em nylon para uso de dois aparelhos e
olhal para fixação de um terceiro cabo.
Devem possuir sapatas antiderrapante, interligadas por corrente de segurança.
É usado com os guinchos ou trava-queda resgatador. Pode ser fornecido em sacola de nylon
resinado para transporte e armazenagem.

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Planejamento do Trabalho

Todo serviço realizado em torres e estruturas exige um planejamento dos seguintes itens:

 Tipo da torre ou estrutura, estado dos componentes e resistência dos pontos de ancoragem.
 Definição da movimentação visando deslocamento racional, distante de rede elétrica e
garantindo-se resistência mecânica de todos os pontos de ancoragem de, no mínimo, 1500
kg.
 Controle médico e qualificação técnica dos trabalhadores para serviço nessa área de alta
periculosidade.
 Condições climáticas satisfatórias para liberar trabalho, visto que é proibido com chuva e
vento.
 Deve ser usado capacete de segurança com jugular e outros EPIs de acordo com a tarefa.
 Definição dos equipamentos onde é conveniente usar ligação frontal do cinturão pára-
Quedista.

O que é linha de vida?

Linha de vida consiste na instalação de cordas ou fitas ligadas ao cinto de segurança e a


ancoragens com o objetivo de permitir que as pessoas trabalhem em altura com segurança.

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Cordas de Segurança

Uso das Cordas de Segurança


As cordas utilizadas para sustentação, trava-queda e cinturão
desegurança deverão obedecer as seguintes especificações do Ministério do Trabalho e Emprego

a) Deve ser constituído de trançado triplo e alma central.


b) Trançado externo em multifilamento de poliamida.
c) Trançado intermediário e o alerta visual de cor amarela em multifilamento de
polipropileno ou poliamida com o mínimo de 50% de identificação, não podendo
ultrapassar a 10% da densidade linear.
d) Trançado interno em multifilamento de poliamida.
e) Alma central torcida em multifilamento de poliamida.
f) Construção dos trançados em máquina com 16, 24, 32 ou 36 fusos.
g) Número de referência: 12 ( diâmetro nominal em mm).
h) Densidade linear 95 + 5 KTEX ( igual a 95 + 5 g/m).
i) Carga de ruptura mínima de 20 kN.
j) Carga de ruptura mínima de segurança sem o trançado externo 15 kN.

Importante: uso de corda diferente da acima especificada é de responsabilidade do usuário,


podendo provocar graves acidentes.

Inspeção:
Antes de cada uso, a corda deve ser inteiramente inspecionada.

 Inspeção externa: a capa da corda deve estar perfeita, diâmetro constante, sem
cortes, fios partidos, partes queimadas, sem desgastes significativos por abrasão e
sem suspeita de contaminação por produto químico nocivo à sua estrutura.

 Inspeção interna: palpando-a em todo o comprimento, a corda não deve apresentar


caroço, inconsistência à dobra, emagrecimento da alma (parte interna), movimentação
ou folga entre capa e alma.

Importante: havendo problemas em toda a corda, ela deve ser aposentada. Havendo
problemas localizados, ela pode ser cortada e usada.

Manutenção:
A corda de segurança deve ser usada por um único trabalhador, com as cordas devemos
tomar os seguintes cuidados:

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1) Mantê-la: limpa, afastada de produtos químicos nocivos (ácidos), cantos afiados e
piso das obras.
Jamais pisá-la com sapatos sujos: partículas de areia, terra e pó penetram nas
fibras e causam grande desgaste dos fios durante o uso.
Recomenda-se armazenar a corda em carretel para fácil manuseio, sem torção
estrutural.
2) Armazená-la: em local seco, à sombra, sem contato com o piso de cimento, fontes de
calor, produtos químicos, abrasivos ou cortantes.
3) Lavá-la: com sabão neutro, água com temperatura de até 30° e escova com cerdas
macias (plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.
4) Aposentá-la: as cordas geralmente são fabricadas em poliamida, produto que
envelhece naturalmente em contato com o ar, mesmo sem serem usadas.

Teoricamente, a vida útil da corda não pode ser preestabelecida, dependendo muito da
frequência e cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e
luz solar.
Praticamente, para as cordas de poliamida, adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro
anos após sua fabricação. Em situações bastante severas de trabalho, costuma-se aposentá-la após
um ano de uso.

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Acidente zero! Essa é uma meta que todas as empresas devem procurar alcançar.
Prevenir um acidente significa vê-lo antecipadamente; chegar antes que o mesmo aconteça;
tomar providências cabíveis para que o acidente não tenha possibilidade de ocorrer. Nesta unidade
analisaremos as principais medidas preventivas, de alcances individuais e coletivos, que visam à
proteção do trabalhador.

O efeito dominó e os Acidentes de Trabalho

Um dos fatos já comprovados de suas causas dos acidentes é que, quando um acidente
acontece, vários fatores entraram em ação antes.
Heinrich, em seu livro Industrial AccidentPrevention, sugere que a lesão sofrida por um
trabalhador, no exercício de suas atividades profissionais, obedece a uma sequência de cinco
fatores:

 hereditariedade e ambiente social


 causa pessoal
 causa mecânica
 acidente
 lesão

A hereditariedade refere-se ao conjunto de características genéticas. Da mesma forma,


certas características psicológicas também são transmitidas dos pais para os filhos, influenciando o
modo de ser de cada um.

Ambiente Social influência nos hábito das pessoas. É fácil de observar com que facilidade
uma nova moda se espalha e “pega”. Ora a onda é usar cabelos longos, ora usar a cabeça raspada.
Já houve a época da minissaia, das roupas hippies e hoje impera a moda do “cada um na sua”.
Esses exemplos servem para ilustrar quanto o ambiente social afeta o comportamento das pessoas.
Causa Pessoal está relacionada com a bagagem de conhecimentos e habilidades e com as
condições de momento que cada um está atravessando. A probabilidade de envolvimento em
acidentes aumenta quando se está triste ou deprimido, ou quando se vai desempenhar uma tarefa
para a qual não se tem o preparo adequado.

A causa mecânica diz respeito às falhas materiais existentes no ambiente de trabalho.


Quando o equipamento não apresenta proteção para o trabalhador, quando a iluminação do
ambiente de trabalho é deficiente ou quando não há boa manutenção do maquinário, os riscos de
acidente aumentam consideravelmente.

Quando um ou mais dos fatores anteriores se manifestam, potencializa a ocorria do acidente


que pode provocar ou não lesão no trabalhador.

O que se pode fazer para evitar que os acidentes ocorram ?

Como vimos uma maneira de evitar os acidentes é controlar os fatores que o antecedem.
Não é possível interferir nas características genéticas de uma pessoa, mas é possível
influenciar sua conduta proporcionando um ambiente social rico em exemplos positivos.

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A educação e o treinamento do trabalhador para o exercício de suas funções são recursos
importantíssimos para reduzir o risco de acidentes.
Um trabalhador que conhece bem o seu trabalho e o desempenha com seriedade, atento às
normas de segurança, está muito menos sujeito a um acidente do que um trabalhador desleixado,
que não mostra preocupação com a qualidade de seu trabalho.

O fator central, mais próximo do acidente, é a causa mecânica! A remoção da causa


mecânica é o fator que mais reduz a probabilidade de um acidente ocorrer.

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ACIDENTES TÍPICOS EM TRABALHOS EM ALTURA

Boa parte dos acidentes com trabalho em altura poderia ser evitada. Quando se fala neste
tipo de risco geralmente as pessoas leigas no assunto lembram da construção civil. Mas até mesmo
uma simples troca de lâmpada pode configurar trabalho em altura.
Os trabalhos em altura são uma das maiores causas de acidentes de trabalho, tanto na
construção civil como em outros ramos de trabalho. Estes acidentes sejam com lesões, afastamentos
ou óbitos, todos são graves como todo e qualquer acidente.
Sejam por falta de informação ou por descumprimento da lei muitas empresas deixam de
fornecer os equipamentos de proteção individual (EPIs), treinamentos e até mesmo não instituem os
programas exigidos pelas Normas Regulamentadoras (PPRA, PCMSO ou PCMAT), não garantindo
aos seus colaboradores um ambiente de trabalho com condições seguras. Os colaboradores por sua
vez acabam se acidentando, até muitas vezes por fatores pessoais que o levam a acreditar que não
irá lhe acontecer nada de errado.
A construção civil é umas das recordistas em acidentes dentro da gama de atividades laborais
no nosso país, apesar das leis e normas técnicas vigentes e a fiscalização, os acidentes continuam
crescentes, devido à falta de mão de obra especializada e de consciência sobre os procedimentos
seguros.
As estatísticas de acidentes demonstram que o trabalho de carregamento em caminhões,
principalmente durante a operação de enlonamento, sem a devida proteção contra quedas, também
é um dos principais responsável por graves acidentes nesta área.

Geralmente as causas dos acidentes no ramo de trabalho em altura ocorrem pela não
utilização dos EPIs, juntamente com:

Perda de equilíbrio do trabalhador à beira do espaço, sem proteção. (Escorregão, passo em


falso etc.)

Falta ou Falha de uma instalação ou de um dispositivo de proteção. (Quebra de suporte ou


ruptura de cabo de aço).

Método impróprio de trabalho

Contato acidental com condutor ou massa sobtensão elétrica.

Trabalhador não apto ao trabalho em altura (Problemas de Saúde

Deste modo devemos colocar em prática todo o conhecimento técnico para que haja a
prevenção destes acidentes, implantando métodos de trabalho, treinamentos e medidas
preventivas
que proporcionem segurança para todos os trabalhadores.

Deve-se cobrar também a obrigação do empregador de mostrar os riscos existentes nas


atividades dos funcionários e o treinamento sobre as medidas preventivas que devem aplicar para
prevenir acidentes no desempenho do trabalho. Devem divulgar obrigações e proibições que os
empregados devam cumprir e dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de
punição, pelo descumprimento das normas de segurança e saúde expedidas.

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LOCAL DAS ATIVIDADES

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EQUIPAMENTOS

Todo matérial foi mostrado em sala de aula na aula teórica, logo após a leitura da apostila ou do material em:

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AULA PRÁTICA

CAMPO DE TREINAMENTO PRÁTICO.

SIGA ATENTAMENTE O INSTRUTOR .

A SEGURANÇA DURANTE A INSTRUÇÃO É UM


DEVER DE TODOS.

TODO SISTEMA É MONTADO E VERIFICADO.

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Sistemas de Vantagem Mecânica

Bloco de Polias ou Sistemas de Vantagem Mecânica… será que isso é realmente importante? A resposta é: SIM!
E MUITO!

Chamamos de Vantagem Mecânica um kit geralmente montado com polias e cordas (podendo ser
improvisado com mosquetões no lugar das polias), tendo como função multiplicar a força aplicada, dessa forma
dividindo o peso da carga, ou seja, é como se fosse uma alavanca para suspender algo pesado, difícil de ser
movimentado somente com nossa força.

Em situações onde existe a necessidade de tensionar uma corda para uma tirolesa, içar uma bolsa pesada em
locais de difícil acesso, ajudar um colega a subir a corda, ajudar a si próprio a subir, retirar uma vítima de um poço ou
espaço confinado, ou seja, sempre que tenhamos que aplicar uma força maior que a nossa para
movimentar alguma coisa, o mais inteligente é montar um bloco de polias. Vamos entender como isso funciona :

Sistema 1:1 e 1:1 com desvio de direção

Vamos considerar que a massa da carga seja 100 Kg. Observe a figura da esquerda: para que a carga suba, a força
aplicada deverá ser superior a 100 kg, pois se aplicarmos exatamente 100 Kg a carga não sai do lugar – vai ficar
“neutra”. Portanto, para que esta comece a subir, precisaremos aplicar uma força de aproximadamente 100,1
Kg. Na figura da direita temos uma polia, que está funcionando como desvio de direção, ou seja, não se
movimenta com a carga.

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Será que muda alguma coisa? Absolutamente, não! Aliás, só piora, pois além de não oferecer vantagem mecânica
aumenta o atrito gerado pela passagem da corda (atrito irrelevante, mas presente) e serve unicamente
como desvio de direção, ou seja, ao invés de puxar de baixo para cima, puxo de cima para baixo.

Conclusão número 1: Polias fixas não oferecem vantagem mecânica, apenas mudança de direção. Na figura
acima temos um sistema 1:1 (lê-se 1 pra 1), ou seja, preciso aplicar uma força superior a do peso da carga para que
essa se movimente.

Sistema 2:1 e 2:1 com desvio de direção

Vejamos essa outra figura: na da esquerda temos uma polia móvel, ou seja, se movimenta com a carga; na
figura da direita temos a mesma coisa, porém a corda sai da polia de baixo e passa mais uma vez por outra polia
fixa, que faz unicamente o sentido da direção da tração mudar. Nos dois casos temos um sistema 2:1 (lê-se 2 pra
1), ou seja, multiplico a força aplicada por 2 / divido o peso da carga por 2, o que quer dizer a mesma coisa, pois são
inversamente proporcionais. Como o peso da carga é de 100 Kg, nesse caso vou puxar 50 Kg, ou seja, a metade. E
qual das opções é a melhor? Logicamente a da esquerda, pois a corda sai direto da carga, sem passar pela polia de
mudança de direção que aumenta um pouco o atrito; aliás, na verdade ocorre que teremos uma vantagem
mecânica TEÓRICA, que é essa que transforma os 100 Kg em 50 Kg e a vantagem mecânica REAL, ou seja, se
esse sistema for medido por algum equipamento eletrônico (como um Dinamômetro), a carga
pesaria aproximadamente 60 Kg.

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Conclusão número 2: Polias móveis oferecem vantagem mecânica. Para sabermos qual é a vantagem
mecânica do sistema, basta contar quantas cordas saem da carga. Essa regra vale para Sistemas de Vantagem
Mecânica Simples. Nos Sistemas Simples a polia móvel fica posicionada junto da carga, ou na mesma corda da
carga.

Sistema 3:1 ou “Z” e 3:1 com desvio de direção

Agora pense: qual sistema temos acima? quantos ramais (ou cordas) saem da carga? Parabéns se você
respondeu 3; esse é um Sistema 3:1 (3 pra 1), ou Sistema em “Z”, por causa da letra “Z” que é formada. Ele divide
o peso da carga por 3 ou multiplica a força aplicada por 3, entenda como quiser. O que podemos fazer para deixar
esse bloco mais “limpo”? ao invés de utilizarmos duas polias simples em cima podemos usar uma dupla!
Economizamos um mosquetão, e fica a mesma coisa, conforme figura abaixo:
Continuamos com um sistema 3:1, ou em “Z”, agora mais organizado, liberando um mosquetão, que às vezes,
faz uma falta danada!!!! Se quiser mais um mosquetão livre, prenda o nó Oito Duplo no mesmo mosquetão da polia
inferior.

Conclusão número 3: Sempre que o nó estiver na carga, o sistema será ímpar (1:1, 3:1, 5:1…). Sempre
que o nó estiver na ancoragem, o sistema será par (2:1, 4:1, 6:1…).

Sistemas 2:1, 3:1, 4:1 e 5:1 Estendidos

Da esquerda para a direita: 2:1, 3:1, 4:1 e 5:1 – perceba que no caso dos Sistemas Simples basta contar
quantas cordas saem da carga para saber a VM (vantagem mecânica) do sistema.

Uma coisa muito importante na hora de decidir qual sistema montar: qual a altura útil do bloco? ou seja,
quantos metros de profundidade (no caso de um poço ou outro espaço confinado) eu consigo alcançar? A resposta
é: depende do sistema montado e da quantidade de corda disponível. Por exemplo: um homem caiu num poço
de 20 metros de profundidade: Será possível efetuar o resgate com uma corda de 50 metros utilizando um sistema
4:1 Estendido? A resposta é não, pois 4 (vantagem mecânica do sistema) x 20 (profundidade do poço)
= 80, ou seja, será necessário um mínimo de 85 metros de corda (80 metros de corda distribuída nas 4 vias do
bloco Estendido mais 5 metros para uso do socorrista). Nesse caso o sistema mais recomendado seria um 2:1,
pois 2 x 20 = 40, ou seja, 40 metros de corda vão ficar distribuídos no bloco de polias, sobrando 10 metros para uso
do socorrista. Veja a figura abaixo:

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Bloco de Polias 4:1 Estendido com tripé

Conclusão número 4: Tenha certeza de que o bloco de polias irá chegar até a vítima, pois a quantidade de corda
disponível têm que permitir a montagem do sistema escolhido. Na dúvida, monte um Sistema Reduzido (veja logo
abaixo).

Agora pense: se você estiver subindo a vítima e acontece algum incidente, tipo, uma diarreia ou um enxame de
abelhas te atacando, seria possível manter a calma e terminar de subir a vítima antes de soltar a corda e sair
correndo? Difícil… Para não correr esse risco é obrigatório montar algo que faça o bloco travar automaticamente
caso a corda escape da mão do socorrista. Chamamos isso de Captura de Progresso.Essa é a conclusão número
5!!!

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A Captura de Progresso pode ser montada com um bloqueador mecânico (Rescucender, Ropegrab, Gibbs, Trava-
quedas, etc) ou com nós blocantes (como o Prussik e o Marchard). Apesar de ser mais fácil e prático o uso de
bloqueadores mecânicos, equipes de resgate e salvamento estaduais (bombeiros) costumam utilizar nós
bloqueadores.

A figura abaixo ilustra como o Nó Prussik desempenha importante função com as polias, caso a corda escape
das mãos do socorrista:

Captura de Progresso com dois cordins e nó Prussik

Muito bem! estamos bem familiarizados com os Sistemas de Vantagem Mecânica Estendidos, que são os mais
fáceis. Como pode observar, nem sempre eles são a melhor opção, principalmente devido a grande quantidade de
corda necessária. Mas eis que surge uma luz no fim do túnel: Sistemas de Vantagem Mecânica
Reduzidos. Nesse caso, apenas uma corda fica em contato com a carga (vítima) e o bloco de polias fica montado
próximo da ancoragem, reduzindo significativamente a quantidade de corda empregada. Veja os exemplos:

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Sistemas 3:1 e 5:1 Reduzidos

Na figura acima o sistema é reduzido EM LINHA, pois a captura de progresso está ALINHADA com o bloco. É
utilizado quando é possível trabalhar com o tripé ou ponto de ancoragem em altura compatível com o alcance das
mãos do socorrista, que controlará o bloco diretamente acima da boca de visita do espaço confinado. É
recomendado em situações onde o solo é estável e o diâmetro do espaço confinado é menor que a distância
das patas do tripé. Agora, caso o diâmetro seja grande ou a altura do ponto de ancoragem impedir o socorrista de
alcançar a captura de progresso, podemos montar o mesmo sistema, porém com um DESVIO DE
DIREÇÃO, facilitando sua operação e tornando-a mais segura, pois a equipe irá trabalhar distante da boca de visita.
Veja os exemplos:

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3:1 Reduzido com desvio, utilizando blocante mecânico e descensor auto-blocante

3:1 Reduzido com desvio, utilizando somente cordeletes

Observe que nas figuras acima o bloco é reduzido, com a única diferença: será montado com ponto de ancoragem
fora do tripé. AVISO IMPORTANTE: sempre que utilizar tripés tenha total atenção para as ancoragens, pois
deverá haver NO MÍNIMO uma ancoragem contrária ao sentido de tração (chamada de CONTRA-
ANCORAGEM); o ideal seriam três, de forma que o tripé fique totalmente imóvel independente do senti de
tração. Se isso não for observado, o tripé irá tombar!!!

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3×1 Estendido com tripé. Corda vermelha funcionando como CONTRA-ANCORAGEM

Em um resgate real, no caso dos Sistemas Estendidos, o socorrista desceria até a vítima, efetuaria a
ancoragem dela ao bloco e ambos subiriam juntos e isso poderia ser feito somente com o bloco de polias. Porém,
quando utilizamos Sistemas Reduzidos o papo é outro… agora é obrigatório o uso de um freio para descer o
socorrista e depois o uso do bloco de polias para subir ele e a vítima. Segue abaixo aplicação do Sistema Reduzido
passo a passo:

Esquerda: acesso ao espaço confinado; Direita: subida utilizando sistema 3:1 com recuperação da folga da corda
roxa (corda de segurança) através do freio oito.
Observe que a descida é feita pelo freio oito na corda roxa e a corda amarela apenas passa por dentro de uma das
roldanas da polia dupla (até esse momento sem função); enquanto o socorrista prepara e ancora a vítima a equipe
de solo efetua a trava do oito e monta o bloco. Quando estiverem prontos para subir, efetua-se o desbloqueio do
freio e ambos sobem através da corda amarela, onde o bloco estará montado. A folga da corda roxa deverá ser
recolhida. Em determinado momento a polia inferior encostará na polia superior e não será mais possível subir a
vítima – aí será necessário resetar o sistema, ou seja, descer um pouco a vítima para que fique suspensa pelos
cordins azuis, e levar a polia inferior e os cordins vermelhos mais para baixo e tornar a puxar. Esse processo de
puxar e resetar será feito até que ambos estejam fora do poço. Essa é a grande desvantagem dos sistemas
reduzidos: são mais demorados devido a necessidade de resetar, porém utilizam uma quantidade menor de
corda.

É possível utilizar várias combinações de equipamentos para montar os blocos de polias. Acho,
particularmente, que utilizar bloqueadores mecânicos ao invés de cordins com nó Prussik torna a montagem e uso
mais simples além de reduzir a folga (fator de queda) que pode existir caso os cordins sejam grandes demais.
Vamos agora para nosso último exemplo de sistemas reduzidos – esse eu considero o mais simples, eficiente e
funcional:

Acesso ao espaço confinado através de I´D e subida do socorrista com sistema 5:1.

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DICA: Usando o ID torna-se desnecessário o uso dos cordins e do freio oito, pois o ID já é um descensor e também
funciona como captura de progresso. Tudo fica mais simples: o socorrista desce no ID e enquanto prepara a vítima
a equipe de solo instala as polias e o bloqueador mecânico (podem ser dois cordins). Mas porque montar um bloco
5:1 e não um 3:1? Por que quando tracionamos apenas uma pessoa o sistema 3:1 até que dá conta, mas com duas
pessoas (socorrista e vítima) fica bem mais pesado; com o sistema 5:1 isso fica mais fácil. E se montarmos um bloco
4:1? Não dá, pois: só é possível montar blocos reduzidos em sistemas ímpar.

E se eu não tiver uma placa de ancoragem? Monte tudo em bloco aproveitando o furo inferior da polia dupla.

Acesso ao espaço confinado com ID e subida do socorrista com sistema 5:1 Reduzido em bloco.

O exemplo acima deve ser montado na seguinte ordem: ancore a polia dupla sem passar a corda; prenda o ID
no furo de baixo, instale a corda nele e desça o socorrista; enquanto ele prepara a vítima você abre o mosquetão da
polia e prende uma de suas placas (muito cuidado para não escapar de sua mão – recomendo ancorar a corda para
evitar o risco de queda do bloco dentro do espaço confinado); instale um bloqueador mecânico ou dois cordins na
corda da vítima juntamente com outra polia dupla e efetue a passagem da corda por elas, começando pela polia
inferior (sempre em sentido horário ou anti-horário – cuidado para não cruzar as cordas, pois dificultará a
subida); feche as placas das polias e confira as travas dos mosquetões – pronto! você acaba de montar um bloco
5:1 com ID. Importante: mantenha a alavanca do ID na posição “C” ou “E”, pois se estiver na posição “B” ele não
permitirá a passagem da corda e o bloco ficará travado.
Existem ainda outras duas combinações, não muito comuns, mas que vale a pena conhecermos: os Sistemas
Independentes e os Sistemas Combinados.

Um Bloco de Polias Independente atua sobre a carga, mas não faz parte dela, ou seja, traciona a corda
onde ela está ancorada mas pode ser retirado, depois que a folga gerada for eliminada:

Bloco de polias 3:1 Estendido Independente

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Nos Sistemas de Vantagem Mecânica Combinados um sistema simples traciona outro sistema simples.
Garantem grande multiplicação de força, porém dão um pouco de trabalho para serem montados e devido a esse
alto rendimento ficam muito lentos para subir. Por exemplo: se monto um bloco 6:1, a cada seis metros de corda
tracionado a carga subirá apenas um. A não ser que você esteja sozinho e não aguente puxar socorrista e vítima em
um bloco 4:1 ou 5:1, um sistema combinado será bem vindo; caso contrário, não valerá a pena. Para calcularmos
sua VM basta multiplicar um sistema pelo outro. Abaixo alguns exemplos:

Sistemas de Vantagem Mecânica Combinados.

Da esquerda para a direita: 4:1 (2:1 tracionando 2:1), 6:1 ( 2:1 tracionando 3:1) e 9:1 (3:1 tracionando 3:1).

Para finalizar, um breve resumo:

Nos Sistemas Simples a polia móvel está posicionada na carga. Podem ser Estendidos ou Reduzidos.
Quando são montados fora da corda da carga chamamos de Independentes. Para sabermos a VM basta contar
quantas cordas saem da carga.

Nos Sistemas Combinados um sistema simples traciona outro sistema simples. Para sabermos a VM basta
multiplicar um sistema pelo outro.

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Nossa plataforma de treinamentos possibilita a montagem de vários
sistemas, todos feitos nos mais altos niveis de segurança conforme
a norma NR 35.

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CORPO DO BOMBEIROS ............................................................................................................... 193


BOMBEIROS TUPY .......................................................................................................................... 04
SAMU ................................................................................................................................................. 192
POLÍCIA MILITAR ....................................................................................................................................190

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